Poesia Morena Flor de Morais
O amor
renasce
da cinza,
O amor renasce
do pó!
É tempo de ser feliz
ainda,
Não quero mais
viver tão só!
Escrevo por lazer
Com prazer.
Escrevo também, para sobreviver
Sem perecer
Nessa vida fútil
Assim me sinto útil.
Não vejo o frio como ausência de calor.
Na forma mais poética de enxergar o mundo,
é o jeito do inverno falar sobre o amor:
aqueçamos nossos corpos no abraço.
Vem, deita, se aconchega.
Fica mais um pouco.
Calma... Tanta pressa...
Pra quem andava preenchido de quase nada.
Com preguiça de amar.
De construir, de transformar.
Tanta urgência...
Pra quem preferia encher o bolso ao invés do coração.
Que nem se importava mais com abraços e beijos.
Tudo a nossa volta se trata de prisões.
Agora nos damos conta que já faz um tempo que andamos entre as pessoas carregando cadeados.
Agora, não derrepente, nos desespera a vida.
E mesmo compreendendo o mínimo do que é não poder, o que é findar-se. Mesmo assim, estamos aprisionando a tudo que se move, que se liberta.
Tanta pressa...
Pra continuarmos destruindo o que nos alimenta e cura.
Emergenciando sobre a terra, cimento e cal.
Um dia, talvez, nem sobre espaços para os sete palmos de cada ambição.
Então, não deixe as coisas nada urgentes te acorrentarem.
Calma...
Apenas pare um pouco e respire.
Texto: #mirlacecilia
Imagem: #escapingyouth
20 de agosto de 2023
Em uma das vezes em que a cortina do tempo se abre, o presente irá compensa-lo com alguém que falará seu dialeto. Pois, não será necessário uma totalidade pura e completa de tal existência soletrando sua alma para outra pessoa.
@poeticainterstelar
Os limites, às vezes, nascem do sal das feridas,
como cercas invisíveis no terreno da alma,
moldados por dores que não pedem licença
e plantam espinhos no chão da calma.
São costuras frágeis no tecido da coragem,
um eco das noites em que o silêncio gritou,
como rios que se recusam a transbordar,
assombrados pelas margens que o tempo deixou.
Mas quem disse que a dor só constrói prisões?
Ela é pedra, sim, mas pedra de afiar.
É na carne cortada que a luz se infiltra,
é do sangue que nasce a cor do mar.
Os limites não são muros, mas pontos de tensão,
cordas que vibram entre o ser e o ceder.
Eles cantam a música da reconstrução,
e convidam a dançar quem ousa entender.
Pois talvez as dores sejam mapas em relevo,
ensinando as mãos a sentir sem ver.
E os limites, por fim, não sejam barreiras,
mas portais que aprendemos a transcender.
Você é meu presente raro,
Tesouro doce e valioso,
Um diamante lapidado,
Brilhante, puro e precioso.
Deus, em sua infinita bondade,
Me deu você com tanto amor,
E desde então, a felicidade
Floresce em mim com seu calor.
A música espanta a solidão
Sete são as notas musicais
Felicidade é o meu refrão
No compasso da melodia
Dançar uma bela canção
Alegrar o enredo da vida
Cantar floresce o coração
Desenhar do amor
Suave é o teu amor de tão perceptível
que se torna cativante cheio de ternura.
É Tão grande o teu amor que é infalível
e a palavra a esse amor se resume por doçura!
Suspeito é o meu coração, pois palpita
quando te ver e logo conecta a alma
e pensando bem, você é uma arte realista
feita pelas mãos de Deus o maior artista.
Alessandra, o teu rosto e o desenhar do seu olhar,
das belezas notadas em ti, é arte sem imperfeição.
Nas lembranças está tua formosura a me recordar,
entre as belezas desse mundo a tua é inspiração.
Todos os dias são especiais
A música espanta a solidão
Sete são as notas musicais
Felicidade é o meu refrão
Que seria de nós, se um dia
Não tivéssemos mais poetas
A tristeza roubaria nossa alegria
Viveríamos num mundo sem metas.
Viagem
Esperava que quando eu voltasse, você estivesse aqui, do mesmo jeito que parti, alegre, sorridente, dócil...
Mas ao contrário de seus rubros olhos negros saíam lágrimas de sangue, apartados de seu pobre coração que desde que eu parti, adoeceu... A distância era a única que poderia nos separar, mas ao contrário, ela apenas uniu o que há de mais belo em nós, o nosso amor, espero que com essa viagem, nos conscientizemos de que o que existe dentro de nosso coração também sofre... e esse sofrimento é de amor, de proteção!
Quero que saiba que mais do que nunca eu te amo, mesmo ainda não tendo partido, eu sei que até pequenas distâncias nos separam de forma, às vezes, irreparável, espero que um dia possamos ficar juntos de um jeito que eu não "me mate" ou te sufoque!
Só queria dizer uma coisa, que na maioria todos dizem, eu te amo!!!
"Sou doce como fruta boa,
mas perigosa como a loba
no campo, forte como uma
rocha vulcânica, ardente como
uma larva em chamas.
Sou aconchegante como
um travesseiro, mas devassante
como a ventania, posso
congelar-me a qualquer momento
feito um Iceberg em
águas frias."
"Seja Luz
Se o mal existe, nós
somos os próprios
progenitores.
A escolha de nossos
caminhos é única e
exclusivamente nossa,
e o universo apenas se
encarrega de nos dar
de volta tudo aquilo que
nós desferimos a ele.
Seja Luz e não Trevas!"
"Te ver sorrir
Assim como pardais
constroem seu ninho
e as andorinhas fazem sua
própria casa,
construiremos juntos
os nossos sonhos.
Estarei contigo sempre
que precisares, pois minha
maior felicidade é te
fazer sorrir."
Sinto dores de felicidades.
O desinteresse gritante me fez acordar.
Quando vi meu rosto frente ao espelho, os olhos inchados com um sorriso largo e afetuoso - sorridente de alívio -.
Um sorriso de - já passou.
Agora sinto uma emoção forte batendo em meu peito.
Uma solidão plena - primária - assim como a matéria.
Recortes de uma vida
Irei tecer uma colcha de retalhos com todos esses sentimentos
No final, terei tecido uma grande colcha e, o que sobrar, farei um tapete para que possa pisar quando vier - se vier -.
A indisponibilidade fizera enxergar minha solidão
Hoje te celebro, pois descobri a minha melhor versão
E te celebro novamente
Se eu passasse a pombo
Às vezes penso em ser um pombo. Sim!
Fiquei cinco minutos observando, frente à padaria, e bastou para ver que eles precisam de pouco - de migalhas -.
Acho que fui pombo durante uma fase da minha vida.
Se eu passasse a pombo
A felicidade desesperadora que sinto por não ser mais pombo me conforta
O fim é o começo de tudo.
A verdadeira riqueza da vida
É viver em paz com liberdade
Onde o amor brilha e ilumina
O coração cheio de felicidade
A Trapezista
Tua presença sempre foi de altura,
leveza que desafia a gravidade,
um salto no vazio —
sem medo,
sem rede,
como quem nasceu para voar.
E eu, aqui embaixo,
no chão firme das palavras,
apenas te assisti:
dançar entre os arcos do ar,
girar entre os cabos invisíveis,
flutuar como quem não pertence a lugar nenhum.
Teu nome, nome de trapezista,
já anunciava a tua sina:
voar, encantar, desaparecer.
Fui plateia e fui aplauso,
fui silêncio e fui espera.
Olhei teus saltos,
teus riscos,
tua beleza suspensa,
sabendo que, um dia,
o espetáculo acabaria.
E acabou…
mas o picadeiro da memória permanece armado,
as luzes seguem acesas,
e teu vulto, tão etéreo,
ainda atravessa os meus pensamentos
num voo perfeito,
num giro interminável.
Se um dia voltares,
não precisas de rede,
nem de cordas,
basta o espaço entre meus braços
pronto,
aberto,
para te acolher no pouso
ou te lançar,
outra vez,
ao céu.
Hoje o dia pede aconchego ...
Depois da chuva intensa de ontem
Relâmpagos e trovões à distância
Enxurrada intensa ultrapassando a calçada .
Nada que deixe a pessoa assustada
Ao contrário de tantos por aí
prejudicados pela chuva de desce as encostas
derrubando tantas moradas
Deixando a tantos desalojados
Eu olho através dos frisos do portão da garagem
Vejo a enxurrada forte
Capaz de derrubar alguém que por ali tente atravessar
Eu até me arrisco e abro o portão
Debaixo da cobertura observo
A noite está baça
os fortes respingos no asfalto
parecem voltar em forma de fumaça
Não há ninguém na rua .
Tudo é silêncio
Apenas o som da chuva no telhado
O chuá , chuá da enxurrada
quebrando o silêncio da noite
O dia vem surgindo , chove ainda
Fininho, fininho
Chuvinha calma e mansinha
É possível ver através da vidraça
A manhã ainda está silenciosa
o calorão foi embora
Vontade de ficar aqui ociosa
Aconchegada na cama ainda morna
Hoje não vou trabalhar
Ah, mas hoje é sabado
Bora madornar
Ouvindo a chuva constante
cantante ,
ecoando diistante...
editelima 60
Uma poltrona vazia pode significar muita coisa .
Pode lembrar alguém partiu e não mais voltou
Como também pode lembrar
alguém que foi ali e logo volta .
Pode também lembrar das noites frias
em que a mãe pacientemente
embalou aquele serzinho
No meio da noite quando repentinamente
O bebê dá sinal de que ou está molhado
ou precisa ser alimentado .
Foi ali naquela poltrona que começou
uma grande hstória de vínculo afetivo
saúde e amor
Foi ali naquela poltrona que a mamãe
Teve que esquecer do cansaço
esquivar-se do sono que teimava em vencer
Também naquela poltrona ela fez o amor
transformar-se em alimento , carinho e proteção
e desde sempre , uma grande conquista
para o presente e para o futuro
do bebê que hoje é um garotão
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Janeiro/2024
Editelima 60
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