Poesias sobre o Chamado de Deus
A POESIA
A poesia é um momento,
É mesmo um sentimento
Que brota de dentro da gente.
Numa hora inesperada
Transforma as nossas ideias
Nas mais sublimes palavras.
Ela instiga o pensamento
A botar fora o que tem dentro:
A visão peculiar
De um mundo tão singular.
A poesia é o desenho
Da alma do seu autor.
É um esboço, um retrato
Do seu amor, do seu regaço,
De tudo que ele enxerga
E a todo o mundo revela.
Ela transborda e alcança
Almas de adulto e criança,
Fazendo amanhecer
O que estava a entardecer.
A poesia é muito viva
E é toda feita de luz.
É a arte que conduz,
Numa estrada escondida,
Os sentimentos de quem
Enxerga com os olhos da vida,
Ela revela, com simplicidade,
A beleza de tudo aquilo
Que existe de verdade.
A poesia é isso,
Sem mais ou menos.
Ela é o adormecer sereno
De quem sonha acordado,
De quem vive embriagado
Com as coisas simples da vida:
Amor, felicidade,
Encantamento, cumplicidade.
Poesia é ternura,
É salvação, é candura.
É o "ser enamorado"
Que pela vida é inspirado
A ver o que ninguém viu
E mostrar que o viver é sutil.
Nara Minervino
O QUE EU FAÇO DE MIM
Eu me visto de mim mesma
E uso as máscaras da minha própria imaginação,
Porque sou exclusivamente responsável
Pela minha felicidade e por minhas desilusões.
Não posso, pois, despir-me do óbvio,
Que é estar dentro de mim todos os dias.
Ninguém responde pelo que eu sou,
Além daquela que eu criei para mim:
Eu mesma!
Nara Minervino
ESPELHO, ESPELHO MEU
Espelho, espelho meu,
Responde aos meus devaneios:
Quem conduz a minha vida
São meus desejos e anseios?!
Espelho, espelho meu,
Esclarece a mim meu destino:
Os frutos das minhas conquistas
Virão dos meus sonhos divinos?!
Espelho, espelho meu,
Tira de mim uma dúvida:
Quem merece o meu amor
É quem deu a mim mais calor?!
Espelho, espelho meu,
É verdade o que agora digo:
O meu amor, meu amado,
Já está vindo a caminho?!
Oh, meu espelho!
Oh, espelho, espelho meu!
Tantas respostas me destes,
Mas nenhuma me convenceu.
Eu mesma, por mim somente,
Resolvi seguir em frente.
Vou levando a minha vida
Tão sozinha e simplesmente,
Que até o mais mágico espelho,
Para mim se fez indiferente.
Mesmo que queiras mostrar
O destino dos planos meus,
Não vais nem adivinhar
O que a vida me prometeu:
Me abrir portas e janelas
Pra que eu possa contemplar
As vilas e flores tão belas
Por onde eu hei de passar.
De ti não vou mais precisar,
Mas de força e de coragem,
Pra encarar essa vida
Sem medo e com muita vontade,
Porque só de mim que depende,
Minha própria felicidade.
Não pense que eu sou ingrata
Nem dei a você seu valor,
Mas, agora, meu nobre espelho,
Está em mim descobrir quem eu sou.
Agradeço todos os conselhos
Que sempre esteve a me dar.
Mas preciso te deixar livre,
Pra minha fortaleza entrar
E mostrar os novos caminhos
Os quais só eu vou trilhar.
Nara Minervino
A maior vítima do homem é ele mesmo, quando destila seu veneno fatal e esquece de que está mordendo o próprio rabo.
Nara Minervino
Os efeitos da vida são como bumerangue: lançamos para onde e para quem quisermos, mas ele sempre voltará em nossa direção.
Nara Minervino
CONFIAR...
É pisar firme em areia movediça, mesmo sabendo que não tem ninguém à vista.
Nara Minervino
ABSTRATO É...
Gostar de quem não merece,
Esperar por quem não vem,
Contar com quem não faz e
Compreender quem não se entende.
Nara Minervino
CONCRETO É...
Amar quem nos ama de volta,
Querer quem nos quer por perto,
Acreditar em quem de nós não duvida e
Esperar por quem não vai faltar.
Nara Minervino
POETIZANDO A VIDA
POEMIZE-SE!
Versifique cada etapa de sua vida em estrofes concretas.
RIME-SE!
Combine os seus desejos com as oportunidades a você oferecidas.
POESIE-SE!
Metrifique suas atitudes de acordo com o tamanho dos seus sonhos.
Nara Minervino
DESISTIR
Decisão acertada de quem
Escolhe a
Sabedoria em detrimento da
Ignorância. Essa é a
Solução que
Tateia o coração daqueles que se
Inflamam de paz interior e de
Respeito a si mesmo.
Nara Minervino
Não se culpe tanto!
Se você não fez a coisa certa, pelo menos não ficou esperando as águas do rio baixarem, enquanto faz um temporal que não cessa.
Os resultados não vêm de quem espera, mas de quem não se intimida.
Nara Minervino
Não desejes o céu,
Se não te permites voar,
Nem queiras ver o mundo de cima,
Se os pés não te permites tirar do chão.
Nara Minervino
TEORIA E PRÁTICA
Teoria! Oh, teoria!
Vós sois tão bela e tão perfeita!
Mas...
Por que vives tão distante da prática?
Por quê?!
É muito de ti que estudo,
Mas é tão pouco de ti que encontro!
Prática! Oh, prática!
Vós sois tão real e tão efetiva!
Mas...
Por que vives tão longe da teoria?!
Por quê?!
É muito de ti que eu vivo,
Mas é tão pouco de ti que entendo!
Nara Minervino
A VIDA NÃO VACILA
A vida não dorme no ponto.
Você planta.
Você semeia.
Você faz o seu arado,
Mas colhe, exatamente,
Tudo aquilo que está plantado.
É a vida dando o seu recado!
Nara Minervino
SAUDADE
Saudade a gente sente,
Mas ninguém a define.
Ela acerta bem na alma
E ao coração reprime.
Traz uma dor pro peito
Que nos pega bem de jeito,
E, sem entender direito,
A gente vai definhando,
O corpo vai reclamando
E a mente vai divagando.
Saudade é mesmo uma coisa
Que não tem gosto nem cheiro.
Que ao toque não se permite
Nem um só abraço admite.
Porém, ela envolve a gente,
Tão forte e tão de repente,
Que, quando a gente pressente,
Ela já está instalada,
No peito tão alojada,
Que o que podemos fazer
É aceitar e entender
Que essa saudade insana
Só sente mesmo quem ama
E ama sem ter por quê.
Nara Minervino
DOIS SERES ESTRANHOS E UMA JOVEM
Na avenida escura
Uma jovem seguia só.
Olhando ao seu redor,
Viu, voando e cuspindo fogo,
Um homem com boca de lobo
E corpo de labrador.
Não soube o que fazer:
Fugir, gritar, lutar.
Ele viera o seu corpo assar.
As garras de suas mãos,
Afiadas e pontiagudas,
Queimavam feito brasas de carvão.
De repente, num relance,
Outro estranho ser aparece
E o seu pavor mais aquece!
Um embate! Que surpresa!
O estranho feito de gelo
Esfria as garras quentes das labaredas.
Que felicidade! Que alegria!
Acabou-se a confusão
Com a jovem ainda no chão.
E aquele ser todo gelado,
Tendo ficado enamorado,
Derreteu e desceu pelo ralo.
Que lugar mal-assombrado!
QUANDO EU TE AMEI
Se você me perguntar
Em que momento eu te amei,
Em que medida eu te entreguei
O meu coração e o meu amor
E, dentro dele, também,
O fogo do meu calor,
Eu te direi, apenas:
“Há muito que sou de ti,
Que te vejo e fico a sorrir.
Não precisei de um ato
Ou de um momento exato.
Há muito que eu te amo,
Que te quero e que te chamo
Para bem junto de mim.
Te digo que, para eu te amar,
Bastou somente te olhar”.
Nara Minervino
A MENINA DA FITA VERDE
A menina da fita verde,
Fita verde no cabelo,
Tem um história bem triste
Que guarda bem em segredo.
Ela mora tão sozinha
Na maior casa do mundo
Que não tem cama e cortina
E que tem cômodos imundos.
A casa dessa menina
Não tem porta nem janela,
Não tem grade de ferro
E tem como vista a favela.
A menina da fita verde
Que brilha à luz da lua
Tem uma casa bem grande,
Pois sua casa é a rua.
Na casa dessa menina
Faz muito frio e calor.
Ela quase não come comida
E não tem nem cobertor.
Porém, mesmo na rua,
Ela não tira a fita verde,
Pois seu cabelo ela enfeita
E a faz esquecer fome e sede.
Nara Minervino
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