Poesia Morena Flor de Morais
Você me olhou e viu o que ninguém mais via,
Me fez sentir de novo o que eu já não sentia,
E eu inocente cai no que lá na frente eu descobri que era amor.
...e ainda é amor. Um grande amor.
Punhados de não,
...Em punhados de sim!
Pluma que adeja,
De tão leve,
Nem carece de brisa para sonhar...
O pobre aqui perece,
Vendo o dia amanhecer,
Desejando um último sonho sonhar,
Um dia em sol, seu amor despertar...
Os olhos da noite,
Que insiste em não acordar.
Jmal
2014-02-12
“Tens o brilho da lua no olhar, não por ser de prata seus olhos e sim por serem mágicos.”
Charles Valente
Permita então que eu te beije, pois a saudade da sua boca e meu veneno, mas a sua saliva é meu remédio.
Charles Valente
A FAIXA
O verde da faixa dos pedestres,
em um piscar, esta lá, todo verde...
Movida a água, secando de sede.
No alto do poste, piscando não cansa
ali, abre alas em seu enfoque...
O tempo todo, demarcando a esperança.
Esperança de um sonho alado, sonhado
que esta do outro lado ao imaginar...
Tudo aquilo, que se pode encontrar.
Ali, sobre o solo, tintas no asfalto...
Em duas cores como se fosse zebra
demarcando os rumos dos seus passos.
Se passa em falso... Em cores erradas
zás! Decisão, inconsequente imatura,
e a conseqüência nem sempre, terá cura.
Antonio Montes
DESENCRAVA
Palavras apenas
serenas pequenas
em tema condena
antiga arriba
decida ofensa
fala o que pensa
ouve voz tensa
xingo, reticencias.
Palavras lava,
lava a cara
leva o tapa
lavra vergonha
desentala
move a bala
move a cara
desencrava
desembala
com palavra
na senzala.
Antonio Montes
DOIS PERUS
Dois perus... Glu, glu
pássaros novos...
Pelados embaixo do céu azul.
Lá vem o tempo,
tempão...
Nuvens carregadas d’água...
Levadas por ventos
relâmpagos
trovão.
É hoje que água cai...
Cai liquida molhada,
correndo enxurradas
apagando poeira
fazendo sementes nascer.
Cai pra mim,cai pra você
cai para amar, cai para se vê
Peru, vasa! Vasa! Lá vem a chuva
cuidado com o natal
vamos correr.
Antonio Montes
CHANURA
Lua cheia sobre as telhas
poço no rio, peixe na fileira
a cumeeira tem lá a sua coruja.
Luz baixa sobre a curva turva
apito de um sentido, sentimentos
grito... Uma falha no tempo.
Se solte, solte a sua vontade
mas não deixe a euforia
entornar as suas verdades.
Nem todo dia é dia de acerto
se segure, segure o seu cesto
não coloque seu plano no espeto.
Antonio Montes
eu não posso dizer que te amo
alguma coisa tem
já duvidaram de meu amor
e sentindo esta dor
prefiro não mais amar ninguém.
O TECO-TECO
Cuidado com teco-teco
ele dispara e eu não breco
decida abaixo esta perto
para, pare! Vou dar um treco.
Olhe a lagoa, veja o marreco
bregueço, breco ou não breco
desenvolvido pelo progresso
hoje outro voar eu ate peço.
Não eu não quero passar perto
desse troço treco de teco-teco
ultima, estava com meu caneco
passando baixinho muito perto
matou assim o meu marreco.
Eu quero mesmo é um burrinho
para sair logo cedo bem cedinho
ainda assim sem vê no escurinho
descer muito bem devagarzinho
aquele estreito caminhinho.
Antonio Montes
CHORRILHO
Meu amor...
Vim as carreiras,
mas trago flores para você
... Margaridas, pétalas e vida
para avivar o nosso querer.
São flores da nossa estrada
mas essas, encontrei na feira
são para ti, oh minha amada!
esse amor, que tanto cheira.
Antonio Montes
Quando te habitei
Removi teu teto
Para observares as estrelas
Retirei as tuas janelas
Para aumentar teus horizontes
Desmanchei tuas paredes
Para ampliar teus limites
E quando desnuda
Andavas pelo mundo
Te trouxe para morar em mim.
GATO E PÁSSARO
O gato e o pássaro, lá de casa
o dia inteiro o gato pula
o pássaro vasa...
Voa e arrasa, com suas asas.
O gato com sua gula...
Extravasa! Todo sorrateiro
esgueira-se pelo canteiro
por detrás do capim santo
se esconde no seu canto
E fica ali o dia, inteiro.
E o pássaro?
O pássaro voa ligeiro
E lá do alto, voando
visualiza o mundo inteiro.
O gato com o saco se espanta
e se arranca em disparada carreira
levanta poeira
sem eira sem beira
e com sua mansidão
sai na escuridão, para roubar
mais um peixe na feira.
O pássaro?
O pássaro levanta-se do chão
se propagando pelo tempo
com sua vida costumeira
e segue desfrutando do sol
pela descida da comprida ladeira.
O gato e o pássaro...
Sempre apostos a se mirar
Não se amam
mas nunca param de se olhar.
Antonio Montes
ESTOU INDO
Idoso eu sou
com pouco anos
vivi a vida
com muito planos
toquei meu sonhos
e me enganei
nos desenganos.
Espero o ponto
da minha chegada
pesado eu vou
só com amor
não levo nada.
Antes limpei
hoje me sujo
trabalhei tanto
agora em planto
sou vagabundo.
Dores me levam
carnes tremida
nervos estão fracos
olhares buracos
turvos embaraços
com pouca vida.
Dias lembrei
hoje lembrado
pra tanto andar
ensinei caminhar
acalantei o chorar
hoje sou andado
Cantei pra dormir
segurei sua mão
sustentei seu corpo
me fez tanto gosto
caído no chão.
Já velei por amor
já plantei paciência
agora enfadado
acalmei a tal dor
nesse mundo irado.
Confesso, o caminho
que aqui me levou
me deixou sozinho
pobre passarinho
embrenhado em dor.
Quero amor
quero amor...
pra chegar aos meus restos
e mesmo se não presto
eu detesto protesto.
Vai chegar a sua vez
assim como cheguei
vai lembrar que um dia
tu foste criança
sujou fez estripulia
e eu os cuidei.
Quando eu não estiver
quem sabe a saudade
te levará a infância
cairá na verdade
da vida que é.
Antonio Montes
FAZER LÁGRIMAS
Não vou mais chorar...
Mas se por ventura
eu vier fazer lagrimas!
Farei baixinho
para que ninguém ouça
e nem venha me ver.
Não...
Eu não vou mais chorar!
Mas se eu chorar...
Tenha há certeza
que será por você.
Antonio Montes
FIM DE ILUSÃO
A vela sobre o tempo
inflama cresce a chama
e transborda de felicidade!
Ilumina em sua volta
crepitando o seu amar
E inebriada com o vento,
se apaga... Perde as chamas
sem ter tempo de chorar.
Antonio Montes
FIM NA ESTRADA
O morto na beira da estrada
não tinha riso
não tinha nada.
A alma estava triste...
Com o olhar seco e profundo
como se tivesse perdido tudo.
Não importava mais o mundo
seus olhos, prostravam-se indiferentes...
Desprovido de lagrimas...
Não mais chorava.
N’àquele instante, ali...
o ar se fazia frio
o vento, não ventava
pássaros não cantavam
Uma sombra de mal goro
pairava sob o ar.
N’àquele momento nada se ouvia
Exceto... cri, cri de grilos...
Revoar de morcegos
E o gorjear de corujas.
De repente!... Visitas
expressões de fim
mimica de perca
O mundo estava perdido ali.
E nesse ínterim...
Brota uma mistura de choro
cochichos de bramuras
a falta de esperança
o desprezo de uma cura.
Os sentimentos estavam
pendurados nas margens do abismo
a cisma prostrava se inquieta
Uma interrogação no ar...
Porque que o mundo é aqui?!
Antonio Montes
FLORES COM LAGRIMAS
Dois olhos
dois rios
chuvas de lagrimas
enxurradas.
Lagos de tudo
enchente do mundo
águas.
São tantos choros
em meio a soluços
tanto impulsos!
Saudades danadas.
Antonio Montes
INUNDAÇÃO
Em silencio chora a sua dor...
Uma dor profunda
que inunda
que afunda em seu peito,
as farpas magoas do seu eu.
E que às escuras,
dilacera as suas lagrimas...
Uma a uma!
Uma a uma se desnuda
diante dos olhos de Deus.
Envolve-se em sua angustia
e o desespero...
Assombra a ti mesmo
e em sua tremula sombra
vê tudo em surreal
mas em sonho, nada pode fazer.
Diante da velocidade dos seus atos
os quais como dardos
projetam sua coordenação e tato
ao mesmo tempo em que
esconde de ti...
o alvo principal.
Agora, já não tem tanta certeza
nem a destreza do seu sono
e os sonhos arredios...
Não te lembram do seu sonhar.
Antonio Montes
***o momento em que te toco***
E te toco... Percorro teu corpo e é como se o tempo parasse!
E o som do silêncio me faz sentir a vida docemente...
E congelo este tempo...
***O momento em que te toco...***
Meus pensamentos voam para bem longe... Tentando alcançar as
Asas dos pássaros que ali voam... E quem sabe, voar também...
Somente o barulho das águas do mar rompe o silencio daquele instante...
No ar a fragrância inebriante da fresca névoa matutina
E o amor se faz presente... Lento e ardente...
Apenas nossos corpos amantes... Num beijo longo e fremente
E minhas mãos te tocando loucamente!
E a vida pulsa neste lindo amanhecer...
E a nossa folia jaz neste aroma divino...!
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