Poesia ou Texto Amigo Professor
BEM ASSIM, SIM!
Sim, meu bem, sou bem assim, sim: tim- tim
por tim –tim, de verdade, pra lá de verdadeira,
espevitada, serelepe, moleca, traquina, festeira,
fagueira, faceira, feiticeira, beijoqueira, brejeira,
atrevida, criativa, aguerrida, afetiva, comprometida,
até meio sacerdotisa, com fé de pé, perfeccionista,
ousada, do tipo gente que não cala, fala o que sente,
indecente de tão inocente, escrivinhadeira, matraqueira,
intensa, amorosa, mimosa, ambiciosa, vaidosa, manhosa,
caprichosa, orgulhosa, gaúcha sim, filé de primeira, enfim,
do início ao fim, brasileira, tão plena e serena quanto inteira!
Maria Angélica Guichard,
A Gaúcha Guria da Poesia!
ILUDIDA
Ilusão é achar que família é assim:
Um por todos, todos por um,
Sempre, sempre que preciso
For, por qualquer objetivo
E por objetivo nenhum!
Mas, foi pura ilusão eu querer
Valorizar o sangue, honrar a raça
E orgulhar-me de não ser anônima.
Ah! Como eu quisera ser mais uma
Em uma família de muitos do que ser
Menos uma em uma família de poucos,
Como quisera que fôssemos loucos,
Loucos, bem loucos uns pelos outros!
Mas não adianta eu querer ou fazer,
Já que o teu coração diferente, segue
Indiferente do que te pensei como parente,
Mesmo tendo saído de um mesmo ventre!
Foi triste sim, confesso achar que por teres
O mesmo sangue tivesses alguma coisa
A ver comigo, que pudesses pelo menos,
Por um dia alimentar a minha alma ou até
Menos do que isto, afinal, nestes últimos
Tempos até uma hora contigo reivindiquei,
Mas este mendigado momento não ganhei!
Não, não foi ilusão quando usei a palavra
Mano e não percebi a tua mão estendida,
Quando eu gritei a palavra irmão e nem
Sequer por ti me soube ouvida! Ah! Que
Triste ilusão eu imaginar que poderia
Contar contigo pra pensar em voz alta,
Quebrar os galhos que plantaste comigo
E até o peito estufar ao me orgulhar ao te
Apresentar como o meu melhor irmão e o
Maior amigo, já que somos mesmo irmãos,
Filhos de mesma mãe e mesmo pai, sim!
Enfim, da mesma família e isto até nos mil
Documentos do cartório é pra lá de notório,
Mas mano, ilusão ou não, tu és meu irmão
Nesta vida e quero te dizer que mesmo que
Não conte mais contigo, eu sigo de coração
Aberto pra te ouvir, apoiar e perdoar como
Sempre e pra sempre, meu irmão querido!
Guria da Poesia Gaúcha
DECIDIDAMENTE
Hoje, eu decidi ser eu, sem receios,
Sem medo do julgamento de terceiros,
Decidi ser gente antes do que profissional,
Ser mais leal e legal comigo, amigos e até
Com o inimigo que a vida me deu de castigo,
Total, como todo sujeito quero rever defeitos,
Então espero e quero, mesmo que sem jeito,
Escancarar o peito, rasgar a alma com calma
Pra inocentar as minhas culpas e quem sabe
Assim, enfim, minimizar as minhas desculpas.
Quero confessar medos, sem segredos de
Meio termos, de pudores e falsos valores.
Ah! Hoje decidi também que vou chorar,
Dar um basta às lágrimas trancadas e até
Ousar ao gritar a palavra travada pela mágoa.
Quero dar um basta às fofocas que ouvi, e
Só pra te avisar, guri, hoje inclusive decidi
Que quero te amar, que vou pular o muro da
Vergonha, ultrapassar a ponte do preconceito e
Te descobrir inteiro, sem todos aqueles rodeios,
Despido mesmo de tudo que é ruim neste mundo,
Porque decididamente, finalmente, literalmente
Hoje decidi que a hora é agora, que vou acabar
Com o ensaio e estrear como mulher, mulher
Que se sabe, se assume como é, te ama e quer!
Guria da Gaúcha Poesia
Lavando a Alma,
Página 29
1989
IMPOTENTE
Hoje se apossou na minha entranha uma estranha
Sensação de marasmo, de marasmo sem limite,
De prostração infinita, de verdadeira apatia.
De parada geral mesmo, de aguda paralisia.
Sinto-me tonta. Tento abrir os olhos.
Mal consigo ver pequenos pontos cintilantes
Que faíscam ao redor da minha cabeça.
Que horas são? Onde estou? Quem sou?
Tento inutilmente pensar.
Minha mente flutua, meu pensamento mergulha.
Falta-me a razão, a lógica, a coerência.
O que será isto?
Será depressão, acaso doença?
Será a loucura, a famosa demência?
Que confusão é esta que me meti até então?
Estou enlouquecendo, só pode ser.
Como explicar as divagações, contradições
E utopias que ora habitam o meu ser?
Por que me sinto assim, parada, completamente
Catatônica, estagnada, se de dúvidas estou
Enraizada e de inquietude totalmente tomada?
Estou tonta. Sinto-me frágil, insegura.
Devagar, até andando, mas quase parando.
Impotente, cambaleante, quase caindo.
Sonolenta, amortecida. Quero gritar, não consigo.
Sequer faíscas enxergo. Sequer as perguntas me indagam.
Sequer as respostas respondem. Suspiro. Um único!
Seria á o último? Será que a vida ainda me resiste?
Sei lá, mas que é louco, é louco, pois não estou triste
Nem um pouco e até sinto-me melhor, meio contente,
Vejo poucas coisas na minha frente e uma luz diferente.
Há pessoas falando, chorando, um padre já confortando,
Flores e luzes velando! Velando, eu disse isto?
Meu Deus, será que velam eu? Sei lá, só sei que daqui
Eu já posso ver! E até mesmo começo a entender!
Tudo o que me afligia, o marasmo que sentia,
Era eu mesma acabando, era a morte do meu
Ser humano neste plano chegando, era a vida
Em um outro plano começando e me preparando!
Guria da Poesia Gaúcha
Lavando a Alma,
Página 43
1989
LAVANDO A ALMA
Pronto. É chegada a hora.
A hora de deixar cair a máscara.
A hora de tirar o blush pra que o branco
e o vermelho das emoções transpareçam.
A hora de tirar o rímel que endurece os
cílios e fantasia o olhar.
De tirar a sombra dos olhos e descobrir
a tua luz interior.
É chegada a hora de retirar o pó de
arroz e alimentar o espírito.
De remover a base e de sustentar
os verdadeiros alicerces.
É hora de limpar o batom e de beijar
profundamente as coisas boas da vida.
De tirar o hidratante do rosto e de
umidificar a alma com calma.
De retirar o creme do pescoço que
engoliu mais que rugas, sapos.
De limpar profundamente a pele
das entorses da pseudosimpatia.
É chegada a hora de ajoelhar-se
na beira de um rio e ali o rosto lavar,
Deixar ir correnteza afora a máscara
do preconceito, do ódio e do desamor.
É chegada a hora de despir-se de vez
dos arquétipos sociais e de vez acabar
com as entrelinhas, sutilezas, reticências
e a maledicência das meias-palavras.
É chegada a hora de lavar a alma, de
virar a mesa e de mostrar tudo a todos.
Enfim, a hora de botar a boca no mundo
e literalmente, sem palavras, descobrir-se
melhor, maior e bem mais bonita pra vida,
assim: de cara limpa e consequentemente,
com a alma linda, levada, lavada e elevada!
MAIS UM FILHO
Não, não andei só com uma pessoa
pra poder gerar-te
E eu não me abstive da tua concepção
por um único dia.
Tentei sempre o equilíbrio, o ritmo adequado,
a palavra certa.
Busquei sempre o melhor que sentia em mim
para criar-te.
Confessei-te todas as minhas verdades, vontades,
medos, segredos, pudores, valores, ansiedades e vitórias.
Fiz-te com amor para que pudesses passar isso
para os outros.
Não te senti pequeno nem mesmo em projeto.
Não te sinto grande nem mesmo criado.
Não te vi adotado ou abandonado, pois te abriguei,
não briguei e te alimentei com as minhas mais
íntimas e tímidas entranhas.
Estás no ponto, pronto!
Pronto para o mundo.
Vai e faz o teu papel.
Conquista o teu espaço.
Luta pela tua verdade.
Eu, como sempre, vou estar do teu lado.
Torcendo, vibrando muito porque sempre
Apostei e acreditei em ti como um bom guri.
Que Deus te abençoe, meu filho.
Que as pessoas te gostem, meu livro!
Guria da Gaúcha Poesia
Lavando a Alma
Página 48,
1989
EM BRANCO
Seria só uma página a mais.
Em branco.
Os versos pululavam sem fim,
Ferviam dentro de mim, mas eu
Não conseguia escrever nada.
Nada mesmo acontecia ou saía.
Tentativas mil.
Inválidas.
Sobrava só um imenso vazio.
Uma sensação de intenso frio.
Outras tantas quantas.
Nada menos um.
Densa, tensa,
Descobri o medo.
Não sabia do quê.
Procurei em mim.
Me revirei, não achei.
O que seria?
Logo eu, que
Sempre tão rápido
Raciocinei, que tão
Ágil um livro inteiro
Em um mês aprontei?
Não sei...
E agora o que faço
Com este vácuo?
Com o tudo deste nada,
Com o prenúncio desta dor,
Com a proximidade da saudade
Que já me bate e invade por saber
Que é chegada a hora da despedida,
De dar o ponto final na última linha da
Página do livro que abriu a minha vida!
Guria da Gaúcha Poesia
Lavando a Alma,
Página 49
1989
VERDADES VERDADEIRAS
Sabe, vou te contar minha criança,
Não acredites que irão te ajudar
Sem nada cobrar, pois quando tu
Precisar, de graça, só tu vais achar.
Não creias que um mais um, dá dois,
Porque em qualquer relacionamento,
Um mais um dá menos um por inteiro,
Pois é preciso abrir mão de um pedaço
Pra se conviver em um mesmo espaço.
Alô, atenda ao telefone sempre
Consciente de que vais encontrar
Um anônimo, um amigo, um sócio,
O pedinte da tua grana, fama e paz.
Se tu quiseres conhecer bem alguém
Fale em preço, dinheiro, pois assim se
Conhece o valor de alguém por inteiro.
A mentira é uma verdade que
Ainda não teve oportunidade.
Afinal, o sonho e a fantasia só
Porque não aconteceram devem
Ser julgados como mentiras?
E ainda, como falar que está traindo
Pra alguém que obedece, fielmente,
Ao que o seu coração está pedindo?
Guria da Gaúcha Poesia
Pedaços de Mim,
Página 17
1999
ALMA INDIGENTE
Carente, doente e decadente pela alma a cada
Dia mais indigente, foi como me senti quando
Andei bem abaixo da linha da pobreza afetiva
E eu não te percebi alinhavar um só ponto pra
Tentar amenizar, minimizar, aliviar, remendar,
Remediar a minha dor, ao contrário alfinetaste
Mil intrigas, criaste briga, costuraste armações,
Manipulaste milhões de emoções e corações,
Enfim, participaste sim pro meu fim, pois efetiva
Querias acabar com a minha vida afetiva, afinal
Impertinente na vida que não te pertence, bem
Intransigente te metias noite-dia, já que querias
Ver-me morrer temente e doente como indigente,
Independente de contingente e continente, talvez
Somente pelo desamor desta gente meio demente,
Mas inteira tão indiferente à sina desta minha vívida
Fadiga pela desesperança assassina que não cansa
E alcança minha vida a cada dia menos bem-vinda e
Bem mais falida, maltrapilha, maldita, mendiga e suicida!
Guria da Gaúcha Poesia
Só quem conviveu com teu desamor
Conheceu bem o significado do que
É indevido, do definido indefinido, do
Definitivo indeferido, do avassalador,
Do único, do intrigante, do torturante,
Do predador, do radical, do dominador,
Do conservador e do destruidor do amor!
Guria da Gaúcha Poesia
Ando assim, devagar e urgentemente,
Sofisticadamente muito mais simples,
Ferozmente mansa, vagarosamente ágil,
Finitamente infinita, fortemente frágil, e
Insuportavelmente bem propensa a ser
Muito mais intensa, e verdadeiramente,
Intensamente, ando pra lá de indecente!
Guria da Poesia Gaúcha
SIM
Meu bem, eu sou bem assim, sim: tim- tim por tim –tim, de verdade, pra lá de verdadeira, espevitada, serelepe, moleca, traquina, fagueira, festeira, faceira, feiticeira, brejeira, matraqueira, escrivinhadeira, comprometida, atrevida, quase indecente de tão inocente, ambiciosa, amorosa, orgulhosa, gaúcha de primeira, enfim, do início ao fim brasileira tão intensa quanto inteira!
Guria da Poesia Gaúcha
Mãe Justina
Saudade da sua palavra amiga
Quando aflita estavas tinha
Sempre uma explicação pra vida!
E pedindo pra confiar em Deus
Que no momento certo a vida
Tomaria o rumo certo
E tudo se resolveria
Hoje não se encontra mais aqui...
E estou só nessa multidão
Vivendo por viver e lamentando
Sua ausência onde tudo era flores
Quando aqui comigo estavas
Daonde estás ilumina meu caminho
Mostra-me a direção a seguir
Pois em meus pensamentos
Vivas sempre estarás...
NÃO SABERIA
Se me pedisses pra conceituar qualquer coisa,
Talvez soubesse encontrar de saída o conceito,
Exceto o conceito de mãe,
Porque mãe não se conceitua,
Porque mãe não dá pra explicar,
Já que leão e passarinho,
Aspereza e doçura,
Sorriso e lágrima,
Limite e infinito,
São antônimos de se dizer,
Mas, estão muito juntos no coração de uma mãe.
Afinal, mãe consegue ser
Dinâmica,
Atrevida,
Sobrenatural,
Desmedida,
Equilibrada,
E, sem perder a calma,
A doçura,
Encontra sempre o rumo certo,
A luz do túnel,
A paz da guerra.
Só mãe consegue ser fé,
Esperança,
Semente,
Fruto,
Flor,
Amor,
Proteção,
Vida
E Deus ao mesmo tempo.
Só com mãe se conta
Quando se apronta,
Só mãe é igual à outra mãe
E tão diferente como gente,
Pra tudo no mundo de todo mundo,
Porque só mãe consegue ser e se
Manter ímpar como par,
Divisível e indivisível,
Experiente e imprevisível,
E sempre, insubstituível.
Enfim, só mãe consegue
Ser o conceito de tudo
De maior e melhor neste mundo,
Porque só mãe consegue ser um
Ser tão presente mesmo ausente,
Porque só mãe é flor onipresente,
Porque é fruto do amor do Criador,
Porque é semente de voz de avó
Em nós, pois mãe e somente mãe
Ama, aceita e compreende a gente
Sempre, como sempre e pra sempre!
Guria da Poesia Gaúcha
Lavando a Alma, página 13
Não tente
Não tente se encaixar onde você não cabe.
Não tente ficar onde não querem sua presença.
Não tente forçar amizades.
Não tente ser o que você não é só para ser aceito pelo outro.
Não tente ser aceito. Se isso for preciso, você já não foi aceito .
Não tente ... escolha.
Só tente algo se for realmente importante para você. Isso não é egoísmo, é respeito próprio.
Melhor coisa da vida é dar um tempo...tempo para reflexão.
Sim, para refletir sobre o seu momento atual, o que falta colocar no lugar. Às vezes alguns detalhes, algum ponto necessita de certo ajuste. Algo que ficou despercebido e só parando um pouco você consegue enxergar melhor o que está faltando em sua totalidade. Certos pontos são de extrema importância.
Às vezes precisamos parar e enxergar o que está acontecendo.
QUEM É?
Aquela carne eviscerada sem ossos,
Que mais lembra a’lma em destroço,
De quem correu perigo e foi vencido
Pelo inimigo nada tem a ver comigo,
Há erro nisto, esteja certo meu amigo.
Não posso ser o que o espelho reflete
E que até no ego a imagem repete, me
Nego e o espelho quebro, todo do início
Ao fim e vejo estraçalhar a tua imagem,
Reflexo análogo do que fizeste de mim!
Soando o som da vida.
O som do coração... Pobre coração, que com tanto esforço guardou-se, fez uma construção.
Pensou que estava protegido de bandidos, das pessoas.
Iludiu-se
No som da gaita que soava o som da vida escutaram, som de machados.
Alguém quebrava seu muro, sua proteção, tirava do castelo.
E te trazia pro mundo, o som da gaita aumentava.
A vida aumentava
Agora não havia muros para atrapalhar a visão, estava tudo diante de si,
A dança, o cheiro, o tono da voz, as cores ganharam vida,
E a gaita aumentava a vida,
E o passo diminuía, diminuía e depois de sentir a vida, dois rodeios...
A queda
Não havia mais proteção, nem muros e quem a tirou da construção, partiu.
Estava perdida num mundo que não conhecia, que se protegia
A queda, a gaita,
Não havia mais som,
Não há mais o som da vida.
A ausência causava dor.
E o som morria dentro de si.
Hoje acordei sem saber se sou a solidária
Guria da solitária poesia ou se a poesia é
Que é solidária a esta solitária guria, pois
Em todo canto flui, influi, decanta, clama,
Reclama, declama e num recanto ela me
Chama para lhe fazer companhia e assim
Trazer o nascer do encanto a mais um dia!
Guria da Poesia Gaúcha
Você sabe bem quando faz bem (faz bem)
Mas cê sabe bem como faz mal (faz mal)
Nessa briga, na real, não sei bem nem o final
Qual é o motivo dessa vez? não sei
Liguei pras amiga, que já tô decidida
De acabar com tudo e fuder com a tua vida
Se tu vier de graça, acabo com a tua marra
Verdade na sua cara, cê gosta das que falam, né?
Quando você reparar
Quando você me notar
Já vai ser tarde demais
Não vai dar tempo de mudar
Quero alguém pra me valorizar
Dizer que eu amo sem me preocupar
Se é uma verdade ou é uma mentira
Que no fundo, o futuro vai machucar
Fala, fala, mas não me esqueço do que foi, se foi (o que foi?)
Quantas vezes você fez promessa pra nós dois, nós dois?
Eu pensando no agora e tu sempre no depois, depois
Nunca mais diga que ama, se tua resposta não condiz com a fama
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