Poesia Poema Natureza
Em cena ela acena
Pois sim assim ela vai
A tal sentimental
De ramo em ramo
ama e derrama
Lírios e delírios
Filosofia :
Bordar e transbordar
Poeticidade
em toda a cidade .
Anoiteceu
E a noite teceu um amor
Só teu ...
Se tenho mãos por que não luto?
se tenho pernas por que não corro mais?
mais o problema é que me inludem
com a Tv e os jornais.
a familia se reune
pra eleger corrupção
a verdade, já nao justa
primo distante da nação
e nessa festa pobre
o dj não paga imposto
a vergonha é vulgar
na batida de um som
é pra fazer revolução
e levantar uma nação
que na próxima ocasião
os seus filhos fazerão ''revolução''
Quando cair levante-se o mais rápido possível
Quando quiser chorar,sorria
Se estiver a ponto de se matar, viva
Quando estiver a ponto de perder seus sonhos, agarra-os
Quando estiver na escuridão procure a luz
Se estiver desacreditado, acredite
Se estiver sem amor, ache-o
Quando estiver com medo, coragem
Se estiver triste, alegre-se
Quando estiver com dor, cure-a
Mas lembre-se que tudo depende só de você.
ROGAI
Nossa Senhora mãe de tudo...
Mãe do mundo, alto e fundo!
Mão do pai, mãe dos rios
dos trilhos e dos filhos.
Mãe do povo da gente...
Dos sonhos dos amores,
mãe das dores e das flores
dos jardins e dos horrores.
Nossa senhora!
Mãe da procissão e precisão
da tarde do cedo, da oração...
Das pedras dos espinhos das lãs
dos caminhos, trilhos, procissão
Nossa senhora mãe do agora
mãe do passado mãe do amanhã,
das folhas e dos ungüento...
E do cheiro doce do hortelã.
Nossa senhora mãe de Deus!
Rogai pelo sol, pela lua,
rogai pelo cabelo da menina
que o vento farfalhou na rua...
Rogai pelos meus
rogai pelos seus
pelos indecisos demagogos
rogai, rogai...
Rogai pelos fariseus.
Antonio Montes
FEITO DE GADO
O que é feito d'aquele gado
tocado, lá no alto do sertão
piola, boiadeiro bravo
berrante tocando fado
estralo na palma da mão.
O gado que passou porteira
ploc-ploc, pelo chão...
Cruzou rios com piranhas
alvoroçou grandes façanhas
... Poeira amor e paixão.
O que é feito d'aquele gado
do sol quente pirambeira
lua fria escuridão...
Que passou pelos quatro ventos
curandeiros e seus ungüentos,
coloral pimenta açafrão.
O que é feito d'aquele gado
e do pasto secando no campo
d'aquele ar tísico no tempo
da distancia ao sentimento
das lagrimas enxugando encanto.
D'uma saudade adoidada
vivendo os sonhos do amar
d'aquela flor na estrada
do amor por quase nada
chorando além do mar.
O que é feito d'aquele gado
que passou pela corrente
do rio cheio de peixe
do rastos da estrela cadente...
do sangue brotando n'água
da fogueira conto de fada
da chuva nascendo semente.
O que é feito d'aquele gado
do sol escaldante do dia...
Da sombra d'aquele oitão!
Do segredo e da paixão,
que sentiu dona Maria...
O que é feito d'aquele gado
que embarcou nas quatro rodas
deixou p'ra traz, ribeirão...
Campo, bosque e a grande grota
deixou lá no rancho o seu João
vivendo a vida que gosta.
Mas quando eu morrer
Eu gostaria de voltar
Eu gostaria
Para escutar tudo o que você tinha a me dizer e não teve coragem
É tão difícil enquanto estamos vivos
Mas quando eu morrer
Eu gostaria de voltar
Para escutar todas as canções que você vai cantar
Faz tanta vergonha enquanto estamos vivos
Por que a morte é tão difícil
Mas solta as amarras dos que ficam vivos?
A morte não é poesia.
A vida de quem fica.
Mas quando eu morrer
Como eu gostaria de voltar
Para receber sua visita
Descobrir como você conseguiu
É tão complicado tempo enquanto estamos vivos
Quando eu morrer
Eu gostaria de verdade de voltar
Para escutar as suas recordações
É tão difícil lembrar enquanto estamos vivos
Mas quando eu morrer
Eu não vou poder voltar
Então escrevo isso
Para que quando eu morrer
Você saiba que de alguma forma eu sei
Ela é exceção
Que no universo em teu olhar
Ela adormece até a alma.
Ela é canção
Que mesmo a cappella
Não perde teus timbres.
Ela é lua
Que mesmo com varias fases
Estaciona sua beleza frente a meus olhos.
Ela é poesia
Que furtará seus pensamentos
Em uma hora qualquer
Como furtou os meus
No final desse domingo chuvoso.
Barco de papel
E então descobri
Que é assim a vida
Um barco de papel
Velejando pela eternidade...
Ela pode ser leve
Se permitir-se sentir o vento
Pode ela ser densa
Se você não compreender o valor do tempo
Pode ela ser dança
Descompassada pela maré da existência
Ela pode ser criança
Se vivida com pureza e inocência
Com elas, posso ser livre
Sem elas posso estar amargo
Só não me tire das águas da vida
Pois então estarei farto
Pois se o mar é minha morte
Eu aceito como quem sabe
Que no meu barco de papel
Está escrita a história que me cabe
parasquedas
para quedas para
quem não sabe a
gravidade de manter os
pés no chão
para aquelas
paralelas
ruas que nos levam
sem direção
por que tantos carros?
por que correr
se é muito mais raro
estar com você?
aqui e agora!
para a queda
daquelas flores
um momento de
contemplação
os mais belos
ramos de cores
alimentam o
meu coração
aqui e agora!
O POETA
O poeta
É um mago ator
Tira de sua maleta
Trilhas de dor e amor
Encenando com a caneta
Atos com cheiro e sabor
Da criação
Para o ledor,
espectador...
Assim, nesta atuação
Dum eterno amador
Desfia fantasia da imaginação...
Em cenas, como autor.
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Banho gelado
Manhãs quentes, noites frias
Fome sem apetite
Risos durante o dia
Lágrimas durante a noite
Sozinha nas noites, mas firme e forte constante
AMOR DE FERA
Te amo do fundo
do raso... Te rasgo.
Te amo da seca
da chuva, do lago.
Te amo como a língua
no lambuzar do doce mel...
Como o sono ao acordar,
no sonho ao sol...
E, ao azul do céu.
Te amo, segundo...
Mês, ano heras!
Te amo...
Como o sangue ama,
o sabor das feras.
Antonio Montes
PIPOCA
Pipoca! pipoca...
pipoca, pipoqueiro!
Pipoca doce salgada
Oferece o dia inteiro...
Para a vida da molecada,
namorada e namoreiro.
O pipoqueiro lá da praça
vende pipoca p'ra viver
e a vida passa na graça
engraçada com você.
Pipoca doce salgada
branca preta e multicor
pipoca, para bravo e manso
na corrente, no remanso
e nas margens colorida.
pipoca para o menino
para o jardim com aquela flor
... Pipoca, tiro pipoca
cuidado com meu amor.
Antonio Montes
MORDA AMOR
Morde, morde e me morde...
se morder é o seu querer,
então morde, pode morder.
Mova, se mova meu amor...
Mova e morda, e se isso for
pode morder além da ordem.
Já que morde, morda ao sacudir...
Sacuda, passa os olhos, e morda
me morde, mas morde com ordem
fora de ordem ou na desordem,
Na conta ou no faz de conta...
se morder consta, morda, me
morde, e me coma como pode.
Antonio Montes
Minh'alma vaga pelo firmamento
em busca de uma estrela maior,
só encontra a saudade de outros tempos
quando encontrava o amor.
ENVAIDECER
É como o poeta dizia,
pirilim, lulin, lulin...
As flores d'aquele dia
soltaram pétalas para mim,
os ponteiros do relógio
pulou suas horas sem fim.
As falas do oratório
oraram rezas de pasquim...
Os grãos da ampulheta
Pirulin, lulin, lulin!
Se os ventos não me levam
Oh vida, me deixe aqui!
Me deixe aqui assistindo vermes
entalar-se com silicone
essa invenção que envaidece
criada pela mãos dos homens.
Antonio Montes
"sonhar é bom
e fazer sonhar também,
lembrança boa todo mundo tem,
é pra ser consumida feito pé de fruta,
no fundo do quintal,
todo dia você anda em cima do pé,
colhe uma e o sabor nunca é igual.
Então você se pergunta,
o que é isso afinal?
Entende, a medida que a fruta amadurece
o sabor fica mais acentuado
Só aí você aprende o amor de verdade
Nesse talvez me atrevo em fevereiro...
Retiro é minha máscara preferida
Me acho lá dentro da caixa do festeiro
E fervo mesmo é nas vagas marés da vida
RUMO DO MUNDO
Minha sina que no quadro
tentaram fazê-la na pinta...
Erraram perante o esquadro
e na tonalidade da tinta.
Essa pinta que desafina
... Tingiram com marrom,
esboço marcado,
e rascunho sem prumo.
Depois do prumo sem fundo...
Agora, estão tentando
achar o rumo do mundo.
Antonio Montes
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