Poesias sobre o Frio

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Eu não consigo entender por que sou tão frio assim. Frio com as pessoas a minha volta.
Não sou alguém apático, muito menos desamado.
Não sou alguém feio, muito menos chato. Sou alguém normal, fisionomia amiga, simpática.
Sou egocêntrico, pouco arrogante as vezes, radical muitas vezes. Não sei se são muito destacados esses aspectos.
Mas sou muito justo e direto. Verdadeiro ao extremo, chegando ao ponto do defeito.
Gosto de atuar as vezes, mas nunca para enganar as pessoas. Pratico mesmo a ironia e o cinismo amostrado. Gosto dessa maneira de transmitir a realidade.
Sou bastante perfeccionista e detalhista. Gosto de desafios. Aprecio a insegurança. Afinal, estabilidade é pra quem gosta de ver TV aos domingos.
Tenho péssima memória, mas grande facilidade para aprender. Me considero bem inteligente. Esperto o suficiente para este mundo.
Ambicioso e mão-de-vaca, não tenho como negar. Preguiçoso e descansado. Gastar energia física, só com esportes. Nada de trabalho físico.
Apaixonado pelo trabalho mental. Sou uma enorme caixa de grandes ideias. Muitas adormecidas, ainda.
Outras paixões não me caem muito bem. Não me apego com facilidade com pessoas. Alias, ainda solitário esse fato.
Aprecio a boa música. O primeiro da fila no cinema. Artes, criatividade e enigmas me seduzem.
Aberto a novos hábitos. Mutável com opiniões. Imutável com princípios.
Me supro, vivo pra mim. Me coloco sempre a frente.
Mas se te considerar um amigo, protegerei-te como ninguém. Sou bom com segredos. Caixa preta que não pode ser aberta.
Sou bastante solitário. não sei se gosto disso. Sou assim, nunca mudou. Me satisfaz.
Sou feito pra mim, não para os outros.

Se

Se podes conservar teu sangue frio
Diante do que te acusa, a desvairar;
Se, ainda quando suspeitem de teu brio,
De tua fé, podes em ti confiar;
Se podes esperar, sem te cansares
E sem de ti perderes a noção;
Se, caluniado, em vez de caluniares,
Compensares o mal com o teu perdão;

Se podes tu sonhar; se teu intento
Fazes por algum dia realizar,
Se não buscas impor teu pensamento;
Se o mesmo és no prazer e no penar;
Se podes tu ouvir o que a gente
Demolidora e má nos faz ouvir,
E após, pela verdade, consciamente,
Lutas até fazê-la ressurgir;

Se podes tu tentar sorte insegura
E, perdido uma vez e uma outra mais,
Tornas de novo ao lance da aventura
Sem uma afronta proferir jamais;
Se podes tu fazer que tu obedeçam
Os teus nervos, e o próprio coração,
Sem que, por mais exausos que pareçam,
Ao teu desígnio jamais digam "NÃO" !;

Se podes, com igual solicitude,
As multidões ouvir, como a teu Rei,
E sem que um só te imponha uma atitude
Conte contigo toda a humana grei;
Se podes, da existência a que dás brilho,
Aproveitar todo o minuto seu,
Sem desperdício algum, então, meu filho,
És um homem de bem e o mundo é teu !

Tanto de meu estado me acho incerto,
que em vivo ardor tremendo estou de frio;
sem causa, juntamente choro e rio,
o mundo todo abarco e nada aperto.

É tudo quanto sinto, um desconcerto;
da alma um fogo me sai, da vista um rio;
agora espero, agora desconfio,
agora desvario, agora acerto.

Estando em terra, chego ao Céu voando,
num'hora acho mil anos, e é de jeito
que em mil anos não posso achar um' hora.

Se me pergunta alguém porque assim ando,
respondo que não sei; porém suspeito
que só porque vos vi, minha Senhora.

Luís de Camões
CAMÕES, L. Sonetos de Camões. São Paulo: Ateliê Editorial, 1998.

“Amar só há uma entrada na vida:
é entrar num beco sem saída.
É sentimento que dá frio na barriga
como se ferir e não ver a ferida.
Acho que amar é tanto quanto necessário:
é um alimento diário.
Amar é algo de dentro pra fora
como uma flor que desabrocha.
Amar não é algo do imaginário:
é simplesmente extraordinário.”

— Que foi?
— Nada. (Paixão, solidão, amor, lição, trabalho, calor, frio, vento, sono, fome, coração partido, promessas, amizades, distâncias, angústia, vontade de chorar, quero um abraço, preciso gritar, minha mente está um bagunça, eu amo você.) Nada mesmo.

Frio

Estou novamente aqui.
Sozinha neste lugar vazio.
Está cheio de pessoas.
Conhecidos ou não, estão todas muito distantes.
Não consigo chegar até elas.
Está muito frio aqui.
Esta noite gelada é apenas mais uma de tantas outras.
Olho para o lado: vejo muito e não vejo nada.
Por que está tão frio aqui?
Tentei me esquentar perto do fogo e com casacos bem quentes.
Mas não consigo.
Ainda está frio. Aqui dentro.
Meu coração precisa de você.
Do seu calor. Precisa de você.
Eu preciso de você.
Fecho os olhos e tento imaginar você aqui.
Mas quando os abro, lembro-me de que você partiu.
Partiu e não voltou mais.
Nunca voltará. Nunca mais.
Você se foi, e eu também. Minha alma se foi com você.
Só meu corpo ainda resta.
Por isso está tão frio. Estou vazia por dentro.
Quando partiu, você levou consigo minha vida, meu amor, minha alma, meu viver.
Não vivo mais. Apenas existo.
Todas as noites me pergunto:
Por quê?
Por que você partiu assim e eu fiquei aqui?
Por que fiquei se minha razão de viver se foi?
Por quê?
Talvez nunca saberei.

Estou novamente aqui.
Sozinha neste lugar vazio.
Estou cansada de existir assim.
Já tentei acabar com isso, mas sempre fui medrosa.
Tenho medo de... não sei, apenas tenho medo.
Este foi um dos poucos sentimentos que me restaram: medo e tristeza.
Estou cansada disso, mas não tenho coragem de mudar.
Ficarei por aqui, sozinha neste frio.
Talvez um dia, fiquemos juntos novamente.
Então, enfim, poderei me esquentar e acabar com este frio.
De uma vez por todas.
Para sempre.

E lá fui eu de mala e cuia ser feliz, sem nem sequer ser convidada!
Um medo, um frio na espinha, um bambear nas pernas...
Mas fui: eu e minha coragem!
E quando chegamos lá, a felicidade já estava na porta esperando, fazendo festa, querendo um abraço!
Tem coisas que a gente só ganha se for buscar!

* A vontade de sanar esse frio me trouxe até você. E, agora, com teus passos ecoando junto aos meus, acho que não consigo mais andar sozinho. E, mesmo que eu consiga, não quero fazê-lo. Hoje eu sei como é a sensação de acordar e ver que aquele sonho antigo nada mais é do que a atual realidade.

* Enfim, é mais ou menos por aí.

RETICÊNCIAS... PARA SEMPRE

Sabe quando você sentia aquele frio na barriga?
Sabe quando seu coração acelerava ao ver a pessoa amada?
Sabe quando você a olhava de longe, sem que ela percebesse?
Sabe o dia em que você a olhos nos olhos e disse Adeus?

Foi nessa hora que você a perdeu,
Foi nessa hora...

Você a amava, sabia, mas não cuidou dela
As coisas não são tão fáceis na vida real
Sonhos servem apenas como modelos
Mas é a realidade que você precisa viver

Volte a sentir o frio na barriga
Faça seu coração acelerar de novo
Olhe-a de perto dessa vez, mas...
Ame... viva... perca o medo... seja feliz...

MAIS UMA NOITE

Eu estou triste e não consigo dormir
Está tão frio aqui que me dói os ossos
Me dói a alma também...

Eu sinto meu corpo se esvaindo de mim
e continuo triste sem saber
e talvez nem seja tristeza
é apenas uma solidão inquietante...

o meu silêncio uiva para os morros lá fora
e apenas os ecos respondem sombrios
palavras de angústia com gosto de sangue
e sons que entoam morte.

Sonhei que o frio me queimava
E o sol me congelava
E de tanto sonhar o impossível
Sonhei que você me amava.

Bem aqui no ar frio que eu finalmente posso respirar
Eu sei que deixei uma vida para trás
Mas estou aliviada demais para lamentar

- E você é o bastardo de Ned Stark, não é?
Jon sentiu-se atravessado por uma sensação de frio. Apertou os lábios e não disse nada.
– Eu o ofendi? – disse Lannister. – Perdão. Os anões não têm de ter tato. Gerações de bobos variegados conquistaram para mim o direito de me vestir mal e de dizer qualquer maldita coisa que me venha à cabeça – ele sorriu. – Mas você é o bastardo.
– Lorde Eddard Stark é meu pai – admitiu Jon rigidamente.
Lannister estudou-lhe o rosto.
– Sim – disse. – Consigo ver. Você tem em si mais do Norte que seus irmãos.
– Meio-irmãos – Jon corrigiu. O comentário do anão o agradara, mas tentou não mostrar.
– Deixe-lhe dar um conselho, bastardo – disse Lannister. – Nunca se esqueça de quem é, porque é certo que o mundo não se esquecerá. Faça disso sua força. Assim, não poderá ser nunca a sua fraqueza. Arme-se com esta lembrança, e ela nunca poderá ser usada para magoá-lo.

Em mim faz verão, inverno, outono, primavera.
Em mim faz frio, calor...
Em mim reside um pouco de tudo, de tudo um pouco:
felicidade, tristeza, alegria, sorrisos, lágrimas.
Em mim habita as flores, as cores, os amores.
Em mim visita a certeza, as incertezas, a verdade, a mentira.
Em mim passeia as lembranças, a saudade, os momentos.
Em mim mora os sentimentos, os enganos e desenganos.
Em mim vive eu, na procura da descoberta de quem
realmente sou!

Ele tinha,
Corpo de Apolo,
Cabeça de Ciclope,
Coração de Medusa.
Belo, leigo e frio.
Foi fogo à primeira vista
Gelo à primeira conversa.
Me encantei
No mesmo instante,
Um minuto depois
Me desencantei.

Embora as chuvas fortes da vida
acompanhadas de ventos tempestuosos,
e frio intenso impeçam meu sol de sair,
as águas me purificam,
e os sentimentos sempre me aquecem....

Não Gosto de Nada Morno

Não gosto de coisas mornas. Que seja frio, estupidamente gelado, que esfrie a cabeça, refresque a alma. Que seja quente, ardente, fogo puro e queime. Mas morno não. Nunca.
Gosto de temperos. A falta deles deixa um sabor insosso nas coisas. O dia destemperado tem um gosto ácido e cinza que amarga a boca e o humor. Amor sem tempero é insípido, deixa vazio o estômago e a alma. Tempero tudo, faço da vida uma deliciosa salada.
Não gosto de esperar. Esperar significa inércia. E parar com tanto movimento dentro de mim seria indolência. Não espero nada nunca. Faço o que for preciso, mas faço agora.
Gosto do silêncio. Amo música. As vezes preciso de um espaço sem sons para ficar sozinha vagando pelos meus sonhos, buscando o "eu" em mim. Outras vezes, a fome de soltar meu "eu" pede melodia, preciso da música para marcar o ritmo da vida, uma orquestra para interpretar meus pensamentos e ecoar as partituras emocionadas do meu coração.
Gosto do que é intenso, do verdadeiro, do desafio, de arriscar.
Quero paixão ardente, comida quente, beijos molhados e demorados, voltas ao mundo, amores de cinema, sorvete com muita, muita calda de chocolate.
Quero praias desertas, mistérios e descobertas, festas sem fim, ducha fria no verão, calor de cair no rio, amor na chuva, na cama, amor na vida, a vida inteira.
Quero cinema completo, com pipoca e arrepio, quero montanha russa, surpresa, aniversário. Adoro aniversário. Quero muitos presentes, brigadeiro, beijinho, e não importa a idade, quero "parabéns" e velinha.
Quero conversa, andar de bicicleta, passear de mãos dadas.
Quero flerte, quero paixão, quero dar risada.
Mas não quero nada morno, sem tempero ou parado.
Quero viver a vida, apostar no tudo, ser feliz e fazer feliz quem cruzar meu caminho.
Só assim a vida vale, de outra forma, para mim, não vale nada.

Meu amor,
Você nunca perderá o que é seu
O homem mais frio derreteria ao ver sua beleza,
E qualquer criança ao seu lado pareceria um tirano,
Leve-me com você,
Eu não me quero sem você.
Você é a dona dos meus poemas.

LOBO SOLITÁRIO

Seis da tarde...
A paisagem passa depressa...
Um vento frio a açoitar meu corpo...
Já não há mais nada que me interessa!

Acelero um pouco mais...
Tentando encurtar o caminho...
Ou talvez tentando esquecer o que ficou para trás...
Em busca de um novo destino!

O vento frio não é meu inimigo...
Apenas castiga meu corpo quando me atiro contra ele...
Mas já vou parar, achar um abrigo...
Agora eu posso tudo, não tem quem me espere!

Um banho quente, um colchão macio...
Uma noite de sono depois de uma sopa quente...
O cavalo de aço sou eu quem dirijo...
Quando estamos juntos eu fico contente!

Ah, grande paisagem...
Soltei as amarras do passado...
Acelero fundo em busca da liberdade...
Comendo poeira e engolindo asfalto!

Sou um lobo solitário...
Daqueles que não deixou nada por fazer...
Hoje curto minha vida não tenho horários...
Vivo minha vida como eu quero viver!

Névoa

A névoa envolve a montanha,
Húmido, um frio desceu.
O que é esta mágoa estranha
Que o coração me prendeu?

Parece ser a tristeza
De alguém de quem sou ator,
Com fantasiada viveza
Tornada já minha dor.

Mas, não sei porquê, me dói
Qual se fora eu a ilusão;
E ha névoa em tudo o que foi
E frio em meu coração.