Poesia te Perdi
O tempo do Tempo
Sábio amigo, aquele calado que tanto faz
E dele eu tiro os melhores proveitos da vida
É ele que nos dá tantos presentes
E que mesmo moldando marcas no meu rosto
É ele que o enfeita com um grande sorriso
E aquelas urgências só ele acalma
Paixões Ardentes ele extingue
Amores verdadeiros ele floresce
E tudo ele muda, pessoas, amores, famílias
E então ele continua, mesmo sem sua aprovação
E é por isso que sou seu grande amigo
Pois se inimigo eu for, ele continuará passando
E sem aproveitar de seu dom eu estarei, em prantos
Minha vida se transforma, meu rosto se molda
Meus amigos se norteiam, minha família aumenta
Meus objetivos se divergem e meu coração se acomoda
E meu amigo o tempo, continua o mesmo, sempre passando.
Obrigada Poeta.
Ímpar, par, singular, plural. Incoerência?! Ser oito ou oitenta?
Às vezes monossilábico introspectivo em suas palavras. Vezes prolixo querendo abraçar o mundo.
És abstrato e concreto; criança e adulto. Solitário, mas completo com as letras...
Alcança o interior de cada ser. És simples e profundo ao descrever todos os mundos.
E assim de palavra em palavra consegues alcançar o infinito...
Beija com uma frase muitas histórias de amor. Aparta com uma letra outras historias de dor. Consegue viajar e decifrar formas com palavras, melancólicas, apaixonadas, abstratas, concretas e simples. Acaricia com seus versos, prosas, poemas, poesias...
tem dentro de si um pouquinho de cada ser. Poetas das letras do abstrato e do concreto.
Não importa quais formas buscas..., Palavras em versos; em fotografias; em pinturas; em músicas..., Estas formas são que o faz impar. És eclético, és apaixonado e apaixonante.
És abençoado pelo o Dom Divino, mudando muitas histórias e eternizando-as de varias formas, acompanhado do inseparável amigo chamado AMOR. Obrigada Poeta!
Por Rica Almada
CANTE MARIA
Procure a calma na água
De manhã, ao deixar o divã
pelo alvorecer de um novo sonho,
lave os olhos para ver melhor...
Deixe a noite na bacia,
e leia os poema da vida
que lhes acompanha, todos os dias.
Cante Maria, cante...
Cante a canção de ninar
cante um blues sob o quintal azul
veja as asas a voar como nave,
acompanhe os pássaros chilrear.
Antonio Montes
Lembre-se da força do trovão
Neste momento enclausurada
Nessa tarde de frio
Com um coração de portas fechadas
Te peço que ouça o trovão
Sua força não existe em vão
Lembre-se que Deus nos ensina
Na sua natureza
Na nuvem que nos faz olhar
Para sua alteza
Para sua glória
Não precisamos ter medo
Por que Deus nos segura com sua mão direita
Olha, ouça o trovão
Sinta esse frio que acalenta
Que nos ensina que precisamos
De alguém que nos sustenta
De alguém que com amor nos alimenta
Te digo que o medo
Nos faz perder a fé
Nos faz perder o bom senso até
Queria contigo me embrulhar
Nesse frio, nesse dia de chuva
Mas, mais pesado do que o frio
Que sinto
É o frio que nos desnuda
Que é o frio que mata o coração
A insensibilidade que mata a nossa paixão
CHEIRO TORTO
O padeiro cheira pão,
cheira ovo, cheira farinha,
sal a gosto, pimenta povo...
Cheira o cheiro d'aquele odor,
açafrão... Frango, alho e galinha,
e as coisas da padaria.
Cheira o frescor da manhã,
junto ao alvorecer de cada dia,
a fumaça que exala
quarto cozinha e sala
e a cor da fantasia.
O padeiro cheira o pão
que o diabo amassou...
O fogo brando do fogão
o apagão do coração
e o cheiro torto do amor.
Antonio Montes
E mesmo que algumas vezes
Sem intenção
Algumas palavras se tornam vazias demais
Tão quanto os amores que não se sentem..
Ou a distância inconsolável que você mantem de mim.
E quando palavras já são não-suficientes
O silêncio se faz luz
E a solidão.. se faz abraço.
" Coisas
podem ser construídas
a partir de uma caneta
e um pedaço de papel
vidas podem ser mudadas
apenas dizendo sim
tudo pode ser simplificado
com a grandiosidade
do querer...
Sentimento verdadeiro
O paraíso é um lugar na terra com você
No aconchego do teu abraço
No sublime olhar hipnotizante
Excelso carinho em profunda alegria
E quando chega a despedida
Amarga dor no coração sentiremos
Fulminante como um tiro no peito
Assim é esse o momento
Em que a tristeza invade minha alma
E nada posso fazer
A não ser escrever sobre você
Mais um dia se passa
Mais um amanhecer com lágrimas
E escuto aquela melodia
Uma, duas, três vezes
Duplica o meu choro
A saudade já não cabe mais
Dentro de mim
VENTOS BLEUS
Depois de danificarmos o presente destruindo
onde estávamos e azedando o mel do glorioso
futuro, todavia trilhando os sonhos do nosso ego...
Estamos indo por um caminho de rumos
chafurdados ao nada onde as nossas passadas
são apenas centelhas de invisíveis coragens.
Somos andarilho dos nossos sonhos viajando
o tempo todo para moldar os passos do futuro
almejamos realçar as pegadas da nossa
entidade e mesmo assim, não deixamos
marcas para voltar ao passado, e nem poderia
voltar pois lá, não existe nada que possa
amparar-nos no futuro. Lá no passado,
não deixamos nada para nos suprir o presente.
Acobertado pelo frio da indecisão e medo... E
agarrados aos laços da esperança, infectamos
o passado e por isso, não temos como voltar.
Não temos nada aqui, não tínhamos nada, lá...
Nada existe lá, e quando chegarmos aonde
pensamos que estamos indo, iremos perceber
que estamos no mesmo lugar e no mesmo nível
do passado. Passado do qual, não trocemos nada,
da mesma forma que não levaremos nada do
presente, pois não estamos indo para lugar nem
um, exceto pelo fato de irmos para o mesmo
ponto de onde viemos... Ponto zero, onde
nada éramos. Não levaremos nada,não adquirimos
nada mais do que consciência e sentimentos...
Todavia navegamos por caminhos de sonho
e flutuamos agarrados aos cabelos blues, da
nossa fé.
Antonio Montes
O POETINHA E A RÉGUA
O poetinha acordou
Tomado de inspiração
Quis abrir o coração
A tudo o que lhe acontecia
Quis dizer do sentimento
Da dor daquele momento
E tudo o mais que sofria
Pegou a régua o poetinha
E passou a medir os versos
Passou a contar as rimas
Que corriam no papel
E quanto mais ele contava
E quanto mais ele media
Bem mais a rima escorria
Em inspirado cordel
Mas o poetinha, coitado
Desejava ser letrado
Sonhava em ser publicado
No mais famoso jornal
E até quem sabe um dia
Entrar para a academia
E ter da sua poesia
O aplauso universal
Metrificou cada verso
Enquadrou a redondilha
Enfiou uma sextilha
Escreveu um alexandrino
E pra mostrar que era bom
Esquadrinhou cada som
Findou com um tom sobre tom
O seu trabalho mais fino
Seu poema magistral
Logo saiu no jornal
Ficou famoso afinal
E convidado à academia
Envergou o seu fardão
Seguiu toda a convenção
Mas no fundo do coração
A sua alma sofria
Era a poesia que gritava
Chorando por liberdade
Pois o poeta covarde
A mantinha acorrentada
Presa em vil estrutura
A sua essência mais pura
Perdia toda a formosura
Estava metrificada
Então o poetinha entendeu
Que o verso não era seu
E aquilo que escreveu
Não era da sua lavra
Ou era, mas não dizia
De verdade o que sentia
E que a verdadeira poesia
Não mede suas palavras
E ele jogou fora a régua
Quebrou a calculadora
E a poesia avassaladora
Lhe chegou em inspiração
Passou a noite escrevendo
E com o dia amanhecendo
O poeta foi reaprendendo
A escrever com o coração.
(Joseli Dias)
SE ACABOU
Ele foi de tal enfarte
ou na parada cerebral...
AVC levou a marte
em nave estomacal.
Dor no peito, de jeito
circulação toda tona
pressão e seus trejeito
futuro que te arromba.
A noite te foi insônia
manipulada cafeína
fantasmas e suas sombras
ao amanhã desanima.
E esse colesterol...
com a banha que arranha
saúde em bi menor
o coveiro faz barganha.
Antonio Montes
DISFARÇADO
Minhas pernas tremulas,
na taberna, beira
Inverna, anima
poemas e rimas
assina, assassina mina...
Na sina que ensina.
Sina que condena
milhares, centenas
com sua antena encima
sem pena sem medida
pela vida, plena mídia
treina, trena na despedia.
Treina, penas para cima
renas para baixo
Uma novena em março
uma trova em cacho
na arena, remo rema...
Canoa, resma remado
reinado todo cansado.
Antonio Montes
DISFARÇADO
Minhas pernas tremulas,
na taberna, beira
Inverna, anima
poemas e rimas
assina, assassina mina...
Na sina que ensina.
Sina que condena
milhares, centenas
com sua antena encima
sem pena sem medida
pela vida, plena mídia
treina, trena na despedia.
Treina, penas para cima
renas para baixo
Uma novena em março
uma trova em cacho
na arena, remo rema...
Canoa, resma remado
reinado todo cansado.
Antonio Montes
"" Baila aqui dentro a leveza da vida
como se por fora fossemos tons
dança pelo mundo o tic tac do tempo
seguimos em frente
são os nossos sonhos
no amanhã...
TABAQUE DA SAUDADE
O tempo sob meus dias
esvazia a revelia
bom dia... Boa tarde!
Meu amor, quanta saudade!
Me invade, quando de balde
Frenesia, frenesia... Quem diria!
que um dia, de saudade
... Eu morreria
O tempo sob meus dias
as lembranças são escape
e no tabaque da verdade
coração pulsa aos baque.
Antonio Montes
SOBRE MESA
Sobre mesa,
sobre a mesa...
Jogo sobre toalha,
palha, pala empala,
que me valha a peleja
com framboesa...
E com frutos grená de cereja.
Sobre a mesa...
Essa prosa,
que me empolga,
empalha e me embala
talha-me, e coalha a cara...
Nessa minha vida de farra.
Sobra a mesa...
Minha galha,
escangalha a minha falha
a vida então me baila
e sentimentos me ampara.
Antonio Montes
P'RA QUE
Chorar p'ra morrer...
Morrer p'ra que?!
P'ra que chorar, p'ra que morrer...
Se morrendo, vou para um céu
que mesmo chorando aos tendeu
vivos não poderão ver.
... Nesse mundo o invisível
olhos nenhum, nunca viu!
Promessas eterna incrível
discursos, realidade imbatíveis
aquele que se vai... Sumiu.
Morrer p'ra que...
Se a vida, esta tão boa,
renascerei em outra pessoa?
Se me vou, como serei,
como irei, como sou...
quem virá me avisar
que dia, que hora vou?
Eu quero ficar aqui
todo pulo, todo fôlego,
nesse mundo de nós todos
não quero ir para uma vida...
Que para sempre serei bobo.
Antonio Montes
QUANDO EM QUANDO
Quando ando,
vez em quando... Canso
nesse fago,
que me afago... Manso.
No meu tranco,
levo um branco...
E respiro tonto, tanto!
Que quando em quando...
em meu encanto
eu desando... Pranto.
Perdido no canto do meu silencio
eu desencanto...
Em sentimentos prontos.
Eu desato aquele clima
d'aquele ponto propenso
e aos mandos do meu casulo tenso,
Eu abro, assas coando...
Os tímpanos do meu comando.
Antonio Montes
As manhãs tem esse "quê" de melancolia
Talvez por na maioria das vezes chegarmos até elas cansados demais, descansados demais,
atônitos demais, pensativos demais,
felizes demais ou tristes demais .
A verdade é que as manhãs nunca são serenas, só elas nos sopram nossas próprias verdades.
FLECHA DA VIDA
A noite invoca...
Chave na porta,
escancaro do medo
... A porta entorta,
coragem importa.
Aonde esta a solidão?
se não aqui!
Ela me deu a mão
impulsionou o meu silencio
desencantou meus sentimentos...
intensos
tensos
propensos...
Quebrei, voltei
chorei na volta
quem se importa!
Se importa um coração
que aporta solidão...
Vejo o meu sonho...
Ritmos toca-me uma canção
acordado...
Sentimentos desentortam
e passos irão a oca.
Mas se toca a sua joça
a sua joça toca...
ainda que possa,
poça.
Livro fechado
cadeado, poca
flecha da vida
... Fossa.
Antonio Montes
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