Poesia te Perdi
Impossível não se molhar em suas
feminices... não saborear os sóis
de seu corpo, não degustar-lhe as luas....
o vinho de seus duplos arrebóis...
Impossível não descalçar as luvas
e afagar devagar seus caracóis...
e lento-lento saborear-lhe as uvas
com você de sandálias nos lençóis...
Impossível não lhe dizer que tudo
vira uma gargalhada, sobretudo
quando lá não está o seu sorriso...
Impossível dizer que são eternas
as rosas... pois que perco a classe e o siso
se toco a grife e o charme dessas pernas...
QUADRAGÉSIMO OITAVO HEXÁSTICO
Olhar-se profano no caos
saber-se da vida princípio
sugere ao poeta o universal:
ser agora transvalorado
senhor do totem sagrado
livre do veneno moral
Esse olhar cintilante,
E essa beleza exuberante
Me faz parar para pensar,
Que mulher com tanta beleza,
E de um jeito muito peculiar.
Aurora
Aurora singular refugia-se na mata sombria
Em meio a flores mortas, apenas nela a luz cintila
O sol relutante neste lugar negou-se renascer
Sabia que era meu dever aparecer
Que mal tem fugir da escuridão?
Verdade profunda ali habitava
Coração em meu peito gritava
Porém era meu o dever de aparecer
Oh, Aurora, fique aí!
Me dê mais uma chance
E te alcançarei
Se nesta mata ainda há vida
Ressurgirá comigo em teu canto
Aprendiz da Solidão
Sou aprendiz da solidão
Nestes montes altivos
Pudera ser ti, minha paixão
A tira-me desta prisão
Cavalgue a eternidade
Lá irá me encontrar
No balanço contínuo
Ao fim irei me lançar
A vida sempre é ilusão,
nunca te avisaram disso?
cuidado com teu coração,
pode te arrumar um enguiço !
Sempre é tempo de desejar coisas boas,
de alegrar os corações,
de encantar-se com as pequenas conquistas.
Que sejamos como as flores...
Que cativemos a todos que percorrem,
conosco, os caminhos diários
desse presente chamado vida.
QUINQUAGÉSIMO HEXÁSTICO
Há um rio que me navega sempre
na profundeza há águas claras
lâmina cortante na face
lá onde não existe luz
translúcido me gero calmo
aqui onde tudo reluz: guerra
Gárgulas Não Sabem Amar
e só de pensar
que nada que eu faça
vai mudar o que você fez
tento me lembrar
de todas as vezes
que não foram sua vez
eu não sei
quem tu és
mesmo assim
seguirei apesar das diferenças
pois,
eu, vou te engolir a seco
eu, vou devorar o seu medo
eu, só de pensar em ti
acabei petrificado aqui
voa, voa
gárgula
encontre uma parede
antes do dia chegar
coração de pedra
não consegue
perdoar
Consciência Negra
20 de novembro é uma homenagem a Zumbi dos Palmares
Mas devemos lembrar...
consciência não tem cor!
Sonhos livres pelos ares
que buscam conquistar
o respeito e o amor.
O negro ajudou a construir
a sociedade brasileira,
A ele nosso obrigado,
E pedido de desculpas por tão amargo labor.
Que hoje saibamos reconhecer seu valor
junto com o europeu
o nego e índio valente
tornou nossa gente
uma nação diferente!
Temos uma multiplicidade racial
Temos a beleza de todas as raças!
Democratizamos a beleza!
Agora precisamos democratizar
o respeito ao ser humano.
Hoje eu acordei pensei vou viajar
Chegar em um mundo descente
Chegar em algum lugar,
Onde eu possa ser eu mesmo,
Onde vou abrir minha mente ,
Onde a Arte faz parte da parte
Que falta na gente...
Nodo norte e nodo sul.
Já fui morte, já fui ao azul
nublado e à dourada estrela
enquanto ardia em chamas púrpuras. Treda
sou, a verdade eu prego.
Neste planeta ou em outro,
não importa. Pra sempre eu
serei horrivelmente bela,
magnificamente torta.
Tu bem sabes que não adianta
mentir pra ti mesmo.
Nesta vida e em outras,
tal mania te trará autodesemprego:
vazio de ti, teu não-ser comandante do caos orquestral.
“Corre, e vê se acelera!
Te apressa que essa chance única
é escorregadia. Tu não merece nada além disso, vadia!”
E, assim, a lúdica ilusão te encarcera.
Pela Lei
Eu não tenho que falar contigo.
Não me chama de amor.
Compreendi mas não me importo com tua dor.
Tu nunca mais serás possível abrigo.
Te odeio. Tu mentiu!
Não escutarei nada que disser
pois me causará febril
estado de ser.
Te anule e nem assim me importarei.
Só quero que cale a boca e suma!
Sou a inquebrável lei
e, tu, frágil pluma.
Enferma
Não vou voltar!
E, se voltar, não vou ficar.
Não, não, não. Tu pinicas
minha pele, como enfermidades finitas.
Se caso me curar,
longe de ti quero estar.
Tortura
Não sei porque te aguento,
nem como. Pra que serve
minha diminuição-lamento?
Tu diz me amar mas quando teu sange ferve
me torno tudo aquilo que não presta.
É falta de consideração o jeito
que me tratas. Agora a fresta
fresca aberta nas vísceras minhas dói feito
as ardentes palavras por ti proclamadas.
OLHAR ATENTO
Amanheceu uma brisa suave invadia todo ambiente, um silêncio que falava muitas coisa.
As folhas das árvores no jardim se soltavam lentamente, um raio de sol tímido querendo mostrar seu brilho.
Um olhar atento observando cada detalhe.
Sem saber o que viria, de um lado para outro carregava seus pertences, simplesmente determinada a prosseguir para novos rumos.
O tom vibrante de sua blusa nova a leveza dos cabelos cuidado com esmero, a dedicação dos detalhes me fazem crer que há esperança.
O coração pulsa, uma vida toda pela frente, Vá prossiga não olhe para traz, porque hoje tens no seu alforje tesouros valiosos que não tem preço.
Um abraço demorado , coração apertado, lágrimas de despedida que caem.
Uma voz que diz: Estarei sempre aqui.
Rosa maria marques Gonçalves.
Para alguns é misericordioso
há quem diga ser ardiloso,
mas não se desespere,
não o perca de vista, antes seja cauteloso.
Imperceptível aos olhos humanos,
testemunha das eras,
deixando rastros ao longo dos anos,
dos tempos atuais à pangeia.
Contempla-te da gestação e após o nascimento,
conhece seus traumas, também seus anseios,
continua a te observar isolado em teu lar
descrevendo a realidade através de seus efeitos.
Temo não reconhecer sua real faceta
por isso não te desafio a qualquer contenda,
confesso que por vezes tentei entender seus sinais,
mas de que me adianta, se já não me servem mais?
Seria ironia crerem que os têm em seus braços?
se por não te domarem as vezes pegos são em atrasos.
Sinceramente desisti de te entender,
somente um pouco, para melhor viver.
Quão magnífica és tua essência,
muito embora em ti não haja aquiescência.
Por direito aprendera com os sábios
vistes as quedas dos fortes e as ascensões dos fracos.
Reconhece o poder de um abraço,
mesmo que nunca o tenha experimentado.
Não cursou universidade, não tem diploma,
é simples se aceitá-lo, mas basta observá-lo
e entenderá de quem eu falo.
Sem jaleco branco, exame ou estetoscópio
sabe que a solução para muitos males não está no óbvio
com paciência, uma hora ou outra ele te cura,
mas, não confunda-o com o ócio.
Quem sabe seu nome?
De onde veio ou quem o criou?
A única coisa que realmente sei
é que é um exímio professor.
Com amor, meu grande amigo
Senhor Tempo.
Coleira
José é dono de Kiwi
e o nutre com rações de qualidade.
Embora custe caro, a felicidade
recompensa enquanto amor tiver.
Tudo certo, tudo indo
até que Kiwi não consiga mais
respirar. O carinho mútuo permanece infindo,
assim como a dor de José,
que investe saúde mental de dez
vidas, e o cachorro nem consegue ficar de pé!
Kiwi morre, José desidrata
de tanto se lamentar: “pobrezinho do bichinho!”
Agora tu vira-lata é, senhor.
Fareja teu ex-lar
afim de te encontrar.
Os dois eram um.
Eram, no passado,
porque agora José é nenhum
e Kiwi tornou-se alado.
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