Poesia os Dedos da minha Mao
Se asas eu tivesse...
As daria para a minha emoção
Para buscar na imensidão
Do teu olhar... O amor...
Tu nunca entenderás a minha maneira de ser,
a sociedade tronou-me na pessoa que tas a ver.
Tudo que eu fiz foi só pensado por mim,
e se me tentares imitar nunca iras de conseguir.
Eu não tenho mais saudade
Tu trouxe vida na minha vida
Tu foste amor de verdade
Eu já estou de partida
Versos Para Minha Morte
O tempo na hora, suponho
Traga condolência para o fim
E me cubra com filó e vigonho
Apaziguando os sonhos, enfim...
E nesta batalha vencida, de partida
Levarei os versos para minha morte
Desobrigarei lamentos na despedida
E os deixarei ao contento da sorte
A lágrima fica para os que orem
E os que com minha alma importe
Em cada conta do rosário roguem
Meus pecados, assim suporte
Deus, e que me possa perdoar
Com compaixão, e faça meu transporte
Se desacertei, sempre quis amar
Talvez nesta hora peça aporte
Para o silêncio, para me libertar...
E na rixa do fado, a sorte, da minha morte
Será sem saber como, fico a imaginar.
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Data indeterminada
fodo da minha morte
o tempo na hora, suponho
me cubra com filó e vigonho
na partida,
desobrigo lamentos na despedida
levarei os versos para minha sorte
lágrimas, aos que comigo importe
e orem aos meus pecados perdoar
sem saber quando, fico a imaginar
o fado da minha morte...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Data indeterminada
Encontrei nos teus olhos o brilho que faltava no meu coração
No teu sorriso o calor que minha alma precisava
No teu corpo o meu encaixe perfeito
Na minha poesia, você, o meu verso final
E no teu silêncio, a minha mais bela melodia
Piedade
Ao cerrado minha piedade
Por sua aparência enrugada
Pelas matas secas em queimada
Ao cerrado minha piedade
De tal diversidade rechaçada
De sua sequiosa temporada
Ao cerrado minha piedade
Do verde vertido de cinza
De sua poeirada ranzinza
Ao cerrado minha piedade
Do veloz espetáculo do entardecer
Dos espinhos em ti que faz doer
(nas caminhadas)
Ao cerrado minha piedade
Do teu chão tão cascalhado
Do horizonte pouco orvalhado
Ao cerrado minha piedade
Do esplendor das flores tão logo
De tua melancolia num monólogo
Ao cerrado minha piedade
Por tua piedade por mim, deslocado
Onde terei saudade, de tu cerrado!
Desigual, diferente, onde de ti sou igual
E aqui dos meus já fizeste diverso funeral
Da minha piedade peço a tua piedade...
Por ser este diverso, está deidade.
Luciano Spagnol
23 de maio de 2016
Cerrado goianon
Incompletude
Minha maior riqueza
é a incompletude
sou rico de fraqueza
e pobre de vicissitude
Porém, sou de solicitude
busco total franqueza
ao outro não sou rude
ao gentil, gentileza
E neste vivo açude
bebo estranheza
sacio, talvez mude
saia da tristeza
pra alegria, amiúde
Mas, não serei lassitude
só por não ter grandeza...
Mesmo inacabado, eu pude
no amor, ser eu, ter pureza
Almejando sentido na finitude
com liberdade, com leveza
Luciano Spagnol
Maio, 2016
Cerrado goiano
Legado
Tive que pousar a minha vida
No cerrado, onde fiz de ermida
Numa solidão que tanto crucia
Minha alma, furtando a alegria
Da beira mar, minha inspiração
A lua então tornou-se a ligação
Dos dois mundos, trazendo paz
Ela tornou ouvinte dos meus ais
Deixando a tão saudade de lado
Nestes meus trilhos cascalhado
Não faz mal, fiz o bem, fui coração
Nesta história o amor é conclusão
E novamente, qualquer outro dia,
em tuas ruas serei companhia...
Luciano Spagnol
Maio, 2016
Cerrado goiano
Poeta mineiro do cerrado
Desfaçatez
Ao me ver sorrindo, não imagina que estou chorando
Pois minha alma vai fingindo este porquanto
Das lágrimas de um árido coração em pranto
Se todas as dores dos amores querem lamentar
No meu peito,
que seja em breves sussurros pra aliviar
Pois sofrer sem querer aos outros mostrar,
é o mesmo que ter soluços e se calar
Quem me vê sorrindo, pensa que eu não possa estar chorando...
Uns sabem na solidão do amor viver, outros choram amando
Com ou sem pranto... Eu prefiro ser brando.
Luciano Spagnol
24 de maio de 2016
Cerrado goiano
Fechei os olhos na saudade
Vi sussurros na minha boca
Eram lágrimas de tal vontade
E palavras de sonoridade oca
Luciano Spagnol
Poeta mineiro do cerrado
Pensei em ti...
Porque será que não te apago
Da minha vida
Nem que seja por um momento?!
Tentei apagar o pensamento
Logo voltei a falar baixinho
Será esta a minha estrela
a que perdi ?!
Silenciei o adágio
Sentindo o pulsar do coração e
do teu amor!
És fina flor...
Esta minha alma
Este meu corpo
Tatuado de saudade daquele
Acariciante olhar...o teu...
É fina flor de eterno encanto
E minhas poesias se transformam
Em inspirações perfumadas trazidas pela brisa...
E te amo com esta loucura sem fim...!
"MEU ASSUNTO AMOROSO FAVORITO É VOCÊ..."
No alvorecer da minha alma, fiz uma incursão incrível pela vida daquelas que só acontecem quando a gente conhece pessoas com um sorriso que clareia o coração dos homens e ocupam um espaço imensurável nas nossas mentes e corações. Quando te conheci já sabia que era um encontro marcado no tempo... Essa vivência maravilhosa se trata de você, que me deu abrigo no coração e no sentimento. Para sempre, eternamente são tempos muito longos, mas o breve que eu queria sempre estará em ti. Você é simplesmente a pessoa que deixou amor no meu coração...
Em torpe ser.
Enquanto te convenço,
e a base de vinho,
te entorpeço.
Já nos vejo em minha casa,
de tropeço em tropeço,
desfrutando do acaso.
Réquiem do sol
A clepsidra desbotada absorve minha solidão
O doce silêncio ascende minha alma solar
O vento e as nuvens turvam sensorialmente o ar
Nas lendárias memórias do insensato coração
Os deuses conspiram contra o amor e a doçura
Ateiam fogo nas bandeiras da paixão e da ternura
Reis, principados e tronos anseiam a morte trágica do poeta
Que existe porque a saudade sublimemente o desperta
Na mítica argila, o rabisco de Macha reluz o intrépido trovão
A estatueta ametista sinfoniza as inapagáveis e imaculadas resplandecências
Ao norte, o vento escarlate desenha a impetuosa perfeição
Canonizado, o ninho dos fantasmas descortina as prumadas transcendências
Tu és meu livro memorial, minha estante de sumptuosas recordações
Eu sou sua metade, seu pedaço pelo destino outrora roubado
Seu castelo de tristezas, gritos, prantos, lamentações e fado
Quero entregar-lhe desejos, sonhos, fantasias, desígnios e sensações
Fragmentados nas infinitas camadas do lúdico carrossel dourado
Consubstanciados na homérica galáxia do sagrado paraíso constelado
Não complique,
Descomplique,
Duplique,
Triplique minha felicidade ou se retire.
Soma, divida, me ensina
Não me reprima.
Preenche, entende, me sente
Ou se ausente.
Me tenha, mas não retenha,
Me tome, mas não me torre.
Me consome na cama, não minha paciência, por favor
Me umedece entre as pernas, não meus olhos, meu amor
Sinta minha ausência,
Mas não cobre presença
Me ame, se apaixone
Não questione
Seja simples.
Lição de um cão putrefato
Certo dia a caminhar e pensar minha'mada,
Conjecturando se o amor me abatera pela beleza.
Não foi por serdes bela, esta foi minha certeza,
Após estudar um cão putrefato na estrada.
Parei à estudar aquela coisa torta.
Outrora criatura, agora poço de verme.
Transmutaram em piscina a antiga epiderme.
A vida surgindo da vida já morta.
É estado da mente a beleza encantada.
Muito aprendi em pouca caminhada.
Aprendi a lição e nisto sou grato.
Não sei se por justiça natural ou ironia,
Mas sei que tua beleza, querida, algum dia
Será semelhante à do cão putrefato.
Perdi a capacidade de assombro
mas continuo perplexa:
esta cidade é minha, este espaço
que nunca se retrai,
mas onde o ardor da antiga
chama, que me movia no mínimo
gesto?
Esperei tanto, no entanto, esvaem-se
na relva, ao sol, no vento,
os sonhos desorbitados,
parte da minha natureza
sempre em luta com o fado.
Perdi também no contato
com o mundo, pérola radiosa, vão pecúlio,
uma certa inocência;
ficou a nostalgia de uma antiga
união com o que existe,
triste alfaia.
Não conheci o desterro,
mas sei a quanto obriga.
Vivo na minha terra,
embora desencontrada. Quem sabe
de mim, quem me ouve
o que não digo, quem segura
a rédea de meu sonho, permitindo
o risco da vertigem, o perigo
de conhecer o abismo?
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