Poesia Morena Flor de Morais
Ofélia
Tudo em ti reluz como as joias da coroa do Rei,
tudo em ti é serena e calma manha,
os sonhos dos homens são como a areia junto ao atlântico
e tu és eterna entre os lábios dos poetas mesmo que adormecidos...
Há noite, tu deitastes e a lua resplandece sobre teu corpo,
de dia o sol és tu mesma quando passas,
porem nós homens nos perdemos nas sombras
e falamos apenas com o coração.
Ofélia doce madrugada dos apressados e dos caídos,
Ofélia das aguas límpidas e das lágrimas sinceras
porque em teu rosto existe o sonhos
dos que ainda amam e choram por ti.
ALVORADA
O tempo e tudo que fazemos com ele
as palavras e os sorrisos disfarçados,
as memorias as que retenho e as saudades dos que amo.
Os sonhos arquivados nas prateleiras,
o pó entre as memorias das coisas simples,
e de novo os sonhos que ninguém sonha como eu sonho
porque me debato antes de qualquer alvorada.
De novo eu e só entre o fim e o principio de tudo
que eu mesmo escolhi e aqui moro no lugar
por nome Fim do Mundo.
E que Mundo é este?
Saberás tu me responder a cerca das coisas simples,
fala me e e me responde e eu te direi tantas coisas,
as coisas que moram entre a razão e o coração.
O meu coração que bate tão pouco,
porque pouco ou nada tem...
e a razão que perco porque tão mal a entendo.
Saberás tu o dia que escurecera todas as manhas,
o dia que que alvorada deixar de existir?
O tempo o meu e o dos outros
que me acompanham lado a lado.
Nove horas da manhã
O som do teclado toma forma…
As suas mãos correm e se perdem
Na busca de novas melodias
Lá fora as mesmas coisas…
O movimento constante de sempre.
Em um se estar em parte alguma
Muitas das vezes incerta.
Será que estou só?…
Ou será que a vida se reduz apenas
A este momentâneo apenas?Na verdade,
gostaria de saber
Qual seria o ponto final disto tudo…
Murmurou ela e continuou…
Para onde vamos?
Se é que vamos
Para algum lugar.
Cântico dos desesperados
Caminhais por entre o fio da navalha
E de pés ensanguentados cambaleias
Temendo a direção do norte
Como também o caminho imaginário
Que se diz ser do sul.Resumis um todo a uma escala mínima
E mesmo assim vossos sonhos são tão iguais
Aos que sempre vão pensando alto…
Eis a sina dos que bebem água turva pela manha,
O quanto basta para que vossa voz se confunda
Com a razão que tendes, mas que sempre vos tiram.
Conflitos e dores numa palavra tão simples
Que vos levara ao progresso,
Mesmo que este progresso esteja tão distante
E ninguém entre vós há que vos desperte.
Caminhais sobre o fio da espada
E aqueles que se dizem entender sobre vós
Nada sabem e nada fazem.
Panfletos que se perdem na virada do tempo
A mistura de seres sempre desesperados
Quando os vossos lamentos e cânticos se abafam
E todo mundo se encontra as escuras.
Gritais e não há entre vós um só que vos escute,
Bolívia não esta mais entre vós outros,
Ché foi morto por todos aqueles que se diziam
Protetores.
Existência e identidade de um povo
América do sul de todos os adormecidos,
Quando sobre o fio da cruel espada ensangüentada
Que lentamente a todos vos mata…
E ressume cada instante quando por entre as trevas
Nada mais se avista do que as próprias trevas.
Murmúrios, sobre telhados quebrados…
Em pleno amanhecer tão estranho e sempre tão doloroso.
Deus meu, deus meu… Será que entre nós
Existe alguém capaz de fazer frente a esta tão estranha
Manha sempre tão densa e sempre serrada?
Escrito quando viajei pelo
Paraguai – Asunción
"Nós, os artistas (desculpe-me o plural), temos direitos diferentes das pessoas normais, pois temos necessidades diferentes, que nos colocam acima - é preciso que se afirme e acredite - de sua moral. O seu dever é não se consumir jamais no sacrifício. O seu dever real é salvar seu sonho. A beleza tem seus direitos dolorosos: cria, porém, os mais belos esforços d'alma"... "As personagens de Cézanne, , como as belas estátuas antigas, não tem olhar. As minhas personagens, ao contrario vêm. Elas vêm mesmo quando acreditei que não devia pintar-lhes pupilas; mas, como as personagens de Cézanne, elas não exprimem mais do que muda aquiescência á vida"
"Aquilo que procuro não é real nem o irreal, e sim o inconsciente, o mistério do que há de instintivo na raça humana".
'A beleza tem seus direitos dolorosos: cria, porém, os mais belos esforços da alma'... "Nosso único dever é salvar nossos sonhos..."
Serei com você
Nos momentos de dor onde lágrimas iriam rolar, você se aproximou e confortado meu coração eu sorri,
Quando por tristeza o meu coração se calava, você a mim canto, e ao ouvir a sua voz de alegria eu pude gritar,
Estando eu ao ponto de desistir, me encorajou a prosseguir lutando, venci,
Ao seu lado me sinto bem,
Quero sempre estar com você,
E no momento que necessitar, quero estar ao seu lado para lhe auxiliar,
Antes era eu, agora somos nós,
Seremos um pelo outro,
quando notar que não irás conseguir sozinho, chama-me,
Estarei sempre ao seu lado para te apoiar.
Morte, você é meu doce amor,
venha e me dê o seu abraço frio ...
Envolva seus braços em volta de mim,
me abrace, me beije até que eu morra ...
Deixe-me sentir a sua pele fria,
sentir a morte da minha carne ...
Solte a minha alma a partir desta agonia,
dá-me liberdade, deixe-me morrer ...
Morreu enquanto ainda dava tempo
Desenristou a mão e encostou-a ligeira ao peito
como quem apalpa, apertando forte, uma banda de carne embalada à vácuo
dessas que ficam em prateleiras em balcões frigoríficos nos supermercados
Dedilhou o ar e esfregou os dedos uns nos outros para sentir se tato havia
e se fim dava àquela dormência que o acometia a mão esquerda.
Arranhou a pele umas duas ou três vezes
para ver se o sangue ainda corria pleno em suas veias
fazendo fértil o terreno de seu coração.
Fértil como aparenta estar a terra quando bem irrigada,
em uma bem cuidada plantação.
No caluniar da escuridão da morte parou, e se arrependeu de tudo!
Parou, por que não tinha como não parar.
Se seguisse em frente talvez lhe faltasse pernas para chegar.
Aos cento e quarenta e sete anos pediu, quase implorando, que o deixassem ali.
Apoiou a língua já quase sem movimento no chão da boca
e gritou de dentro pra fora bem alto:
- Todo mundo parado! Ninguém faz nada! Ninguém se mexe!
Ele parecia estar negociando com a vida e com a morte ao mesmo tempo
Ninguém interviu.
E antes que todos dessem conta, ele morreu, enquanto ainda dava tempo.
Poetas
Não, não!
Não seremos poetas
De um dia só
De um amor só
De uma estrela só
De um país só
De uma poesia só!
Aqui em Itapuã...
Nasci poeta e compositor,
Aqui em Itapuã
Na cidade de Salvador.
Vim ao mundo com esse legado
E com um futuro promissor
Para encantar as pessoas
Com os meus versos de amor.
Se alguém ler ou dar valor
È como se o mundo estivesse
Regando essa flor
Chamada: poesia
Que quando lemos um verso
Enche os nossos olhos de alegria.
Independente da sua idade...
Independente da sua idade
O importante é não perder
A mocidade.
O corpo está velho,
Mas a alma está
Com toda vitalidade
O Q da questão...
Se eu penso, eu procuro o Q da questão,
Pois nesta vida não há pergunta sem resposta
Nem problema sem solução...
Todo homem ou o animal
Neste planeta tem a sua missão,
Todo aquele que tem fé é cristão
Independente de frequentar
Uma igreja ou não.
Nada que acontece neste mundo é em vão
Por isso Deus nos deu a fala, audição e a visão.
Para entender as coisas que acontece
E as coisas que ainda aconteceram.
Guarde isso no seu pensamento:
O questionamento e necessário
Para o seu crescimento!
Cada dia menos
Amar eu sei que ainda sou capaz,
mas amo cada dia menos
e esse menos é cada dia mais.
Meu coração de manteiga
que ingênuo já fora um dia
torna-se frio pouco a pouco
faz da dor sua alegria,
cresce e míngua dia a dia,
acostuma-se a ser só
mesmo tendo compania.
Já não se importa se partem,
se o partem,
se vão ou se ficam as dores,
os amores.
Ama cada dia menos
e a cada dia precisa mais amar menos.
Nada melhor que ser livre
sem compromisso com o amor.
(Des) aprender
Eu desaprendo todo dia
E invento outra maneira.
Desaprendo a amar
O amor virou besteira.
Desaprendo a sorrir
Choro até de brincadeira.
Desaprendo a acreditar
Duvido de toda maneira.
Falando-se em sentimentos e "Coração"
No peito bate um alvo muito fácil.
Apesar dos fardos e pesares. isso é o mais bonito da vida. Ser o "moço de todo o coração" para quem não tem ou procura por um.(...)
Às vezes penso ter amado demais,
Em outra menos do que poderia
E continuo amando.
Amo desnudo, sem medo e sem receio.
Simplesmente amo amar. Amo,
Sem a certeza do amor.
Amo, porque amar é alimentar a alma,
O amor e continuo amando,
Mesmo ausente.
O amor é chama que se mantém acesa.
É vento, brisa que sofra, sussurra
Diariamente: Eu te amo!
O amor é uma obra de arte em exposição.
É o olhar que bate. O desejo
Que desperta no interior.
Amar é o preço que se paga pela gratuidade.
O amor é essência viva. Amar é transpirar,
viver e exalar felicidade.
Amor é bem mais que prazer, deleite.
Que simples vestígios de uma noite.
Que a estada, que a presença.
Amor requer bem mais que beijos,
Toques delirantes, travessuras
E malabarismos na cama.
O amor não é território. Não se demarca.
Amor se conquista. É sentimento
Que nasce silenciosamente.
Amor não é só atitudes, ações e presentes.
Amor a dois sem palavras é solidão.
Amor necessita ouvir.
O amor por vezes requer proteção.
Deseja apenas ouvir: Hei!
Eu te amo! Eu estou aqui!
POÉTICA
Um poema dá trabalho
Noites a fio
Dias a desfiar
Toda uma existência
Tecida e destecida
Noite a noite
Dia a dia.
Tu que és esse doce aroma errante, que se faça de ti poesias.
Só de ti são os meus dias; visita que me veste a solidão.
Toda luz que nos olhos estampamos; é uma onda eletromagnética que captamos; que prove a alma. Magnetismo sutil e denso que move as nossas emoções secretas; ora harmonizadas, ora fútil e volátil; e por elas somos guiados. Nessa longa viagem oposta
entre a busca e o equilíbrio é que acendemos a vida.
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