Poesias Infantil de Chico Buarque
lagrimas azedas
lagrimas doces
lagrimas azuis
lagrimas pretas
lagrimas reais
lagrimas de crocodilo
lagrimas brilhantes
lagrimas artificiais
lagrimas doentes
lagrimas inexplicáveis
lagrimas de açúcar
lagrimas de raiva
lagrimas acidentais
lagrimas prazerosas
lagrimas nos livros
lágrimas realmente reais
Comecei a vida nadando,
cresci pedalando,
fiquei jovem sonhando
e quando me vi homem
descobri que a vida,
a gente passa trabalhando...
Como as coisas devem ser?
As coisas devem ser exatamente do jeito que elas são, até porque se não fosse assim, não iríamos entender nunca como elas funcionam.
Tudo nessas “coisas” tem um propósito, as vezes a gente pode não entender, mas pode demorar o quanto for, um dia vamos descobrir.
Nem sempre elas vão funcionar do jeito que a gente quer, elas podem funcionar do total oposto, mas devemos levar isso como uma lição, até porque a vida ela não vai ser do jeito que a gente quer, devemos levar isso como uma lição de moral, que mesmo que a gente não goste, devemos aceitar o que elas são.
É péssimo você querer que uma coisa dê certo e não dar, isso serve para tudo, relacionamentos, amizades, família e tudo que você conseguir imaginar.
Isso serve para nos mostrar que não temos o controle de tudo e que mesmo que se tivéssemos, as coisas ainda assim, seriam do jeito que elas são.
Nada muda, você tenta, muda aquilo, faz esse outro, mas no fim, nada muda. Até porque essas coisas que nós tentamos mudar de nada foi o nosso esforço por elas, até porque, as coisas nunca mudam.
Pode ser difícil ler essas coisas, mas como já dizia um grande sábio do século XXI: “aprenda a ouvir a verdade, não importa o quão difícil seja, apenas ouça”, no fundo ele tem razão, não podemos querer mudar as coisas até porque, é a simples verdade que nós não queremos aceitar.
Anos sem falar.
Me veio lembranças que não se apagaram. Sinto só em meio a solidão do meu peito. Me divido entre saudosista e entre o que virá pela frente,
O futuro é incerto demais.
Vivo um dia após outro
Esperando sempre alguém que não sei Quem é ou existe assim vou vagabundo pelo meu só em busca de algo
Que jamais virá.
Quando um cego finalmente consegue enxergar.
Ele jogará fora a sua bengala que auxiliou ele a andar por vários anos.
OBS: (Isso não é sobre bengalas).
3Fs da colheita!
Os três (F,s) que se fizeres algo de bondade ou com maldade terá o resultado na colheita...
Faz, fez, fará.
Podem até não crer, desdenhar, não temer, rir ou chorar.
Mas dês que mundo é mundo, regra é regra.
E a lei da semeadura Se faz cumprir.
O autor sendo substituído...
Quando a sua idade chegar, e aquela pessoa que esteve a seu lado não existir mais.
E pra essa pessoa, tudo estiver acabando, inclusive a vida.
É aí que sua arrogância, seu erguer de queixo, seu orgulho, seu desdém.
Tudo isso será substituído pelo arrependimento, remorso, e saudades.
E aquela falta de amor e de empatia?
Viverais dias que sentirá o mesmo que outrora você fez alguém passar por isso.
passará pelo idem.
A única diferença é que dessa vez, você terá a percepção, que aquela pessoa do seu passado não teve, Quando ela passou pelo mesmo em suas mãos.
Aprendi que às vezes é necessário esquecer os óculos em casa para melhor enxergar as oportunidades que a vida entrega.
Deus é bom, perfeito, justo e fiel.
A sua glória enche o seu, a sua glória enche a terra e penetra na matéria.
Derrama a sua graça e elimina o que precisa ser eliminado.
Meu querido diário.
Os dias estão sendo difíceis. Mas eu estou bem. Quero focar em alguns planos que estou fazendo e não posso desistir. Quero te fazer um pedido, meu querido diário: não me abandone.
Quem sabe que não sabe, é sábio.
Quem não sabe que não sabe, é ignorante, porém se este achar que sabe, aí é burro mesmo!
ASAS DE APARIÇÃO
Roçavam no meu rosto cansado e pálido,
Penugens de ricos sentados em cadeirais
De ceias opíparas imitando as dos cardeais;
Não sei se ainda vivos ou balofos imortais,
Só sei que as penas das asas eram ao cálido.
Talvez mais ao negro e profundo esquálido,
Não do magro, quiçá mesmo ao imundo sujo,
Deste mundo chanfrado de efeito obtuso.
Por tal e demais conformes eu me escuso
A viver por muito mais tempo de uso
Neste planeta perneta por demais confuso,
Em que me dão a comer pão em desuso
Por algum castigo ou má-fé eu acrescento
Na esperança do direito pleno do julgamento.
Nunca palavras inúteis eu por saber esbanjo…
Se as asas não eram de aparição, então
Seriam por remédio ou alguma suposição
As asas aladas de um hipotético anjo!?...
(Carlos De Castro, in Há um Livro Por Escrever, em 12-09-2023)
🌹😍🌹
Enquanto se espera por uma atitude de alguém, o tempo vai passando e com ele deixamos de aproveitar o que há de mais belo na vida, no amor e na amizade... Deixamos de ser felizes ao lado de pessoas que nos amam...
🌹😍🌹
HSO de Oliveira
Um chamado João
João era fabulista?
fabuloso?
fábula?
Sertão místico disparando
no exílio da linguagem comum?
Projetava na gravatinha
a quinta face das coisas,
inenarrável narrada?
Um estranho chamado João
para disfarçar, para farçar
o que não ousamos compreender?
Tinha pastos, buritis plantados
no apartamento?
no peito?
Vegetal ele era ou passarinho
sob a robusta ossatura com pinta
de boi risonho?
Era um teatro
e todos os artistas
no mesmo papel,
ciranda multívoca?
João era tudo?
tudo escondido, florindo
como flor é flor, mesmo não semeada?
Mapa com acidentes
deslizando para fora, falando?
Guardava rios no bolso,
cada qual com a cor de suas águas?
sem misturar, sem conflitar?
E de cada gota redigia nome,
curva, fim,
e no destinado geral
seu fado era saber
para contar sem desnudar
o que não deve ser desnudado
e por isso se veste de véus novos?
Mágico sem apetrechos,
civilmente mágico, apelador
de precípites prodígios acudindo
a chamado geral?
Embaixador do reino
que há por trás dos reinos,
dos poderes, das
supostas fórmulas
de abracadabra, sésamo?
Reino cercado
não de muros, chaves, códigos,
mas o reino-reino?
Por que João sorria
se lhe perguntavam
que mistério é esse?
E propondo desenhos figurava
menos a resposta que
outra questão ao perguntante?
Tinha parte com... (não sei
o nome) ou ele mesmo era
a parte de gente
servindo de ponte
entre o sub e o sobre
que se arcabuzeiam
de antes do princípio,
que se entrelaçam
para melhor guerra,
para maior festa?
Ficamos sem saber o que era João
e se João existiu
de se pegar.
A moça ferrada
Falam tanto dessa moça. Ninguém viu,
todos juram.
Cada qual conta coisa diferente,
e todas concordantes.
Dizem que à noite, ela. Ela o quê?
E com quem? Com viajantes
que somem sem rastro
gabando no caminho
os espasmos secretos (tão públicos) da moça.
Sobe a moça
a ladeira da igreja
para a reza de todas as tardes.
De branco perfeitíssimo,
alta, superior, inabordável
(luxúria de mil-folhas sob o véu,
murmura alguém).
À noite é que acontecem coisas
no quarto escuro. Ganidos de prazer,
escutados por quem? se ninguém passa
na rua em altas horas-muro?
Pouco importa, a moça está marcada,
marca de rês na anca, ferro em brasa
de língua popular.
POEMA DO NADADOR
A água é falsa, a água é boa.
Nada, nadador!
A água é mansa, a água é doida,
aqui é fria, ali é morna,
a água é fêmea.
Nada, nadador!
A água sobe, a água desce,
a água é mansa, a água é doida.
Nada, nadador!
A água te lambe, a água te abraça
a água te leva, a água te mata.
Nada, nadador!
Senão, que restará de ti, nadador?
Nada, nadador.
A MORTE CHEGOU DE BRANCO
A morte chegou de branco
mas quem a viu não fui eu.
Foi a moça do barranco
que mal a viu se escondeu.
Chegou de branco trazendo
um sopro de terras santas
de rosas castas e rios
onde em claros arrepios
se deita o sonho gemendo...
Chegou de verdes colinas
de longínquos povoados
e tinha toda a pureza
da risada das meninas
das águas virgens das plantas
dos campos mal-assombrados.
Chegou de branco! De branco...
De branco como o silêncio
como as núpcias de branco
como o primeiro suspiro
da moça que no barranco
só por vê-la se escondeu.
A morte chegou de branco
mas quem a viu não fui eu.
Banhistas
Este poema de amor não é lamento
nem tristeza distante, nem saudade,
nem queixume traído nem o lento
perpassar da paixão ou pranto que há de
transformar-se em dorido pensamento,
em tortura querida ou em piedade
ou simplesmente em mito, doce invento,
e exaltada visão da adversidade.
É a memória ondulante da mais pura
e doce face (intérmina e tranquila)
da eterna bem-amada que eu procuro;
mas tão real, tão presente criatura
que é preciso não vê-la nem possuí-la
mas procurá-la nesse vale obscuro.
TERRA-MÃE
Vinha o outono, de mansinho, a caminho.
Caíam chuviscos, ariscos, na terra-mãe.
Mostrava ela o interior do útero em ferida,
Naquela terra mártir em sôfrego revolvida,
Depois de lhe apararem os frutos do pão.
Daquele pão que ela nos dá airosa,
Famintos que somos do seu sabor
Que mata a fome da boca e do amor,
Mesmo quando a pedra nos sabe a rosa.
Era aquela terra, seio esventrado
Pela charrua crua e pelo arado,
Que depois serena acolhia a semente
Nas entranhas do húmus complacente.
Parecia-me uma mãe dolorosa
Que tinha acabado de dar à luz
Tantos filhos de uma vez só,
Que até o Criador celeste facundo
Em tom suave e místico, profundo,
Num clarão celeste que cega e seduz
Lhe começou a chamar de forma ardilosa,
Terra-mãe e avó-terra e eterna do mundo.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 16-09-2023)
Não perca os sinais que a vida te dá.
Os sinais são simples, às vezes se apresentam com sons, às vezes com cores e às vezes com vibrações. Palavras, interesses, sorrisos, carrancas, presenças, indiferença. Os sinais sempre me dizem que nada nesse mundo é seguro.
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