Poesia que Fala de Teatro
O Mau de Amar
O mau de amar é estar sozinho
È fechar os olhos e viajar em seu sentimento;
O mau de amar é saber que o coração lhe condenou
A sofrer por uma pessoa
A cada dia, a cada momento.
É ver o mundo girar parado,
Dando voltas no pensamento
É ver que o seu amor é como sangue
Que jorra de um ferimento
O mau de amar não é querer
O mau de amar é não poder
O mau de amar é ter fraqueza
É sentir sem ter certeza
É destrancar os cadeados,
Pra alguém roubar sua riqueza
O mau de amar é olhar sempre pro mesmo céu
Sempre em noite de lua cheia
É ver que o seu amor é tão grande
Quanto a imensidão que a lua clareia
O mau de amar é ser o menor ser
E ser o seu maior medo
O mau de amar é deitar sem sono
é amar um sonho
Ver o mundo em seu retrato,
é amar a quem jamais estará ao seu lado,
O mau de amar é viver um sonho acordado.
PENEIRA SOPRADA
De pano de saco,
um bordado... Ponto cruz
no bastidor, ponto de marca!
Feitos perdido no tempo...
Um fim no convivo das matriarcas.
Uma casa beira chão,
no terreiro...
Galinha cheiro-verde pimenta
... Home, homem... Soque pilão!
Mas não sopre a peneira,
com a sua venta.
Antonio Montes
Casa de vidro.
Poderia ser assim, um inicio ao inverso pra trazer você pra mim, sofrer primeiro, amar depois, aprender agora e viver tranquilo.
Somos como uma casa de vidro, de paredes transparentes que parecem deixar quem olha nos tocar, um leve toque torna nos faz estremecer e até trincar.
Bom seria ensinar o imperfeito que suas cicatrizes eu vou curar, masagear a alma com minhas lágrimas e tocar o coração com meu sorriso.
Invertendo o tempo, trazendo ao topo do mundo o meu sentimento, até chegar a adolescencia onde as paixões não doem tanto.
PEDIDO MELEIRO
Garçom...
Eu quero uma mesa no canto
aonde calado eu possa chorar
... O encanto d'essa saudade.
Quero enxugar meu sentimento
em silencio com meu mundo
fundado em minas verdades.
Garçom...
Aquela mesa afastada
para lá eu esconder as lagrimas
perdidas pela minha amada.
Relembrar com recordação
do tempo em que meu amor
viveu intenção paixão.
Antonio Montes
NÃO E SIM
Desde, que o mundo é mundo
E falas que falam, são falas...
Os mudos podem falar
pelas falas que não fala.
Antonio Montes
MULHER E SEUS TREJEITOS
Mulher rir, mulher chora
mulher entristece quando vai embora.
... Toda mulher...
Já pegou no colo
acarinhou com jeito
amamentou no peito
já chorou por amor.
Toda mulher...
Tem a sua magia,
seu modo de fazer e acontecer
o amanhecer de seus dias.
... Tudo que a mulher faz
e bem feito, ela tem o...
Defeito de fazer direito
os jeitos dos seus trejeito.
Antonio Montes
LAGRIMAS D'ÁGUA
Eu choro as minhas lagrimas
que ninguém pode chorar
lagrimas atiradas aos ventos
para no chão se acabar.
São lagrimas desse meu eu,
imposto d'elas, não pagarei
se pagasse o mundo era breu
sem chorar, não sei, não sei.
Lagrimas que são empurradas
pelos sentimentos internos
elas aparecem do nada
movendo céus, e infernos.
Eu choro as minhas lagrimas
para aliviar a grande dor
lagrimas que sonhos afaga
lagrimas pelo grande amor.
Antonio Montes
Queria estar em seu abraço
E acabar com esse embaraço
Nesse nosso laço
Queria te dar uns amasso
Nessa noite em que tudo faço
E te satisfaço
Para terminar num cansaço
Depois, subir para o terraço
E ver esse estrelaço
Que faz nosso espaço
SEU MUNDO
Apeia do burro, e ele pasta
e passa a feia descabelada
apeia de rabo-de-tatu, tira casca
como imposto compulsivo e as tachas.
Descabelada, menina ao vento
passa pela infância a felicidade
logo vem os bicos de sentimentos
propondo ver o rumo da verdade.
Pasta o burro, passa a peia
morte desapeia...
Encandeia o homem , com a candeia
... Vento, de lua cheia.
Grito sob escuro
pulo através do muro,
ainda há ponto seguro...
No escuro do seu mundo?
Quanto ao fundo que espera
tudo é fundo...
Quanto ao mundo que lidera
você é tudo.
Antonio montes
MORTE DA HORA
Quando cheguei, era seis e seis
... Seis e seis do dia três do mês
gente por ali, encontrava-se de pé
fila se formando, já tinha seis... Seis
pacientes, impacientes na minha frente.
A medida que a fila aumentava
veio o tempo, veio as senhas
e com isso, apareceu as resenhas.
Barulho de alerta na parede,
marcador, números em ordem
paciências em desordens, eu ali
ficxando que o mundo é,
para quem pode.
Enquanto, Idoso, aleijados e grávidas,
tomavam a vez de todo mundo
aos olhos do certo, tudo era incerto
horas morriam em seus segundos
e o tempo ficava sem fundo.
Antonio Montes
QUANTOS ROSTOS
Tantos rostos, tantos corpos
mas, só o seu, eu escolhi
sem você, ficarei loco
não poderei, viver sem ti.
Antonio Montes
SOFREDOR
Como se fosse um navio
ancorei o meu amor
no cais da minha paixão...
Então, me tornei sofredor,
sofrendo pelo seu coração.
Antonio Montes
Versos por escrever...
Meu caminhar perde-se
No amontoar dos destroços de um passado distante
E meus passos vagam por estas paisagens
Assistindo o desabrochar de uma flor...
Porque o querer deve sempre ser o mais profundo
Da essência...
E sigo admirando o voejar de uma gaivota...
Pouso a visão sobre à tarde do mundo enquanto meus olhos se perdem
Num belíssimo horizonte azul num sem fim
E respiro... E me inspiro... E atiro ao mar todas as minhas magoas...
E em meus passos incertos rumo ao infindo...
No meu coração exorcizo a dor que marca cada gota salgada das lágrimas
Que escorrem em meu rosto qual um sonho destroçado
Silenciando o brado induzido e rouco que na garganta se figura flébil
Busco forças para caminhar só mais um pouco
Por todos os versos que ficaram por escrever...!
Nem que tenhamos que dar
a volta ão mundo
nós por ti jamais
paramos um segundo.
O pai e a mãe
estão aqui para te ajudar
acredita meu amor
só tens que acreditar.
SONETO DA VOLTA
Estou de volta, intento por aqui ficar
nos caminhos busquei novos planos
no passado ficou a chaga a sangrar.
Sim tive erros, e também enganos...
No perdão, pude então saber perdoar
tudo é veloz, e passa por nós os anos
assim, o fado me atendeu para voltar
pois, nas orações remi de meus danos
Nas minhas desventuras, soube amar
nas tristuras, agora quero dias ufanos
por lá fechei o ciclo de ter que cuidar
Na mala, pouco trago pesares tiranos
pois, aqui está a meada, o meu lugar.
Estou de volta, sem enredos profanos
Luciano Spagnol
FELIZ DIA DOS PAIS, aos presentes e ausentes, em nossas vidas contundentes...
SONETO AO MEU PAI
Oi pai, escuta minha voz dai distante
A saudade é redundante, é impotência
A falta de teu tom forte me é constante
A vida sente a lacuna da tua existência
A roseira do jardim é lembrança radiante
Ter tido os teus ensinamentos, essência
guardadas no peito aqui tão palpitante.
Neste dia dos pais, a minha reverência
Ei pai, perdoa as falhas por mim operante
Se fui negligente foi por pura contingência
Pois, no meu amor és um amor gigante
Nas minhas veias corre a tua aparência
Na concepção o que sou, teu semelhante
No coração, a nostalgia de tua ausência...
Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano
Amor...
Vem! Não me deixes aqui tão só
num tal vazio laço de um uno nó
e no silêncio que fere com solidão
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Quero você a todo momento
Curtir se divertir e sentir o que tem ai dentro, se é atração, curtição ou enrolação, o que importa é curtir a vida pois nada é em vão.
SONETO TEMPORAL
Querer os sonhos dos dezessete
Quando já passou dos cinquenta
É quimera que pouco se aguenta
Já as horas, nos estende o tapete
De repente, tão frágil, e tão atenta
A vida nos põe atrás dum colchete
Deixa de dar rosas num ramalhete
Pra dar a proximidade dos setenta
É o tempo no tempo por um filete
Pensamento com voz barulhenta
E expectativa grifada num bilhete
Os passos tintos na cor magenta
A idade lenta, o querer em falsete
O amor, ah o amor, este ementa
Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano
ESPELHO (soneto)
Este vulto no espelho na minha frente
Serei eu dividido numa só consciência
Desta visão exata, é outra referência
De um tempo de longa data, vertente
Que ilusão quer iludir minha inocência
Refletindo cabelos alvos tão aparente
Num eu outro, ignoto por minha mente
E tão desfigurado nesta contundência
Será meu eu, além de mim, reluzente
Se não vejo em nada alguma ausência
E precisa é a reverberação ali poente
É! Terei que me deixar nesta essência
Ser dois neste espelho integralmente
E uma só pessoalidade em gerência.
Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano
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