Poesia Operarios em Construcao

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Distopia.

Desajeitado, andei, falei,
pensei.
O estranho é mais poético,
cada ato é verso,
já fui poesia.
Ambição de poeta é se tornar anônimo.
Ser, e só.
Improvável, o singular não cabe
no anonimato.
Para enquadrar-me,
travesti-me de multidão.
De poesia virei prosa, prosaico.
Descomprometi-me com a rima e seu desfecho,
conotação limitou-se a denotação,
o lirismo acabou com a chegada da distopia.
Matei o poeta, limitando-o.
E de mar, virei arroio.
Já fui verbo encarnado,
hoje sou texto inconcluso.

Inserida por Epifaniasurbanas

A medida que o destino apronta,
colocando o amor noutra ponta
meu coração se apronta
para então recomeçar.

Falei a moça dos meus sonhos...
Aquela que o destino fez questão de por noutra ponta
achando que eu não daria conta;
- Não deixe que a distância nos distraia de nós.

Sei, o que peço parece impossível, mas não é de impossíveis que o amor sobrevive?

Há quem duvide que o amores acontecem.
Eu porém não duvido.
Foi tão bom a gente ter acontecido!

A poesia é como amor,
quando se revela não sabe se revelar, precisa ser percebida é preciso saber olhar.

Inserida por Epifaniasurbanas

Em uma manjedoura
Um simples Deus menino.
Santa mãe descansa,
após dar à luz a esperança dos homens.
O pai embala o seu Natal vivo.

Santo Deus menino!
Céu cadente ao alcance das mãos.
Quando o verbo se fez poeta
a poesia virou sinônimo de Deus.

Inserida por Epifaniasurbanas

⁠Se o pensamento cria a realidade como você ainda não se materializou?

Na ausência do material o imaterial tomou lugar. Meu pensamento criou asas e foi te visitar.

Pensamentos felizes esse é nosso segredo.
O papel é o meu passaporte para o nosso lugar.

No lá... já existimos e o somos o que quisermos. A poesia é o nosso ventre.

Inserida por Epifaniasurbanas

⁠Homem desavesso

Gasto os olhos nas miudezas.
Desimporto razões.
Coleciono restos de tarde,
palavras que caem do telhado.

Envelheço no passo do sol,
desbotando feito roupa no varal.
Quando a luz se gasta no chão,
fico pronto ao poema.

No escuro, me encontro,
feito bicho que só escuta o silêncio.
É no avesso do mundo
que entro em estado de poesia.

Inserida por Epifaniasurbanas

⁠Reflexão do poeta
Optar por ser ausente de algumas ocasiões faz parte da vida. Optar pela firmeza dos princípios — isso não devemos abrir mão. Enquanto muitos atropelam a ética pela ótica momentânea, eu resgato o que é essencial: o caráter como pilar e o respeito como pústula. E deixo no meu DNA que vencer é questão de postura.

Inserida por PoetaManoelBatista

⁠Morri


A verdade me consome, destroça cada um dos meus átomos, sequer sabendo se são meus, sequer sabendo o que seriam de fato; o próprio fato de escrever é uma tentativa de reafirmar a vida, um salto mais uma vez à esperança, o próprio ato de escrever o é em si um absurdo, sim, o próprio ato; desisto da felicidade e só por desistir morro para mim, este ego que não me serve de nada, de mim para mim? Não sei e mais uma vez, não sei! Quão ridículo, que insípido, asqueroso e odioso é isto tudo; só por desistir de mim torno-me a busca, o objetivo; entrego-me completamente a uma estrada desconhecida em rumo ao desconhecido, em busca do perdido? Em direção ao não sei...

Inserida por Oaj_Oluap

⁠Não há lugar


Não há lugar e não há nada que minha consciência não toque, nesta mesma ânsia de ser tocado; não há paisagens que minha imaginação não anteceda, crie, ou fabrique; não há nada que me possua por mais tempo, mas por hora, vezes ou outra há um desejo que me consome, me arrebata e me quebranta e tudo isto para nada, não há lugar...

Inserida por Oaj_Oluap

⁠Me faça chegar


Não sei se nomeio de vida, esperança
Ou amor, este tal desejo de ubíqua;
Sentinela em perigo, a quem irei avisar?
Este tal de desejo que me faz arruinar;
Sentado aqui neste sofá a escrever,
Penso em ti e em ti penso em você;
Somente mais um no ciclo, ou o ciclo em mim?
Sem propósito tão sublime, ao menos tenho a ti,
Tal desejo que nunca cessa e não há de cessar,
Mesmo com a força da vontade, ela me faz desaguar,
Em esperanças da imaginação, em um sonho de criação;
Crio-me ao escrever, ou escrevo-me ao transparecer
esta saudade que sinto, que sinto de você?
Meu coração é pena, voa com o ar;
Meu sorriso é tímido, como a profundeza do mar.
Te devoro nesta escrita, te escravizo pelo coração;
Te liberto desta vida de pensar com a visão.
A visão nem tudo enxerga e por não enxergar
não se enxerga, nesta dubitante poesia te falo
como quem tanto pensa e só se encontra em ferga.
Reerga-se e me albergue em seu coração;
Faça-me enxergar além da visão, para que, assim,
Possa tornar-me um pensando em ti e tu em mim,
Em ti-me, sentindo-te-me e assim possa chegar
a onde a razão não consegue me levar.

Inserida por Oaj_Oluap

⁠No último dia do Ano...

No último dia do Ano
aqui na cidade de Rodeio,
O céu acordou gentil,
e a poesia no bom jeito
do Médio Vale do Itajaí
canta o pleito de te querer
por perto para juntos
construir o nosso universo
cercado por este vale
cor de esmeralda que
nos inspira e protege
a todos aqueles que optam
pelo amor que guarda e rege
para que a vida nos abrace
como cada um sonhou e merece.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Na minha cidade de Rodeio

Na minha cidade de Rodeio
no Médio Vale do Itajaí
o amanhecer mármoreo,
a brisa fresca reconforta
e a neblina que abraça
o Pico do Montanhão,
convidam a amável reflexão.

Ao acordar no último dia
do ano dá para perceber
que o Ano Novo se avizinha
ao interpretar o canto
dos pássaros como
o primeiro canto da criação.

A oração, o café, o pão
e a poesia para manter
o ânimo no coração
para ser a celebração
e viver sempre com gratidão.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Confraternização Universal

As fadas do silêncio,
da paz e da augusta beleza
da minha cidade de Rodeio
conversam entre si
e acertam em cheio comigo,
dançando pelo caminho
ao encontro do desígnio.

O Ano Novo só começa
quando não damos mais
voz a quem não nos respeita,
e quando tomamos a consciência
de quem realmente dá o troco
é a vida diante de todo aquele
que só oferece o quê tem:
cabe a nós é ver o além.

O Ano Novo só começa
quando nos conscientizamos
que nos comportar de maneira
igual aqueles que nos
tratam com desdém põem
a gente do tamanho deles,
e isso não nos convém.

Se desejamos a real
Confraternização Universal
a primeira lei que rege
é a reconciliação conosco
e a segunda é reconhecer
a necessidade da distância
existencial de tudo aquilo
que leva o melhor de nós.

Sempre que não houver acordo,
a distância mesmo que mental
é a melhor defesa existencial
a ser feita para que não minem
a vontade e a coragem
de continuar prosseguindo
rumo aquilo tudo o quê nos deixam
plenos, satisfeitos e sempre sorrindo.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠A Confraternização Universal

A Confraternização Universal
para existir depende em alguns
atos para o bem existencial:

Se você não tem como ajudar,
o melhor que se tem a fazer
será sempre nunca atrapalhar.

Se tens como ajudar e não o faz,
você não entendeu o sentido
da importância de se confraternizar.

Sê presença e voz somente quando
você tiver condições de pacificar,
Caso não tenha, o melhor é silenciar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O Lenço Gaúcho

Olhando para o seu lenço
vermelho batendo no peito
graças ao vento minuano,
faz com que eu viaje
no tempo onde aprendi
que existem vinte maneiras
de dar nós e que existem
outros mais desafiadores
na vida do que cada um deles.

Não existe o impossível
para quem não desiste,
o lenço gaúcho antes de parar
no pescoço era usado na cabeça
da nossa gente campesina
recebeu influência do Oriente,
e me ocorre na mente
que com a lenda da Teiniaguá
não foi nenhum pouco diferente.

Só sei que quando surgiu
a disputa pelo poder
os gaúchos se dividiram
entre Maragatos com lenços
vermelhos e Chimangos
com os seus lenços brancos
e os que usavam os seus
lenços carijós de duas cores
com miúdos quadriculados
porque não queriam se aborrecer.

Só sei que você com este
olhar hipnotizante tal qual
um divertido caleidoscópio
e com este lenço no pescoço
é tão lindo que faria um acordo
com o tempo para que não
aja nenhuma vil distração
para que o amor não corra nenhum
risco de se perder pelo caminho.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O segundo dia do ano

O segundo dia do ano
não diminui a festa
para se preparar
para o quê virá adiante,
O importante é viver
em paz como quem
escreve um lindo romance.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O segundo dia do ano em Rodeio

O segundo dia do ano em Rodeio
me permite acordar com pássaros,
com o silêncio da minha cidade
em pleno Médio Vale do Itajaí
com poesia e plena tranquilidade.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O primeiro dia do ano em Rodeio

A música que toca
no Centro da minha cidade
de Rodeio que fica
no Médio Vale do Itajaí
neste primeiro dia
do ano é a da chuva mansa
caindo misturada ao canto
do galo e dos pássaros,
Enquanto isso eu brindo
a paz com poesia,
a chegada do ano
e morar com toda a beleza
que abastece a inspiração
de prosseguir na vida
com Confraternização
Universal e dos sonhos
continuar sempre a construir.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Nó Chimango

Um nó Chimango
no seu lenço branco
de gaúcho deve
ser feito simples,
Uma boa pilcha
sempre deve ser
vestida com louvor,
Se você não sabe
como são os nós
dos lenços gaúchos
te ensino com andor
Porque te quero
com todo o amor.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Nó Rapadura

⁠O teu lenço gaúcho
deve ter um metro
de comprimento,
deve ser de seda,
que você nunca
na vida se esqueça,
quando o teu lenço
for vermelho
o teu nó é Maragato,
que é nó Rapadura,
e que é nó de Quatro
cantos para vestir
a pilcha com nobreza.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Panelinha de Côco

Panelinha de Côco
para cair no seu gosto
poema saboroso,
amoroso e carinhoso
para você não esquecer
de mim nunca mais.

Inserida por anna_flavia_schmitt