Poesia Morena Flor de Morais
SENTIMENTO DE UM SORRISO
As águas passadas, não movem
Moinhos, as pedras cruzam-se
No caminho, com o teu sorriso
Encantei-me, com a tua voz grossa
Apaixonei-me, de te ter junto de mim
E sentir-te, dos sentimentos
Que dominam-me, que envolvem-me
Com paixão e amor, com a tua ternura
Enfeitiçaste-me, com o teu olhar
Deixaste-me com fome de sentir
A tua boca doce, com o desejo de sentir
As tuas mãos e o desejo de sentir o teu
Coração bater, de esquecer o mundo
Só para estar contigo
Meu amor, minha paixão, minha saudade.
.......... Ama-me simplesmente.
A noite é tão segura.....
é tão escura de ilusões
Fantasma de um passado...
de lágrimas e emoções.
Só tu, oh noite....
conheces o meu sofrimento....
e podes aliviar a minha dor.
Para deixar o vento....
O vento colher as minhas flores
Deixo o tempo consumir a minha dor.
O noite tão segura, tão escura de ilusões
Só tu, oh noite, conheces a minha dor .!!
"A lagarta que teme a metamorfose jamais plainará como uma borboleta leve no azul do ar. A flor que receia o desgaste nunca atingirá a semente que a perpetua."
Da mesma forma que sou toda metida a fatal, sou totalmente metida a dócil. Talvez tenha sido por isso o nó na cabeça do malandro.
NECSSIDADE DE FALAR
Devemos abrir os olhos e não emudecer diante da verdade, por quê quem cala consente e provavelmente se arrepende.
o amor é uma flor cheia de esplendor
para quem eu entregar essa flor de paixão concerteza tera o meu coração
Quando lembro de todos os absurdos que me dissestes...
Não acredito que foi da tua boca que saiu tanta crueldade...
Mesmo que não seja recíproco...
Vc não tem o direito de me machucar desta forma...
Por mas que não sinta amor por mim...
Não tem o direito de me magoar,de quebrar o meu coração...
Cada vez que lembro meus olhos enchem de lágrimas...
Como pode não ter nenhuma consideração por mim...
Depois ainda falaste de amizade...
Que tipo de amizade pode suportar a crueldade das suas palavras...
Pensei que conhecia o Homem que eu amo,porém o descobri como um completo estranho...
Eu te amei mais do que a mim mesma...
Tudo era para ti...
Você era o meu mundo...
Mais você não viu...
Que eu fazia os seus dias mais fáceis...
os seus caminhos mais rápidos...
Em nenhum momento quando me magou..
Lembrou de nada que eu havia feito..
Me julgou por um único ato,e por este ato
foi apagado tudo o que fiz de bom...
Você não me amar, isso não era novidade..
Mais ser cruel comigo,isso é imperdoável..
Do que vale a minha vida se nada que quero acontece..
Do que vale a minha morte se nada que quero se resolve..
Do que vale o meu sorriso se nada que quero é visto...
Do que vale o meu olhar se tudo o que vejo me faz chorar...
Do que vale este papel se não para rabiscar..
Hoje é um dia triste.
A alma abriga agora uma grande vazio.
Aquela luz interior, agora se apagou.
O sonhos ressecaram.
O dia em que trago no meu coração, uma tristeza sem fim.
Hoje é um dia triste.
O FADO E A ALMA PORTUGUESA
Toda a poesia - e a canção é uma poesia ajudada - reflecte o que a alma não tem. Por isso a canção dos povos tristes é alegre e a canção dos povos alegres é triste.
O fado, porém, não é alegre nem triste. É um episódio de intervalo. Formou-o a alma portuguesa quando não existia e desejava tudo sem ter força para o desejar.
As almas fortes atribuem tudo ao Destino; só os fracos confiam na vontade própria, porque ela não existe.
O fado é o cansaço da alma forte, o olhar de desprezo de Portugal ao Deus em que creu e também o abandonou.
No fado os Deuses regressam legítimos e longínquos. É esse o segredo sentido da figura de El-Rei D. Sebastião.
14-4-1929
Ah, sim, a velha poesia...
Poesia, a minha velha amiga...
eu entrego-lhe tudo
a que os outros não dão importância nenhuma...
a saber:
o silêncio dos velhos corredores
uma esquina
uma lua
(porque há muitas, muitas luas...)
o primeiro olhar daquela primeira namorada
que ainda ilumina, ó alma,
como uma tênue luz de lamparina,
a tua câmara de horrores.
E os grilos?
Não estão ouvindo lá fora, os grilos?
Sim, os grilos...
Os grilos são os poetas mortos.
Entrego-lhes grilos aos milhões um lápis verde um retrato
amarelecido um velho ovo de costura os teus pecados
as reivindicações as explicações - menos
o dar de ombros e os risos contidos
mas
todas as lágrimas que o orgulho estancou na fonte
as explosões de cólera
o ranger de dentes
as alegrias agudas até o grito
a dança dos ossos...
Pois bem,
às vezes
de tudo quanto lhe entrego, a Poesia faz uma coisa que
parece que nada tem a ver com os ingredientes mas que
tem por isso mesmo um sabor total: eternamente esse
gosto de nunca e de sempre.
Todos os dias devíamos ouvir um pouco de música, ler uma boa poesia, ver um quadro bonito e, se possível, dizer algumas palavras sensatas.
Medicina, lei, negócios e engenharia são ocupações nobres para manter a vida. Mas poesia, beleza, romance e amor são razões para ficar vivo. (Robin Williams)
Não lemos e escrevemos poesia porque é bonitinho. Lemos e escrevemos poesia porque somos membros da raça humana e a raça humana está repleta de paixão. E medicina, advocacia, administração e engenharia, são objetivos nobres e necessários para manter-se vivo. Mas a poesia, beleza, romance, amor... é para isso que vivemos.
A fotografia é a poesia da imobilidade: é através da fotografia que os instantes deixam-se ver tal como são.
Não consigo escrever poesia: não sou poeta. Não consigo dispor as palavras com tal arte que elas reflitam as sombras e a luz, não sou pintor... Mas consigo fazer tudo isso com a música...
A poesia não está nos versos, por vezes ela está no coração. E é tamanha. A ponto de não caber nas palavras.
Gosto de comparar a poesia a um abraço, que consegue fazer um carinho na alma sem nem saber qual é a dor que você está sentindo. A poesia se adapta à sua dor. É um abraço cego e despretensioso, como quem diz: "Venha! Tá doendo? Pois deixe eu dar um arrocho, que vai lhe fazer bem."
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