Poesia Harmonia
" Rego tua flor, no oásis sagrado da vida,
em meio às ondas, sorrisos entoam,
vozes doces, suores macios,
ardem mãos sedentas de juízo.
num recital, tal qual Demóstenes,
purpurinas ávidas de nexo,
embaçam a vidraça,
molduram a graça.
a lua linda majestosa sorri para o desejo,
há beijo que não houve na face,
nem é hora..
talvez alguém grite,
entre gemidos e suspiros, ai meu Deus!!
e será tudo, imenso e puro prazer..
Desalinho
Sinto falta daquele pequeno defeito
É que tudo parece perfeito
Essa mania de se passar uma imagem irreal me faz mal
Como pode essa tal aparente perfeição?
Será que não se percebe que os desalinhos compõe a produção
Todo dentinho torto tem seu charme
Temos que parar com essa mania de criar padrão
Porque o branco é mais bonito se a palheta é tão mais extensa?
Porque o exótico não me faz refletir que carrega em si mais identidade?
Esse hábito de padronização tira a graça da diversidade
E a multiplicidade enriquece a composição
Por isso indico
Desalinhe o que está alinhado e tudo será mais interessante.
Vanessa Fontana
Inimigo Virtual
Era mais que amigo
Um acompanhante
Um querido
Além do palpável
Estava no virtual
Me tornava viral
E seu teclado derramava likes sobre meu corpo
O nu era quase exposto
Cada toque era um gosto
No entanto certo dia
Tanta poesia virou agonia
Como poderia possuir-me se era apenas fantasia
Se minha criação confundiu-se com a realidade
E a tecla delete tornou-se banal
E sem a menor linha
Apagou toda linha do tempo
Como se a cibernética fosse mais real que a carne
Como se o sangue não fosse todo esse fluxo de informações e mutações constantes
E em forma de rebeldia
Deletou aquela história pública com um simples toque
E tudo que foi construído então parecia desaparecer da memória
Esqueceu que a CPU é um coração virtual
E que formatar deixa marcas n’alma
E o bloqueio apenas deixou o seu choro mais exposto
A realidade vai muito além do virtual
E os cabos que foram rompidos
Tiraram apenas a imagem do monitor
Mas o coração grafou antes nas memórias eternas espelhadas em outras linhas de tempo
E o que pareceu desaparecer com um simples delete
Ficou eternizado na internet.
Viagens pra que te quero!
Em cada porto algo novo se apresenta
um cais de saudade,
pedra sobre o mar
cheiro de marés que se repetem
no vai e vem de diferentes ondas.
O mar com seus bateis,
místico ao por do sol
ou nas noites lunares.
Em mim, embrenha-se o desejo de aventurar-se.
Sobre trilhos viajo nas probabilidades
prados, paisagens,
janelas para o extraordinário.
Descortinam-se as possibilidades...
Comboios sempre partindo,
pessoas sempre chegando,
meu coração serpenteia e,
em cada estação
se deixa ficar, resolve partir
inquieta_mente!
Do alto, as cidades parecem brinquedos
e as nuvens
desejos infantis de algodão doce,
alvas, sensoriais, inalcançáveis.
A nossa pequenez agiganta-se!
Através do vidro nos debruçamos para o infinito.
Somos tão efêmeros!
O escuro asfalto abocanha
minhas fantasias.
O velocímetro mede os quilômetros .
Quais caminhos nos levarão ao destino?
As curvas sinuosas abraçam a paisagem
E meus olhos vagam desassossegados.
Esta mesma estrada foi percorrida tantas vezes.
Somos meros viajantes.
Em cada canto apalpo a cultura
Os olhos enchem-se e guardam
o encanto.
Por esse Brasil afora
junto os meus vitrais, colores, fotos, impressões.
Toco a madona, viajo em telas,
vivo malabares.
Sob os dedos recrio a sabedoria
da minha gente.
Cultura, fé, beleza
ciência
aprendizagens sem fronteiras
Muitas são as possibilidades!
Em cada viagem deparamos com o inusitado
Ontem nasceu um homem,
estrelas silenciosas brilharam no azul da amplidão, hoje nasceu um homem, granadas cortam o céu, o que brilhará ao homem que vai nascer amanhã ?
Quando algo na mente diz,
atenção...isso não tem jeito !
nem me importo, o destino assim quis,
porque os desígnios sempre aceito!
Renasço riacho doce, acho revides dos oráculos..
Rios d’esperanças são cortejos,
Pontes aos meus pés suporte
Á cada dia penso aleluias nos miríades d’obstáculos
Num círculo jubiloso grito o rito...
Boa Sorte!
O mundo tem uns padrões estranhos
Por isso ele é muito pequeno pra mim..
Não tenho padrões que se encaixam aqui!
Compreenda
O tempo não volta
Não da pra mudar
Temos que seguir em frente
SÓ pra começar
Vou ficar até o vento mudar
Quero Seguir um caminho novo
O antigo não me cabe mais
não cabe meus sonhos e planos
Sempre compreendo e que diferença faz?
Hora de seguir em frente
Deixar o que ficou pra trás
Quando doer, sorrio
Quando cair, levanto
Quando quebrar, conserto
Se o caminho acabar
Abro uma trilha
Parar e voltar cansa de mais
Chega de olhar pra trás!
Publicado em Antologia de Poetas Brasileiros - vol 161
" Sinto na pele a ousadia de amar,
enquanto meu sorriso permanece,
para que você esteja exposta,
a sensação é de poder sonhar.
Sinto um arrepio no fundo da alma,
Toda vez que penso em você,
e isso é sempre...
O que separa o inicio da descida
do inicio da subida, é a esperança.
A subida é metade do caminho
a descida é o dobro da distância.
Só sei daquilo que sinto.
no resto não sou, nem existo.
nada sei, do que não sinto
nem dos lugares onde não estou.
há sempre algo, para além do ver-se
o que para além do verde, é espanto
e tanto, que só sentindo pode ter-se.
como se cada cor custasse doer-se...
de que valeria a dor, sem sentirmos
se só sentindo faz do Ser, ser-se...?!
e no entanto, sentir-te é o espanto
o acalanto que de tumulto se veste
esta esperança... este supor-te...!
Sei bem tudo que já errei,
mas errei querendo acertar,
a vida ensina e agora sei,
com ela não posso brincar !
Eis uma vaga trova,
bem leve, e como vaga,
a minh'alma renova,
meu coração ela afaga!
Penso num vago amor,
vagando sempre sozinho,
do qual se pode supor,
vago amor, vago carinho...
O que me faz voar
são as asas da imaginação.
O que me faz pousar
é a força da criação.
O que me faz ficar
é o amor no coração.
Borboleta de asas um tanto quebradas,
sempre presa num mesmo lugar,
quando curar-se e tiver liberdade,
será que ainda saberá voar?
A sombra se encanta pelo sol todos os dias, segue-o pelo chão, rasteja na saudade a cada novo crepúsculo,
quando em alquimia transforma-se em noite cálida,
até o alvorecer,onde tudo recomeça
desde a eternidade do tempo que não sabemos,
sombra e luz,
sol e lua,
você e eu,
tão perto e tão separados...
Nos teus olhos verdes o verdor das hortaliças, realça o floral das melissas o sal da terra...
Ternura é verdes vaga-lumes sob o frescor da noite, sobre as verduras, veres dentes de leão sem flor.
Terrenos felizes
no sereno da noite ou no crepuscular
quando lá pela tardinha sabiás
se deleitam porque já ar de tarde
inunda a atmosfera terrestre
é que o celeste nos concede
o belo que nos embriaga
e logo mais nos traga
feito um dragão-de-komodo
o ocaso do dia que não tarda
um lindo pôr do sol num êxodo...
e vou aguardando por aqui
no céu do meu lugar
um motivo a mais pra sonhar
um dia para agradecer
amor e amar para amanhã ser...
Amor.
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