Poesia Harmonia
PERDÃO (soneto)
Cá estou, meu Senhor, a pedir perdão
Tal o humano: muito errei no caminho
Se de tuas leis desviei, dá-me alinho
Tentei ser, do afim irmão, mais irmão
Se de meu olhar ausentou o carinho
Perdão! Aqui me tens em confissão
Me ensina rezar com Vosso coração
Na omissão, fui um ser mesquinho
Não matei, nem roubei, fui em vão?
Perdão! Me tira deste mal cantinho
Se declinei, pouca era minha razão
Compaixão por me achar sozinho
Se no amor não pude ser paixão
Perdão pela tua coroa de espinho!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
ATÉ AMANHECER
Toca aquela música de novo
E não retoca a maquiagem
Chega na bondade
E leve este amor pra viagem
Me toca e nota meu corpo
Se desfazendo em prazer
Se olha e perceba em você
Tudo que eu consigo ver
Me enxerga e me acerta
Me ama até amanhecer
No horizonte do crepúsculo
as cores esmaecem em rosa e azul,
abro as asas e o abraço
na paz do dia que se despede...
Neusa Marilda- 26 de maio de 2.010
Deixe-me sonhar que tenho asas
misturando-me com passarinhos
assim voo por entre as casas
te acho e faço um carinho
MINHA ESSÊNCIA
(21.10.2018).
Envolvo-me com os teus olhos,
E confirmo o sentido da busque sua,
No qual tenta andar conforme o mar,
Parar para ouvir o tempo passar...
És a fonte a não se explicar por si,
Mas pela dimensão do coração,
A emanar luz como o sol,
Pois tu vens a ser: MINHA ESSÊNCIA!
VELHO GOIÁS
Olha os ipês no cerrado, mais belos
Do que as da estação da chuvarada
Tão antigos, tanto mais belos, nada
mais magnificante... e tão singelos!
Os brancos, os rosas e os amarelos
Nos galhos, a cantiga da passarada
E o frágil das flores no chão arriada
É o velho Goiás nos seus paralelos
Toca o berrante, boiadeiro e boiada
Carro de boi, os seus causos e viola
Assim, assim vão todos pela estrada
No suor da terra a mão do capataz
Cidade grande e também a aldeola
É o espírito do chão do velho Goiás...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Gosto das palavras que afagam, melhor ainda são os gestos que se traduzem diariamente.
Gosto dos poemas que encantam, melhor ainda são os versos declamados com sinceridade e carinho.
Gosto das músicas que nos embalam com suas letras, melhor ainda são as batidas de um coração ao som de uma bela melodia.
Palavras, gestos, poemas, sinceridade, carinho, músicas, coração, amor... O amor é a bela melodia da vida! O amor é simples e ao mesmo tempo grandioso por sua própria existência!
INQUIETUDE
Dona coruja, cheia de rugas
em seu cacarejo... Pede ajuda
e na noite escura, com frescura
em cima de morro, estouro
Pedido de socorro...
Meu Deus, meus Deus
... Me acuda!
Pelas sombras sombrações
tudo cheio de tenções
lobos dragões
vidas cheias, supetões.
Já o curiango sem seu tango
faz o revoar de asas
em silencio, todo brando
... Lá vai o bando pela escuridão
o urro do lobo
ladrar de cão...
Topada no toco, escorregão.
Pela lama da poça d'água
pela noite enluarada
rompe a aurora
e vem com o dia, em euforia
ave-maria, ave-maria.
Antonio Montes
Maior do que esse mundo pensa
Eu vou domando minha loucura
Eles procurando a cura
E eu sou a própria doença
Uma alma nova então ascende
Mostrando toda sua beleza
Contra tudo que há na natureza
Acordando um antigo arcanjo
que costumava ficar em toda mente
Para o mal fazê-lo
Nada digo eu para aquelas plumas
quando as vi caindo
Enquanto jogadas nas ruas
passava dançando, sorrindo
e nenhum pingo de mágoa escorria
E as noites foram passando
cada vez mais as plumas brilhando
E cada vez mais o corpo decaía
e nenhum sorriso mais -senão o delas-
naquelas ruas surgia
Que não me falte eu
É
Muito
Difícil
Ser
Eu...
Mas
adoro
essa dificuldade.
Que não me falte a glória,
A prosa
Poesia
Os beijos quentes
A língua fria...
Afiada
Navalha
Sobre
A maldade
....
Que não me falte
O afeto
O teto
O pão
O dia
Noite
Lua
Mar
....
Que não me falte a mão estendida
Para me salvar... Se eu precisar...
Que não me falte eu...
Pétalas ao sopro da brisa...
Luz ao som do mar...
Estrelas
Lábios
Desejos
Sob
O ócio
Sobre o olhar
GRAÇA
Não saberia dizer a hora
em que me desfizera de tudo o que não era teu,
quando cada coisa se deixou cobrir
por tua presença sem margens
e deixou de haver um lado
que fosse fora de ti.
Dias nublados
Dia de chuva
Fazem companhia
Por trás do cinza-cor
Da eletricidade das nuvens
Quem sabe?
Também exista amor."
Certamente a primeira vez
Em que vivenciei
O afeto não o reconheci.
Entretanto, meus olhos lagrimejados
O Observaram em cada
Carinho, Sorriso e cuidado
Colo de mãe é ninho
Seu filho o pássaro.
Até mesmo migrando para tão
distante Voltarei em direção
Aos teus, abraços.
Bom dia
Desejo paz e calma nos momentos de turbulência,
cada um cultivando em si um pouco mais de esperança,
tudo de ruim há de passar quando cessar a violência
e voltarão nossos sorrisos em novo tempo de bonança
Me pergunto se ainda hà ouvidos
que ouvem
o poema que a chuva declama
e os meus olhos
com uma marejada de versos
me anaguam a alma
me enxaguam o rosto
derramando-me poesia...
Moça,
sua sensualidade é feito o destino, incontrolável, acontece e ponto.
Daqui, vejo sua sensualidade,
nos lábios,
no olhar,
na adorável alça de sua blusa,
que delicadamente flutua,
entre seu lindo ombro e seu desejável seio...
mas principalmente
na sua vontade de colar um corpo ao seu.
Queria eu,
ter seu corpo
sobre o meu.
AOS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
No vai e vem desta vida
Devemos raciocinar
E prestar justa homenagem
A quem vive a nos ensinar
Embora não cobrem nada
Tampouco sabem assinar
Mas creiam, são professores
Quando o assunto é amar.
Eu falo dos animais
Bichos de estimação
Cachorro, gato e roedores
Tem até quem tem leitão
Coelho, mico e iguana
Nos amam de coração
É só ver os seus semblantes
Nos olham com devoção.
O primeiro dessa lista
Com certeza é o cão
Cachorro, cadela e filhotes
Não importa a condição
Nos ensinam muitas coisas
Por nós, tem adoração
E não pedem nada em troca
Só um pouquinho de atenção.
Outro animal querido
Esperto e inteligente
Às vezes é preguiçoso
Outras vezes impaciente
Por ser muito mimoso
Até dorme com a gente
Eu falo do amigo gato
Que vive sempre contente.
Agora é a vez dos roedores
Lampeiros e peludinhos
Tem todo tipo de raça
Gerbil, hamster e porquinho
Porém são muito sensíveis
Pequenos e dentucinhos
Embora serem tão pequenos
São gigantes no carinho.
Como disse o poeta
Não importa o bichinho
Iguana, leitão e mico
Coelho e cordeirinho
Tem gente que tem um pato
Outros tem o seu peixinho
Bichos de toda espécie
Que não nos deixam sozinhos.
Mas nem tudo é amor
O que se vê nos caminhos
Eu jamais ia esquecer
Dos mais lindos passarinhos
E da maldade do homem
Que prende os pobrezinhos.
Bichinhos que vivem livres
Felizes sempre a cantar
A ninguém fazem maldade
Felizes pra lá e pra cá
Cantam e nos alegram
Vivem a se doar
Tomara que o homem aprenda
Ao bichinho respeitar
Que joguem fora as gaiolas
E deixem eles voar.
É como diz o começo
Da nossa reflexão
No vai e vem dessa vida
Escutem a petição:
"Cuidem de todo bicho
Selvagem ou de estimação
E lembrem de São Francisco
E tratem-no como irmão..."
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