Poesia os Dedos da minha Mao
Constelações
Não quero ser o sol
Pois de perto não podes me ver
Prefiro sempre estar distante
Do que poder prejudicar você
Pois sou uma estrela menor
Sim, eu sou uma estrela menor
Bem, bem longe do meu viver
Mas há um problema
Ainda te quero por perto
Por isso vivo um dilema
Talvez eu não esteja certo
Pois tua distância me algema
Sim, me algema
E me obriga a ficar coberto
Você
Vês, vês, vês a última quimera,
meu sono adormecido da vida,
e meu ser abandonado na espera,
de você, apenas você sem despedida,
O amor é ausente, é sol quente,
a espera de água mijada de chuva,
é boca rachada e dormente,
é sua voz que não mais se escuta.
E o sol irá despontar no horizonte,
com estrelas e lua em um céu incolor,
e seu beijo na madrugada se esconde,
a procura de você, amor!
Tão perto e tão longe,
Tão verde e tão bronze,
Deixamos de ver a conexão das coisas, a essência das pessoas e somos consumidos pela carência da aceitação.
Paixão
Abrase-me, paixão, no seu poente
que o meu fado seja tal que me flama
integralmente... de coração ardente
E o infinito amor há quem ama...
...e aos amantes, afeto, eternamente!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, março, 06'30"
Cerrado goiano
Estamos na geração das crianças sem futuro.
De pais ausentes que só dão presentes.
A modernidade e a tecnologia criaram um muro.
Jogaram nossas crianças no escuro.
Na adolescência e fase adulta não saberão para onde ir.
As ensinam apenas a ter e não mais a sentir.
" Talvez eu seja um tolo
de acreditar no amor,
mas enquanto houver flores
amantes de mãos dadas
namorados se beijando
Pássaros fazendo ninho
de tolo serei todo
pois acreditarei no amor
de novo
E de novo
E de novo...""
Quem tem coragem no sangue
Não sente medo da sorte,
Passa em fogo e não se queima,
Embarca em qualquer transporte,
Nada no rio da vida,
Voa nas asas da morte.
A pálida luz da manhã de Inverno,
A pálida luz da manhã de Inverno,
O cais e a razão
Não dão mais esperança, nem uma esperança sequer,
Ao meu coração.
O que tem que ser
Será, quer eu queira que seja ou que não.
No rumor do cais, no bulício do rio
Na rua a acordar
Não há mais sossego, nem um vazio sequer,
Para o meu esperar.
O que tem que não ser
Algures será, se o pensei; tudo mais é sonhar.
As Meninas
Arabela
abria a janela.
Carolina
erguia a cortina.
E Maria
olhava e sorria:
"Bom dia!"
Arabela
foi sempre a mais bela.
Carolina,
a mais sábia menina.
E Maria
apenas sorria:
"Bom dia!"
Pensaremos em cada menina
que vivia naquela janela;
uma que se chamava Arabela,
uma que se chamou Carolina.
Mas a profunda saudade
é Maria, Maria, Maria,
que dizia com voz de amizade:
"Bom dia!"
Na chácara do Chico Bolacha
o que se procura
nunca se acha!
Quando chove muito,
O Chico brinca de barco,
porque a chácara vira charco.
Quando não chove nada,
Chico trabalha com a enxada
e logo se machuca
e fica de mão inchada.
Por isso, com o Chico Bolacha,
o que se procura
nunca se acha.
Dizem que a chácara do Chico
só tem mesmo chuchu
e um cachorrinho coxo
que se chama Caxambu.
Outras coisas, ninguém procura,
porque não acha.
Coitado do Chico Bolacha!
Agosto (bem vindo!)
Bem vindo agosto
que seja lindo
do desgosto oposto
no amor luzindo
a gosto, com gosto
nas realizações infindo
ao meu, ao teu
avindo
num apogeu
Agosto... Seja bem vindo!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Ninguém sonha duas vezes o mesmo sonho
Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio
Nem ama duas vezes a mesma mulher.
Deus de onde tudo deriva
E a circulação e o movimento infinito.
Ainda não estamos habituados com o mundo
Nascer é muito comprido.
O utopista
Ele acredita que o chão é duro
Que todos os homens estão presos
Que há limites para a poesia
Que não há sorrisos nas crianças
Nem amor nas mulheres
Que só de pão vive o homem
Que não há um outro mundo.
Se eu soubesse exatamente porque a castanheira
parece estar a ponto de flamejar ou morrer, suas pirâmides
tremulam, eu te contaria? Talvez não.
Nós devemos manter o interesse por selos estrangeiros,
horários de trem, placares de baseball, e
psicologia anormal, ou tudo se perde. Eu
poderia te contar além do que eu e você
suportaríamos, e eu suponho que você responderia
com gentileza. É uma coisa terrível se sentir como
quem faz um piquenique e esqueceu o almoço.
Abril é o mais cruel dos meses, germina
Lilases da terra morta, mistura
Memória e desejo, aviva
Agônicas raízes com a chuva da primavera.
Eu sou isso, ou aquilo.
Sou doce, as vezes amarga.
Sou um poço de ilusão, um ralo caldo de realidade.
As vezes tento me entender, outras vezes me esqueço.
Aja tantas metades para mim, tantos conflitos.
De ser, de ter: Ter paz, buscar tranquilidade.
Dividida em dois lados, uma durona outra sensível.
Todos esses adjetivos serão poucos diante de tanta descrição.
Que eu tento fazer, dessa confusão do meu ser.
Então começo a rimar, mas é melhor parar.
Talvez por mais que eu fale não adiantará.
Você nunca irá me visualizar, me imaginar.
INSIGNIFICÂNCIA
Parece notória a solidão,
mas não podemos deixar abater a alma;
Quando olhamos para o mundo,
Através de uma pequena fresta
Da nossa profunda insignificância,
podemos ver a alva,
E com raios cintilantes
vem o sol a nos consolar;
A calmaria a nos rodear,
nos enche de esplendor do amor de Deus;
Mesmo sob o céu,
vivendo ao léu,
pode um novo dia recomeçar.
Sobre sentimentos:
A pessoa acha ruim receber pouco,
Mas esquece que não está dando quase nada.
E, por mais que existam caminhos diferentes,
A minha vida é feita de reciprocidades!
Eu não sei fingir, esconder o EU nem mudar feições.
Sou assim, se estou bem, deixo florir;
Se não, amargo é o jardim. Não tem “mimimi”!
É visível o que se passa aqui: ♥!
Não tenho medo de sentir, me dou o direito de sofrer e ser feliz.
É bem simples!
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