Poesias de Olavo Bilac a Ultima Flor
Balneário Gaivota
Por obra do destino
entre praias e lagoas,
nasceste irmanada
com a linda Sombrio,
e por ti sou encantada.
És onde meu coração
e a razão encontram
todos os motivos para
viver em celebração
neste poético torrão.
Balneário Gaivota,
és aquarela divina
pintada pelas mãos
do nosso Criador,
a tua Natureza
é puro esplendor.
Balneário Gaivota,
te amo dia após dia,
te amo mês após mês,
sigo trotando firme
com o meu alazão
e rezando por toda a Nação
na Cavalgada de Santos Reis.
O meu coração feito
de América do Sul
todos os dias compõe
uma canção por dia
quando o Sol se põe
na Amazônia Azul.
Sob as constelações
indígenas brasileiras
não desistirá de ir
além do Arroio Chuí
e do Monte Caburaí.
O teu lindo semblante
mesmo que castiguem
ou o tempo passe,
ele não se apaga nunca
e nem quando a Lua
no céu está erguida.
As híades do destino
na Linha do Equador
estão se alinhando
em nome do amor
e do que está escrito.
Trópico de Capricórnio,
aqui é próprio o Universo
em total acordo etéreo
ardente em segredo
que tem íntegro o poder
de me virar do avesso.
Não existe emoção
maior do que ter
nas mãos a surpresa
que foi encontrada
na caixa de Correios:
o teu amor é a fonte
de todos os desejos.
A Venezuela será
sempre do Esequibo
da onde o Sol de lá
desde que mundo
é mundo sempre
para nós tem nascido;
é dali que me enviou
uma arte postal
com todo o carinho.
A conjunção entre
a Lua, Vênus e Marte
nesta noite de hoje
é sinal do inevitável
do que sempre foi,
é e sempre será por
mim, por ti e por todos.
O Esequibo será
sempre da Venezuela
da onde o Sol de lá
desde que mundo
é mundo sempre
para nós tem nascido;
é dali que me enviou
o teu amor como destino.
De maneira inexplicável
sinto que para nós já é
inevitável ficarmos juntos,
e a cada novo amanhecer
será como cartão aquarelado
pelo nosso Criador pintado,...
Até os meus últimos dias
e como suspiro derradeiro
o teu amor feito de veludo
bordado em linhas de seda
tatuado eu de tê-lo perpétuo;
O inevitável pensamento
em ti quando no entardecer
tem sido o devocionário
porque você ainda não veio,
mas quando você chegar
a entrega só irá aumentar,...
Sem nenhuma reprimenda
e ofegante na minha pele
como inscrição de pertença,
serei guiada com o meu
amor cego pelos teus olhos.
O anoitecer e cada Lua
têm sido imensos sem você,
porque em ti contém todo
o Universo e nem mesmo
a minha chama e as estrelas
sobrevivem sem a tua presença.
A tua paixão macia
põe sobre a minha
uma ânsia amorosa
a cada inspiração
nova que provoca.
Ao derredor da Lua
e em pleno rebento
tal qual Saturno,
o teu paciente amor
tem me alfabetizado.
A expectativa tem
decorado envelopes
a espera de enviar
o amor declarado
para que seja notado.
Por onde a notícia
do meu amor passar
que ouse a encorajar
a multidão distraída
que no amor não acredita.
Pelo fio do Universo que
me mantém o suspense,
tu me busca secretamente
com o silêncio de Júpiter
ao derredor da Lua Cheia.
Com minh'alma nua e plena
entregue aos beijos do vento,
E com os dezoito Siddhantas
nas mãos desenhando mapas
para derrotar o mau tempo.
Pela honra dos romances
eternos tenho enfeitado
infinitos papéis de carta
que levem a luz das estrelas
em cada um dos meus poemas.
Com a oração sob a luz
e regência da Via Láctea,
Com suavidade hemisférica,
ofertando a espera áurea
do destino coroado pela aurora.
Porque quando você vier
de surpresa sem dizer
o teu nome irá me levar
para bem longe onde só
o amor será o inequívoco exílio.
Onde a intransigência
faz morada caótica,
Planto gerbera poética
para ajudar a foragir.
A Lua Cheia ao alcance
das mãos se permitiu,
antes das conjunções
e você me seduziu.
Doce que encantou
e os lábios atraiu,
Nenhum outro herói
na vida me atraiu.
Que Lua Cheia nos traga
o romance intenso
com resposta bem clara
ao alcance nosso.
Porque no remanso
da vida seja feito
o sereno do encanto
nos abraços do encontro.
Onde dois possam tudo,
e bem longe do que nada
acrescenta rirem juntos
das incoerências do mundo.
Após Júpiter e Saturno
de nós se despedirem,
o céu dourado da tarde
desceu sobre o país,
e tenho cantado baixinho
para tentar ser mais feliz.
Sob este mesmo céu
juro esperar sempre
pelo teu amor que há
de nos encontrar além
da terra, do mar e do ar,
Porque adentro de ti
é o meu cativo lugar.
Ideais como perseidas
não param de circular,
Marte e Mercúrio darão
voltas até a conjunção,
e no mesmo lugar estão:
o senso e a Humanidade.
Nos braços dos ventos
que levem longe daqui,
segura ao derredor de ti,
e para viver do fragante
amor feito de gerbera,
Tenho vivido arquitetando
a beleza desta espera.
Desta existência austral,
História no canto dos trilhos
e luar místico se equilibrando
ouvindo o som do qarmon
distante tocando na estação
atemporal do teu coração.
As perseidas virão
no céu do destino,
e meus dias têm
sido de preparação
num acorde místico
e caleidoscópico.
As minhas veias
estão em chagas,
e a minha alma
queima como
as florestas turcas;
Sob todas as luas
o qanun da herança
toca mais alto
do que a promessa
de um novo amor.
A espera tem sido
tinta do presságio,
Ela tem me feito
leal companhia
onde há dispersão
e covardia instituída.
Marte e Mercúrio
em conjunção
na borda virão
e tudo mais o quê
distante achava;
A tua voz como
a única canção
a ser conquistada,
para a alegria
será sussurrada.
A espera como
via de mão única,
e como companhia
oportuna não tenta
ser maior do que
a sua existência.
Se o teu coração
não for só meu,
nada fará sentido,
e como quem guarda
o mapa do paraíso:
O amor que levo
por você silencio,
nós somos maiores
do que tudo isso,
e você também crê nisso.
Não paro de desejar
de ser só tua desde
a primeira vez que te vi,
Não estão comigo aqui
o carinho e a volúpia
que só provém de ti.
Minh'alma Mediterrânea
em chamas florestais
sul sicilianas por tudo
o quê vem acontecendo,
A dor só vem crescendo
e vejo uns em silêncio,
Nada neste mundo
e nem o tempo apagarão
o quê sonhei para nós.
A crueldade tem levado
o tempo a dançar
em ritmo descomunal,
onde há gente alienada
e refém da cena ferial...,
alinhados a Lua e Marte
espiam a Humanidade
na senda desgraçada total.
Em sobressaltos desperto
no meio das madrugadas
desta noite longa e dura;
Em insistente busca tua,
mas a circunstância não
deixa o destino nos permitir,
e o flerte com a espera
é o quê leva a transcender.
A crueldade tem levado
a dançar em ritmo fatal,
e ainda há gente alienada
banalizando o espiritual...,
Somos reféns da cena brutal,
e a Lua e Vênus perplexos
espiam a Humanidade
na senda da desgraça mortal.
Minh'alma Mediterrânea
em chamas florestais
gregas por tudo o quê
vem se sucedendo,
A dor só vem crescendo
e vejo uns se escondendo,
Sou a dona do amor
que cresce no teu peito,
como Lua e Saturno
nos prevejo em alinhamento.
A crueldade tem nos levado
a olvidar o quê é essencial
e ainda há gente alienada
que acha tudo isso normal...,
Somos reféns da cena crucial,
e a Lua e Júpiter perplexos
espiam a Humanidade
na senda e degradação ritual.
Não paro de desenhar
rotas que levem até você,
onde o coração e a alma
livres da pressão infernal
para que a paz e o amor
estejam na bagagem universal.
O vício de mãos dadas
com o fel das palavras
têm feito trincheiras,
Venho me dedicando
em traçar estratégias
por tudo aquilo nos
fez ser quem somos,
e sempre seremos.
Na minha imaginação
tudo entre nós existe,
não parei de dançar
em sua companhia
a música Lua Azul,
Você é meu Norte
e sou o inevitável Sul.
O meu coração tem
batido a cada dia
mais forte diante
da cena do encontro
que para nós construí,
O teu lugar é aqui
abrigado no silêncio
e enroscado comigo.
Em meio a revoada
das aves noturnas
neste tempo gelado
e de céu nublado,
Os sinais naturais
inspiram a esperar
para a gente se amar.
Com a tinta da caneta
dos amores impossíveis
sob a luz da inefável Lua
por nós dois eu escrevo
em entrega devocional
como quem faz um ritual.
Faz-se mister no teu
corpo forte ser a desejável
fuga do mundo em chamas,
por isso espero sem hora,
data, obrigação de nada,
e certa de que fixei morada.
Por engenho do destino
em nome do sutil enredo
feito de amor sem medo
em acordo com o Universo
tenho como joalheria
os signos do Hemisfério.
Tornei-me a Nebulosa do Véu
onde só podemos contar
com o roçar das perseidas,
vivo guardando estrelas
para os caminhos nunca
mais serem desencontrados.
Vivendo a protagonista
de um romance único,
e a tal hippie solitária
andando só pela estrada
recriei a corda e a fibra.
Para dizer que as guerras
e prisões de consciência
não são necessárias,
Tive de erguer guindastes
de papel bem no meio
das famosas praças
do coletivo inconsciente.
Neste Quarto Crescente
que se cultive tudo aquilo
o quê realmente importa
no nosso continente
e pelo mundo inteiro afora.
Porque a liberdade ainda
não veio para muitos,
as canetas fuzil
não foram quebradas,
A injustiça segue resistente
e as papoulas brancas
ainda não floresceram.
Você sabe que ao teu bonito
coração é que estou falando:
a coroação virá por tua mão,
Odiar nunca foi necessário
e por todos nós jamais será.
Imperturbavelmente convicta
partilho com quem precisa
entender que ser forte não é
entrar em guerra com ninguém,
Inexoravelmente a paz é
e sempre será o nosso maior bem.
O mundo já deveria ter aprendido
que quanto mais em paz estamos,
mais fortes todos nós somos
e para sempre assim seremos.
Daqui do meu continente espio
Marte e Mercúrio reunidos
na Constelação Ocidental de Leão,
muito perto do horizonte a oeste,
a tua fotografia na minha mão
e você ocupando o meu coração.
O visco no caminho fará abrigo
para que perto dos olhos seja
selado o nosso primeiro beijo
de todos os próximos desejos.
Júpiter em oposição ao Sol não
é sinal de que estão em guerra,
os homens sempre entendem
os fatos como lhes convém;
Quando a nossa hora chegar,
sei que eu iremos para onde
só o amor possa nos encontrar.
Não é preciso ninguém me falar
que o teu idioma é o teu olhar,
e como Lua e Saturno enamorados
na Constelação Ocidental de Capricórnio
bem próximos a leste assim seremos,
e que nas linhas do Universo
o amor da gente por ele está escrito.
Vê como a ventania
é levando um ramo
de oliveira pelas rotas
ordinárias capazes
de anunciar a vitória,
Embora a inquietação
aparentemente
não termine nunca;
Fui colocar para tocar
a nossa música,
o meu segundo Hino.
No dobrar das horas
não cessa a agitação
que chega a contar
as gotas da chuva,
é você no coração
fazendo a História.
Porque sei mais
do que ninguém
que é quebrando
com as duas mãos
todos os rifles sutis,
Papoulas brancas
deles hão de surgir
e virarão pombas
para anunciar
a paz permanente
em qualquer lugar.
Nas mãos do Universo
estão a Lua, Mercúrio,
Vênus e a estrela Spica,
e toda a secreta poesia
que são capazes
de me levar até você.
Uma ânsia romântica
de início de Lua Cheia
atravessando além
da Quarto Minguante,
e tem levado adiante
uma grande utopia doida
que não tem deixado
pensar em outra coisa
a não ser na urgência
de te amar a salvo de tudo.
Dedicada a São Miguel
é esta a herança de Açores
que assumo que por ela
sempre morro da amores
sem negar cafuné, chamego
e café sem hora marcada.
Moderna e verde atlântica,
és um pedaço de mim,
por onde passam os teus
rios Inferninho e Maruim:
és o meu jardim urbano.
Biguaçu, minha amada,
temos muito o quê para
contar: não é num simples
poema que terei espaço
para falar como aconteceu
te amar tanto e de estalo.
Baguaçu em revoada
próximo ao Rio Biguaçu,
promessa de fazer morada
perto da tua gente amada:
vou viver contigo aqui.
Biguaçu, querida, nesta
correria da vida,
jamais me esqueço desta
tua gente querida
e de levar comigo o melhor de ti.
Rodeio Trentina
A picada de Rodeio foi aberta
é muito amor envolvido
da imigração italiana por esta
tão magnífica terra,
És a nossa Rodeio Trentina
que amanhece tranquila
e quando entardece
brinda ainda mais colorida.
És a nossa Rodeio Trentina
que tuas montanhas se vestem
de turmalina para a chuva
brindar as matas e as lavouras
para darmos graças sempre
por cada momento da vida.
Rodeio Trentina da minha vida,
você vale todo o dia uma nova poesia
e eu te amo sempre todo o dia,
Rodeio da gente de herança trentina,
és a Soberana do Médio Vale do Itajaí
da Amada e Santa e Bela Catarina.
Gaspar
Nas tribos o tempo
foi dançando,
quem veio dançou
'fandango. chamarritas,
ratoeira, pau-de-fita
e quadrilha' até
a última carga de ouro
e com nome de mago
fundou cidade-tesouro.
Bem debaixo de um
Jequitibá-Rosa
lembro da tua gente
xokleng, cainguangue
e imigrante que
por ti se deram
e escreveram o teu
nome nas páginas
da História do Brasil.
Com amabilidades
e cervejaria artesanal
sem igual, alambiques
- incomparáveis;
deste jeito me trazes
ao teu Mirante
com indústria e todos
os teus temperos...
Da Rota das Águas
do Vale do Itajaí
Gaspar das cascatas,
dos rios e do Saltinho
são o meu destino
tremendo e favorito.
No Morro do Parapente
me lanço para sentir
tudo o quê és capaz
de fazer com a gente
te vendo do alto
faltando algumas
horas para o Festinver
para feliz eu te ver.
Dicas para quem quer escrever um poema para a sua cidade
1- Não se preocupe em ser certinho na hora de escrever, manifeste o seu sentimento afetuoso pela sua cidade,
escreva como se estivesse conversando com uma pessoa que você admira muito.
2- Não tenha vergonha de elogiar as pessoas da sua cidade.
3- Conheça a História e os aspectos geográficos da sua cidade.
4- Elogie a História, a Natureza, a Cultura, a fé e as festas ou algum outro aspecto que você ache interessante em registrar no seu poema sobre a sua cidade.
Ipumirim
O meu porto seguro
no Meio-Oeste,
milagre encontrado,
dividido e endereço certo
pelo Rio do Engano
sempre multiplicado.
Tupi-guarani este
é o teu significado
Vale pequeno e pequeno vale
que nunca me perdi
e jamais me perderei:
nasci, cresci e acolhi.
Ter sonhos grandes
e inquietos onde o coração
expande a herança
germânica e italiana
que tanto honro e poemas
sempre devoto a cada
esquina e no tempo da cidade.
Ipumirim minha querida,
eu não saio e daqui
ninguém me tira
por tua existência e poesia:
és amor para vida inteira
e toda a razão da minha vida.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp