Poesias Evangélicas
Quem pode resistir ao olhar do pobre? Com o olhar, ele desmascara a estrutura injusta de uma sociedade, da qual podemos estar sendo cúmplices e, com sua palavra, ele pronuncia a sentença que nos absolve ou condena diante do próprio Deus.
(Nota de rodapé)
Em geral, a riqueza produz a ilusão da autossuficiência, e esta conduz inevitavelmente para a presunção. Dessa forma, o rico julga merecer tudo, até mesmo colocar Deus a serviço de seus próprios interesses.
(nota de rodapé)
A palavra pode construir ou destruir. Por isso, deve ser usada com prudência e discrição, para evitar situações irreparáveis.
(nota de rodapé)
Para os antigos, a sabedoria é o discernimento que leva à realização da vida humana. Trata-se de uma aprendizagem que provém de várias fontes: experiência individual, experiência dos antepassados e anciãos, e textos religiosos antigos. Graças a uma severa disciplina, a pessoa torna-se capaz de distinguir o momento oportuno para agir.
(nota de rodapé)
O orgulho leva o homem à autossuficiência e ao endeusamento de si próprio, falsificando sua condição fundamental de criatura. A consequência social é grave: a injustiça se multiplica, criando relações de desigualdade e opressão. Deus, porém, não fica indiferente: ele inverte a situação, reconduzindo o povo ao seu projeto de partilha e fraternidade.
(nota de rodapé)
«Nem tudo o que reluz é ouro»: a civilização de consumo cultiva e cultua as aparências, fazendo as pessoas acreditar que o valor das coisas está no seu aspecto externo. Quando essa mentalidade se aplica às pessoas, podem surgir os piores enganos, porque ter belo aspecto ou estar bem vestido não é sinônimo de bondade ou credibilidade.
(nota de rodapé para Eclo 11,1-6)
Não se pode segurar o mundo com as mãos. A consciência dos próprios limites faz viver em calma e realizar bem o que se pode fazer.
(nota de rodapé para Eclo 11,7-11)
Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.
João 3:36
O rico e o pobre têm consciência diferente sobre si e sobre a vida. O autor adverte os pobres, mostrando que a convivência com os ricos só é possível quando estes exploram os pobres. Na realidade, só o pobre sabe ser gratuito na relação.
(nota de rodapé - Eclesiástico 13)
O rico explora o pobre, e o poderoso não perde a chance de oprimir e humilhar os fracos. É preciso ser muito prudente com pessoas que exercem o poder, a fim de não ser dominado por elas
(nota de rodapé - Eclesiástico 13)
O autor descreve os preconceitos de uma sociedade desigual. O rico é sempre considerado bom, educado, culto e digno de respeito; o pobre é sempre tido como preguiçoso, sem valor, imoral, um peso que não merece ser levado a sério. Quem se dá ao trabalho de conferir tais preconceitos, acaba descobrindo que as coisas são exatamente o contrário. É no confronto social que ricos e pobres podem compreender o porquê de sua própria situação.
(nota de rodapé - Eclesiástico 13)
Os bens foram feitos para serem usados e repartidos entre todos. Não adianta acumular bens, pois a pessoa que os acumula, não aproveita para si, e eles ficam faltando para os outros.
(nota de rodapé p/ Eclo 14)
A sabedoria consiste em perceber o sentido da vida, captado através da experiência da geração presente e da tradição dos antepassados. A maior luz para essa experiência é a palavra de Deus (Lei). Ela abre perspectivas para o povo fazer uma experiência definitiva da vida. O maior louvor está em ouvi-la e celebrá-la.
(nota de rodapé p/ Eclo 14,20)
As bem-aventuranças são o anúncio da felicidade, porque proclamam a libertação, e não o conformismo ou a alienação. Elas anunciam a vinda do Reino através da palavra e ação de Jesus. Estas tornam presente no mundo a justiça do próprio Deus. Justiça para aqueles que são inúteis ou incômodos para uma estrutura de sociedade baseada na riqueza que explora e no poder que oprime.
Os que buscam a justiça do Reino são os «pobres em espírito.» Sufocados no seu anseio pelos valores que a sociedade injusta rejeita, esses pobres estão profundamente convictos de que eles têm necessidade de Deus, pois só com Deus esses valores podem vigorar, surgindo assim uma nova sociedade.
(comentário sobre Mt.5,1-12)
Os discípulos de Jesus devem estar conscientes de que se acham unidos com todos aqueles que anseiam por um mundo novo. Eles não podem se subtrair a essa missão, mas precisam dar testemunho através de suas obras. Não se comprometer com isso é deixar de ser discípulo do Reino. Através do testemunho visível dos discípulos é que os homens podem descobrir a presença e a ação do Deus invisível.
(nota de rodapé)
A lei não deve ser observada simplesmente por ser lei, mas por aquilo que ela realiza de justiça. Cumprir a lei fielmente não significa subdividi-la em observâncias minuciosas, criando uma burocracia escravizante; significa, isto sim, buscar nela inspiração para a justiça e a misericórdia, a fim de que o homem tenha vida e relações mais fraternas. Em 5,21-48, Mateus apresenta cinco exemplos, para mostrar como é que uma lei deve ser entendida.
(nota de rodapé - para Mt 5,17-20)
A lei que proíbe matar, proíbe esse ato desde a raiz, isto é, desde a mais simples ofensa ao irmão. Mesmo ofendido e inocente, o discípulo de Jesus deve ter a coragem de dar o primeiro passo para reconciliar-se. Caso se sinta culpado, procure urgentemente a reconciliação, porque sobre a sua culpa pesa um julgamento.
(nota de rodapé)
Mt 5,27-32:
Jesus radicaliza até à interioridade a fidelidade matrimonial, apelando ao amor verdadeiro e leal. O adultério começa com o olhar de desejo, e o mal deve ser cortado pela raiz. A exceção citada no v. 32 pode referir-se ao caso de união ilegítima, por causa do grau de parentesco que trazia impedimento matrimonial segundo a Lei (Lv 18,6-18; At 15,29).
(nota de rodapé)
Como se pode superar a vingança ou até mesmo a «justa» punição? O Evangelho propõe atitude nova, a fim de eliminar pela raiz o círculo infernal da violência: a resistência ao inimigo não deve ser feita com as mesmas armas usadas por ele, mas através de comportamento que o desarme.
(nota de rodapé - para Mt.5,28-42)
O Evangelho abre a perspectiva do relacionamento humano para além das fronteiras que os homens costumam construir. Amar o inimigo é entrar em relação concreta com aquele que também é amado por Deus, mas que se apresenta como problema para mim. Os conflitos também são uma tarefa do amor. O v. 48 é a conclusão e a chave para se compreender todo o conjunto formado por 5,17-47: os discípulos são convidados a um comportamento que os torne filhos testemunhando a justiça do Pai. Sobre os cobradores de impostos, cf. nota em Mc 2,13-17.
(nota de rodapé - para Mt 5,43-48)
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp