Poesia Lágrima
Lagrima "reflexiva" de Emily.
Olhar perdido e reflexivo eis que você surge toda brilhante e num ato de libertação, gritando, correndo em direção ao infinito, desfilando pela rua olhando para lua, sem rumo, destino, direção, olhar perdido no horizonte, porquê tanto sofrimento tanta solidão, sei que vive com
"coração" machucado, partido, maltratado, mas logo percebemos que ao estender nossas mãos e abrir nossos braços seu destino seria novamente traçado e DEUS te dará uma segunda chance, reescrevendo sua história.
Hoje você faz parte do nosso mundo. Chega de tanta solidão você já mora nosso coração.
07/06/2021
dorido
a lágrima exibi
o silêncio, é palavra, ato
o revés, bisturi
que corta de fato
teu sentido, teu tato
a emoção contamina
perfura a razão
nos olhos neblina
sofreguidão
na despedida
no gemido
na partida
no laço corrompido
na magoa proferida
no desejo proibido
na luta vencida
o não no pedido
sem amor
é dorido
nunca acolhedor...
do perdão devedor
Luciano Spagnol
...Tal como o suspiro carece da atmosfera
A lágrima necessitar da emoção
Em cada poema há quimera
Em cada quimera oblação...
Atrás da esquina da ilusão
Ficaram os frustrados sonhos
Os momentos enfadonhos
A lágrima de uma saudade
A mentira em forma de verdade
A flor oferecida com amor
Murcha e sem o devido valor
O olhar perdido na contramão
Os soluços da magoada emoção
A infidelidade do amigo
A dor de se ter partido
O amargor do coração ferido
O sangue da injuria pela alma escorrido
O perder-se entre a multidão
Os valores, dignidade, razão
O amor sem o perfume da paixão
Todos, atrás da esquina da ilusão..
Para além do tempo, a quimera
Para além da era, o amor
Para além da dor, a lágrima
Para além das palavras, porfia
Para além da vida, a glória
No epílogo da alma em poesia...
Lágrima vertida
versejava,
quando uma lágrima caiu
na poesia que eu forjava
o meu poetar quem sentiu
e viu,
que era o amor que chorava
de uma saudade que partiu...
Maio, 08, 2016
Cerrado goiano
Toda lágrima chorada, refece
A realidade pouco interessa
A condição que há, envelhece
Tudo mais que tudo, tem pressa
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Toda lágrima chorada, refece
A motivação é o que interessa
Se tristura ou júbilo, houvesse
É nela que a razão se expressa
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
De lágrima em lágrima, a poesia cumprida
A existência traduzida, o verbo anunciado
E segue, poeto, até a hora da despedida...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Medos
Nebulosa nuvem circunda meu pensamento,
Uma furtiva lágrima escorre pela face,
De repente uma tristeza corroí meu sentimento,
Ao não me sentir a direção de sua inspiração,
De ser personagem na história de seu coração.
Ah! Se eu pudesse expressar toda essa aflição,
De medo,
De angustia,
De sofreguidão,
Entranhadas na carne,
Assombradas pela solidão,
Que traz insônia,
Que tira o sossego,
Provoca dor.
Só porque desejei seu amor,
Seus beijos,
Seu olhar que traz calor,
Seus abraços de desejos,
Por mim,
Para mim,
Sentir, enfim,
Sua empolgação,
Tanto quanto demonstro por ti.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
13/11/2007
dor
escrevo com lágrima
este verso sofredor
de rima sem estima
de pancada e temor
e essa enzima
de um eterno amador
é um gemido, avena
num poema sem cor
onde chora minha pena!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
18 de setembro de 2019
Araguari, Triângulo Mineiro
CERRADO ERUDITO
Andei sobre o cerrado
Como os bandeirantes
Tão triste desmatado
Fui as lágrimas soluçantes
Fui por ele calado
Um dia cerrado, gigantes
No seu torto encantado
Só para me recordar
E não pude fascinar
Fiz uma poesia
Como poeta do cerrado
Soltei brados de fantasia
Pra tê-lo do meu lado
Mas a lembrança esvaia
Pelo axioma empoeirado
Neste preço tão alto
Do belo desnudado
E então, como Cora Coralina
Eu cantei versos ao luar
Neste chão, e céu anilina
Pra a sedução fascinar
Aí, me curvei
Chorei... Ante a força do sertão
Até quando este estado?
Surrado. Resiste a civilização
Ainda andei sobre o cerrado (...)
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
01 de abril de 2018
Domingo de Páscoa
Paráfrase Paulo Vanzolini
REVERÊNCIA
minha tristura
saúda a lágrima
e nesta usura
a vida é estima
na ternura
se em baixa ou em cima
saúdo a loucura...
no silêncio, um covil
solidão
tudo é funil
só amor é coração
e possível
com emoção...
O resto falível!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
Além
Para além do tempo, a quimera
Para além da era, o amor
Para além da dor, a lágrima
Para além das palavras, porfia
Para além da vida, a glória
No epílogo da alma em poesia...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Maio de 2017 – cerrado goiano
SONETO DA SAUDADE
Saudade – o olhar do outrora andando
e o pranto, uma lágrima na lembrança
deslizando. Saudade! os dias de criança
cantigas de ninar e de roda: cantando!
Noites, até às 10 horas, na vizinhança
a meninada, na diversão, em bando
na chuvada, muito mais que amando
saudade ingênua de dias de pujança
Saudade – asa da dor no sentimento
Recordações vans do tempo ao vento
Ai! dantes no pensamento em guerra
Saudade – “o que fica do que não ficou”
a velha mocidade, que hoje já passou...
O apito da “Mogiana” da minha terra!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09/09/2020, 10’07” – Triângulo Mineiro
AVERSO
Quem poeta pelo suspiro sofrido
Em lágrima dum trágico flagelo
É quem se deixou estar perdido
Esquecido dum versar mais belo
É quem do emotivo foi redimido
Expurgado do verso mais singelo
Na emoção se encontra indefinido
Na inspiração tristura em paralelo
É quem se norteia com a navalha
Da dor, em trova ensanguentada
Amortalhado em rítmica mortalha
É quem no choro faz de morada
No coração o amor sofre e talha
Mas, a paixão, sempre sonhada!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2020, 28 de setembro – Triângulo Mineiro
DIVINA COMÉDIA
Lágrima sussurrando na face sofrida
Sensação erguendo os braços ao céu
A sorte dentro do silêncio escondida
A quem serve sentido perdido ao leu
Se o desejo causa martírio no papel
Pecado, ilusão, e a dor infinda ferida
Corre o fado e só gera direção cruel
Porque estar delirante por toda vida?
Não é melhor na prosa ser clemente
Paz, harmonia, poesia no que insiste
Em não ser, sendo feliz com a gente
Razão: deixo a poética n’alma haver
E o triste deixo apoucado, se existe
Vivo o amor, do que meramente ter...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15 setembro, 2021, 20’23” – Araguari, MG
Adequação
Saudade! De ti o vazio que me dilacera
E, que enche a minha alma com agonia
Lágrima, suspiro, delírio e, prava apatia
Tu! sensação que rasga e a dor esmera
Versos tristes, triste e inquieta poesia
Amargura que quase envenena, hera
Daninha que prolifera, que degenera
Que emana do pesar a cruel melodia
Grande este sofrer! Descora a aurora
Suplicio, aguçado sempre, vida afora
Segue, ferindo, em carentes caminhos
Saudade! Guarda contigo está rudeza
Deixai-me o tempo com sua gentileza
Não tem glória sem coroa de espinhos!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28 outubro, 2023, 14’35” – Araguari, MG
Hora de ir
Uma lágrima de adeus
Um respirar tranquilo
Um semblante sereno.
Aha essa partida inevitável
Essa que assusta os expectadores.
Ela pode realmente ser leve?
Sim, ela pode e deve ser.
A passagem é garantida
A misericórdia do Senhor nos sustenta
O egoísmo segura esse adeus.
O não querer deixar ir
Aprisionamos nossos queridos
Muitas vezes a dor é tamanha,
Mas não queremos que vá.
Chega o momento do fim
A dor já corroeu a alma
É preciso partir
A penas uma lágrima
E adeus, é hora de ir.
Poesia de Islene Souza
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