Poesias sobre o Chamado de Deus
Só de uma regalia não abri mão nesses anos todos de pasto e vento: a de falar alto, sem freio nos dentes, sem medir consideração, seja em compartimento do governo, seja em sala de desembargador.
A beleza dela morava em casa avarandada, com um jardim de bogari que ainda hoje, tantos anos passados e rolados, remexe em minhas lembranças.
De letra eu nem queria sentir o cheiro. O trabalho que Ponciano mais apreciava era o andar na poeira de um bom rabo de saia, serviço que ainda hoje é de minha especial inclinação.
Meus dias no Sossego findaram quando fui pegado em delito de sem-vergonhismo em campo de pitangueiras.
As provas experimentais da ação divina no mundo são tão abundantes, que qualquer um que se meta a discutir a existência de Deus sem tê-las estudado deve ser considerado um charlatão incurável.
Sua luta contra as armas de fogo é a mesma contra o inferno! Não é obrigatório, compra quem quiser. Agora, querer ganhar uma do governo populista na cesta-básica é uma prova que lhe falta cidadania.
"Nem toda presença depende da capacidade de um toque, ate porque existe muita ausência em alguns abraços"
"O acúmulo dos anos o convenceu de que, depois de muito andar, há sempre uma graça reservada aos retornos. Não pensou muito. Seguiu o movimento do desejo. A primeira foi encontrada. Uma estrada interior. Só é possível retornar ao lugar de partida depois de tê-lo reencontrado nos albergues de si mesmo. A saudade é o bilhete que antecede a estrada. Depois que o desejo de retorno está aceso, o destino de voltar requer iniciativa menor. Um transporte que nos faça sair, e já estamos nos preparativos da chegada. E assim se deu com ele."
As vezes penso que as respostas virão. As vezes, não. Olha ao longe e o que vejo é o espelho do tempo, convicções implorando por adoção. O mundo mais raso me desagrada. E preciso buscar os recantos onde ainda existe profundidade que favoreça o mergulho. Eu não me adapto às estruturas da superfície. Seria o mesmo que ser mortal além da conta. Mas sou mortal. Não quero ser, mas sou.
Existem acontecimentos que não combinam com as palavras. Foram feitos para o silêncio, porque não podem ser tocados na sua inteireza. Qualquer descrição seria uma forma de empobrecimento.
"Até que a morte nos separe." Antigamente era mais fácil dizer isso. Havia mais disposição para ver o tempo passar, menos pressa, porque as distâncias eram maiores. Quanto menor a distância, maior é a pressa e a ansiedade de chegar.
A experiência normativa do processo: depois da tristeza, a alegria. Não a manifestação eufórica, irreal, mas a serena alegria, aquela que, antes de ser externada, nós construímos no silêncio do coração.
Organizar o luto talvez seja isso: recolher o que da vida restou. E como é belo recolher o amor e suas respectivas saudades. É uma forma de afirmar que a vida não foi em vão. Não foi uma experiência que passou pelos vãos dos dedos, mas registrou-se nas cordas do coração.
Ninguém é 100% certo, como também, ninguém é 100% errado. O que precisamos ser? Melhor a cada dia em nossa maneira de viver. Errar no varejo e acertar no atacado, desprezar e tentar não repetir os erros, e tentarmos fazer melhor o que temos acertado.
Reconhecer que errou é virtude rara, coisa dificil de empreender. Mas quem alcança essa graça, tem melhores dias em seu viver.
Há pessoas que fingem de você gostar, e só que resta é fingir acreditar. Não criar expectativas em sentimentos alheio, mas cuidar do amor próprio e fazer dele um forte esteio.
Surgimos no mundo, e aos poucos estabelecemos nosso marco existencial. crescemos, multiplicamos, e nos tornamos para muitos pessoa especial. Vidas que vem e que vai, alegria e tristeza também. Não há quem esteja imune, das dores que com o tempo nos vêm. Entre risos e prantos, seguimos na lida do viver, e a cada instante que passa, certeza nós temos que vamos fenecer.
Hoje estou atacado, palavras fluindo num instante. Dedo nervoso a comprimir o teclado. Pensamento em cadencia constante. Escrever é o resultado.
A dor da alma, quem não tem? No espirito faz chorar. E em prantos que por vezes transbordam e inunda o olhar.
A humanidade busca ciência, mas muitos desprezam o discernimento. O equilíbrio se faz necessário, entre conhecer e ignorar, saber separar as coisas, na arte de conduzir a vida diligentemente. Não é tarefa das mais fáceis, porque a História se encarrega de mostrar, que grandes e pequenos, sábios e ignorantes, ricos e pobres, todos perecerão num dado instante. Toda vida segue às mais diversas modalidades de extinções, portanto, vivamos de tal maneira, que possamos alcançar a eternidade em muitos corações.
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