SONETO DA AUSÊNCIA O cerrado já não... Luciano Spagnol - poeta...

SONETO DA AUSÊNCIA O cerrado já não mais é meu confidente o pôr do sol não mais ouve o meu plangor os cascalhos do segredo fazem amargor e a saudade já não mais... Frase de Luciano Spagnol - poeta mineiro do cerrado.

SONETO DA AUSÊNCIA

O cerrado já não mais é meu confidente
o pôr do sol não mais ouve o meu plangor
os cascalhos do segredo fazem amargor
e a saudade já não mais está condizente

Não mais estou melancólico no rancor
nem tão pouco sou aquele imprudente
e ao vento nada mais contei contente
deixo o tempo no tempo ao seu dispor

Até da recordação eu tenho medo, dor
o entardecer tornou-se inconcludente
e o olhar se perdeu nas ondas de calor

O poetar fez da madrugada noite ingente
carente nas buscas do tão sonhado amor

e hoje o meu eu no cerrado está ausente

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
06/06/2016
Cerrado goiano