Poesia Toada do Amor de Carlos Drumond
Palavras não ditas
Caladas pelo medo
Vontades não reveladas
Desejo mantido em segredo
Porque lutar?
Se não é reciproco
Porque insistir?
Se não é correspondido
É correr e não alcançar
É lutar sozinho
É frustração ... desilusão
É vontade de gritar
Mas saber que é em vão!
____________ Juliana Rossi Cordeiro
Meu Baú
Guardo em um baú velho
tesouros escritos em papeis soltos
coisas tão íntimas e internas
como estar nua diante de um espelho
você pode me conhecer
em cada linha que escrevo
se com atenção você ler,
logo vai perceber
que este é um baú de sentimentos
e nesse baú antigo
guardei poesia e segredos escondidos
Nas entrelinhas,
amores vividos ou não
ou quem sabe só fruto da minha imaginação
com esses papéis soltos
posso tocar sua alma
e até seu coração!
___________________ Juliana de Almeida Rossi Cordeiro
11/03/2020
O VALOR das PALAVRAS, simplifica minha rara ALEGRIA ,que as vezes transborda em AGONIA num SIMPLES fato de aprender a lidar ....
Quero SEMPRE o entusiasmo, E POR querer coisas boas COMIGO sempre vão embora MEUS PENSAMENTOS POSITIVOS e EU DESABO .
Quando CONSIGO chora, corro pro ESPELHO PRe da minha rica ALMA veio se alimentar.
O que me causa TAL SENTIMENTO? de quem É a CULPA? se me alma ESTÁ SEMPRE guardada dentro de uma CÚPULA e AINDA me OLHAR, consigo VER meus olhos TRANSBORDANDO a infelicidade quA ASSIM me CULPA.
EU TO ME MATANDO querendo viver, grito em silencio e o barulho que me ASSUSTA, talvez exista DENTRO DE VOCÊ ...
Não e questão de surgir ALGUÉM PRA me entender APENAS
parar PRA me ouvir já me ajuda a DISSOLVER.
HOJE:
EU ME DESMANCHO EM DOR, por ser tão sensível, por fim QUERER ENTENDER que enfim encontrei dentro de mim ALGUÉM de quem tanto preciso,
GRITANDO... QUERO VIVER !!!!!
RESPIRA minha alma e VIVA. Apenas IMPEDIR que ela é quem decide quem hoje devo ser e SENTIR. ENTENDI
é isso SIM é UM AMOR recíproco. SE '' ACEITAR''
POIS SEI QUE...
SOU paz em tempos de Guerra e aquarelas em dias de lutos.
SOU sol em dias nublados e um nada em dias de tudo.
SOU alguém que todo dia MUDA, não importa quem serei amanha, DESDE JÁ que de agora em diante da minha SOBREVIVENTE alma hoje EU mesmo CUIDO , e CURO
NÃO SOU A DEPRESSÃO APENAS A PRESSÃO DE UM SENTIMENTO MÚTUO O QUE NÃO CABE EM MIM É ESSE SENTIMENTO QUE SOU INÚTIL.
" EU SOU UMA POETA QUE PRECISA DA TRISTEZA PRA SE EXPRESSAR PRO MUNDO ''
Traquinas
O mar leva a areia sob os pés da gente
porque nos quer plantados na sua frente.
No fundo, um brincalhão.
Ou será medo da solidão?
Trilhas
Ele pisou num chiclete
e foi marcando o caminho.
Com as mãos transformou o tempo
numa espécie de ninho.
eu não sei a dor que eu transmito
nem o alívio que eu trago
mas sei que saber disso
faz eu ter esperança
de aguentar o meu fardo
tem males que vem para o bem
todo mundo sabe disso
mas quando os bens vem para o mal
a visualização fica mais difícil
expandir o campo de visão
ver além dos globos oculares
entender que cada cidadão
carrega em seu coração
diversos lares
tem quem tampe o sol com a peneira
o que não adianta de nada
uma hora a coisa fica feia
e a vida vira uma desgraça
é como se fossem bolas de neve
caindo pelas ladeiras
de floco em floco elas crescem
capazes de destruir construções inteiras
construções essas que tu lapidou com o tempo
que vieram do fundo da tua alma
não deixe um tormento
bagunçar e destruir a tua calma
o amanhã é só amanhã
imagina se ele não vem
não machuque o próprio coração
seja sincero consigo para viver bem
viva o agora e tenha fé
a vida é o maior tesouro
quem poema amigo é
quem poesia amigo em dobro
Imperfeição
Eu quero é ser imperfeito!
Ser errado em minhas convicções,
fazer idiotices,
rir de mim mesmo ao ponto em que a gargalhada me satisfaça e
que a ideia do cômico, me absorva...!
Sou eu assim sem temperos,
feito água de cachoeira que migra
de pedra em pedra e se esvai!
José Ricardo de Matos Pereira: 11.04.2020 - 8:25h
QUASE O EU DE MIM
Olhando para o tempo; soprei para dentro de mim a terra e comecei cultivar-me...
Sequei uma folha com o vento e copiei sem alento um sentimento ...
Pensei em mim e imaginei um conto sem fim...
Rejeitando o ponto final, segui na mesma linha, sem me dar um parágrafo para respirar...
Em versos espalhei meus pensamentos que foram devorados no silencio...
As letras que podiam unir-se para uma declaração, não diziam nada ...
Vislumbrando para a vida de olhos fechados consegui amar..
Esperando o sol raiar em mim, pedia para a lua entrar, mesmo sabendo que juntos não podem estar...
O fugas manuscrito trazido em minha alma, mesmo ilegível; comanda as buscas mais frenéticas, nas encruzilhadas do meu psique, e alimenta outros “ Eus”; que devorando-se entre si; travam batalhas para sobreviverem no meu cárcere privado da indecisão, perpetuando e deixando prevalecer “ Um Quase Eu De Mim”...
Seguia adubando um sonho, de um dia tentar me enxergar e pintar tudo que eu não conseguisse com palavras expressar...
Minha rima fugindo dos meus versos, não consegue achar uma poesia que possa expressar “Um Quase Alguém Para Declarar”, e o jardim que eu queria habitar, não teve tempo de desabrochar e nem em uma folha seca de papel consegui propagar...
Até o vento mudar
Vibrou em mim a ventania
Gravando seu cheiro por todo lugar
Era doce, mas turbulento
Aquele momento que parecia não acabar.
Então virou só vento
Meio lento que devagar
Levou embora o tormento
E me deixou só a pensar
E ali só, esperei, até sentir uma brisa
Suave, que parecia murmurar
Tudo isso vai passar
Só espero entender
Nunca esquecer
Nem mesmo quando o vento tornar a mudar
Publicado em Antologia de Poetas Brasileiros - vol 159
CONFESSO
Não quis sonhar
Por medo de acordar
E descobrir que não era real.
Também não quis imaginar
E correr o risco de me decepcionar
Por não ser igual.
Queria só o que fosse real.
Então, preferi tentar
Sabendo que poderia sofrer,
De coração aberto
Mesmo que pudesse doer.
Preferi viver...
Cansada de esperar
Algo que nunca viria,
Resolvi fazer acontecer.
Preferi chorar e sorrir...
Molhar os pés, sujar as mãos,
Colecionar pedras, trocar de canção,
Sentir o vento, deixar acelerar o coração.
E confesso...
Tentei, cantei, chorei, sorri
Não foi tudo sempre perfeito
Mas enfim, confesso que vivi.
Publicado no 4 Anuário da Poesia Brasileira - Câmara Brasileira de Jovens Escritores
DESPEDIDA
Era despedida
Queria ter feito mais
Abraçado mais
Mais forte...
De um jeito que fosse junto
Uma parte de mim.
Queria ter beijado mais
Mais vezes...
Absorvendo cada segundo
Como se não tivesse fim.
Queria poder lembrar mais
Assim, tentei gravar tudo
Marcando na memória
Cada cor,
Cada cheiro,
Cada som,
Cada pedaço daquela hora
Que me fizesse voltar no tempo
Só meio da história
Sempre que a saudade apertar
Me transportando de volta
Aquele momento
Sem começo nem fim,
Só àquele momento
No meio do tempo
Pra história nunca acabar.
Publicado em Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol 158
ESTRADA DE UM PENSAMENTO
Quando eu pensei em voltar
Tudo parecia desabar
Pensei qual estrada parar
Fiquei olhando o tempo passar
Pedi a Deus para me ajudar
Se ele me escutar juro rezar
A Rua que está minha casa não tem onde estacionar..
Tentar marcar hora é se julgar.
Se eu plantar pode não vingar...
Pensar em voltar é apostar em chegar...
Chego comigo.... chego sozinho ....
Vejo o vizinho seguindo seu caminho....
Paro para olhar e vejo um lugar.....
Quando eu pensei em voltar, tudo parecia mudar....
Gira mundo gira estrada, girassol na parada, não deixando sair as palavras, de lá, giro a vagar querendo chegar....
AUTORA: ANA TEREZA DE ARAÚJO BULCÃO
Dual
E lá estava ele. Tão pequeno, tão frágil. Era maravilhoso saber que, enfim, eu havia sido pai. Ao mesmo tempo, um turbilhão de pensamentos e preocupações preenchiam os espaços ociosos no meu cérebro. Espaços que só eram, anteriormente, ativados quando os assuntos eram futilidades, como mulheres, festas e futebol.
Não havia espaço para mais nada. Desde o momento em que aqueles pequenos olhinhos negros piscaram para mim, o mundo parara. Só existíamos nós dois, unidos por laços únicos em uma esfera que eu ainda desconhecia.
E ele, o meu filho (meu!), parecia me compreender. Olhava fixamente na minha direção, enquanto suas pequenas falanges arriscavam curtos movimentos. E sorria, quando a preocupação tentava me consumir. Parecia estar adorando a exaltação que brotava de mim, mesmo detrás daquela enorme parede de vidro.
Agora eu entendia. Entendia o que era viver eternamente. Diante de mim, a maior aposta de perpetuação de minhas memórias. Uma Parte de mim. Minha continuação. Eternidade. Esse é o nome que deveriam dar a todos os filhos. Vitória. Este é o nome que deveria ser dado a todos os pais. Porque ser pai é viver, todos os dias, a harmônica dualidade existencial, sem deixar cair a peteca.
É perigoso escrever
É perigoso escrever
Pois posso dizer ao mundo
O que sinto por você.
É perigoso escrever
São muitos sentimentos escritos
Que o mundo jamais iria entender.
É perigoso escrever
Minhas lágrimas mancharam a folha
E eu jamais iria esquecer.
É perigoso escrever
Pois as vezes não sei expressar
O que meu coração tem a dizer.
É perigoso escrever
Pois tudo o que escrevo
Muitas vezes seus olhos não conseguem ver.
Alexandre C.
Poeta de Libra
Bença
Bença meu pai
Bença mainha
Bença meu tio
E também minha vozinha
Tomo a bença
Não por educação
Mas por que sem as bençãos
Fica um buraco em meu coração.
Alexandre C.
Poeta de Libra
Sertão
Há tantos rascunhos escritos
Que ao ler
Eu me pego a chorar.
O tempo passa tão rápido
E eu não sei explicar
A saudade do meu sertão
Que hoje veio me apertar
Maltrata meu coração
E faz os olhos derramar
Lágrimas de um paulista
Que ama o sertão do Ceará.
Alexandre C.
Poeta de Libra
Versos Simples
Se as estrelas pudessem falar
Se o sol pudesse dizer
Tudo o que sinto por você.
As água correm rio abaixo
Levando meu coração
Pois ele está cheio de amor e paixão
Te amo
Te quero
Como a noite ama o céu
Eu te carrego comigo
Num pedacinho de papel.
Alexandre C.
Poeta de Libra
Ofício Solar
A noite é fria, e o frio fustiga o vão
Onde o coração, sem eco, jaz no chão:
Um cálix sem licor, um braseiro apagado,
Um árido silêncio, desolado.
Mas eis que a pálida aurora, em seu labor,
Fende a mortalha do noturno horror.
O Sol — cíclope eterno, forja em chamas —
Tecendo o dia com douradas tramas.
Não mero fulgor que apenas vela a dor,
Mas alquimia sutil, um ato maior:
Transmuta o gelo em seiva, o vazio em vaso,
Onde a esperança, planta de tenro laço,
Desabrocha — não em júbilo feroz,
Mas em quieta alegria, como a voz
Da fonte que retorna ao seu leito antigo,
Da estrela que persiste no perigo.
Nasce o dia. Não como um grito vão,
Mas como o lume que a razão acende
Na escuridão. É o gesto que desfende
A vida do seu próprio abandono:
O sol, Vênus, a alba... É o eterno dom
De um novo tempo, um compassado som
Que diz: Em ti, a luz se refaz agora."
E o coração — vaso, crisol, forja ignora
O frio da memória, e aprende, enfim,
O ofício de ser luz, de ser jardim...
Raízes do Afeto
Nas fotos antigas, desbotadas no tempo,
Sorrisos guardados em preto e branco —
São laços que tecem, silentes, seu assento
No meu coração, como um rio sagrado.
Vejo nas tuas mãos as linhas que herdaste,
O mesmo tremor da avó ao cantar.
No teu olhar profundo, o que me contaste:
Amores antigos a nos sussurrar.
Na mesa posta, na receita esquecida,
No jeito de dobrar o pano de chão,
Vive a ternura de outra vida,
Semente lançada em gerações.
O amor ancestral não morre, repousa:
É seiva na árvore, é voz no vento...
Sangue que flui e não se esgota,
Abraço de séculos no meu momento.
O infinito do amor me seduz, pois ele é a eterna luz que eu preciso pra ser feliz, mesmo sendo eu tão efêmero!
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp