Poesia te Perdi
( suficientemente incompleto)
Não suponho que estou pronto. Pois, o mundo e as pessoas mudam. O que serve hoje não servirá amanhã. Acredito na metamorfose ambulante que é o ser humano, conforme Raul Seixas destacou.
Aprendemos a viver de acordo com as tecnologias e de acordo com os sentimentos que são desenvolvidos dia a dia. Não há conhecimento que perdure e nem sabedoria que seja sábia para sempre.
Por isso sou incompleto na minha plenitude da consciência de que observo coisas mutáveis de acordo com o bel-prazer da insuficiência de conhecimento humano. Ou seja, mudo de acordo com o sistema. Por isso, sou suficientemente capaz de absolver o vazio do mundo.
A vida é complexa
Temos medo de perder
Temos medo de conhecer
A vida não é brincadeira
Querer não é poder
Nem sempre ganhamos
Nem sempre entendemos
É melhor perder hoje
Assim amanhã não sofremos
A felicidade é uma via de mão dupla
No mesmo sentido não andamos
É melhor descer
Espairar para vida entender
A vida é feita de "às vezes"
Às vezes amamos
Às vezes amados somos
Às vezes felizes estamos
Mãe
Símbolo de amor
De cuidado maravilhoso
Onde pensa-se primeiro na cria
De modo muito zeloso
Tudo fica em segundo plano
Bens materiais
Vive para os filhos
Não o abandona por nada mais
É possível viver
É possível colher
O amor em primeiro lugar
E até se sacrificar
Àquelas que sabem ou não amar
Feliz dia das mães
Receba carinho e amor
Em tudo que aos filhos depositou
SILÊNCIO DAS MADRUGADAS (soneto)
Ainda muita expressão não me avieste
As achatei nas lástimas e tão guardadas
Ações que pelo vento foram dispersadas
E na imensidão do cerrado se fez agreste
Tenho em mim sílabas em vão esperadas
Se devaneio é porque o sonho me veste
E frases trêmulas vão pelo espaço celeste
Enredando o destino com outras paradas
Foi quando o fado me fez centro oeste
Na busca das tão molestadas bofetadas
Das chagas, que a dor ornou com cipreste
Assim, eu, ainda tenho palavras caladas
Nas angústias do coração... tão cafajeste!
Que insistem no silêncio das madrugadas
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Acaso
Já que o acaso ocasiona
Que o destino extravasa
Que o tempo não estaciona
Vamos acender as estrelas
Uma a uma e deixá-las em brasa
Um brinco sempre procura uma orelha
Uma ovelha negra faz a revolução
Mas a semente que o Uno une em conspiração
Só depende da estação apropriada para a floração
Para cada par de orelhas
Há una ovelha!
AMOR ROBÔ
Trocou o meu amor, por um robô...
Só porque ele canta, e te encanta!
Limpa a casa
lava louças e roupas
faz teu almoço, café
e prepara a sua janta?
Ouça-me...
Me ouça!
Ele tem calor sentimental?
Ele pode sorrir e chorar?
As vezes ele briga e se irrita
lhe dar adeus e vai embora?!
Ele, lhe tem amor...
Ele te ama como eu?
Ouça-me: Eu não sou maquina!
Tenho dores, tenho vontades...
Observo o sol a lua e a chuva
tenho opinião, ouço e choro
sinto alegria de viver,
não sou um ser obediente...
movido por teclado de comando.
Eu tenho vida e estou vivo
posso partir, mas se eu morrer...
eu morrerei te amando
Antonio Montes
ULTIMO MOMENTO
Uma sala grande,
um caixão sobre a mesa...
Rostos, esboçavam tristezas
rostos, choravam saudades,
e rostos banhavam-se, sob lagrimas.
E as falas...
Umas falas, falavam faladas
outras falas, falavam caladas,
enquanto isso, n'aquele mundo ali...
o único mundo aonde parecia
parar de existir... Envolta do morto
a sensação era de aborto.
Bocas, rezavam para o morto
bocas, rezavam para a alma
enquanto outras bocas,
cochichavam sobre...
O futuro degradante dos ossos.
Antonio Montes
DE ASSOVIO
O clima do tempo,
estava assim...
Como se tivesse sobre as margens
de um rio... frio.
Não tinha garoa nem chuva...
Mas estava frio...
Frio, muito frio! Tão frio!
Que até os cânticos
dos pássaros...
Se ouvia de assovio.
Antonio Montes
ENTREGA NA PRAIA
Sob o mar, ninguém morre p'ra feder
p'ra ser enterrado
para se ter cruz, ou usar luto
para se ter marcha funerária...
Rezas orações para o defunto
pára andar de cabeça baixa
por cima, ou por baixo de viaduto.
No mar, não tem cemitério...
Não tem cova não tem tumulo
travessa, semáforo, beco arruelas
estradas, caminhos... Fim de mundo,
mãos abanando adeus,
lagrimas de choro por ela.
Sob o mar... Tem vida tem perola
tesouro, historias perdidas,
sem moveis pergaminhos, luz arandela
... Roupas, ou pano de cambraia,
a vida se move por água
e a morte morre na praia.
Sob o mar, não tem triste nem tristeza
não tem rostos chorosos nem alegres
Não tem lagrimas
Não acende velas
não tem trégua nem telas.
Lá no mar...
Ninguém chora para os mortos
ninguém paga pelo que vive
Não tem cachaça nem bêbado
desavença nem segredo
sob o mar, nada e navega
a vida sob o mar...
É, uma verdadeira entrega.
Antonio Montes
VAMOS P'RA ROÇA
Tá na hora... Tá na hora...
Tá na hora de acordar,
acorda menino!
vamos acordar...
Acorda que está na hora,
na hora de trabalhar.
Passarinho que não deve
já voa pelos os orvalhos
está cordado faz tempo,
o leite já esta no coalho,
o café esta pronto na mesa...
sob a caneca esmaltada
acorda menino acorda
vamos com a madruga.
Antes vá até a cacimba
e traga água na moringa
p'ra bebermos cm o sol
e amenizar a fadiga.
Depois...
Vamos pegar as enxadas
e subir morro arriba...
Menino, vamos p'ra roça
escrever sem caneta ou giz
roçar, carpir e rastelar
e plantar para ser feliz.
Acorda menino acorda!
Sinta o gosto do crescer
acorda para trabalhar...
Até o dia de morrer.
Antonio Montes
E terminou tudo assim
História sem início e sem fim
Um beco sem saída
Uma verdade não vivida
Aquele passo não dado
Aquele grito abafado
Aquela frase abortada
Aquele silêncio gritante
O incógnito semblante
Um poema nunca escrito
Aquele começo infinito
E aquele adeus nunca dito...
FAÇA ACONTECER
Pra você que quer que as coisas aconteçam: faça!
Pois até o café só fica doce,
Quando o açúcar é mexido.
Nunca foi sorte, amigo,
Sempre foi a coragem de acordar cedo e ir trabalhar.
Como dizia o poeta Antônio Machado:
“Caminhante, não há caminho; faz-se caminho ao andar”.
Vida
Facil para uns , dificil para outros
E perturbardor fala sobre isso
Se tratando da adolecencia de um garoto
Problematico mais e muito pratico
Fazer uma poesia sem sentido
Mais que os pensamento contido na
Cabeça de um aduto normal
Nessa sociedade rasista em que um negro
Bolsista não e bem vindo numa istituisao
De auto calao e mando mais um recado a vida passa e os pensamentos ficam.
Teu chamego.
Ou meu denguinho
Não tem medo não
Sou tua pretinha
Tua inspiração.
E que eu gosto
De muito chamego
Arrepio la no peito
E muita paixão.
Vamos fugir
La pro escurinho
E ficar agarradinho
Não se avexa não
Bem coladinho
Vou te dar beijinho
Te prender no meu carinho
Ser teu coração.
VÍCIO
Estou completamente
Condenada aovício
Olha que bonito
Uma realidade composta de ilusões
Qual parte é real?
Qual parte é delírio?!
Se a casa desabar
Com quais mentiras tu sustentará?
Qual realidade tu quer que seja real?!
Repetir o mesmo círculo
Não vai te levar a subir as escadas
Caída na própria farsa é fatal!
Só mais uma vez
(Não caía)
Não vai se repetir
(Não caía)
Se dê mais uma chance
Não fará mal
(Não caía)
O inimigo é ardiloso
Construindo um mundo fictício
Não caía de novo
Todos somos capazes
Não caía de novo
Não caía de novo nesse vício!
#NotasPoéticas
Não é solidão
digo que é solitude
Não é que eu não goste de pessoas
mas sinto que alcancei a plenitude
consegui curar minhas mágoas
sinto-me em boa companhia
e até que gostei muito de ficar atoa
com meus pensamentos
lendo escrevendo,
me amando..
sim, a viver aprendendo
na minha idade isso é fundamental
por que só assim vamos levando
a vida com leveza
e vencendo as incertezas
Já isso é madureza!
A minha beleza é só um rascunho
De um Deus belo.
Que por sua graça
Me fez sua imagem e semelhança!
Louvado seja teu nome,
Meu Pintor!!
Ela é flor
E eu sou o beijaflor
Te trago beijos e amor
Ela não precisa se esforçar pra me agradar
É só ser flor...
Vestida de palavras
Era uma vez... (e toda vez, nas difusas da imaginação,
começa assim) um quarto, e ele guardava um espelho grande que se agarrava à parede revelando as verdades.
Do lado impertinente e absoluto, descansado sobre a cômoda, um relógio quieto, mas veloz.
Sobre a cama, derramando intensidade, um vestido vermelho
que o tempo do relógio desbotou, mas o espelho mostrava que ele tinha ainda encanto guardado em lembranças.
Hesitante, perambulando pelo quarto, a mulher ia, de um
lado, ao outro, querendo enganar o relógio, fingindo sua aparente angústia ao espelho que apreciava o vestido, e ele se incumbia de carregar sonhos.
Frente ao espelho descortinou sua nudez, sua brancura. Abriu a lateral do criado-mudo e retirou um pote de creme. Espalhou sobre sua pele para acetinar o trincado do tempo a disfarçar e enganar o espelho por minutos naquele dia.
Recolheu o vestido sobre a cama e se cobriu dele. VERMELHO corajoso ajustado em seu corpo, abraçando os parágrafos de suas curvas, sem brigar por espaço.
Olhou para o relógio, o tempo, ele sim, brigava com ela,
apertava sua alma, não a largava nem um minuto sozinha para decidir e refletir.
Enérgicas são as horas, mostram o compasso.
Ela se mirou vestida ao espelho, olhou o pote abandonado sobre a mesa de cabeceira.
Abriu a porta e saiu do seu mundo, pôs na bolsa a sua
fantasia e decidiu acima das horas, dos segundos e minutos e não enganou a si mesma.
Lembrou-se de alguma frase, riu, saboreou, se revestiu dele,
Fernando Pessoa:
“Mas eu não tenho problemas, tenho só mistérios.”
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
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