Poesias de Gregorio de Matos Guerra
É PRIMAVERA OUTRA VEZ
E a chuva continua...
Lenta ...madornenta
Com a chuva
veio também o frio
a chuva trouxe a primavera
ou a primavera trouxe a chuva
O ar é frio
Silencioso
Ando pelas ruas
Parece que o tempo parou
Chove chuva
Chove lentamente
Molhe meu rosto sombrio
este meu ser despenteado
nesta manhã cinzenta
de primavera hostil
As árvores na praça
silenciosas
recebem o beijo da chuva
pétalas caem no chão
sentindo
o cheiro de terra molhada
Que o vento leve
Que a chuva lave
Que a alma brilhe
O coração se acalme
Apesar da chuva e do frio
É primavera outra vez...
Poesia, esse breve tempo chamado vida.
Esse tempo que vivemos chamado de vida, que muitas vezes é alegre, e muitas vezes é tão sofrida. Deve ser sempre vivida, no calor de cada relacionamento e de cada emoção. Sabendo, que que cada momento que vivemos intensamente e espontaneamente jamais será em vão.
Mas, o que dizer da solidão que muitos vivem tendo tudo diante de suas mãos, e sem compreender que a verdadeira felicidade, e a mais pura alegria jamais virá dos bens que temos em nossas mãos. Mas, de cada relacionamento que temos conosco e com as pessoas quando o vivemos o amor, em cada relação.
Nessa doação de bondade e simplicidade, e que é o próprio amor em ação. Por essa razão, mesmo que não tenhamos nada em nossas mãos, se tivermos uma intenção pura de coração nenhum relacionamento será em vão.
No primeiro contato
Foi um diálogo feito sem intenções
No segundo contato te olhei nos olhos
E nos contornos do teu rosto
Assim desenhei a poesias dos sentidos.
Kaike Machado
Um turbilhão de pensamentos
uma porção de dores
um turbilhão de sentimentos
outra porção de amores
Sigo colhendo flores
Das pedras desviando
O melhor de mim doando
O melhor da vida guardando
Por que, pensando na vida
Nesses caminhos de idas e vindas
Escolhemos oque levamos
Então so leve oque for leve
Por que a vida é breve
E so é feliz quem se atreve.
Dali
voar, e no fim ser devorado por um passáro
depois do banho de formigas
o voo de abandono a gangue
a pena negra nunca esquecida
e o canto que restou por todos os danos
não é para efeito de tempo
os relógios derretendo
e as caravanas longilíneas nos desertos
não querem devorar um religioso
está apenas fragmentando os prisioneiros
os tornando livres em seus sopros
em teu nascimento a face oculta celebrou
e um pouco de cada pedaço teu guardou em gavetas
codificou em estigmas as respostas dos segredos
e no sofrimento fez a chave
no amor nada
no prazer o caminho
na dor o intento
na solidão a compreensão
no desejo a vontade
da indústria do circo
a plebe tem saudade
do veneno do vício
do vício de lealdade
da causa que dá sentido
por não ter escolha
ignorantes da unidade
onde tudo se fragmentou
quem dele se decidiu ser cada parte
de uma mão que toca o violino
seu corpo está longe
na beira de praia
esse corpo em descarte
de tua torre enviou um navio até a minha
para encontrar algo sem sentido que te retorna
te inflama e me traz de volta tuas cinzas
no regresso queima a minha
leva as cinzas e no mar naufraga
para sempre no fundo
onde tudo ressoa.
Gaspar
Nas tribos o tempo
foi dançando,
quem veio dançou
'fandango. chamarritas,
ratoeira, pau-de-fita
e quadrilha' até
a última carga de ouro
e com nome de mago
fundou cidade-tesouro.
Bem debaixo de um
Jequitibá-Rosa
lembro da tua gente
xokleng, cainguangue
e imigrante que
por ti se deram
e escreveram o teu
nome nas páginas
da História do Brasil.
Com amabilidades
e cervejaria artesanal
sem igual, alambiques
- incomparáveis;
deste jeito me trazes
ao teu Mirante
com indústria e todos
os teus temperos...
Da Rota das Águas
do Vale do Itajaí
Gaspar das cascatas,
dos rios e do Saltinho
são o meu destino
tremendo e favorito.
No Morro do Parapente
me lanço para sentir
tudo o quê és capaz
de fazer com a gente
te vendo do alto
faltando algumas
horas para o Festinver
para feliz eu te ver.
Poema: "Sotavento"
De meu canto,
sempre fico quieto.
Melhor assim.
Não tenho como opinar,
se há um Deus e um demônio
residindo dentro de mim...
Quisera eu, retroagir.
Para erros passados, corrigir.
Mas, não posso!
A cada dia vejo células, telômeros...
Esgotarem-se ao tempo.
Ah, o tempo!
Guarda em si a ternura do passado
e a amargura de cada pedaço,
cada milímetro...
A soprar em sotavento.
BELEZA NO INFINITO DISTANTE
Certa vez, numa noite de brandura.
— Uma estrela de fulgir deslumbrante.
— Fitou-me como enternecido amante!
— Em contemplação à formosura
Creio jamais ter visto tão pura
Beleza no infinito distante.
— Deus, disse eu translumbrante
E com olhar comovido de ternura.
— Que estrela é esta a pulsar como artéria?
— É uma estrela de especial fulgência
Reflete no hemisfério, chamam-na Valéria!
— Ao anoitecer, ela exibe sua opulência,
Tão meiga, pura e bela quanto Egéria
Ninfa de Numa, que chorou por dolência!
Natalicio Cardoso da Silva
IMAGINANDO A MORTE
Eu, imperturbável, e sereno de mãos arrumadas.
— Os amigos vindos de distantes léguas.
— Abraços tristonhos, choros sem tréguas.
— As senhoras de negros fatos bem trajadas,
Trarão na memória, recordações vivenciadas.
— Virão, eu creio, em carruagens puxadas por éguas
Negras, visto que negro serão as regras.
— Com meu terço enrolado nas mãos geladas.
Rogarei a minh'alma, gratidão aos benfeitores:
Pelas exéquias melodias entoadas com lisura.
— Retirar-me-ei, pois dos anjos já ouço louvores.
— A vida se foi a visão tornou-se escura
O último suspiro coube a meus amores!
A Alma à Deus, e o corpo à terra dura.
Natalicio Cardoso da Silva
BOM VINHO
Para brindarmos escolha um bom vinho
Não necessariamente aquele sequioso,
Mas um que tu tenhas especial carinho
Desarrolhe o vítreo e sirva o licoroso
Nas ruidosas taças sobre branco linho.
— Em que pese o romantismo prazeroso,
Apanhei algumas flores pelo caminho
E cada qual com um perfume deleitoso.
— Em especial, colhi de surpresa esta rosa
Por sua beleza aprazível, amena e majestosa.
— Para acalentar os ideais de seus anseios
Enquanto bebermos nesta noite de outono
Se por ventura nos entregarmos a pesado sono,
Quero despertar além da doçura dos seus seios.
NATALICIO CARDOSO DA SILVA
MORRO DO BIM
Minha terra é bem assim
Tem vento envergando coqueiro
Céu azul de brigadeiro
E noites de amor sem fim
Tem o divino Morro do Bim
Cujo povo de espírito romeiro
Lá ergueu um belíssimo cruzeiro
E teve até missa em latim
Depois fizeram lá outro Jesus
Alto, imponente... de longe fascina
Mas não buliram na velha cruz
Eis Santo Antônio da Platina
Terra afável, que muito seduz
Nascer de ti foi minha doce sina
Natalicio Cardoso da Silva
TERNURA DAS FLORES
Venha! Queres ver a ternura das flores?
Se tu quiseres, verás Pétalas, Rosas,
Camélia, Verbena, Tulipas, babosas
E borboletas de matizadas cores
— Haverás de ver, por certo, Monsenhores,
Flor-de-Lis, Perpétua, Íris, gloriosas,
Gérbera, Azaleias, tomentosas,
Alfazemas, Onze-Horas, Dois Amores,
Verbena, Prímula, Nubilum, Peônia,
Cravo, Violeta, Rosa Carolina,
Crisântemo, Lisianto, Helicônia,
Orquídeas, Bromélias, Moreia, Cravina,
Corbélia, Girassol, Lírios, Begônia,
Flox, Amor Perfeito e Leopoldina.
Natalicio Cardoso da Silva
DUAS ESMERALDAS
Senhores, vedes aquela que passa peregrina?
Dela vos falarei com extremo gosto
Desnecessário se fará falar do rosto
Visto que tudo nela fascina
Talvez presumam que gabarei divina,
A qual velo, e que exagerarei no gosto
Eu vos direi que não... sol-posto,
Certo dia, no esplendor da lua albina
Eu vi, senhores, seus olhos brilharem
Na forma e na cor de duas esmeraldas
E como que apaixonados me fitarem
Dizei, vós, ó meus amigos em tela
Deve a musa enfeitar-se em grinaldas
E junto a mim rumar à capela?
Natalicio Cardoso da Silva
Imbituba Poética
Minha Imbituba poética,
você vale muito mais
do que este poema,
Estou aqui para te exaltar
e a tua História abraçar.
Dos Índios Carijós tu fostes
o lar e és o sambaqui perpétuo,
destes originários
que pelos padres foram visitados
para ser catequizados.
Minha Imbituba poética,
tu começaste a se erguer
com a chegada do Capitão,
Este poema de carvão
inapagável escreve para nunca
mais ninguém esquecer.
De todos os poemas de cerâmica
tu foste a mais linda freguesia
que depois fostes desmembrada
para se erguer cidade emancipada
e ser o meu porto nesta vida.
Minha Imbituba poética,
só sei que de Armação
tu tornastes Santuário de baleias,
terra de muito trabalho
e paraíso de sereias tão lindas
e verídicas que até parecem lendas.
Decepção
Decepção, é a desilusão de ser enganado por quem confiou.
Por sentir escapar entre os dedos, algo que pensava que ganhou.
Por não mais confiar em quem tanta confiança depositou
Por não sentir o mesmo timbre da melodia que o encantou.
Decepção, trás dor no coração de quem tanto amou.
Trás tristeza em meio a alegria que espalhou.
Decepção é um vaso valioso e protegido que se quebrou.
É uma facada no peito de quem só amor depositou.
J C Gomes
Desprezo
O desprezo no meu entender, é a arma dos perversos, dos desalmados, dos cínicos e dos covardes, pois não podendo mudar uma situação em que não concorda, ao invés de discutir a questão, simplesmente despreza o oponente como se o mesmo não tivesse nenhum valor, tenho pena desses tais, pois quase sempre são os mesmos que não suportando a perda, voltam pedindo perdão, e não querem ser deixados para trás.
Os humildes de coração, resolvem uma questão antes que o sol se ponha sobre sua cabeça, pois os desprezados sofrem por não poderem se defender, mas os desprezadores correm o risco de não terem tempo de se retratarem ainda nesta vida, e sendo assim nunca se retratarão pois a vida termina e mortos estão.
Já me pagaram com mal muito bem que fiz nesta vida, mas nunca desprezei esses tais, sempre procurei dar uma oportunidade de resolver o problema, pois a vida é pra ser vivida em sua plenitude e se seu coração está amargurado e você anda desprezando alguém por isso, digo, que nada há encoberto que no seu tempo não venha a ser descoberto.
Se retrate enquanto ainda há tempo, pois enquanto a vida a esperança de dias melhores, não deixe para amanhã um pedido de perdão, pois pode estar fazendo sofrer um irmão que um dia pode ser o único a segurar a sua mão.
J C Gomes
O poeta/escritor
O poeta/escritor, é o indivíduo que sente na lama o aroma de uma flor.
O poeta/escritor, não consegue guardar seus sentimentos mas transmite disfarçadamente em forma de poesia o seu labor.
É o indivíduo que transfere para o papel a sua simples ou imensa dor.
Esse cara consegue tirar de suas experiências o amor em forma de louvor.
O poeta/escritor consegue ver no mais profundo do seu ser um lampejo de amor que você teima em esconder.
Ninguém foge de um poeta/escritor, pois ele vê onde ninguém vê, mesmo na maior escuridão do seu ser.
As janelas da alma ficam sempre abertas para um poeta/escritor, pois mesmo escondido ele vê tudo em forma de amor.
Um poeta/escritor canta um conto ou conta um canto, mas transforma tristeza em alegria… em encanto.
J C Gomes
Já fui feliz um dia
Quando fui o mais importante dos homens naquela fábrica, e tantos a desejaram, e só eu levei o troféu, fui encontrado pelo amor e pensei que estava no céu.
Quando você disse pra mim que eu seria pai pela primeira vez, um herdeiro você me deu, e meu príncipe nasceu e confirmou que realmente conquistei um espaço na terra para lutar pelo que é meu.
Quando você disse pra mim pela segunda vez, que eu seria um rei, pois uma princesa de ti pra mim nasceu, que alegria tremenda foi ser confirmado o presente que Deus me deu.
Quando depois de muita luta, compramos nossa primeira casa, com o nosso suor essa luta chegou ao fim, sim fui feliz pois Deus deu vocês pra mim.
Quando na segunda fase dessa vida pensando que estava sozinho, meus frutos sorriram pra mim, aqui estamos papai para você voltar a sorrir.
E aventuras vivemos, comemos por aí, viajamos por todo lado procurando nos divertir, fomos desprezados sim, mas conhecemos pessoas que nos ajudaram no nosso caminho seguir.
Sim, eu fui feliz um dia, e outro e outro, jamais deixei de ser feliz, mesmo quando o dinheiro faltou, vocês estavam comigo para dessa vida, conseguimos encontrar a felicidade no pouco que nos restou.
Hoje nesta terceira fase, minhas crianças me fazem sorrir, pois de vocês mais três frutos dos meus frutos deixaram aqui, espero vê-los crescidos e novos frutos me presentear, sim eu sou feliz, pois Deus sorriu pra mim.
J C Gomes
Se você me amasse um tantinho assim!!
Se você me amasse um tantinho assim, só em ouvir te amo já estaria feliz, pediria pra repetir para lembrar quando quisesse, te faria minha rainha e seu súdito eu seria, nada me importaria, você ao meu lado é tudo o que eu mais queria, se assim fosse, a vida pra mim sorriria, nunca mais de amor sofreria.
Hà se você me amasse, ao menos um tantinho assim, o suficiente pra me agradar, pois não preciso de muito, com esse amor posso ao menos te abraçar, e assim fazendo, nosso amor vou cultivar e em cem por cento esse pouco amor vou transformar, e com tanto amor você vai regozijar, e feliz será.
Se você me amasse um tantinho assim, com certeza esse amor transbordaria em mim como se fosse um tesouro dos anjos e serafins, em uma arca colocaria você que seria o maior dos tesouros que Deus daria pra mim, e mantinha o seu brilho, para meu coração pra ti sempre sorrir.
Se você me amasse um tantinho assim, saberia que respirar o mesmo ar que você nesse imensidão de mundo já me faz feliz, imagina colher esse ar com a minha boca através da sua, em uma só respiração, nos tornando um nessa mesma imensidão.
Hà se você me amasse um tantinho assim!
J C Gomes
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