Poesias que Falam de Amor do Seculo Xix

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gangorra

a vida é
um vai e vem [ ... ]
habitue-se

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

boiada

não deixe nada para depois.
pois, o ontem já foi
o agora está sendo
e a saudade cobra os bois...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Canto em Versos

O meu poetar une versos
dos amores, dos reversos
porém, não são submersos
nem tão pouco dispersos...

É uma exaltação aos universos:
das trovas, dos mundos diversos
das dores e louvores tão imersos
nas palavras e sigilos complexos

De simples poemas abstersos...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

pena

o bom é que seja leve,
se não poder ser, releve...
e em nossa vida seja breve.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

de pé

na madrugada é quando
os pensamentos afloram
num sentimento infando
e agruras que choram
ilusões, em solitário bando

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

prova

com o passar do tempo
a vida nos prova
que tudo renova
aos maus reprova
e o que vale é uma nova trova...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

durex sed lex

não acho nem a ponta do durex
quiçá o fio da meada do viver
sempre escrevendo um novo índex

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

balé

o vento no cerrado gosta de bailar...
vai bailando entre os galhos tortos,
e desafinado é o seu trotar.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

porto

há uma saudade em mim no cerrado
ancorada nos barrancos ressequidos
são arrancos no peito em ronquidos
num espectral sentimento entalado...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

bula

a vida não tem ponteiro
marcando o andamento
nem letreiro,
guiando o sentimento

divirta-se!
tudo é momento!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DA AUSÊNCIA

O cerrado já não mais é meu confidente
o pôr do sol não mais ouve o meu plangor
os cascalhos do segredo fazem amargor
e a saudade já não mais está condizente

Não mais estou melancólico no rancor
nem tão pouco sou aquele imprudente
e ao vento nada mais contei contente
deixo o tempo no tempo ao seu dispor

Até da recordação eu tenho medo, dor
o entardecer tornou-se inconcludente
e o olhar se perdeu nas ondas de calor

O poetar fez da madrugada noite ingente
carente nas buscas do tão sonhado amor

e hoje o meu eu no cerrado está ausente

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
06/06/2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO SOLITÁRIO

Ó tu, que pelo fado, onde te encontrar?
pode se achegar, estou aqui sozinho
por aqui vais deparar com meu carinho
e no não ter amado, serás tu o meu amar?

O cerrado da solidão me fez um ninho
seus tortos galhos, cenário pra eu chorar
tuas folhas secas papel para eu poetar:
o silêncio, as agruras, a dor e o desalinho

Segredados a lua em tristes noites de luar
largando o meu árido peito num pelourinho
ali só, nu, macambúzio até o último sangrar

E se você chegar, já tenho a taça de vinho
pra brindarmos, e a ti vou então declamar
meus versos que pra te fiz no meu caminho

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
11/06/2016, 06'22"
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

rebento

depois da gestação do estio
a nuvem desembrenhou
no cerrado, e num envio
de seu rebento
num magnifico sobrevoo

chove... neste momento!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
18/10/2019
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

LAMENTOS NO CERRADO (soneto)

Só, me encontro no cerrado cinzento
e acumulo agruras bem guardadas
das utopias na aridez desmaiadas
dos sonhos perdidos além do tempo

Tal qual pequizeiro de flores delicadas
que brotam no sequioso pasto sedento
meu temor e saudade faz de rebento
como as floradas nas secas galhadas

Quanto vil doloroso gemido em mim
assim como folhas secas num jardim
no seu fado, voam ao vento turbulento

Eu aqui, descrente no cerrado, vivo assim,
poetando lamentos tão irreverentes, enfim,
o fato é que a vida é feita de revoadas...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
12/06/2016, 06'06"
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

requinte

as rosas, com certeza...
são poemas lindos da natureza
sua poética, elegância e beleza
poetam o olhar com odor da pureza

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO À ARAGUARI

Os pés da infância de te é distância
O olhar ainda em ti é de lembrança
Que veem e choram na sua fiança
Dentro do peito com significância

És cidade mãe, de minas a aliança
Em ti sou vinda, a mim és rutilância
De alusão, quimeras e substância
Desenhando e roteirizado herança

Vida que morre, é tal, a vida que vive
Caminhando comigo, assim, mantive
A minha história, que eu nunca perdi

Menor dos meus desejos, de te tive
Boas memórias, em ti sempre estive
És flor na lapela: altaneira Araguari!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2016
Cerrado goiano
128 anos de Araguari (MG)

Inserida por LucianoSpagnol

Haver

Gestos que a vida fez
o ouvido não quis ouvir
replicou mais de uma vez
e o olhar não pôs a sentir...

Falar, é fácil de dizer
crer, é que é difícil
a palavra tem poder
e entender, ofício...

Não se deixe dissuadir
a quem não diz tudo
mais vale muito sorrir
que um coração mudo...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

adubo

para um jardineiro nunca falta ferramentas
plantas e a terra para plantar
mas o adubo, ah, este vem da alma para tudo florar...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

fortuna

não sou bonito
nem tão pouco tenho ouro ou prata
mas trago encanto no olhar
sorriso e a vontade de sempre amar
e nunca deixo de poetar

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ESTIAGEM NUM SONETO

Eu grito por chuva, intensa e forte
pra encharcar o cerrado ressequido
tão sofrido, que clama num alarido
por gota d'Água, num altivo porte

Eu vozeio pelo vento desmedido
soprando humidade num suporte
pra este chão carente e sem sorte
chovendo vida, e o vivo permitido

Também a natureza uiva de morte
aos céus, que acabe o sofrer infindo
tombando a chuva sem ter recorte

O sol regente do sertão, intervindo
se faz ufano, intenso, num aporte...
E a chuva, ah! Essa, não vai caindo!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol