Poesias Infantil de Chico Buarque
Viver intensamente ou não, o importante é sobreviver, lutar e vencer, chegar além, cruzar o horizonte do destino seu, cada qual em sua jornada rumo ao desconhecido amanhã.
Na escola é assim, os especiais são matriculados para socializar: desregradamente conversam, andam, enxergam, escutam, tateiam, atrapalham a aula dos outros. Errado é quem os apoia.
Que o estresse e a agitação do labor é capaz de suplantar o amor. Cuide do coração, o epicentro da sua emoção.
A coisa mais difícil e arriscada, na vida intelectual, é apreender um sistema, uma ordem, uma rede de conexões por trás de dados fragmentários e inconexos. No mínimo é preciso experimentar muitas hipóteses contraditórias até encontrar a que seja menos inviável, e essas hipóteses só acabam se revelando bastante tempo depois dos fatos transcorridos, quando várias tentativas já falharam (as famosas 'opiniões dos sábios', que segundo Aristóteles são o começo de toda investigação). Mas, no Brasil, as coisas mal acabam de acontecer e já aparecem mil espertinhos desvendando as conexões mais espetaculares por trás de tudo, sem nem mesmo cogitar de outras hipóteses possíveis.
Este mundo desgraçado esforçando-se para tirar de mim tudo que o amor construiu: quando você me desclassifica por critérios egoístas. Mas, não me empolgo em sua companhia
Se aparece um cidadão que dá ordens à tempestade e ela obedece, manda os peixes caírem na rede e eles caem, manda as doenças sumirem e elas somem, manda um morto voltar à vida e ele volta, é mais sensato acreditar nesse cidadão ou numa comunidade de profissionais que estão a todo momento cavando verbas colossais, disputando prestígio e se desmentindo uns aos outros? Só um cretino acha que a comunidade científica é mais confiável do que Nosso Senhor Jesus Cristo.
Por que meditar a Paixão de Cristo? Porque o padre mandou? Para se fazer de santinho? Para fazer um bonito sermão? Para sofrer sem motivo? Nada disso. Meditá-la porque ela é o centro, o eixo em torno do qual tudo gira, o único acontecimento, desde a Criação do Mundo, que se passou sem jamais passar; que está sucedendo eternamente a todo instante quer você pense nele ou não.
Meu machismo é assim: resiste a sua superioridade e se suaviza à igualdade dos gêneros. Meu machismo é estúpido não entende quando elas põem o peito nu em redes sociais, mas se um cara divulga é um crime, ele vai para a prisão e paga fiança, mas mudou o fato de que eu vi peito na campanha feminista.
Se as leis da razão não têm em si mesmas o princípio da sua própria inteligibilidade, então recebem essa inteligibilidade de fora [...], o que é autocontraditório. Mas, se a razão universal ou conjunto das relações lógicas possíveis tem inteligibilidade em si mesma, ela própria tem de ser inteligível a si mesma, portanto é não só inteligível, mas também inteligente. Qualquer tentativa de negar isso leva a contradições insuperáveis.
Não faz sentido explicar o universo físico em termos de relações matemáticas e ao mesmo tempo condicionar essas relações à existência do mesmo universo, como se fossem meros fatos empíricos e não leis incondicionalmente válidas, independentes de qualquer universo. Ou as leis da razão são eternas, ou toda e qualquer explicação do que quer que seja é história da carochinha.
Eu não poderia jamais ser um filósofo universitário. Não há praticamente debate universitário de filosofia que não me pareça errado desde a base, porque não parte da 'presença total' e sim da divisão universitária das disciplinas. E estou falando das universidades sérias.
Nascemos para viver como rosas naturais com espinhos, mas somos adestrados para viver como rosas de plástico e, no final, deixarmos a vida como rosas de papel.
Felicidade é um estado de contentamento. Somos felizes a partir do momento em que valorizamos o que temos e não o que tivemos ou o que teremos.
O Brasil precisa de uma reforma ética. Se queremos uma nação governada por pessoas integras, a nação precisa ser reconhecida por sua integridade e retidão, nada disso será feito sem antes aniquilarmos com o "jeitinho brasileiro"
Nascemos com palmada no traseiro. Mais tarde, se nos portarmos conforme a sociedade deseja, tomamos tapinhas nas costas e, só ao final da existência, percebemos que passamos a vida levando na cara.
Nem todo mundo nasceu para estudar, obrigam à escola quem, o Aristóteles diria infelizes por não praticarem suas virtudes, dons e habilidades naturais. ...Cabeça de repolho não nasce para aprender: "Você pode liderar uma horta, mas você não pode fazê-la pensar." E o governo joga a culpa no horticultor pelos baixos índices intelectuais. Todo gráfico bonito é um milagre.
Se a consciência que tenho de mim mesmo — a identidade do meu “eu”– fosse um efeito da continuidade corporal, ela seria inconstante e mutável como os sucessivos estados do meu corpo, e não haveria por trás destes uma consciência constante capaz de registrar, comparar e unificar num conceito geral estável as mudanças que o meu corpo sofre. Se fosse um produto da impregnação linguística, um simulacro de identidade introjetado pelo uso repetido do nome e do pronome, como faria eu para saber que o nome pelo qual me chamam e o pronome pelo qual me designo se referem a mim? Se, por fim, fosse um resultado da abstração que por trás dos estados apreende a unidade da substância, QUEM, pergunto eu, operaria o mecanismo abstrativo? Conclusão: a identidade do meu eu é independente e transcendente em face do meu corpo, da linguagem e das operações da minha inteligência abstrativa. É uma condição prévia sem a qual não pode haver identidade corporal, nem linguagem, nem pensamento. A identidade do “eu” é a própria unidade do real que se manifesta na existência de uma substância em particular que sou eu. Nenhuma explicação causal tem o poder de reduzi-la a qualquer fator, pois é ela que unifica todos os fatores. A existência do “eu” é o inexplicável por trás de tudo o que é explicável.
Só a filosofia e a poesia podem expressar a experiência humana concreta, com a condição de que não pretendam abrangê-la e explicá-la, mas apenas designá-la para seres humanos que a vivenciam tanto quanto o filósofo e o poeta e que, tal como estes, não têm o poder de abrangê-la e explicá-la. [...] Por “poesia” entendo, no caso, “arte literária em geral”.
Xavier Zubiri demonstrou, sem erro, que “realidade” é o correlato objetivo da cognição humana enquanto tal. Todo experimento científico se dá DENTRO do campo dessa cognição e não tem como transcendê-lo. Tem, isto sim, como substituir entidades matemáticas aos objetos reais e confundir “mais exatidão” com “mais realidade”.
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