Poesia te Perdi
"Não sei por que só escrevo quando estou assim.
A solidão é cada vez maior,
Não sei se não confio em ninguém,
Ou ninguém confia em mim.
Mesmo cercado de pessoas,
Os laços são fracos e próximos do fim.
Ninguém entenderia,
Meninas vazias,
Carteira vazia,
Cheio de pastas com textos vazios,
E uma vida vazia."
VIDA VIVA
A vida e' uma forma agonizante de temer...
A vida seria toda uma agonia,
não fosse o recepcionar de mais um ser.
Va'! Sirva-se do tempo com ou sem poesia.
Ao nascer algo magico acontece
No fulgor de ser desabrocha uma luz
O tempo e' como um mosaico que padece
Um bolo de canduras esmaece e reluz
A vida seria toda uma agonia,
não pudesse o vento, o sol, a lua,
por mais uma vez sentir... eu iria
Pra Deus clamar: _Que vida flua!
O ESPELHO DO AMOR
O céu noturno é um espelho,
Refletindo a beleza do amor,
As estrelas brilham como joias,
Enfeitando o firmamento com ardor.
O luar suave ilumina,
Os corações apaixonados,
Enquanto as nuvens deslizam,
Como lençóis macios e delicados.
O céu espelhado é um convite,
Para o amor florescer e brilhar,
Um lugar mágico e encantador,
Para os casais se apaixonarem sem cessar.
E assim, sob o céu espelhado,
O amor ganha vida e cor,
E o mundo inteiro se transforma,
Num sonho de felicidade e amor.
UM LUGAR QUE FASCINA
Esse lugar me fascina
Por do sol vem modelado, junto da garoa fina
A lua tira onda chega logo em seguida
Contrastando o céu noturno, e o mar éla ilumina
Tudo aqui vive em paz a pampa na boa
Jacaré não come carne, tá de boa na lagoa
É aqui que nasce o amor, ó pai eterno Criador
Cada um faz a sua parte e Jesus Cristo é o gestor
Aqui não precisa de medico, o abraço é genérico
A bula é a bíblia, leia e sinta a cura
Sem português nem inglês, padrãozão alfabético
Todos se entendem e tudo soa poético
Tudo aqui vai mais além
Ném tempo o tempo tém
Estresse ja foi tiozão já éra!
Todos te querem bém e te considera
Sem guerra sem armas, sem campo de extermínio
Exaltarão os humilhados, fortificarão os oprimidos
Mãos que estendem, corações que entendem
Nada se confunde tudo se difunde
O choro aqui sai alegre, não tem mentira nem teste
Tudo corresponde com a força ativa do mestre
Os lorenzete aqui são cercados de videira
Vai la se desfrutar, uma ducha de cachoeira
Qualquer solo é fertil, norte, sul, leste oeste
Plantei até feijão no topo do Evereste
Colheita abundante generosa e sempre farta
Alimento que sustenta o corpo e a alma
Quer descanso tem sombra
Tudo que é bom multiplica
No peito o vazio ja não arde
Aqui jaz a morte, e não vai deixar saudade.
FIM
Teu hálito
Alterar minha sanidade
enquanto divido as sensações
que teu corpo me exala
...na ponta dos dedos
-Rahssi
PERCALÇOS
Infelizmente a vida não tem sido bela
Tem doído um bocado
A tristeza machuca sem perceber
Te ver chorando é um pecado
Rodeada de pessoas
Mas sem nenhum amigo ao lado
Muitas coisas aconteceram
E possivelmente as tenham machucado...
Mas continuo mantendo a minha promessa
De sempre estar ao seu lado
E apesar dos entrepostos
No meu coração te tenho guardado.
(Pedreiras, 27 de Novembro de 2020)
TATUAGEM
Deixarei sobre a tua pele
Um bocado de amor
Pele essa que me rege
Onde quer que eu for
Desatino enquanto grito
Para o mundo inteiro o nosso amor
Falo alto e reafirmo
A tua alma me encontrou
Nesse emaranhado de sentimentos
Verso essa recordação
E te questiono diante todos
Podes me marcar no teu coração?
INTIMIDADE
E enxergar também o medo
Confiar mais de um segredo
É viver a complacência
Não havendo piedade
É velar pela verdade
Ao invés da incerteza
Acreditando que a beleza
Está no olhos de quem vê
É estar imerso em outro ser
Acalentando o ser que chora
E que não vê a hora de viver e ser feliz
Quem presa pela intimidade
Busca na alma à sua verdade
É a empatia do querer bem
Intimidade é ir além
É muito mais do que o prazer
É querer mais ainda
Dá amor e receber
Independente do caminho escolhido, outros ficaram para trás, outras possibilidades, outras histórias, outros amores…
E não importa o quanto você se esforce, se doe, se entregue, para os outros, nunca será o suficiente…
Faça apenas o que manda seu coração, pois é lá onde você encontra a aprovação, que muitos procuram na opinião dos outros.
A chuva chegou
mansa e calma a nos alegrar
evocando a presença do outono
que teimava em não ressuscitar
Ah, chuva calma , chuva mansa
como é bom te ouvir
Neste silêncio que me põe a meditar
O sol que ainda teimava em veranear
Afastou-se lentamente
permitindo que ares de outono
Finalmente se estabelecessem
Sons suaves,
sons cadentes ,
pingos reluzentes
que mexem com a alma da gente
Tarde enevoada
mas nada de trovoada .
Somente o ping ping
um ar fresco, mas aconchegante
uma vontade louca de madornar
Aonde eu chego tem chuva
Não sei se é sorte ou azar
Pena que essa chuva não lava a alma
Então o que me resta é me afogar.
vodu
por entre os dedos da terra
sem pressa
sem deter
discorre sem forma
e incolor
o deus terrível
profundo
silêncio cálido
que inebria e incapacita
que engole
sem mastigar
os ásperos calos
deformando
as minhas trémulas e gélidas formas
encerrando os olhos
com o capim
e as pedras
e as folhas tardias
do longo inverno
na caverna aberta deste crânio quartzítico
incandescente luz que me atravessa
imobilizado pelas asas abismais
ouço e vejo o temporal
contra a gruta do meu próprio templo
eu sou o templo e a sua ruína
os seus antepassados futuros
isto é o princípio do meu renascimento
e por isso estou estendido nesta catarse
envolvido pelo frondoso sudário da floresta
aguardo a tácita palidez da minha própria morte
talvez eu próprio seja este terrível deus
porque ouço a voz da lua e o corpo do sol
invocando em extintas línguas os meus nomes.
(Pedro Rodrigues de Menezes, “vodu”)
O poeta não precisa de barco para navegar
Do mar para mergulhar
Da luz para ver a claridade
Do amor para ter um par
Dos braços para um abraço
Da boca para beijar
Sinto-me um passaro sem pés,
condenado ao voo sem poder aterar
Como um anjo preso no céu,
a terra é o meu lugar
Memórias
Pequenos fragmentos
do que ontem
se viveu
duras lembranças
do que já se perdeu
Vivencias passados,
recordações vivas
de que só viver não basta.
Óh amor
doce amor
Senti na conexão dos seus lábios com os meus
No escuro onde não te vejo
Senti amor ao primeiro beijo
Madrugada mágica
O silêncio da madrugada espalha mágia
Céu estrelado e lua cheia em sintódia
Vejo a mais bela obra de arte
Poesia não escrita
De um fio fez-se o tecido
Esse manto me torna alado
Por um fio não puxei o gatilho
Quem é que estava ao meu lado?
baobá
procuro nos outonais trâmites do teu corpo
o insofismável vestígio das tuas raízes
salgueiro que jaz e se curva obliquamente
eterna a bênção, terrível o fim do tempo
deserto, areia, sol, miragem, saudade
serás sempre o antes e o depois de nós
e nós seremos tão pouco e tão poucos
depois de ti secarão todas as welwitschias
África não renascerá da força dos tambores
mil homens sangrarão entre solenes rituais
as grávidas abortarão com sede de terra
e o céu encher-se-á de conchas e espinhas
e virão os deuses deste mundo e do outro
velar a desgraça efémera da sabedoria
ninguém saberá mais falar, escrever ou viver.
Poema dedicado a Catarina Pereira do Nascimento
(Pedro Rodrigues de Menezes, “baobá”)
Comentando a frase de Charles Bukowski - "Há pessoas inesquecíveis e para isso não há cura".
De fato, não há cura, pois é um sentimento solitário daquilo que naturalmente não se pode esquecer, o impossível não é tão utópico. No final das contas, a culpa é nossa. Por isso, exagerar-se-á sempre da mesma coisa: poesias, álcool, filosofia e saudades. Para essas coisas loucas, uma boa filosofia com uma bebida qualquer.
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