Poesia Sufoco no Peito
Minha existência interna é multidimensional, maior que a caixa de Pandora.
Há camadas, infinitos e indisciplinados vetores, onde tudo se aflora.
Sou instantes além do relógio, sou sentidos confusos do primórdio e do outrora.
Componho-me e logo reformulo, vários eus numa mesma hora.
Isso é magia de antes, isso é o poder de agora.
Há dentro de mim um espaço muito maior do que o fora.
As roupas e as ideias no varal
deixo por conta do Sol, da Lua,
das estrelas e das tempestades,
Esta alma fresca é mantida
por conta absoluta da poesia.
Tudo é cultivado no fino afã
de nada deixar dever a alegria
autêntica de dar graças a vida
até quando a danada desafia
no festival da virada dos instantes.
O pleno caminho de ida e volta
o quê prende somente tem a ver
com a liberdade sem receio,
Acostume-se com este jeito
de quem nasceu selvagem mesmo.
"Teu jeito, encanto que me faz sonhar,
No coração, só você quero encontrar,
És o segredo que me faz renascer,
No teu amor, encontro o meu viver." ❣️
Caminhante do destino
Aquele que não luta pelo seu destino,
Deve aceitar o que o amanhã lhe trará,
Pois no esforço e na determinação se ensina,
Que o futuro é moldado por quem ousar sonhar.
As batalhas diárias, a persistência no caminhar,
São trilhas que definem o rumo a seguir,
Pois só quem busca, quem ousa se superar,
Pode alcançar os sonhos e fazer o porvir.
Não espere o futuro como um mero espectador,
Seja autor da história que deseja criar,
Pois nas escolhas de hoje está o fulgor,
Do amanhã que, com coragem, irá conquistar,
Aquele que não luta, resigna-se à dor,
Mas quem enfrenta desafios, há de triunfar.
Poema: Amores imortais
Nas estrelas dançam juras celestiais,
Amores imortais, como contos ancestrais.
No firmamento, laços eternos se entrelaçam,
Cantigas cósmicas, paixões que não se desfazem.
Em cada lua cheia, um suspiro eterno ressoa,
Corações entrelaçados, promessas à toa.
No tempo suspenso, onde o amor perdura,
Histórias celestiais, em cada noite escura.
Bordados de estrelas adornam o céu,
Amores imortais, como um doce mel.
Harmonia celestial, serenata das esferas,
Ecos de sentimentos que duram eras.
No universo vasto, a eternidade se revela,
Amores imortais, em cada estrela que cintila.
A melodia cósmica, entoa um hino divino,
Onde o amor transcende, além do destino.
Relembro sob o Uxizeiro
que não é época de Uxi,
Embalo um doce segredo
que me apaixonei desde
o primeiro dia que te vi,
E que não há um só dia
que não pense numa
maneira chegar até a ti,
Obediente aos apelos
próprios do nosso tempo
aguardo o melhor momento.
Primeiro mar
Tantas páginas lidas muito antes
Tantos livros que enchiam as estantes
Tantos heróis a povoar os sonhos
Tantos perigos, monstros tão medonhos
Nos tempos sem tevê e sem imagem
Palavras fabricavam paisagem
Tesouros, mapas, ilhas tropicais,
Argonautas, recifes de corais,
Perigos na neblina entre rochedos,
Vinte mil léguas cheias de segredos.
Histórias de naufrágio e abordagens,
Ulisses, Moby Dick, mil viagens,
Robinson, calmarias, um motim,
Descobertas, veleiros, mar sem fim.
Velas sem vento
almas sem calma
encalham em sargaços
nas águas salgadas.
Algumas naufragam
soçobram em escolhos
só sobram sem escolha,
sem escolta,
poucas naus
– e nós.
Sambando na chuva da noite (versão 2)
Sou como sou e você é como é, então somos como somos, ou talvez somos dois patos alucinados a banhar amores na poça. Não exijo nada de você e nem você de mim, apenas sua eufórica e irritante grasnada.
Então vamos nos jogar na chuva, molhar nossas cabeças. esquecer nossas diferenças, nossos devaneios, nossas mesquinharias e competições do dia-a-dia, se estamos aqui, juntamos nossas penas cheias de manias e ideais, nossos dissabores do cotidiano e nossas desavenças morrem afogadas na água.
Vamos nos jogar na chuva, e molhar nossa consciência, batizar nossas idéias, esquecer nossas bobeiras e acender nossas malicias, somos apenas dois palhaços notívagos do luar querendo se divertir.
Tentando chacoalhar com nossas malicias, inquietar em nossos romances em cantigas noturnas o samba do amor. Podemos nos esquecer nesse sambar, esquecer dos barulhos do mundo até o amanhecer.
Ambos os Lados
Há que uma voz ecoe de longe.
Nem palavras, nem sentimentos.
Gritos sem força.
Os braços estão longe, o coração distante.
Nem voz, nem vigor.
Sobra eco, da distancia, num túnel longo e escuro.
Brigas tolas, representações momentâneas.
Barulho em vão e cicatrizes que não curam.
Ficam abertas num traço ferido, de inimizade.
Cavalheiros lutam energicamente pra juntar suas ideias.
Marionetes apenas representam.
Na bagunça de fúria e confusão.
De vários lados, ambos lados, muitos lados.
Que nada realmente representa coisa alguma.
Começos sem fins.
Lutas sem ideais.
Brigas sem intenções.
Idas e vindas sem sentidos.
Gritos que perdem, e pedem a potencia.
Muitos ecos, esparsando-se na distancia.
De inteiros, aos cacos espalhados.
Talvez haja uma cola no meio do eco,
Esquecida no meio do barulho.
Perdida diante o tumulto.
Não enxergada perante a cegues.
Porém essencial para o juízo.
Para o sentido.
Para a união.
O amor.
O cancioneiro
Toca o som do cancioneiro de fortes ventos, de rota sem fim, o cancioneiro das folhas que rodam nos dias, molham em chuvas de lágrimas pra depois secar no brilho de sol, o cancioneiro da rota que não termina, que toca ininterrupto todos os acordes, todas as notas, com sua potencia, levanta folhas, poeira, apaga e acende o sol em dias e noites, o cancioneiro sublime e autodidata,os elementos, todos são desenhados nos papeis, em acordes, ritmados pela busca e fúria de sonhos, tocados, pelo instrumento, chamado vida.
Caminho das flores
Sua semente é a que
floreia o seu redor.
Alguns preferem regar
com lágrimas, outros com suor.
Desde que tenha amor.
A beleza define a primavera,
regada com o choro de Deus.
Podemos fazer da nossa
vida um belo jardim.
Desde que haja o cuidado e o manuseio
com lágrimas e suor do coração.
A se transformar num
jardim belo e florido.
No caminho vou, onde haja amor.
No caminho eu vou onde haja cor.
As flores do jardim estão
esparsas como estrelas.
Simulam o infinito e eu andando
aqui embaixo no caminho das flores.
As estrelas estão formando um imenso colar de pérolas suspenso.
Caminhando vagarosamente
aprendi a observar a beleza.
O dia é um clarão,
diante a imensa escuridão.
Mas as estrelas sempre
dançam no universo.
O planeta é um enorme
emaranhado de terra.
Mas as flores sempre
embelezam os jardins.
No caminho vou, onde haja amor.
No caminho eu vou onde haja cor.
A vida pode ser um sonho
A vida pode ser um sonho, e se for,
prefiro fazê-la de um grande sonho,
Antes do despertar,
Antes das folhas da primavera desabrochar,
Quero ter certeza que no tempo do sonho,
Deixei boas sementes,
Que nos dias de estupidez,
Soube plantar risos,
Que nos dias de seca,
Soube entender a aridez temperamental,
E nos dias de frio,
Da vulnerabilidade das sementes,
Que nos dias da primavera,
Tudo fica mais colorido,
E pode ser a soma do que conseguiram plantar,
A vida pode ser um sonho,
E quando acordar quero ter certeza,
Que deixei o melhor que pude plantar,
Diante o frio de inverno,
O calor de verão,
O silencio do outono,
E a beleza da primavera.
Tuaregue (versão 2)
Vem que a vida não para,
vem que as estrelas não se apagam,
e os sonhos não morrem.
A vida pode parecer uma miragem desértica,
cheia de dunas que se movem.
Nem as tempestades furiosas de areia do Saara nos sacodem.
Rainha do deserto com seu véu flamejante,
vem até mim sobrevivendo as correntes giratórias.
Eu o Tuaregue, vou abrindo caminho de passagem nas águas do Nilo.
Até nossos corpos celestes se desmancharem na poeira.
Quando o amor se encontra pode tudo,
nos aquece com seu ardente calor.
Tudo ou nada, somos chamas entrelaçadas,
talvez o imbróglio, talvez a paz.
Amor pode ser como o deserto,
quente e quieto, porém intenso.
Rainha do deserto (versão 2)
Pedras a rodeiam,
desenhando suas asas,
jogada num cinturão de poeira,
o sol drena a água das raízes,
sobre sua cabeça emulando uma coroa.
Calibres de areia se moldam,
sobre as curvas do corpo emulando um vestido.
A encapada flutua nas areias quentes do Saara,
o véu distorce ao vento,
até ladeira abaixo ornamentada.
Guiada por calangos e dromedários,
abutres e carcaças,
levando fé, paixão e garra,
ela é a rainha do deserto,
a cigana flamejante das terras
áridas e quentes,
escultura de areia que resiste as dunas,
a seca, as tempestades e a poeira,
na imensa vastidão desértica.
A cortina que se abre
A nebulosidade é uma cortina,
como o acordar de um novo dia,
a desobstruir seus mistérios,
sendo esses de complexidade,
sendo esses de beleza,
suas emocionantes paisagens,
e seus vulcões de avareza,
é a cortina que se abre,
para os aventurantes do aqui e acolá,
carregando suas malas de futura experiência,
colecionando suas malas de momentos de passado,
o presente é a cortina de névoa,
que se abre e revela,
com seus mistérios e surpresas,
e a bagagem,
são experiências de vivências,
quando a gente abre a cortina,
a luz aflora,
quando a gente abre o coração,
o amor aflora,
quando a gente abre a mente,
a natureza aflora,
tudo no seu tempo,
cada um no seu momento.
Sambando na chuva da noite (versão 3)
Quero estar com você,
enquanto os trovões iluminam o céu,
numa noite de espetáculo de pirotecnia natural,
parecemos dois patos perdidos,
ornamentados pulando entre as poças,
vamos nos jogar na chuva,
molhar nossas cabeças,
esquecer nossas diferenças,
nossas manias,
nossas competições do dia-a-dia,
quero estar com você,
juntando nossas penas cheias de cores e ideais,
nossos dissabores do cotidiano,
nossas desavenças aqui morrem afogadas,
vamos nos jogar na chuva,
e molhar nossa consciência,
batizar nossas idéias,
esquecer nossas bobeiras,
e acender a magia do carnaval,
somos apenas dois palhaços notívagos de luar,
desligados dos barulhos do mundo,
vivendo nosso inquietante samba de romance,
até o sol raiar.
Os sabores da natureza
Se o caos trouxer sabedoria para amar
Posso me jogar no campo de café
Abençoado com as chuvas das lágrimas dos anjos
Orquestrado com o ruído dos bichos
O sol arde imenso como um coração suspenso
A decretar os dias de cor de leite
E as noites da cor do café
Feitos um para o outro
Como bons sonhos viciantes de cafeína
A regenerar da exaustão do cansaço
Se o caos trouxer sabedoria para amar
Posso me jogar nos jardins do amanhã
A natureza é sábia no final
Meus rancores podem soar egoístas
Meus desafios podem me tornar otimista
A me tirar do centro do umbigo
A tremer o chão e reciclar o céu
Vem uma safra após a outra
Vem um sonho após o outro
Vem um dia após o outro
Se a vida trouxer sabedoria pra apreciar
Vou me ajoelhar e ovacionar
Suas cores, seu caos
Sua beleza, sua grandeza
Sentir seus aromas
Agradecer a paisagem
E gozar do seu tempo
Os sabores da natureza
Ondes e quandos
Não sei onde
Nem quando
Sei que aqui estamos
Abro os olhos e estou no presente
Fecho os olhos e virou meu passado
De ondes e quandos
Como olhos que se fecham e abrem
Entre as milhares das milhas percorridas
por ondes e quandos
Quando sim e onde não
O futuro pode ser os esboços
Se somos um pouco do amor que recebemos
Somos um pouco do amor que doamos
De ondes e quandos
Um pequeno príncipe dos dilemas
Uma fada mágica de certezas
Uma pitada de Ilusões
Uma pitada de contradições
O que somos e o que podemos ser
Dos ondes e quandos
Nos mistérios aventurantes de cada dia
Não há lugar que possa correr
Se seus olhos penetram a invadir-me,
Tempestades de sentimentos caem sobre mim,
Como choro, regurgitadas,
Se seu coração bombardeia a fuzilar-me,
Emoções caem inquietas sobre mim,
Como desejos, insopitáveis,
Se seu amor eclode a refugiar-me
Redoma de acalento assenta sobre mim
Como amparo, escudado,
Não há nada que possa fazer,
Não há lugar que possa correr.
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