Poesia nome da Gente

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Chega de me encolher, gemer, resmungar: a gente se acostuma com a dor. Isso machuca. Não ser perfeita machuca. Ter de me preocupar com trabalho para comer e ter uma casa dói. Grande coisa. Estava mais do que na hora. Este é o mês que encerra um quarto de século para mim, vivido sob a mesma sombra do medo: medo de que não chegarei à perfeição idealizada: sempre lutei, lutei e venci, sem perfeição, com a aceitação de mim mesma como alguém que tem o direito de viver em meus próprios termos humanos e falhos.

Sylvia Plath
Os diários de Sylvia Plath: 1950 – 1962. São Paulo: Biblioteca Azul, 2017.

Tem gente que acha um azar perder o voo por quatro minutos. Ou alguém pode achar que tudo acontece por um motivo.

⁠As pessoas são cruéis, elas têm medo de tudo que é diferente porque a gente revela como elas são absurdamente iguais e entediantes.

⁠A gente colocou um ponto final em uma história linda. Na verdade, a história continua, mas, a partir de agora, vamos trilhar nossa jornada em estradas separadas. Estaremos unidos apenas pelo mesmo objetivo: buscar a felicidade. Nesse caminho, carregaremos conosco a bagagem de todos os momentos que vivemos juntos, bons e ruins.

⁠A gente começa a salvar a humanidade salvando uma pessoa de cada vez, todo o resto é delírio romântico ou político.

Charles Bukowski
Fabulário Geral do Delírio Cotidiano: Ereções, ejaculações e exibicionismos Parte II. Porto Alegre: L&PM, 2007.

Nota: Trecho do conto Sensível demais.

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⁠ A vida é mesmo assim, um dia a gente chora, lamenta, mas um novo amanhã renasce em nós toda esperança que ontem parecia perdida, e nos trás de volta ao prazer de viver!

Saudade daqueles tempos que eu era só um tuquinho de gente. Que ficava com raiva porque minha mãe não deixava pegar arroz em casa, pra fazer comidinha em panelinhas. Saudade de ficar triste porque minha mãe não quis comprar aquela boneca que todo mundo tinha, ou aquela certa boneca que fazia meus olhos brilharem. E mais saudades ainda ? , De ficar suja, brincar na terra, dizer que “AMO” do coração. E sem ter vergonha de ficar suja, e sem vergonha de dizer o que eu sentia. Só que agente vai crescendo, e vai ficando bobo … E já não tem mais aquela ingenuidade que uma criança tem. Não tem mais aquele brilho nos olhos. E o que sobra, é vergonha. Saudades disso. Saudades de quando eu não dizia “Eu te amo” para qualquer um. E sim, para quem realmente sempre me amou. “Os Meus Pais”. Saudades de quando eu não tinha vergonha de falar pra eles o quanto eu os amava. O quanto eu os amo.

“Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.”

“Idade não define maturidade.” Lembra? Então. Tem gente de 20 anos com cabeça de 10, e tem gente de 10 anos com cabeça de 20. Amadurecer, vai muito além de apenas completar mais um ano de vida. Amadurecer é passar a ver as coisas com a visão mais ampla. É passar a ver os problemas como degraus a serem subidos. É enfrentar a saudade com tranquilidade. É saber lidar com a ausência sem se desesperar. É saber dar valor ao que merece, e a quem merece. Saber reconhecer o erro. Saber parar quando preciso. Saber voltar atrás se perceber que fez errado. Amadurecer é ter coragem suficiente pra continuar caminhando, depois de tanto ter caído. Por quem é maduro entende que sempre há uma chance para começar de novo.

Porque precisamos de amigos? Porque quando a gente se esquece de nós mesmos, os amigos aparecem para nos lembrar da nossa importância.

A gente acaba quase sempre se acostumando com uma porção de coisas na vida, por medo da solidão ou pela segurança da estabilidade. Sempre me adaptei a muitas delas, vivo constantemente no modo automático e quase sempre nada me desperta interesse, é tudo um grande borrão pra mim, passam perto e eu não sinto, dançam vestidos de palhaço na minha frente e eu só bocejo. Quase nada me toca. É difícil achar algo que me faça sentir vontade de olhar uma segunda vez ou ter alguém com quem eu queira ficar perto por horas. Ainda não descobri se sou a defeituosa ou se o mundo que é defeituoso. Mas eu já te falei sobre essas coisas. Já te falei também, e aliás, quero repetir, que você é a exceção no meio disso. Você é minha não-adaptação.

Se eu mudei, não foi por nada, não foi do nada. Tem uma hora que a gente cansa e é preciso se livrar de tudo que não presta. É o que eu tô fazendo, me desfazendo das coisas que não tem serventia. Que ao invés de me fazer seguir em frente, me empurra pra trás. Que ao invés de me fazer bem, me faz mal. Ultimamente eu sou a única companhia que eu quero ter por perto, é uma fase, uma mudança de planos. Onde eu decido quem permanece em minha vida, porque eu cansei de levar bagagens.

A gente vai aprendendo, de uma forma muito intensa, que coisas pequenas podem chegar do nada, provocando sensações, invadindo pensamentos, nos roubando sorrisos e, sem ao menos ter controle, tomando uma proporção gigantesca dentro de nós.

As coisas nunca acontecem como a gente quer. Nem como a gente não quer. As coisas nunca pedem nossa opinião.

Aos poucos a vida vai mostrando que às vezes o silêncio é a melhor resposta... Que amigos a gente conquista mostrando quem somos e não o que temos... E os que forem verdadeiros sempre ficam com você, o vento não leva e a distância não separa... Ela nos mostra ainda que quando pensamos saber tudo, ainda não aprendemos nada!

Ou a gente faz o que tem vontade nessa vida ou morre se lamentando por não ter feito. E se lamentar não é comigo!

Privacidade tá difícil. E porque a gente quer. É uma onda e estamos todos dentro dela, com a real sensação de que estamos descendo a onda ou dando um cutback. Quando na realidade, podemos estar nos afogando.

A gente aprende muita coisa na escola, com os professores, nos livros, com oa amigos, com nossos pais, ouvindo e lendo histórias de vida das pessoas. Mas sabe de uma coisa, nunca, nada e nem ninguém te ensinará tão bem como a vida. Ela te ensina da maneira fácil, caso você aceite o que ela te ensina, ou da maneira mais dificil, caso você tente vive-la achando que sabe de tudo só porque ouviu conselhos, leu livros e histórias. A vida vai te ensinar de verdade de um jeito que, passe o tempo que for, você jamais esquecerá a lição. Enquanto você não aprende a ser humilde e entende que tudo acontece no seu devido tempo e nao na hora que você quer, ela vai te colocar de joelhos sempre, sem dó. Vai te derrubar justamente naquele momento em que você esta mais convencido da vitória. Sei disso porque ja passei por muitas coisas, tive frustrações, decepções, fracassos... Mas quer saber, não lamento nada disso. Hoje sei que tudo que aconteceu, mesmo nao sendo la tao bom, foi para que me trousesse até aqui onde estou. Sempre tive planos grandiosos pra minha vida, e continuo, mas hoje não uso a força com o destino, uso a humildade, se não der certo dessa vez, tento, retento, e assim vou, até quando as coisas se encaixarem e tomarem seu devido lugar. Se isso nao acontecer é porque não éra pra ser. Por fim, acredite, nunca se sabe o quanto se é feliz até que acabe, pois a felicidade é uma coisa rara, mas ao mesmo tempo, é encontrada nas coisas mais simples da vida, como um simples passeio em um parque com uma pessoa que a gente ama. Parece algo simples, mas acredite, é alí, justamente nesse ato simples e normal, que se encontra a verdadeira e mais pura felicidade. Agora, vai la viver pra você aprender.

"A vida não costuma oferecer colo, ela vira a gente do avesso e dá um nó. (Nós) desatamos!"

Eu nunca fui do tipo decidida, que tem certeza do que quer, essa gente que sabe a profissão desde criança. Minhas decisões acontecem, mas quando acontecem, são permanentes como se eu soubesse desde os sete anos de idade. Eu gosto de culpar meu signo, ascendente, a lua e todos os astros, uma indecisão e instabilidade que me foram fardadas no alinhamento do sol com a terra, coisas maiores que eu. Talvez por isso eu considere tão importante as raras vezes em que eu tenho certeza de alguma coisa, do que eu sinto, do que eu quero. Poucos entendem e não adiantaria explicar essa viagem astral, mas quando eu falo “Eu quero!”, meu Deus, eu quero de verdade e ninguém tem noção do quanto- nem eu. Afirmação que não se faz da noite pro dia, entende? Não eu, não nos meus dias em corda bamba. Preciso experimentar todas as coisas que eu não quero, pra construir essa certeza. Mas aí é certeza mesmo, tão concreta que pesa. E é por isso que, mesmo com tudo isso, mesmo com esse mapa astral desalinhado, sou muito mais segura da minha vida e bem resolvida do que muita gente pulso firme. Essas pessoas acomodadas em certezas incertas, porque são decididas demais pra se arriscarem em vão. Só que o que é em vão, se tudo vira parte do que eu sou e traça o que eu quero ser? O que é mais em vão do que abrir mão de vida por uma zona de conforto? Eu confesso que não sei lidar quando desconheço aonde eu tô pisando. Mas eu nunca paro de andar e essa é a minha certeza mais sólida. Pode parecer pouco, mas levei a vida inteira pra construir.