Poesia Sufoco no Peito
Inspiração estupenda...
anota o que o violão traduz
amor dá a letra , desenha a legenda
um som que a intuição deduz
afinação das sonantes
dos sonoros entretons
A melodia se pressagia perfeita
o som de fantasia seduz
o olhar escolhe, acolhe a paleta
colore todo canto d’alma
em transe transita e pinta poesia
há tanta magia que o talento cria
entre a tela e o matiz do pincel
motiva a pintura sob um lume de céu
conspira a arte e dá vida ao painel
inspira o instrumento entre os dedos
leve a mão vai criando sem medo
respira os segredos da tintura
decifra o enigma d'alma sublime
exprime os sonhos e há criação
que diz, olhe bem preste atenção
a vida é um dom pra entender
é só aprender e ouvir o bater
do próprio coração.
Talvez para escrever algo você não precise pensar, do nada surgir
Uma coisa que não consiga falar, somente sentir
Afinal como escritores podem fazer obras e ter tanta inspiração
Será esse o dom natural para poucos ou um toque místico do seu coração
Nunca fui fã de nenhum escritor, menos ainda de um livro ler
Mas como explicar todo esse rancor, contrariando minha facilidade de escrever...
Já por este verso consigo notar, nenhum rumo a essa poesia darei
Continuo falando de pensar, sentir e escrever ou de livros que nunca lerei?
Incrivel sua curiosidade até aqui, não abandonou essa coisa sem sentido
Imagino que esteja com raiva, pelo tanto de tempo perdido
Nem faz mais sentido,
Liguei o modo aleatório
Não fique oprimido,
Não faça desse texto um velório
Chegando a última parte,
Vou logo dar um fim e a vocês dizer
Para escrever, não precisa de dom, nem de talento, precisa querer
Sonhos
Minhas memórias lesam meus sonhos
Que tramam tramas em tom abstrato
E em tais sonhos apenas me basto
Bobo, sofrido, esquecido, inato
Pulsa o romantismo perdido
E meu eu lírico tornou-se amigo próprio
Aflito é o coração lesto
Perde-se devasso
No ritmo acelerado
Um pensamento sem rota indeciso
Me torna inconcluso
O subconsciente conciso
É apenas um visitante amigo
Ou um invasor em forma de sonho.
Lembranças
Em meus sonhos insisto em lembrar sua imagem
E te rever enternece meu ser
Reinvento a cada noite o final
como se nunca o fim nunca tivesse existido
É que os sonhos reinventam a realidade
E o passar dos dias trazem constantes recomeços
Teu nome fez-se epígrafe dos dias vindouros
E a tatuagem do nome lapidada na pele tingiu a alma
Lembrar a sonoridade desperta a memória em forma de litania
E encanto-me como se fosse normal essa eterna lembrança
Consisto em ti
Como nos sonhos mais secretos
Ou nas lembranças mais ousadas
E erige o que já estava perdido
Então lembro que estava consútil em ti
E os sonhos tonam-se meu heróis
É que a possibilidade do esquecimento faz-se impossível
Sonhos, memórias, lembranças despertam meu passado
E o passado então invade o presente quase que inconscientemente
E rumino cada momento como se tudo que me restasse fosse lembrar você.
" Rego tua flor, no oásis sagrado da vida,
em meio às ondas, sorrisos entoam,
vozes doces, suores macios,
ardem mãos sedentas de juízo.
num recital, tal qual Demóstenes,
purpurinas ávidas de nexo,
embaçam a vidraça,
molduram a graça.
a lua linda majestosa sorri para o desejo,
há beijo que não houve na face,
nem é hora..
talvez alguém grite,
entre gemidos e suspiros, ai meu Deus!!
e será tudo, imenso e puro prazer..
Desalinho
Sinto falta daquele pequeno defeito
É que tudo parece perfeito
Essa mania de se passar uma imagem irreal me faz mal
Como pode essa tal aparente perfeição?
Será que não se percebe que os desalinhos compõe a produção
Todo dentinho torto tem seu charme
Temos que parar com essa mania de criar padrão
Porque o branco é mais bonito se a palheta é tão mais extensa?
Porque o exótico não me faz refletir que carrega em si mais identidade?
Esse hábito de padronização tira a graça da diversidade
E a multiplicidade enriquece a composição
Por isso indico
Desalinhe o que está alinhado e tudo será mais interessante.
Vanessa Fontana
Inimigo Virtual
Era mais que amigo
Um acompanhante
Um querido
Além do palpável
Estava no virtual
Me tornava viral
E seu teclado derramava likes sobre meu corpo
O nu era quase exposto
Cada toque era um gosto
No entanto certo dia
Tanta poesia virou agonia
Como poderia possuir-me se era apenas fantasia
Se minha criação confundiu-se com a realidade
E a tecla delete tornou-se banal
E sem a menor linha
Apagou toda linha do tempo
Como se a cibernética fosse mais real que a carne
Como se o sangue não fosse todo esse fluxo de informações e mutações constantes
E em forma de rebeldia
Deletou aquela história pública com um simples toque
E tudo que foi construído então parecia desaparecer da memória
Esqueceu que a CPU é um coração virtual
E que formatar deixa marcas n’alma
E o bloqueio apenas deixou o seu choro mais exposto
A realidade vai muito além do virtual
E os cabos que foram rompidos
Tiraram apenas a imagem do monitor
Mas o coração grafou antes nas memórias eternas espelhadas em outras linhas de tempo
E o que pareceu desaparecer com um simples delete
Ficou eternizado na internet.
Viagens pra que te quero!
Em cada porto algo novo se apresenta
um cais de saudade,
pedra sobre o mar
cheiro de marés que se repetem
no vai e vem de diferentes ondas.
O mar com seus bateis,
místico ao por do sol
ou nas noites lunares.
Em mim, embrenha-se o desejo de aventurar-se.
Sobre trilhos viajo nas probabilidades
prados, paisagens,
janelas para o extraordinário.
Descortinam-se as possibilidades...
Comboios sempre partindo,
pessoas sempre chegando,
meu coração serpenteia e,
em cada estação
se deixa ficar, resolve partir
inquieta_mente!
Do alto, as cidades parecem brinquedos
e as nuvens
desejos infantis de algodão doce,
alvas, sensoriais, inalcançáveis.
A nossa pequenez agiganta-se!
Através do vidro nos debruçamos para o infinito.
Somos tão efêmeros!
O escuro asfalto abocanha
minhas fantasias.
O velocímetro mede os quilômetros .
Quais caminhos nos levarão ao destino?
As curvas sinuosas abraçam a paisagem
E meus olhos vagam desassossegados.
Esta mesma estrada foi percorrida tantas vezes.
Somos meros viajantes.
Em cada canto apalpo a cultura
Os olhos enchem-se e guardam
o encanto.
Por esse Brasil afora
junto os meus vitrais, colores, fotos, impressões.
Toco a madona, viajo em telas,
vivo malabares.
Sob os dedos recrio a sabedoria
da minha gente.
Cultura, fé, beleza
ciência
aprendizagens sem fronteiras
Muitas são as possibilidades!
Em cada viagem deparamos com o inusitado
Ontem nasceu um homem,
estrelas silenciosas brilharam no azul da amplidão, hoje nasceu um homem, granadas cortam o céu, o que brilhará ao homem que vai nascer amanhã ?
Quando algo na mente diz,
atenção...isso não tem jeito !
nem me importo, o destino assim quis,
porque os desígnios sempre aceito!
Renasço riacho doce, acho revides dos oráculos..
Rios d’esperanças são cortejos,
Pontes aos meus pés suporte
Á cada dia penso aleluias nos miríades d’obstáculos
Num círculo jubiloso grito o rito...
Boa Sorte!
O mundo tem uns padrões estranhos
Por isso ele é muito pequeno pra mim..
Não tenho padrões que se encaixam aqui!
Compreenda
O tempo não volta
Não da pra mudar
Temos que seguir em frente
SÓ pra começar
Vou ficar até o vento mudar
Quero Seguir um caminho novo
O antigo não me cabe mais
não cabe meus sonhos e planos
Sempre compreendo e que diferença faz?
Hora de seguir em frente
Deixar o que ficou pra trás
Quando doer, sorrio
Quando cair, levanto
Quando quebrar, conserto
Se o caminho acabar
Abro uma trilha
Parar e voltar cansa de mais
Chega de olhar pra trás!
Publicado em Antologia de Poetas Brasileiros - vol 161
" Sinto na pele a ousadia de amar,
enquanto meu sorriso permanece,
para que você esteja exposta,
a sensação é de poder sonhar.
Sinto um arrepio no fundo da alma,
Toda vez que penso em você,
e isso é sempre...
O que separa o inicio da descida
do inicio da subida, é a esperança.
A subida é metade do caminho
a descida é o dobro da distância.
Só sei daquilo que sinto.
no resto não sou, nem existo.
nada sei, do que não sinto
nem dos lugares onde não estou.
há sempre algo, para além do ver-se
o que para além do verde, é espanto
e tanto, que só sentindo pode ter-se.
como se cada cor custasse doer-se...
de que valeria a dor, sem sentirmos
se só sentindo faz do Ser, ser-se...?!
e no entanto, sentir-te é o espanto
o acalanto que de tumulto se veste
esta esperança... este supor-te...!
Sei bem tudo que já errei,
mas errei querendo acertar,
a vida ensina e agora sei,
com ela não posso brincar !
Eis uma vaga trova,
bem leve, e como vaga,
a minh'alma renova,
meu coração ela afaga!
Penso num vago amor,
vagando sempre sozinho,
do qual se pode supor,
vago amor, vago carinho...
O que me faz voar
são as asas da imaginação.
O que me faz pousar
é a força da criação.
O que me faz ficar
é o amor no coração.
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