Poesias de Gregorio de Matos Guerra
Erguer antes de tudo uma parede –
a parede no caso é importantíssima,
pois as janelas só existem sobre
paredes, as janelas sobre nada
são também nada e não são sequer vistas.
Em seguida quebrá-la até fazer
nela um grande buraco, não maior
que a parede, pois precisamos vê-la,
nem menor que seus braços – as janelas
sobre as quais não se pode debruçar
não são janelas, são buracos. Pronto.
Ou quase: agora basta construir
um mundo do outro lado da parede,
para que possas vê-lo, emoldurado
Às vezes paramos no tempo, pra pensar sobre nossas ações na vida; é como se não quiséssemos voltar ao passado, mas ao mesmo tempo precisássemos ficar no presente para construir um futuro.
Lembranças retornam em nossos pensamentos; e acreditamos que aquele momento era bem melhor do que o que estamos vivendo; sabemos que não podemos mudar, mas insistimos em ver fotos, ouvir musicas; e viver em um passado.
E tudo isso piora quando alguém que fez parte da sua vida também ficou no passado; pois na maioria das vezes, mesmo a saudade sendo grande, a pessoa está em outro lugar; e não pode voltar.
Você descobre então, que tem sonhos impossíveis; sonhos de uma realidade abstrata e um futuro inserto; sonhos que um antigo amor não realiza, e um novo amor não apaga.
Olha pra longe e disfarça o olhar de choro; segura essa lagrima que quer apenas escorrer no seu rosto, como forma de alivio de uma dor.
E do nada você não está mais ali; seus olhos estão distantes; e seu pensamento simplesmente viaja em planos e sonhos que não foram realizados.
Não julgue a vida; ninguém é sábio o bastante pra saber os motivos de todo esse sofrimento; apenas sorria, mesmo não existindo, mas forças pra isso. Sofrimentos vem em formas de aprendizagem.
Ninguém escolhe por quem se apaixonar, simplesmente gosta, e sofre quando tudo acaba; ainda mais quando se sabe que não existe volta; mas lembre-se o destino pode ter escolhido você pra se apaixonar por ele (a); mas talvez o destino não escolhesse ele (a) pra se apaixonar por você!
Sempre achei triste a história de procurar a tampa da panela, porque se só existe uma tampa pra cada panela do mundo, então que saco… As chances de uma metade encontrar a outra em alguma esquina desse mundão seriam desmotivadoras. A brincadeira seria daquelas que, de tão difíceis, nem dá vontade de brincar. Prefiro então dizer que somos como queijo e goiabada. Diferente da panela que perde sua funcionalidade sem sua devida tampa, essa mistura gastronômica somente potencializa o lado bom dos ingredientes. O queijo sem o doce ainda continua incrível. O doce sem o queijo ainda é sensacional. Mas a junção dos dois cria um sabor absolutamente novo, que surge cada vez em que você morde um tequinho de cada. A junção não faz deles menos importantes, mas exalta o que cada um tem de bom. Se separados eles caem bem, juntos dá vontade de lamber os dedos.
Então, digo sem peso que encontrei minha goiabada. Não que outros doces não serviriam – o queijo é bom com doce de abóbora, de figo, de carambola. Mas, pra mim, é especialmente bom com a goiabada. E pra isso, eu não preciso deixar de ser salgada e nem você de ser doce. Nossos sabores se completam.
Soneto do Amor Platônico
Te odeio de tanto amar
Fecho os olhos e começo a imaginar
Teu lindo rosto a luz do luar
Os teus lábios, os meus querem abraçar
Amo-te de tanto falar
Amo o teu cantar
Canto por ti ao luar
Esperando que tu iras escutar
Amo o teu olhar
Teus olhos castanhos a me olhar
Quando estávamos naquela cama a deitar
Posso não ser aquele que tu irás amar
Mas posso ajudar a encontrar
Já que com ele, tu iras se alegrar
Sentir
"Por que devo sentir ?
Por que devo sorrir quando estou feliz ?
Por que devo chorar quando estou triste ?
Por que devo odiar quem me odeia ?
Por que não posso sorrir para esconder a tristeza ?
Por que não devo chorar de felicidade ?
Por que não devo amar meu inimigo ?
Não seria mais fácil ?
Por que não sentir o que ninguém sente ?
Por que não posso ser diferente ?
Afinal, não somos todos diferentes?
Mas ao mesmo tempo iguais"
Alegoria
Eu sabia, mesmo sem ve-la, eu sentia, ela está no meu dia-dia.
Tecnologia, criticada ou amada é indispensável á nossa correria.
O que é hoje natural, sem ela não seria.
Todavia, sem hipocrisia ou analogia a nenhuma ideologia, através dela lhe apresento uma poesia. - Adilson Gregório
eu sinto minha alma gemendo gritando pedi do Socorro
Sinto um vazio uma tristeza uma angústia eu tenho disfarçado pra todo mundo mas por dentro Deus sabe como estou
Faz 1 ano q estou afastada dos caminhos dele deve ser por isso toda essa angústia essa ansiedade mas sei q um dia vou chegar lá tudo no seu tempo.
É preciso saber reconhecer quando não somos mais bem vindos.
Reconhecer quando o esforço está sendo desperdiçado.
Quando a insistência está machucando.
É preciso saber o hora de partir.
E o pior: ter coragem de partir.
O que adianta um campo sem flores
O que adianta um céu sem nuvens
O que adianta um céu sem estrelas
O que adianta um oceano sem horizonte
O que adianta dores sem amores
O que adianta uma vida se não for para viver
Do momento em que nasce o Sol, até o momento que fechas os olhos para descansar... Esse deve ser o seu foco... Onde você planeja e executa.
O próximo dia é um mistério, intocável e irremediável.
O dia anterior já não te pertence, não há o que ser feito, está morto.
Decida agora, faça agora. É o que você pode. É o que te cabe.
Não insista naquilo que não é recíproco. Quando perceber que é só você que se importa, retire-se.
Não se oprima para caber em espaços onde você não é bem vindo.
Dia das Mães
Parabéns às mães, especialmente à minha.
Vocês são pilares familiares/sociais cruciais.
Coração de mãe é vazante de amor desprendido, incondicional,
fiel, generoso, compreensivo, acolhedor, guerreiro, resignado,
fortalecedor, consolador, educador,
E por esses e outros atributos,
tanto se aproxima do amor de Deus.
Após ter filho, toda mulher se transforma,
é investida do dom da maternidade,
da missão que transcende.
Ganha misteriosa intuição, vence tempo e espaço,
tem seu canal comunicativo com a prole, pressente...
Sofre e se regozija aonde quer que estejam os filhos,
derramam lágrimas se por perto, ainda mais se longe,
acabrunham-se repentinamente pela saudade sentida.
Abnegadamente suportam toda sorte de provações,
se isso for em prol dos filhos,
esquecendo-se de si mesmas em favor deles.
Mãe atravessa deserto, toma chuva, passa frio,
é escudo poderoso a despeito da fragilidade feminina,
uma imensidão ultrapassando os limites humanos.
Sua boca pode privar-se, para que a de um filho abunde.
Altiva e orgulhosa pela realização nas conquistas dos filhos.
Não cabe em si, transborda para que o mundo saiba que mãe,
É mãe!
"O que eu quiser
irei alcançar
basta ter Fé
mas se um pouquinho demorar
não preciso me preocupar
é porque Deus, gosta de caprichar"
Moça Bela
Moça bela, que sutilmente gesticula doçura e elegância
Coloca-se discreta no ambiente, simples e pura margarida
Sorriso espontâneo, algo de luminoso em alma transparente
Sua melódica voz exalta meiga composição, que diverte e instrui
Cruza formosas pernas sem vulgaridade, apresentam-se pés delicados
Suavidade das mãos, no outro extremo corpóreo, em atraente harmonia
Implícita sedução rege o olhar e induz imantados desejos cavalheiros
Sua roupa resguarda conteúdo tal como pétalas de um formoso botão
Sabe que o momento de abrir-se pertence à sabedoria e à dignidade
Fonte de apreciação quase hipnótica e um magnífico deleite visual
Promissora mulher de personalidade e esperançoso futuro à sociedade
De sólido caráter, resplandece virtuosa e exemplar cidadã
Fruto abençoado, opõe-se às decaídas atuais mulheres-frutas
A modernidade não invalida consagrados modos de uma dama
Educada, sabe acrescentar conhecimentos à luz da cultura
Escreve seu cotidiano em múltiplos tons de Lápis Lazúli
Caligrafia e gestos benevolentes advindos do ingênuo coração
Vida como livro de romance amadurecido na ternura juvenil
Decodificada no poema, manifestação por versos de encantamento.
Garimpo dos Sentimentos
Joias formosas manifestadas na significação de palavras singulares.
Pessoas diferenciadas são capazes de bem utilizar a bateia da percepção.
Distinguir virtuosamente os cascalhos das preciosidades.
Reunir um mosaico frasal, lapidar em si a matéria bruta abstraída.
A expressividade reluzente de um ser manifesto pelo rastro poético
Encantando e causando brilho nos olhos: diamantes, safiras, esmeraldas...
Com uma sedutora participação no processo de lapidação.
Mas por ironia, joias nem sempre são vistas como deveriam...
Ao extrair o limo, o barro, os pedregulhos, chega-se ao âmago.
Melhor saber a respeito do material com o qual se lida!
Ourives incautos, em suas inabilidades eventuais, podem colocar tudo a perder...
Garimpo não! Arte e virtude de sentir, perceber, interagir.
A solidão das joias embaçadas pela névoa dos sentimentos machucados:
perturbadora.
Analogias com relações humanas... desencontros.
Namoros deixam de ocorrer por falta da arte mútua de garimpar amores...
Diamantes fragmentados, partidos como corações desiludidos...
Olhos tristes e lágrimas cristalizando resignação.
E balanças pendendo por falta de compreensão.
Maravilhas amorosas não ocorrem sem dedicação, perícia, esmero...
Principalmente lapidação, criação de preciosidades imateriais.
Emanadas as virtudes, passa-se pela vivência.
Quem já não encontrou pessoas preciosas?
Brilhantes por natureza, douradas na essência.
Que dedos estão à altura de receber tal ornamento metafísico?
Sempre amanhecer
Amanhecer, o sol adornando
o céu com seus fios de ouro;
contornando nuvens anunciando:
resplandece o tempo vindouro.
Alvorada, na explosão
e poder da luz
pelas cores em união;
força que reluz e conduz.
Essência na presença;
magnífica coroada simplicidade;
inspiração na Renascença.
Desde o princípio luz intensa;
círculo revelando eternidade,
imbuído de força imensa.
Metalinguagem
Meu escrever é tocar
a amálgama do pensamento
e do sentimento
com as mãos da inspiração
e do coração;
traduzi-la
e conduzi-la
por veredas de papel:
metáfora e arquétipo do anel.
Para a musa Luiza
L indamente meus dias são preenchidos quando penso em você
U nindo a beleza do meu sentimento e entrelaçando emoções
I mpar sensação interior que me causa tanto contentamento
Z ênite entre meus sonhos e a tua face mais encantadora
A mando, eu, sutilmente e pacientemente, aguardo os acasos...
ETÉREA BORBOLETA
Eu exalava poesias
Ela nem aprendera a ler
Fui insistindo em prosas
Floreava poemas,
Declamava flores e mares.
E ela, nada.
Naveguei pensamentos e frases
Mergulhei romances e sobrevoei contos.
Ela disse não gostar de histórias e partiu,
Batendo suas lindas asas.
Foi a mais bela e colorida
Borboleta que eu jamais vira.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
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