Poesia sobre Rios
Do alto do morro
Vejo tudo;
As casas
Os carros
Os rios
O mar
Pessoas
Animais
Deve ser assim
Que Deus
Vê a vida passar
DOM
Natureza
A natureza é uma obra de arte,
Com seus tons de verde e azul,
Suas montanhas, rios e partes,
Tudo é tão belo, sem igual.
As flores desabrocham no ar,
Com seus aromas suaves e fortes,
E o sol brilha como um farol,
Guiando nossos caminhos curtos.
Mas é a lua que realmente encanta,
Com seu brilho suave e misterioso,
E nós, seres humanos, tão pequenos,
Nos sentimos tão insignificantes ao seu lado.
E mesmo assim, nós admiramos,
Esta obra de arte divina,
E agradecemos por tê-la,
Nesta terra, tão boa e serena.
POR ELA:
Por ela derramei rios de lágrimas,
Sem ela vivi uma lástima;
Derramei toda esperança,
Dancei em corda bamba;
Hoje somos só sorriso,
Ela é tudo que preciso.
Os rios correm e desaguam no mar,
mesmo se mostrando diferentes acabam por ser iguais
por simplesmente correrem para onde todos os outros vão.
Porém, tem um...
Ah, aquele rio...
Aquele rio que insiste em sair do mar,
fazer diferente e desaguar na nascente.
Tem aquele que acredita que na nascente
existe mais felicidade e paz,
mesmo que esse processo seja doloroso e traumático,
no final, tudo servirá para seu renascimento,
onde tudo será mais leve.
E logo terei de morrer,
para reviver nos rios de sabedoria
aonde o amor flui em correntezas
ao som de muitas águas
antigos veleiros
pioneiros dos tempos,
olhares ausentes,
deitamos a sós
Tecendo as teias do meu destino,
percorro caminhos enviesados.
Mergulho em rios translúcidos.
Viajo entre as brumas do pensamento.
No abismo da minh ‘alma
ouço os ecos
dos sorrisos estampados nas fotografias
amareladas pelo tempo...
Agora, pelas janelas do trem
observo os tique-taques dos relógios passando por mim,
platinando com o orvalho da madrugada
os meus longos cabelos,
que outrora reluziam diante do sol
A estrada é longa e misteriosa,
repleta de suspense e fascínio.
Amanhã, finalmente desvendarei
as verdades escondidas por entre as frestas das vozes
melodiosas e
enigmáticas dos filmes de Carlitos...
Valnia Véras
“Amor não se inventa”
— Queira Deus, que com a infelicidade você se oriente.
— Que derramar rios de lágrimas e banhar em tristeza,
não compensa.
— Não deixe que o sumiço vire tormenta.
— Amor genuíno acontece, não se inventa.
— É um sentimento que vem de dentro.
— E é eternizado com o tempo.
— A ato mais lindo desse mundo, é amar.
— Grandioso como terra, céu e mar.
— Se o amor é verdadeiro, aproveite cada segundo.
— Porque o tempo, atrás...jamais irá voltar!
Rosely Meirelles
Os rios corriam para a escadaria do meu país
Está é a melhor forma de descrever o relevo de Moçambique
Assim foi a única forma de expressar a Geografia de Moçambique...
O meio ambiente, fonte de vida,
Berço da natureza, mãe querida,
De florestas, rios e oceanos,
Nasceu para nos dar seus dons.
Mas nós, seres humanos, tão cegos,
Não vemos que estamos a ferir,
Este lugar tão precioso,
Que devemos preservar e cuidar.
Nosso lixo, nossa poluição,
Vão matando a natureza,
E só quando tudo for destruído,
Veremos a nossa grandeza.
Mas não é tarde, ainda há tempo,
Para mudar nossa postura,
E agir com sabedoria,
E amor pela mãe natureza.
Vamos plantar, vamos reciclar,
Vamos amar o meio ambiente,
E juntos podemos salvar,
Esse lugar tão importante.
Que a nossa sabedoria,
Seja nossa maior arma,
E que possamos preservar,
Essa fonte de vida eterna.
POETA PEREGRINO
Desce e sobe montes e vales,
Atravessa os mares e os rios
A seco, nos calores dos frios
Imune a todos os males.
Come pão das pedras na fome
Do horror dos tempos tardios,
Presentes futuros vazios
Sem dó sequer do seu nome.
Espetro negro, terço de reza
Nas estradas de um destino
Que os deuses, em pequenino
Lhe traçaram com dureza.
Deixem-no ir na correnteza
Das tempestades da vida,
Um poeta peregrino
Mesmo todo pequenino,
É gigante na pureza.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 24-10-2022)
Maré -
Quando um dia eu morrer
como os rios ao correr
quero ser espuma do mar;
hei-de ser um Céu estrelado
ser vento desnorteado
que me leve pelo ar.
Quando um dia eu morrer
e alguém por mim sofrer
quero o mar por sepultura;
a maré como um caminho
barco triste, tão sozinho,
que o infinito procura.
Quando um dia eu partir
direi adeus a sorrir
saberei como voltar;
voltarei em dia vão
no rimar da solidão
e na espuma do mar.
Uma dor que se chama solidão.
Uma angustia que enche o peito.
Lagrimas que trasbordam os rios da vida.
Deixando a Vontade de viver deixar de existir.
Dando espaço a um sentimento chamado tristeza.
Ordnael Skelsi
(Poeta Solitário)
Margens dos rios
Mística da extensão
Fascina meu ver
Refaz meu navegar
Gosto de navegar nas entrelinhas dos rios
Inspiro as maresias das sensações
Transpiro a vastidão do pulsar marinheiro
Contemplo a imensidão do céu
Escrevendo as rotas das estrelas em sua harmonia com o rio.
Por do sol e o navegar
Navego nos rios
Navego na intensidade dessa vastidão
Aventura consome minha alma
O por do sol deixa-me em êxtase
Seria completude de um navegador?
Eu navegarei
Navegarei amplitude do rios
Vastidão envolvente do respirar
Navegarei linhas cativantes do por do sol
Navegarei nas entrelinhas apaixonante da natureza.
O Nordeste é abençoado
É uma linda região
Tem o mar do litoral
Tem os rios do sertão
Tem cuscuz e forrozeiro
Tem um povo hospitaleiro
Com um grande coração
Rios de tristeza
Rios de lágrimas florescentes,
escorrem do peito dolorosamente,
leito afora, solidão e saudade
se misturam pela corrente.
Uma vontade e uma angústia,
entre a foz e a nascente,
é de onde nasce e para que corre,
deságua sempre lentamente.
Assim são os rios de tristeza
que agitam a bravia correnteza
da ansiedade, aflitiva incerteza,
daqueles que vivem na esperança,
daqueles que morrem de saudade,
de um amor ausente.
A Terra
Solo fértil, rios caudalosos
Ar fresco, céu luminoso
Nossa casa, nossa vida
Preservá-la é nossa lida
Cuidar da fauna e flora
Ar puro para cada aurora
Reciclar, reduzir, reutilizar
Para a Terra preservar
Pequenas atitudes fazem a diferença
Não ignore essa sentença
A Terra é nossa casa
Vamos cuidá-la com abraço e asa.
ALMA ADENTRO
Atravessamos todos esses rios
E nos encontramos ancorados às fronteiras
Mantendo um desejo distante, tocamos ilusões
Petrificados na dor, esquecemos de nos reinventar
Carruagens solitárias entre as estrelas
Caravanas perdidas dentro desse profundo azul
Misteriosos momentos que nos transcorrem
Ao ponto de coexistirmos sozinhos no que era amor
Mercenários de sentimentos, fadados a obscuridades
Não são perigosos, apenas não nos deram as mãos
Ninguém pode nos dizer quantas vezes choraram
Mas podemos, quando desejarem, deixá-los partir
Mantidos sempre nas mesmas células
Nos incluímos no sol de cada manhã
Indagamos no mar todas as verdades esquecidas
Vivendo nas paisagens que passam
Eliminamos nossos medos ao existir