Poesias sobre o Frio
O amor, a intensidade, o carinho e o cuidado assustam as pessoas neste mundo frio e indiferente. Negar amor e reciprocidade a alguém que só deseja o seu bem é cruel.
Todos carregamos um passado; sem o meu, não seria a pessoa que sou hoje. Acredito no valor das lições aprendidas ao longo da vida. A falta de doação e diálogo me entristece. Usar minha intensidade e meus sentimentos como desculpa para desconforto é doloroso.
Minhas escolhas ao longo da vida foram oportunidades de aprendizado. Sou uma mulher capaz de realizar meus desejos. Odeio compromissos vagos e pessoas que oferecem pouco. Minha maior dificuldade é gerenciar expectativas. É difícil aceitar que nem todos oferecem a mesma consideração.
Um conselho: seja 100% entregue nas amizades, no amor, na vida pessoal e profissional. Não perdemos nada ao nos doar. Não me faça mergulhar em relacionamentos rasos. O tempo passa, e restam lembranças. Pergunte a si mesmo como gostaria de se lembrar de mim.
Gosto de diálogo, calor e sinceridade. Não quero alterar quem você é, mas peço tempo de qualidade. Se isso é demais, talvez eu seja demais para o pouco que você pode oferecer. Mesmo gostando de você, alguns amores não valem a dor. Melhor deixar ir.
É sobre ser frio.
Se conhece alguém assim, segure-o com todo cuidado pois pode ser a pessoa mais sincera em toda tua vida.
Em minha porta bate forte,
Pondo-me em desatino
Quem és tu ó repentino?
Sois o frio? A morte?
Logo começo a sorrir,
Antes lá que aqui dentro,
Pois então não vou abrir.
Então me chama de papai,
Mas sei que nem filho tenho,
Ja começo franzir o cenho,
Que direção isso vai?
Logo volto a sorrir,
Antes la que aqui dentro,
Ja me preparo pra dormir.
Então logo a porta cede,
Tinha certeza que tranquei,
Poxa vida, me enganei
O que agora te impede?
Logo volto a sorrir
Se entra fácil é convidado
Então convido a sair.
Pois vai te embora seu discreto,
Penso quieto em minha cama,
Sinto seu cheiro de lama
Es tu um sem teto?
Logo volto a sorrir
Vou fingir que nem vi nada
Roube ai sem me ferir.
Mas abre a porta do meu quarto
E me abraça com desejo
A quanto tempo não te vejo
Era melhor ser um assalto?
Em ti só vejo maldade
Então começo a chorar
Outra vez tu, ansiedade.
Gosto quando o céu se enubrece,
Aprecio o frio da tarde, o aroma da terra molhada, o som da chuva.
Acredito que essas sutis mudanças surgem para tranquilizar o tumulto dos dias. Os dias de chuva são os melhores. Silenciosos, envoltos na escuridão e sem ninguém. 🌧️💧
Acontece como se fosse a primeira vez, o coração acelera...
O frio na barriga e sentimentos que não são possíveis de explicar...
Que sorte eu teria, se pudesse minha amada reencontrar...
Quantas vezes, quantos erros...
O quanto é preciso para aprender a não errar...
Se eu tivesse a chave desse coração, aí meu Deus... Permita novamente ela me amar
Anderson_rosa
Melancolia
O frio da madrugada.
A escuridão que não me deixa ver nada.
Partiste e sozinha me deixaste.
Contigo toda a minha paz e alegria levaste.
Escrevo agora minha última poesia.
Sem rimas... sem métrica... sem nenhuma melodia.
Só uma nota triste que em toda ela persiste: a mais corrosiva melancolia.
Em cada verso
Frio dormente.
Gotejo poemas na madrugada gelada.
É uma confusão na mente...
Desconfio... todo poeta sente.
Sou as marcas do tempo.
Sou as dúvidas que a todos assolam.
Sou o mar...
Sou o céu.
Sou o ar.
Ando rimando amores com dores.
Rindo pra não chorar.
Amando desesperadamente o que não sei amar.
Indo por um caminho que não tem volta...
Vendo na escuridão uma miríade de cores.
Sou a vida em você.
Sou tudo o que você sente e vê
em cada verso que vejo nascer.
MEU INVERNO
Surge uma estrela no céu.
Um cruel vento frio afronta
as árvores solitárias e nuas.
Em um reino, imerso em névoa,
brumas se entrelaçam nos meus sonhos.
Sem luar… sem mar… sozinha
A voz noturna do meu silêncio,
destrincha meu coração.
( Inverno - e os meus devaneios! …)
Corro todos os riscos no inverno.
Fecho meus olhos, vejo o que quero.
É melhor sonhar do que viver!
Saudade de você é vento frio no peito,
é tarde que demora a passar,
é silêncio gritando teu nome
em cada canto que eu olho.
Saudade de você tem gosto de ontem,
cheiro de abraço que não veio,
toque que a pele ainda sente,
mas as mãos já não alcançam.
E eu fico aqui,
tentando vestir o tempo com tua presença,
costurando lembranças na alma,
até que o destino te traga de volta.
A Dádiva
Numa casa pobre,
onde o chão é frio
e a mesa tem mais remendos que pão,
uma mulher cozinha.
Não tem quase nada —
só dois filhos de olhos grandes
e um coração que lhe sobra no peito.
Então frita esse coração
como se fosse alimento.
Fá-lo sem pensar em sacrifício,
sem esperar glória,
sem procurar virtude.
Fá-lo porque é o que há a fazer.
E ao dar-se assim,
inteira,
sem palavras grandes
nem promessas de eternidade,
torna-se mais livre
do que todos os senhores do mundo.
Os filhos olham
e não sabem ainda
que assistem a um milagre:
não o da multiplicação dos pães,
mas o da multiplicação do amor.
Ela,
sem o saber,
ensinou-lhes tudo.
Deixar eu ser o fogo que te aquece
O frio que te arrepiar me deixar ser o vinho que te embriaga.
E deixar ter alucinações ofegantes de amor .
Me deixar ser o prazer que lhe sasciar no momento mais único de uma noite fria.
Queria ser o lençol que te abracca na madrugada
Queria ser o batom toca suave mente seus lábios.
Queria ser tudo isso . E muito mais além disso pena que no presente momento não passo de um inusitado amante do amanhã que sonha acordado sem poder realizar .
A DAMA...
A pura dor do odio e amor
Por lindas mulheres mortas
Com o coração frio e gelado
Sendo mortas e esfaqueadas.
Mulheres indefesas e mortas
Homens em conflito e loucos
Por sangue de poder e forças
Viram enlouquecidos carrascos.
Choram e gritam por morte
Os cavalheiros enfraquecidos
Sem as belas damas da noite
Viraram vagantes noturnos.
Morram, morram seus malditos
Dependes e sedentos por sangue
Seremos seus piores pesadelos
E nos vingaremosamargamente.
Da vida
E é a vida a se tecer.
Fios que se entrelaçam.
Noites e dias que se sucedem.
Faz frio.
O vento sopra forte.
As folhas das árvores caem.
As flores florescem deslumbrantes por aí.
A estrada que se faz.
A vida se tece entre sinapses...
Um pensamento aqui.
Um pensamento lá... bem distante do aqui e agora.
A vida que se fez.
E a alma permanece perdida nos labirintos do ser...
ou do não ser.
Tanto faz. Tudo realmente tanto faz.
A vida se tece. Simplesmente acontece.
Quando a Noite Cai
Quando a noite cai
e o frio desce devagar,
vem com ele a angústia —
silenciosa,
sutil,
letal.
Quando o frio me visita,
sinto falta do teu calor,
aquele que apagava
toda dor,
todo medo,
toda solidão.
Quando percebo tua ausência
no eco da casa vazia,
bebo tuas palavras guardadas,
e nelas,
me cura a poesia.
Quando olho ao redor
e não te encontro,
as lembranças surgem —
nítidas, quentes,
com o gosto do nosso
último beijo.
E quando tudo silencia,
até o tempo se recolhe…
Fecho os olhos —
e, inevitavelmente,
é em ti
que meu pensamento dorme.
Terça-feira, nessa madrugada silente,
despertei com a alma firme e persistente.
O frio da noite não apagou minha chama,
os planos de ontem hoje viram trama.
Objetivos traçados com fé e clareza,
desbravo o escuro com minha fortaleza.
Enquanto o mundo dorme, a mente avança,
nasce a conquista, regada de esperança.
"Fez frio essa noite, e a fantasia de ter você me aquecendo o corpo, me inflamando a alma, roubou-me o sono.
Eu quero o seu aconchego, clamo por seu amor, mas me pergunto: O seu coração tem dono?
Caso tiver; o que farei com o meu? Que já depus sobre os seus pés: Terei seu abandono?
Mal entrei no seu ringue de desilusão, um olhar foi nocaute, já estou na lona e ainda nem soou o gongo.
Tentar esquecer-lhe é tolice, pra que o whisky, se é o seu beijo, que me deixa tonto.
O perfume me inebria a mente e fico zonzo.
Fazer que não é paixão, é finjir-me de sonso.
És princesa, da beleza rainha, fazei de meu coração, vosso trono.
Acordo na madruga fria, ao léu, atônito.
Tento dormir novamente e não consigo, pois a fantasia de ter você me aquecendo o corpo, me inflamando a alma, roubou-me o sono..."
Hoje está sendo uma noite fria e sem estrelas,
amanhã será um dia frio e sem brilho.
O calor e a luz dos astros se foram com ela.
"Meio de Caminho"
Um calça o saber,
o outro, o pão.
Um pisa o chão frio da ciência,
o outro, o chão duro da vida.
Branco de esperança,
preto de persistência.
Ambos não brilham por si,
mas pelo fim que sustentam.
Dois sapatos, um destino:
ser ponte onde não havia caminho.
No silêncio frio da madrugada, Ana caminhava pela cidade vazia com os fones nos ouvidos e a cabeça cheia de perguntas que não sabia responder. O céu, encoberto por nuvens pesadas, parecia sentir o mesmo peso que ela carregava no peito. Era como se até as estrelas tivessem desistido de brilhar para ela naquela noite.
Trinta e dois anos. Era isso que diziam os documentos, os espelhos, os olhares que ela cruzava pelas ruas — e ainda assim, parecia que sua alma tinha séculos. Uma existência em preto e branco, onde os tons de cor vinham apenas quando cantava. A música era a única coisa que ainda a fazia respirar fundo, mesmo que cada nota saísse carregada de dor.
Veio uma lembrança de tempos em que sentir dor parecia romântico. Agora, doía mesmo — e não havia poesia nisso.
Porque talvez, pensou Ana, o sentido da vida não fosse encontrar um propósito. Talvez fosse apenas seguir em frente mesmo, cantando para as sombras, até que alguma luz decidisse voltar.
