Poesias do Leonardo da Vinci
CRESCIMENTO ESPIRITUAL
É tempo de segurar a vaidade, tempo de buscar ser mais que um ego-desesperado.
O mundo está parado, pelo menos boa parte observa da janela os sonhos de tantos irmãos virando lembranças para os que ficaram.
Ainda assim, outra parte, a que agrega irmãos de toda sorte, que não amadureceram o suficiente, alguns porque não viveram experiências positivas capazes de transformar seus pensamentos e ações, não compreendem a importância da lição que estamos sendo forçados a aprender.
Nesses o ego impera desgovernado, e o que buscam é ser vistos, aplaudidos e honrados. Embora sejam conscientes da miséria do mundo, das dores profundas dos que perdem entes-queridos diariamente, não se entristecem nem lamentam a perda do outro. Vivem como se não fossem também mortais, não raro são adeptos de alguma ideologia negacionista, sofrem de atrofia emocional.
Contudo, a apatia desses não deve nos corromper, nem nos aliciar, nem nos enjaular dentro da prisão mortal do nosso próprio ego. Segurar a vaidade implica em notar o outro, não só notar mas também socorrer, acudir e cuidar.
Miserável é aquele que não tem o mínimo de empatia para perceber os que sofrem em sua volta...
QUADRAGÉSIMO SEGUNDO HEXÁSTICO
Deves abortar a ignorância:
Assassina confesso d´alma.
Deves parir toda virtude:
Senhora das integridades.
Da ignorância resta mentiras!
Da virtude, conhecimento!
FILOSOFIA DO AMOR
De João Batista do Lago
O amor esse desdouro
inquietante e avassalador
banha o corpo de torpor
e a alma sangra no matadouro
e o sangue escorre pelo ralo das veias
enrijecendo o corpo inteiro
e grudando-o na cruz do madeiro
O amor, meu amor, não é brincadeira
Ele está sempre à frente e também na traseira,
fica do lado direito, mas também no lado esquerdo
muitas vezes ele chora
outras tantas desespera
muitas vezes vai embora
outras tantas fica e implora
Esse maldito do amor
que ninguém sabe onde nasce nem quando
trucida os amantes incautos
enganando-os com a paixão
e dos imprudentes brinca e troça
faz quermesse na jugular das emoções
onde leiloa beijos e carícias vãs
Ah, esse sujeito vagabundo
que faz juras em desmedida profusão
prosta os amantes querelantes
debilita a palavra sussurro
derruba o abraço mais profundo
humilha o beijo com o escarro
e subjuga o gozo na raiva do presente
Enfim, ó tu louco e eterno amor
que vagueia sensações despudoradas
és o príncipe do desconhecido
a quem se busca em vidas desesperadas
alcançar a sinfonia do perfeito verbo
onde pretendemos abrigar os corações
escarlates de vidas de humanos carentes
QUADRAGÉSIMO TERCEIRO HEXÁSTICO
Assenhora-te do espelho
Refletor de todos os caos
Ainda para ti irrevelados
Debulha-te duplo narcísico
Toda estética será falsa
Se nela faltar toda essência
Deus faz milagres!
Por isso, ele usa uma semente para criar uma floresta.
12 pessoas para mudar o mundo.
E você vai começar sua empresa pequena
para mudar a vida de multidões!
Dê valor ao mínimo, para que ele seja o máximo!
Não importa quanto tempo demore,
perseguidas ou não,
as pessoas que realmente valem alguma coisa,
acabam vencendo
Você acha que sai pra caçar mulher por ai,
na verdade,você è a caça,
são elas que te escolhem,são seletivas,hipergamicas,racistas,preconceituosas e interesseiras.
QUADRAGÉSIMO QUINTO HEXÁSTICO
Toda imanência recrudesce
ao sentir a vida em potência
caos sagrado e profano nasce
no Sujeito-poema acontece
faz-se desejo de existência
no eterno retorno da mente
"São as nossas melhores qualidades que despertam inveja e
ciúmes, por elas não raro somos condenados, já pelos nossos
erros, quase sempre encontramos quem nos perdoe."
Vácuo
No vácuo, na falta de som
De luz, de poesia,
No caos da antimatéria
No infinito querer, jaz a ilusão:
Um pensamento morto
Uma discussão, a retórica
A dialética socrático-aristotélica
A coisa em si Kantesca (Kant)
Metafísica antipoética de Pessoa
A natureza viva de Cabral de Melo
O discurso sistemático cartesiano
O enfado amoroso kierkegaardiano
A impossibilidade da “república”
A ineficácia da “política”
O fracasso didático de Foucault
O erro freudiano, o sonho de Jung
O desejo superado de Lacan.
No vácuo, onde outrora estava o saber
Nada habita, sumiu a consciência
Só a falta de ar como indulgência
O temor de perceber que tudo,
Tudo é vácuo, percepção niilista
Representação, angústia Sartreana
Depressão, abismo, Schopenhauer.
O anarquismo, desgoverno, Proudhon
Sem coerção mental, pensamento avulso.
Foge-me a organização de Marx
“As massas” não se unem
Não há revolução… Nem salvação.
Morte à metafísica, lógica sem ação.
Se eu fosse indicar para você...
Eu indicaria que você cuide da sua Saúde Mental. Dela depende tudo em sua vida.
E é impossível cuidar dela, sem ter um contato REAL com Deus!
O artigo da Constituição ideal para ser transformado é o 12.
Nunca um corpo que vai ser guardião da Carta Magna poderia ser indicado por um presidente ou ligado a um partido.
Mesmo quê, não declarada esta ligação.
Sou totalmente contra ao Ministério da Educação.
Educação quem dá é pai, mãe, tios, tutores...
Um dia haverá alguém com a coragem de rebatizar o nome para Ministério do Ensino ou Ministério do Conhecimento.
Não é justo para governo algum neste mundo, tomar para si, a obrigação e direito da família!
QUADRAGÉSIMO SEXTO HEXÁSTICO
Representar-se poema é:
saber-se duplo na imanência
observador e objeto em essência
sujeito na extensão do poema
criador e criatura em si mesmo
único sujeito em potência
QUADRAGÉSIMO SÉTIMO HEXÁSTICO
Deixa-te voejar sobre o caos
há nele visível beleza
toda representação há
seja sagrada ou profana
não o olhes com tua indiferença:
caos requer visibilidade
-Por que qualquer decisão parece muito pequena para ser a maior decisão de sua vida?
-Eu não sei, mas as vezes você tem que tomar uma decisão e depois pular.
QUADRAGÉSIMO OITAVO HEXÁSTICO
Olhar-se profano no caos
saber-se da vida princípio
sugere ao poeta o universal:
ser agora transvalorado
senhor do totem sagrado
livre do veneno moral
QUINQUAGÉSIMO HEXÁSTICO
Há um rio que me navega sempre
na profundeza há águas claras
lâmina cortante na face
lá onde não existe luz
translúcido me gero calmo
aqui onde tudo reluz: guerra
