Poesias sobre o Frio
Dias de solidão
Hoje estou vazio
sem nada pra escrever
não sinto calor nem frio
mas peço para chover.
quero ver o dia cinza
como a cinza do cigarro tragado
do homem parado na esquina,
pois nada me chama atenção
nem o sorriso de uma bela menina
não tenho sina
nem gana
parece que estou sem chão.
Como é ruim dias assim
dias que parece não ter fim
dias que em mim
há uma grande confusão.
Dias que não como pão
pois na garganta parece ter um nó
dias que prefiro estar só.
Dias de solidão.
Doce café frio
Acordei, infelizmente
Vou me arrumar, expediente me aguarda
Já orei, e pedi proteção a meu anjo da guarda
Logo cedo, sinto que todos me encaram
Trabalho... e mais um dia eu foquei no sorriso de todos
Esqueci do meu, como sempre
Pois eu nunca me priorizo
Sou insuficiente o bastante para isso
E eu deixo você considerar isso mais um clichê
Um adolescente querendo escrever por 'aê'
Até porque, todos nós somos clichês
Você sabe disso
A noite chega
Tomo mais um gole de café
Já frio
Porém, ainda doce
Eu convivo com pessoas que vivem me elogiando
Como se eu fosse incrível
Falam que me querem, e para sempre
Mas como sempre, me trocam por um rostinho bonito
Mentira
Coisa que como todos, odeio
Mas cismam em mentir
E minha vida acaba como uma velha roupa colorida, pois
O ciclo está para retornar
Leio mensagens de quem diz me amar
Mesmo desconfiado
Acabo sendo recíproco, ele retornou, o ciclo.
- Oliveira RRC
Dias...
Dias nubladas
Sem sol
Sem raios solares
Dias cinzas
Faz frio
O pássaro não canta
O vento assobia
A flor se contrai
É a pandemia
Que se vai
Eu prefiro dias
Rosas e laranjas
Pássaros cantando
Janelas com franjas
Eu quero ver
As vidraças coloridas
Flores desabrochando
Porcelanas no jardim
Com vasos de marfim
Eu quero
Me soltar
Nos braços
sempre abertos
Na leveza dos pássaros
Sempre certos
Na beleza do amor
Sempre por perto
Em ti
Que és tão puro
...tão terno
É em ti
Que o verão se faz eterno!
Eu era um filhotinho todo pelado
Eu tinha meu ninho e você do meu lado
Me esquentava no frio, me protegia do calor
Sua asas me cobria da chuva, meu escudo protetor
Você dava sua vida para cuidar sempre de mim.
As vezes ficava abatida, por ficar sem dormir
Nas noites mais assustada, você ficava acordada
Avançava encima do mal, que aparecia nas madrugadas
Demanhã eu estava sozinho
É a senhora voava no além, para pegar meu alimento
Sem ter medo de ninguém
Voltava satisfeita com tamanha refeição
Alimentava-me com insetos e grãos
Assim eu fui crescendo
Entimidando o mundo, minhas plumas aparecendo, para mim era tudo
Passei ajudar minha mãe, sem saber ainda voar...
Ficava junto dela, vendo a noite passar
Confiando um ao outro, com a coragem de um leão...
Enfrentado todos os medos, que apareciam pelo chão
O tempo se passou, em várias estações
Um pássaro se transformou, com grandes dimensões
O vento balançava, meu ninho sem parar
Foi diante desses ventos, que abre as asas para voar
Um ciclo se passou, aprendi a viver sozinho
Foi deixando minha mãe, e abandonando meu ninho!
Aprendendo ser alguém como um grande passarinho
Com uma grande felicidade, mais que tristeza causou
Lágrimas nos olhos de sua mãe
em saber que o filho de baixo das suas asas voou...
INSATISFAÇÃO
Pela manhã o silencio dos homens
Faz frio e a chuva cai
Proporciona prazer o som que
o gotejar produz ao tocar as folhas
das arvores e os telhados das casas
As nuvens no céu são densas
quase não se pode enxergar os montes
O cão ladra, uiva
talvez sentido o cheiro do cio
Os pássaros surpreendem
voam e cantam como se fosse
um dia ensolarado de primavera
E o homem que percebe tudo isso, murmura
La fora que nos deparamos com as nossas vontades.
Na “caverna” é sombrio, há medo e frio.
Respirar o ar de fora é libertador, amadurecer nossas “(in)verdades”.
Às vezes “lá dentro”, nos prendemos por algo que há muito tempo já não é nem mais nosso.
Enquanto a vida chama, lá fora, por novas conquistas, sonhos, e batalhas para serem travadas, e quem sabe até vencidas.
Sei que não é fácil sair “de dentro”, pois, cada um tem seu tempo de recompor-se, e o de parecer que permanecer ali, quieto, imerso em pensamentos, será melhor, pois, traz uma falsa sensação de paz. Amigo(a), eu já estive lá, e, no fundo, eu sabia que precisava sair quanto antes. Enquanto ainda restassem sonhos dentro de mim.
Acabei de sair da “caverna” das minhas dores, ainda não sei nem ao certo para aonde ir, porém, só a possibilidade de sentir algo, que nem ao menos percebo o que é, já é libertador…
Porque o sentir é tudo! É quando saímos da prisão de nossos medos, frustrações e derrotas e finalmente conseguimos entrar de nós mesmo, para viver o que ainda está lá, latente.
É bom lembrar de nós
Das tardes ensolaradas deitados no chão da sala
Da noites de frio embaixo do edredom
De como parecíamos voar voltando das festa caminhando para sua casa e de como um banho quente relaxa
Lembrar também do leite com Nescau e biscoito
Quando quero reviver essas memórias eu sempre faço um bom e velho leite com Nescau
E me sento sozinho, imaginando que você está aqui
Tem dias que a saudade me pega de jeito
Tem dias que eu quase te ligo
Mas o leite com Nescau esfria e ele a minha vontade
Volto a minha vida sem graça
Desejando esbarrar com você em cada esquina
Ensaiando cada passo
Mas você nunca vem
Acho que no fim essa é a graça
Você não vim.
Lembrança
E foi quando a vi ali,
Bêbada sentada no chão frio,
Nada pensei, apenas me sentei e a abracei.
Meses se passaram e
droga, eu ainda sinto tanto a tua falta!
As Terras foram em bora
nas caçambas de outrora
terras que o frio deixavam
em tardes tão majestosas
Essa terra leva o frio,
leva o ar de tom sombrio
A flor que agora murcha
um dia foi meu abrigo
Nessa noite foi pesadelo
um sonha já velho veio;
depois em devaneios
a pensar no caos do meio
O homem que acordou
repente viu Terra mundo
Muito tudo em tanto nada
Amanhã, andar, terror
A morte tem soprado frio no meu rosto, e eu vi sua face. Ela bate na porta, ela me espera pelo caminho.
Muita coisa ficou pela metade, muita coisa nem terá começo. O cavaleiro negro aparece no meio da neblina.
Por favor não jogue sua lança, não agora, porque ela pode ser o fim.
Ventos fortes não me alcancem, tenho minhas asas quebradas e perdi a direção.
Aquele dia eu não esperava nada, nem era você. Quando vi estava me crucificando no silêncio e caminhando na escuridão.
Sobre a sexualidade...
O morno pode aquecer, o quente arde a valer, o frio estagna... Mas sempre se pode aprender!
Sobre Ele
Frio
É desta forma que falarei de ti
Bem sabe que tenho te dado meu afeto
Fui sempre honesta contigo
Te mostrei meu coração
E me entreguei as tuas juras
Me conheceu como nenhum outro
E pude ver teu coração
Sei que não és mau
Tão pouco desprovido de sentimento
Está ferido
Desacreditado
Amargurado
Mas em ti há beleza na alma
Tenho tido paciência contigo
Mas essa tua falta de afeto
Vem me maltratando
E me feito cogitar...
Imensidão de vazio
Tudo aqui é tão frio
Dentro dessa tempestade
Que aparece sempre e não me deixa ir
Respiro aliviada
Porque sei que nada dura
Preciso reerguer de novo
Tudo que eu destruí
Eu fico aqui pensando
Ouvindo o meu silêncio
Que me faz sentir
A força refletida em mim
Nada me faz desistir
E mesmo longe eu vou buscar
O que é meu
Depois de tudo que eu vivi
Sei que posso ser feliz
E mesmo longe eu vou buscar
O que é meu
JUNTOS PARA SEMPRE.
Ele é o sol,
Eu sou a Lua.
Ele é o frio,
Eu sou o calor.
Ele é a água,
Eu sou o vinho.
Ele é a vida.
Eu sou o amor.
Ele é a seriedade
Eu sou a alegria.
Ele é a tempestade,
Eu sou a calmaria.
Ele é a liberdade
Eu sou a fantasia.
Ele é a chegada
Eu sou a partida.
Ele é a novidade,
Eu sou a monotonia.
Somos tão diferentes e nos completamos .
Sou ele ,ele é eu, unidos em um só corpo, um só coração e juntos formamos o AMOR.
Lembro como fosse hoje eu saindo numa frio da gota pra ir te buscar.
Eu te vi de longe, tão pequeno e tão formoso.
Ai garoto como eu te amo e acho que te amei desde aquele dia.
O Monte
Sentindo o frio na espinha,
O vento levemente sopra a face,
Os pássaros alvoroçados cantam,
Diante dos olhos, um foço de luz,
Um extenso vale molhado da névoa,
De cores, aroma e sabores...
Naquele monte escarpado,
Um tesouro às escondidas,
Onde o sol não brilha, se põe...
Um interlúdio para reverenciar
Eu com minha alma em chamas,
Batimentos desalinhados,
Volúpia e simetria...
Tocando as pétalas desabrochadas,
A passo e passo, adentro ao vestíbulo,
Desajuizado a explorar,
Desembainhado a dançar...
Abrandando os sussurros dos ventos,
Osculações abrasadas na cerviz,
Os pomos, belos e bem delineados,
Aprecio-os com devoção, contemplam o Éden
Como eles, o colo embebido...
No enlace dos corpos, ofegantes,
os amantes entregam-se lascivamente,
sobre o outeiro, suspirando em brasas,
do sonho ao apogeu...
Ah, a natureza e sua beleza misteriosa...
As fímbrias a vascolejar
As borboletas a voar,
O deleite do poeta,
A moldura do artista...
Apego-me às memórias daquele Monte de Vênus!
Triste decepção
Atravessa as estações.
O sol radiante.
O frio congelante.
As flores surgindo.
Diversidade de frutos.
Atendemos o bem-vindo.
Mas o coração tá de luto.
No casebre onde hábito.
As portas e janelas estão trancadas.
As oportunidades que sinto.
Não abro pra minha amada.
Amores invisíveis.
Inexistentes.
Ou presentes.
Nos sonhos.
Nos pensamentos.
No vivo sentimento.
No ego tristonho.
Como é febril essa ilusão.
Um carnaval alucinante.
Casais na contramão.
Julgamento, talvez sim ou não.
Mas somos nós que propagamos.
A lida pelas oportunidades.
Fazemos de nossos prantos maldades.
A lágrima da incompetência jorra.
O orgulho que a alma forra.
Sujeito indefeso, inocente ou plenamente culpado pela decepção.
Como diria Salomão.
Tudo não passa de uma triste ilusão.
Giovane Silva Santos
Se eu tivesse meu violão,
Sobre a solidão cantaria,
Como uma noite escura,
Candieiro apagado,
O frio invade o coração,
O corpo,
A Alma,
Meu sobrenome se torna vazio,
O interruptor das idéias,
Foi interrompido,
Não tenho controle,
Apenas derreto,
Em lágrimas,
Em saudade,
Sem chances e sem possibilidades,
A incerteza toma conta,
É uma conta a ser cobrada,
Num mundo sem destino,
Sou clandestino,
Peito aberto,
Tiro da vida,
Sem saída,
Buraco negro,
Solidão.
Saiba que durante o frio intenso da Era Glacial, os porcos-espinhos refugiados todos num abrigo, descobriram que somente suportando os espinhos uns dos outros é que poderiam sobreviver.
Muitas vezes os espinhos da vida são necessários!
O frio queima.
A luz cega.
O tempo passa.
E você, em constante movimento,
sem perceber o que acontece à sua volta,
Pode parar
