Poesias que Falam da Natureza
Depois de chover intensamente, foi possível observar que um linda rosa havia acabado de ganhar algumas pérolas, feitas das gostas da chuva,
exaltando as suas pétalas vermelhas numa aparência intensa e cheia de elegância durante uma ocasião amável, singela, simplesmente, emocionante,
colorindo ricamente um dia nublado através da vida de uma natureza elegante que por alguns instantes deixou os meus olhos fascinados.
Desacelerar para Avançar
Na pressa dos dias que correm
Perdemos um pouco de nós —
Entre compromissos e telas
Esquecemos do som da voz.
Do riso solto em família,
Do abraço que não tem fim,
Do olhar que entende e acolhe,
Do silêncio que diz: "tô aqui".
A natureza sussurra segredos,
Em folhas, ventos e chão.
Ela fala de Deus em detalhes,
No canto sereno do coração.
É preciso parar, respirar,
Permitir-se sentir, escutar.
Pois só quem se permite a pausa
Descobre novas formas de caminhar.
Procure usar palavras lindas, pois elas soam como um abraço na alma, olhe e contemple a criação de Deus e sinta a paz que acalma o coração.
Você precisa captar algo profundo: a beleza da pausa, a força que vem do reencontro com o que é essencial. Em meio ao ruído do mundo, parar para escutar o som dos pássaros, o riso de uma criança ou até o silêncio compartilhado com quem ama… é nesse espaço que o coração respira.
A natureza é uma ponte entre o humano e o divino. Ela não tem pressa, mas tudo nela avança — e talvez esse seja o segredo
Deságua
Sou rio, mas não mando em mim.
Nasço tímido entre pedras,
um fio d’água sem dono.
Aprendo cedo a correr,
a buscar o mar sem perguntar.
As pedras me ensinam desvios.
As margens me lembram limites.
Aceito ser água que passa,
que abraça, que perde e que segue.
Se um dia seco, o barro me guarda.
Se transbordo, o mundo me teme.
Mas a vida não me espera—
ela deságua mesmo quando eu já não estou.
Certas belezas podem passar despercebidas, devido a sutileza de detalhes que apresentam, cores e formatos diversos,
espalhados pela natureza, uma exposição que está constantemente viva e em movimento, então, graças a Deus,
que eu também tenho o meu lado detalhista, imprescindível, os olhos voltados para estas artes tão características do talento incomparável do Artista Divino.
CICLO DA VIDA
A vida é como as marés, vai e volta sem cessar,
como o vento que se espalha e retorna ao mesmo lugar.
Se um galho ao chão se quebra, logo um novo há de brotar,
e a gente segue em frente, sempre pronto a recomeçar.
O rio nunca descansa, corre livre sem temer,
mas se a seca lhe castiga, vem a chuva a refazer.
Assim também é a jornada, de quedas e evolução,
onde a dor ensina o rumo e o renascer é a lição.
No compasso desse ciclo, somos folha, tronco e flor,
somos sol que aquece a terra e a semente em seu labor.
A vida dança nos ventos, entre o riso e a aflição,
mas no fim, o que nos resta, é sempre a esperança e o pulsar do coração.
Aos que Virão: V
A Terra não é herança, é empréstimo. Nossas mãos a rasgaram, envenenaram rios, sufocaram o ar com fumaça de ambição. Construímos desertos onde havia florestas; trocamos o canto dos pássaros pelo ronco de máquinas. Em nome do “progresso”, escrevemos o obituário de espécies inteiras.
Cuidado com a mentira de que destruir é desenvolver. Quem vende a natureza em pedaços não traz riqueza, traz dívida e vocês pagarão o preço. Os oceanos engasgam de plástico, o clima enlouquece, e o solo, exausto, já não nos sustenta e tudo isso enquanto aplaudíamos contas bancárias inchadas e corações vazios.
Não repitam nosso erro: a ganância veste terno, assina contratos, mas seu fim é canibal, ela devora montanhas, seca nascentes, envenena o amanhã.
Se ainda restar verde em seus olhos, protejam-no. A resistência começa quando se enxerga a vida como sagrado, não como recurso, plantem árvores onde deixamos cinzas; resgatem os rios que aprisionamos em concreto.
A natureza não pede perdão ela devolve, com juros, cada ferida. Salvem-se salvando-a. O futuro não é uma linha reta; é um círculo quebrado. Refazê-lo ou enterrá-lo: a escolha, agora, é de vocês.
Para os que Virão: Parte VII
Não permitam que a infância seja engolida por retângulos de luz, pois, as telas são um veneno doce, que adormece mãos curiosas e aprisiona olhos que deveriam decifrar o mundo. Exijam que as crianças caiam no chão, risquem os joelhos, sintam a terra úmida escorrer entre os dedos. A lama não é sujeira: é tinta, é mapa, é o primeiro diálogo com a vida real.
Há uma conspiração silenciosa para substituir o cheiro de grama molhada por notificações, o susto de uma minhoca por likes. Resistam. Brincar na terra não é nostalgia é treino para ser humano, é ali que se aprende a criar com o que existe, a frustrar-se com as formigas que invadem o castelo, a celebrar a tempestade que arrasa tudo. A tela ensina a consumir; a terra, a transformar.
Não tenham medo do tédio, do barro nas unhas, do silêncio que parece vazio. É nele que a imaginação cresce raízes. Seu futuro não será salvo por algoritmos, mas por mãos que sabem semear.
Desliguem. Cavem. Existam.
Quando as encarou de frente
O que as árvores e teus medos te disseram?
Quais são as verdades que o vento te sussurrou?
Quais murmúrios dos riachos você ouviu?
Quantos quilômetros contigo mesmo você caminhou?
Talvez o que tenhas ouvido não tenhas conseguido decifrar
Ou nem tudo lhe foi desvendado
Quem sabe achaste aquilo que nem ao menos procurou
E procurou aquilo que não se pode encontrar
Segue com Fé pelo Caminho
Assim, quando as tuas respostas chegarem
E tuas dúvidas se esvaírem num brisa
Te olhando de frente estarei aqui
Com os ouvidos e coração aberto
Para poder te escutar
E caminharmos juntos uma vez mais
E se o vento ainda soprar perguntas sem respostas
E os passos ainda ecoarem incertezas na trilha
Que a jornada te ensine a abraçar o desconhecido
Pois nem sempre é preciso entender
Às vezes é necessário apenas sentir
E saber que nunca nesta vida
Se caminha realmente só.
Nicole, és a brisa que toca o jardim,
O sussurro do vento, o começo e o fim.
És o canto das aves ao raiar da manhã,
A dança das folhas na luz que se espalha.
Tens a força das águas que correm no rio,
O calor do sol que afasta o frio.
No brilho das estrelas e no luar profundo,
Nicole, és essência que enfeita o mundo.
És o verde das matas, o cheiro da terra,
O silêncio que reina onde a paz se encerra.
És o ciclo que guia a vida a crescer,
Nicole, és o espírito do bem-querer.
Teu nome ecoa nas montanhas e vales,
Nos campos floridos e nas grandes margens.
Onde estás, a natureza se faz canção,
Nicole, és a vida em cada estação.
Ninguém consegue explicar
Como é que um pinto novo.
Se gera dentro do ovo,
Sem ter entrada de ar.
Sem poder se alimentar
Nem tão pouco se mover.
Chega a hora de nascer,
Quebra a casca e sai piando.
E a natureza mostrando
Como é grande o seu poder.
Eu admiro a semente
Na superfície do chão.
Fazer a germinação
No leito da cova quente.
Na hora conveniente,
Morre pra depois nascer.
Quando nasce vai crescer,
Com a chuva lhe regrando.
E a natureza mostrando
Como é grande o seu poder.
Poeta Xexéu
Santo Antônio do Salto da Onça RN Terra dos Cordelistas
Queda que eleva o espírito, águas cristalinas que caem pelas pedras, amostras do poder divino que mostram o que é ter uma persistência contínua, seguindo o seu fluxo,
enfrentando os empecilhos por mais fortes que pareçam, uma perspectiva que faz com que uma cachoeira seja bem mais do que um belo atrativo da natureza, onde estive recentemente
e pude desfrutar de um dia incrível como tomar um banho de vida, que me deixou naturalmente reflexivo e refleti sobre este ponto de vista que para mim, é imprescindível, assim, este meu simples poema ganhou vida.
[Retrato]
Já era quase metade do verão
Em um parque por nós desconhecido
Sol de domingo à tarde, pós chuvão
Sentimento de foragidos
Inspiração para fotógrafos e mosquitos
Colecionamos olhares e sorrisos
Até um retrato de nós perfeito
Num momento Gostoso foi feito.
O sol se despede devagar,
tingindo o céu de ouro velho e sonho.
As nuvens, douradas, flutuam no horizonte,
e as sombras se esticam, preguiçosas.
O vento sussurra histórias antigas,
o dia se inclina, entregando-se à noite.
Tudo se banha em luz morna,
como um abraço que aquece a alma.
E ali, parado, contemplo o milagre,
uma obra que não pede aplausos.
Só o silêncio basta,
porque o ouro velho fala por si.
A cor do vento?
Invisível, claro!
Mas eu o sinto em cada suspiro do ar,
Em cada partícula do meu respirar.
É uma brisa sincera,
Que dança e descansa no vento do mar,
Que no imenso céu faz um pássaro voar.
É brisa suave que traz as árvores pra lá e pra cá.
Ele brilha nas faíscas que voam da fogueira,
E no fogo da paixão que me acende
Quando vejo o esvoaçar dos cabelos loiros da minha amada.
O vento é sensação!
Um sentimento de paz.
Então, se me perguntarem de novo...
Qual a cor do vento?
O vento tem todas as cores!
O azul calmante do céu e do mar,
O verde das árvores balançando ao luar,
No vermelho das faíscas distantes,
E no amarelo dos fios loiros numa tarde de outono.
Vou fazer o que com esse meu talento de ser um grande amante do vento?
Claro, te convencer a ser um também!
Livre, agradecido, trilhando por uma mata fechada, uma trilha aprazível, iluminada por alguns raios de sol, regada por alumas gostas de chuva,
ouvindo o som de pássaros, das águas, do farfalhar das folhas, conduzido pelos ventos, restaurando minhas forças, alegrando o meu espírito aventureiro,
cercado por uma natureza calorosa, bem receptiva, permitindo um momento naturalmente marcante, o qual revivo por intermédio de uma memória viva.
O mais passarinho de todos
O mais passarinho de todos soprou o vento,
e o pardal achou onde ficar.
Até a andorinha, sem mapa nos olhos,
desaprendeu a se perder.
O mais passarinho de todos bordou os rios,
escreveu caminhos sem pressa.
Fez o tempo andar de pés descalços
e me ensinou a brincar de novo.
O mais passarinho de todos acendeu as folhas de verde,
e o chão se ajoelhou em raiz.
Até as pedras, duras de silêncio,
aprenderam a escutar o orvalho.
O mais passarinho de todos desfez a distância do céu.
Coube no voo, na seiva, no barro,
e até na palavra que eu não sei dizer.
Eu, pássaro de asa murcha,
com sua ajuda, encontrei pouso.
Existe uma parábola japonesa na qual um homem entre a casa e o trabalho deparou-se com um largo buraco negro. Aproximou-se e, como não enxergava o fundo usou uma pedra para medir a profundidade. Não houve ruído algum. Intrigado, gritou: "Há alguém aí embaixo?" A única resposta que obteve foi o eco de sua própria voz. Em pouco tempo o buraco passou a receber sacos e mais sacos de lixo.
Meses depois o homem contemplava mencionado buraco quando desabou sobre sua cabeça um gigantesco saco de lixo. Ele olhou à sua volta, não viu ninguém e uma voz distante gritou: - "Há alguém aí embaixo?"
A natureza que está nos retornando toda agressividade que contra ela foi cometida.
Penso que a parábola também tem uma relação muito significativa com o lixo mental e deveríamos estar atentos quanto à qualidade de nossos pensamentos, sentimentos e atitudes.
De como me inventei
Passei meus dias em meio às coisas miúdas.
Aprendi com as borboletas a carregar nas costas o mundo,
e com os pingos da chuva, a fazer serenata no chão.
A torneira aberta dos céus
jorrava horas inteiras de poesia,
e eu, menino sem bicicleta,
inventava que as palavras tinham rodas.
Brincava de crescer pelos olhos,
onde cabia o universo e um pé de grama.
Ensinava o absurdo a se acomodar no meu quintal:
uma pedra virava amiga,
uma nuvem, brincadeira de adivinhar.
Enaltecer os ordinários era meu jeito
de me desconhecer um pouco por dia.
As frustrações, eu punha no varal.
Torcia minhas tristezas até o último soluço
e pedia ao sol que secasse tudo antes da próxima chuva.
Porque a chuva sempre volta,
mas as tristezas, se bem secas, viram outra coisa:
lençol para embalar sonhos
ou sombra fresca para esquecer o calor.
Assim fui me criando,
com as faltas vestidas de beleza
e com os vazios repletos de poesia.
Nunca esperei o fim chegar,
porque quem vive de esperar
não interage com o presente,
nem cresce pelos olhos.
Escolhi viver assim:
de mãos dadas com o invisível,
sendo mais do que sou.
Ou sendo menos.
Afinal, quem precisa de muito
quando tem o céu inteiro dentro de si?
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