Poesias de Gregorio de Matos Guerra

A vida é um mistério que se revela vivendo intensamente cada instante do tempo que se chama hoje. O amanhã pode não vir, o ontem é apenas uma vaga lembrança, poucas coisas ficarão registradas em nossos assentamentos memorial, o amanhã sempre será a incógnita a ser revelada no tempo que chamamos presente. Assim sendo, curta esta dádiva divinal, cada instante seu vital. Viva intensamente a vida.

A vida passa para todos; sobreviver é objetivo de muitos; poder e dinheiro são propósitos de tantos; viver, porém, tem sentido para poucos.

Terrenos irregulares e pedregosos, elevações, abismos são empecilhos da existência. Pior dos obstáculos são as muralhas construídas dentro de si.

Cair todo mundo caí mas com o tempo a gente vai aprendendo a cair e a escolher a forma de cair que gere menor impacto e que permita você prosseguir.

Somos quem pensamos ser, aprendemos o que achamos necessário aprender e chegamos onde queremos chegar!

Deus nos ensinou a amar as pessoas, mesmo elas merecendo ou não, porque nós também não merecemos o amor Dele e mesmo assim Ele nos ama!

Não é preciso acreditar nas pessoas, mas pode ser dado créditos e avaliar se merecem ou não serem creditadas.

Quanto mais vivemos, menos vida nos resta, você pode passar longos anos ganhando e acumulando dinheiro, mas de nada adiantará, porque a riqueza maior você vai deixar de gastar com louvor, o precioso e extinto tempo que passou e nunca mais haverá de voltar.

Para fruir a beleza e o odor das rosas, necessário faz encarar seus espinhos. Assim é a vida em suas muitas manifestações, precisamos suportar muitas agruras para enfim alcançar os merecidos deleites.

A prova lógica pela contingência nos dá a certeza suficiente da existência de "um" Deus criador, mas não prova que esse Deus seja o Deus do cristianismo, o Deus da Santíssima Trindade. O que nos assegura que Ele o seja é a Revelação, a fé. Mas, depois de dois milênios de cristianismo, não temos indícios suficientes da ação de Deus no mundo que nos permitam reforçar a fé com novos argumentos racionais? Quando digo que a prova pela contingência só nos oferece uma "certeza razoável" em vez de absoluta, estou me referindo ao Deus da cristandade, não ao Deus genérico; é claro que da existência deste a prova lógica dá certeza absoluta, mas isso, evidentemente não basta.

Reflita sobre o que vale a pena permanecer e o que você deve deixar ir. Lembre-se que em algumas poucas renúncias poderemos ter ganhos surpreendentes.

Não é a quantidade de status que forma um grande homem. É a boa qualidade de caráter que constitui um grandioso ser humano.

De tanto se esforçar para alcançar a suposta estrela da felicidade, corpo, braços e espírito ficarão extenuados. Cego é aquele que não consegue reparar que a verdadeira chance de ser feliz já se encontra em suas mãos.

É preferível ouvir uma crítica sincera a um elogio falso. A crítica servirá de parâmetro para uma evolução pessoal, enquanto o inautêntico elogio levará a manutenção do “status quo”, sem motivação para maiores progressos.

Quem memoriza, alguma hora, esquece; quem entende assimila, mas pode um dia esquecer; quem experimenta tem grandes chances de, com o passar dos anos, não esquecer; porém, quem aprende com o sofrimento jamais esquece.

Dobrar os joelhos, sim. Mas dobrar também a arrogância. A simplicidade é o caminho que nos leva à Deus.

Aquele que se considera superior ou inferior a alguém vive divertindo-se numa gangorra. Um dia o brinquedo quebra e as sequelas da queda podem permanecer indefinidamente.

Uma pintura reproduzirá sua caricatura na interpretação do desenhista; uma foto retratará sua fisionomia aos olhos dos demais; um espelho vai refletir como você se enxerga; porém, olhar para seu interior é que permitirá descobertas sobre seu verdadeiro Eu.

O ser humano aprende na teoria as quatro operações fundamentais; no entanto, na prática, há quem diminua, some, multiplique a seu favor e nunca pense em dividir de forma honesta.

Achamos que sempre é cedo para deixar os belos sonhos na cama e nunca é tarde para despertar de vez.