Poeta
Sendo que Ler é repousar em agitação,
No açucarado ardume picante.
Tão pedante e repetitivo afirmo:
Que tudo possui algo de altivo e findante.
Profissionalmente rotacionava
Em circundução pelos eixos,
Latero-lateralmente, ântero-posteriormente
Sejamos Fabulosos
No indiscutível valor,
De uma composição,
Consiste um fator,
Uma definição:
A dedicação e
A dedicatória.
Obra agasalhada,
Por razões sóbrias,
Justificáveis, palpáveis,
Inexprimíveis e óbvias.
Imagine insanidade obscena,
Uma geração inteira,
Composta por artistas e mecenas,
Otimistas engajados, alienistas,
Filósofos, bailarinos, humoristas,
Repletos de arteira essência.
E se indo muito além,
Em divagações absurdas,
Sugeríssemos um futuro,
Manancial de Sábias Loucuras.
Audacioso e magistral,
Homenageando a vida, Inescrupulosamente,
Dedicado a Poesia.
Concebida por ternura,
Em milagres meticulosos,
Inventada na fartura,
De feitios miraculosos.
Nosso apego pelo afeto,
Apertado junto ao peito,
O assim sendo é simples,
Sejamos Fabulosos.
Talvez por isso,
Tenha invariavelmente registrado seu jeito,
Naqueles que estiveram presentes,
Nos mesmos recintos que Ela.
Prezada Lívia, venho por meio deste
Enfado, dizer-lhe o quão frutífero
Tem sido, nosso vínculo antiquado.
Leve a sério, minha querida,
Imperatriz entre as orquídeas,
Duas passagens pras Antilhas,
Só de ida. Nossa ida.
Corresponderei a qualquer gesto.
Ao piscar os cílios tu me resgata.
Farei campana, armarei protesto,
Escalando seu quarto, encenando a serenata.
Ser ou não ser nunca foi a questão,
Tudo sempre será mera constatação,
Num dia tu és, no outro não.
O Imperador Pirou
(A vulnerabilidade do invulnerável)
Em um Império remoto,
Longe de qualquer progresso,
Imperava um Imperador,
Temido por seus excessos.
Seus domínios extensos,
Das pastagens à cordilheira,
Não serviram de aperitivo,
Ao cruzar com a borralheira.
O ilustre se cativou
Com aquele avental,
Sua política interna
Virou extrema liberal,
Ao contemplar a lavadeira
Numa tarefa eventual.
Uau.
Deu as costas à realeza
E o galanteio virou papo,
Seria ele e sua duquesa
A Imperatriz do Farrapo.
Nos registros do reinado
Anotava-se um prefácio,
A paixão de um sangue azul
Pela empregada do palácio.
O Imperador Pirou,
Se fez de camponês,
Um barril de rum bebeu,
Rasgou seu manto em três,
Se proclamou plebeu,
Deixou de ser burguês,
Não pensou no que perdeu,
Só pensou no que não fez.
Jamais se arrependeu
E no final era uma vez...
Não cobiço carreira,
Não cobiço estabilidade,
Sou a ameaça sociopata,
O risco perigosamente presente;
Se a cachaça não alterasse a perspectiva,
Certamente garimparia a definitiva
Identificação com a confissão
De que este causador fora
Outrora sóbrio.
Obrigado ao constrangimento,
Sou grato pelas humilhações;
A difícil fase, face ao descontentamento,
Cria e resolve as perseguições.
E criará...
Sendo um bom colecionador,
Daquilo que me desfavorece,
Não promovo a preocupação,
Ela ocupa a posição que merece.
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