Poesia Tristeza
O pior aconteceu
A história se repete
Temo estar frio outra vez
O passado remete
Meu romantismo se perdeu
Diante de tudo que a vida me fez.
Não espere meu sorriso
Não prometo companhia
Tudo agora é melancolia
Reflexo de decisões minhas.
Aprecio algumas amizades
Que me confortam no meio da dor
Mas creio sucumbir sem piedade
Deixando tudo de lado, até o amor.
As palavras ainda se perdem na mente
Culpa das situações vividas recentemente
Meus pensamentos me levam ao fracasso
Prisão que escolhi entrar
Talvez minha alma ainda grite
Na esperança de alguém me encontrar
Mas já excedi meu limite
Então não tente me perturbar
Um lúcido só se faz de louco,
Quando é assim que ele quer estar.
A nossa história de 30 anos juntos,
não se acaba aqui, não se acaba assim...
A morte que nos separou agora, é a mesma
que irá nos reencontrar. O meu amor por você é tão grande, que vive em nossos filhos, que irei criar à sua semelhança, com caráter , hombridade e retidão. E quando a minha missão cumprida estiver, em teus braços, irei me aconchegar. Que eu suporte os dias de saudade e as noites de dolorosa solidão...até o dia em que finalmente, contigo, de novo, irei estar.
Para Márcio Miguel Zorio, meu esposo falecido em 17/07/2016.
Hoje eu vou dormir.
E talvez eu não acorde amanhã.
Existem dias em que desejo que sim;
E dias em que desejo que não.
Viagem (Walmir Palma)
Já não me estresso com o ruído de um motor
Se aumentam o volume do televisor
Se enquanto eu canto você conta
Se deito e você se levanta
Já não me espanta qualquer filme de terror
Enquanto leio pensamentos de Foucault
Você enterra os olhos no computador
Essa canção se espalha pelas ruas
Entre os que buscam no clarão das luas
Outra maneira de curar tamanha dor
Eu plantei meus fícus
Escrevi meu livro
Eu já tenho um filho, meu amor
Tudo é passagem
Fiz minha viagem
Eu vindo e na volta eu vou
Já não me irrita uma canção que é só tambor
Se em vez de abajur preferem refletor
Ou vendem ilusões de luz neon
Se poucos leem o Drummond
Se a tolice insiste liga o reator
Nem o silêncio dos gurus adiantou
A natureza está mostrando o seu tumor
Quando ela grita eclodem seus vulcões
Seu choro inunda civilizações
Não tem senhor, não há remédio seu doutor
Vejo cataclismos
Rescindirem sismos
Quanta indiferença meu amor
Sobra incompetência
Tanta imprudência
O poder não tem nenhum pudor
►Novamente
Coração, me desculpe
Acho que te machuquei de novo
Sinceramente, eu sinto muito
Deixei minha desconfiança predominar
Abandonei minha emoção, quanto descuido
Não sei se magoei uma pessoa que disse me amar
Ah, coração, talvez eu seja mesmo bruto
Talvez não consiga me entregar,
Pois sempre que encontro uma dama, me iludo.
Voltei a me isolar, cercado pelas paredes
Estou perdendo aquela imaginação
Quero respirar sem chorar, lágrimas caem às vezes
Sim, caminho em direção a comadre, Solidão.
Coração, sabes bem o que tenho feito
Dos lábios que beijei em desespero
Buscando aquela paz no peito,
Que pareço ter perdido, e não tem jeito
Ah, se fosse tão fácil assim curar,
Daquele sentimento de nunca se encaixar
Ah, se eu pudesse no passado voltar,
Várias e várias fotos de recordação eu iria tirar e guardar
Hoje o que me resta é sonhar e não vivenciar
Romantizar em textos sem sequer me entregar,
Aos momentos, a brisa do vento, aos seios do tempo
Estou velejando para uma ilha já visitada, que sofrimento.
Terna amiga Solidão,
tu que se faz tão presente em momentos de ausências,
que és tão verdadeira em falsas verdades, que se expressa tão bem mesmo não falando nada,
companhia inexistente que afaga o improvável.
Boa noite velha amiga de todas às horas!
Sempre que olho para o céu à noite eu sinto um vazio enorme no meu peito e acabo me perdendo naquela imensidão.
Nesses momentos eu me sinto muito pequena, a tristeza vem e começa a tomar conta de todo o meu ser.
Então eu me atrevo a procurar entender as estrelas, sem sucesso, me junto à elas que me acolhem.
Sento no quintal onde a vista pro céu é mais clara e fico ali, sozinha, com a solidão que me habita.
Lembro-me das pessoas que partiram e fico as imaginado nas estrelas mais brilhantes e assim a solidão vai passando aos poucos.
É horrível saber que nem todos contemplam a beleza de um céu estrelado, é uma pena já que maioria só vê a importância de um simples céu a noite quando se está no fundo do poço.
Parabéns a mim, parabéns a mim, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida.
O desejo, o desejo!
Desejo que na próxima festa tenha alguém para desabafar!
"Lindo Sonho Meu"
Como Um Sonho Lindo, que Mal Começou
Assim como um Barco, que já Naufragou
Assim como um Sol, que se Escureceu
Ou como um Palhaço, que se Entristeceu...
Entrou em Minha Vida, E me Balançou...
Sem pedir Licença, Sei que conquistou
Um Coração Fraco, Tão só... Tão sofrido
Tão cheio de Sonhos... De Amor... Já esquecido...
Assim como a Lua, que Encanta os Amantes
Com seus Movimentos, tão Desconcertantes
Com seu Belo Olhar... Carente... Mimado
Deixou-me tão Bobo... Tão Apaixonado...
Eu sei que duvidas... Do meu Sentimento
Ou da Minha Falta de Atrevimento
Um Dia Talvez, Você vai nutrir-se
De Angustia e um Pouquinho... De arrependimento...
E quando desse Sonho eu Despertei
Nem tua Sombra... Eu não achei
Mas o Meu Corpo... Sei que ainda queria o Teu...
Você é como a Luz... Que me Dá a Vida
Resgatou minha Paz... Tão Esquecida
Depois me acordou... Desse Lindo Sonho Meu...
O Quarto
Eu sou um livro esquisito, por fora aceitável e por dentro um labirinto;
Cheio de palavras complicadas, de efeitos nítidos e engraçados;
Onde destaquei três enunciados,
''Dor, medo e angústia'';
Hoje, elas me definem!
Gostaria de saber as consequências disso em mim;
Pois não consigo perceber, o que elas tem de ruim;
Todo mundo discursa que irei adoecer;
Tenho medo e eu nem sei o porquê.
Ando pela rua e não consigo ouvir nada;
As pessoas estão tão iguais, que as vejo como se tivessem empalhadas;
Falam tantas asneiras, que não consigo dar risada;
Procuro uma fórmula para explicar isso, e de minha cabeça não sai nada.
Vejo-as discutindo, se matando, se julgando sem nenhum sentido;
E me pergunto se sou louco;
Por tentar buscar uma explicação para essas atitudes sem conexão;
Queimam o livro sem compaixão e mesmo assim os vejo sorrindo e não pede perdão.
Esqueceram que somos irmãos, nascemos sem direção;
Vivemos unicamente e mesmo assim,
Nos tratamos como serial killer esperando logo ali, na contra mão.
Estou farto desse relato, que me causa dor e outros farrapos;
Escrevo para amenizar os meus laços,
Tenho esperança de viver em outro espaço, onde possamos viver entrelaçados;
Amanhã é um novo dia, e sinceramente ... espero sair desse quarto.
Madrugada!
É na madrugada que o coração chora,
Que o sentimento aflora,
E o travesseiro é o único que não vai embora.
Momento que a conversa é solo,
Que pedimos colo,
E na cama eu só rolo.
É a hora que os minutos passam,
Que os olhos embaçam,
E a dor e o sofrimento não passam.
Ah essa madrugada,
Se não fosse o seu silêncio,
Te chamaria de folgada.
Mas uma hora ei de dormir,
Mesmo me sentindo um estrangeiro,
Nesse meu caloroso travesseiro,
Querendo partir.
Aos poucos
Aos poucos vamos perdendo a esperança
Aos poucos vamos perdendo a nossa essência
Aos poucos vamos deixando de acreditar naquilo que acreditávamos
Aos poucos vamos sendo moldados até não restar nada do que costumávamos ser.
É, aos poucos, somente aos poucos é que as coisas vão acontecendo, depois de viver tanto as mesmas coisas, depois de tanto sentir as mesmas dores, aos poucos vamos aprendendo, não a não senti-las, mas aprendendo a conviver com elas.
É, é aos poucos vamos nos tornando mais fortes.
Alquimia
É transformar cores e ervas
em temperos para agradar
a alma, o olfato, o olhar.
Picantes como pimenta,
salgados como o mar.
Misturas que invento,
com cheiro de alecrim, sálvia, coentro, cravo e canela,
na dose certa, sem miséria ou exagero.
Escondem amarguras, tristezas
escritos nas papilas, pelas coisas do tempo…
Por que o mundo está podre?
Por que todos se tornaram tão egoístas?
Por que a tanta guerra?
Por que cada vez que olho para alguém que esta sofrendo algum abuso ninguém o socorre?
Por que nós temos que temer em possuir algo de valor?
Por que nós não temos que temer o próximo?
Onde está a justiça?
Por que o mundo está tão podre?
Ainda lembro aquela dia
Com lágrimas no rosto
Um diz pro outro
Te amo
Sem pensar nos problemas
Sem pensar nas consequências
Quando o mar estava agitado
Um segurou a mão do outro
E tudo deu certo
Vimos o amanhecer
E fizemos nosso amor
Ainda lembro aquela vez
Com lágrimas no rosto
Disse pra mim
Que o dia
O dia que eu não estivesse mais bem
Precisaria olhar pra trás
E ver os motivos pelos quais
Nos apaixonamos
Ainda lembro dessa paixão
Que chegou e eu logo soube
Soube que era essa
Essa a pessoa que eu queria comigo
Essa a pessoa que me faz bem
O refúgio da minha vida
O esconderijo dos meus demônios
A chuva cessou,
E o que restou
Foi eu.
Coração quebrado,
Lágrimas quentes rolando no rosto.
Imagino cada pessoa,
Todas com sua chuva.
Cada uma com sua garoa.
Cada uma com sua tempestade.
Será que essa tempestade
Que reina em mim
Cessará?
Será que algum dia
Apenas uma brisa
Libertará minha alma
Desse frio, dessa nevasca,
Que minha alma está?
O amargor do crepúsculo
Novamente os sintomas da angústia explodem em meu peito, uma dor tão forte e incessante.
O ar me falta, a lua cresce, nada me desce, o frio entra, o coração padece, o dia amanhece, mais uma vez acontece, o triste ciclo da tormenta, de um ser que tanto lamenta e carece de uma nova versão de si.
Mais que um fardo, completamente defeituoso, querer ser como sou, ou ser aceito por todos, querer quebrar estigmas que tem sido tão assombrosos, não querer mudar, e ser aceito por todos. Sou um fardo, coberto de olhares julgosos, observando as estrelas, querendo ir-de a seu encontro, esquecendo o passado, querendo viver um futuro na qual não estarei em meio a escombros, deixar de existir na terra, e virar poeira no cosmos, tem dias que me sinto bem, e dias que sinto ódio. Ódio, tristeza, desânimo e muita angustia, faz tempo que não vivo, tempos que não encontro uma luz. Tudo poderia ser diferente, com poucas palavras que tranco a mil chaves em minha mente, atos simples que me deixariam menos contentes, apenas para ver a felicidade dos meus entes, entes quase queridos, quem sabe se fossem mais, se meu futuro eu quem tivesse escolhido, ou talvez tomado minhas próprias decisões, seres de mente fechada, querendo decidir por mim, sinto minha mente sendo arrombada.
e onde estão minhas escolhas?
com argumentos não plausiveis, fazem me tomar decisões a força, sem pensar nas consequências, por causa de uma simples dependências, por deles é que eu dependo, mas mal sabem eles que por fora eu estou vivo e vivendo, mas por dentro estou morto e cada vez mais, morrendo.
Sim! Infelizmente perdi o que eu tinha de valioso aos olhos do meu coração, mas sempre é necessário seguir em frente, até porque a vida é uma caixa de surpresa a cada dia que vivemos. Os sentimentos mais sinceros já se foram e a paixão do começo? Pois é, chegou ao fim.
Com amor, seu ex-amor.
Minha Rosa
Aonde está a Rosa
Pela qual me, apaixonei?
Será que a perdi?
Não consigo mais achá-la
Será que sou eu?
Que não consigo mais vê-la?
Como viverei sem ela?
Quem irá aformosar meu jardim?
Ela parece estar tão perto,
Mas não a vejo,
Sinto-a raramente.
Procurarei-a sem cessar
Até que a lua e as estrelas
Parem de embelezar...
O meu triste luar.
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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