Poesia Felicidade Drummond
[...] Adoro quando o congelante e deixar parado dela me fascina. Eu queria ser assim, tão tô nem ai. tão seco e tão sem sal para o açúcar dos outros. Tão seco e ríspido. Quando ela me deixa sem fôlego me dá mais ar ainda para suspirar e ter forças para sair do lugar em que eu estava paralisado. Ela chega e parece que já inflige: - Deixa entrar nas retinas. - Vou falar dentro da sua cara. Te provocar um desconcertamento e inquietude posterior. Te levantar mesmo te deixando pesado com minhas palavras, gestos e atitudes, para depois do costume te deixar tão leve como você nunca foi. Depois que o brilho dos meus olhos te ofuscarem como raios luminosos alguma coisa vai clarear em você como feixes luz. É tão bom quando ela deixa um silêncio dentro do meu ouvido. O simples olhar dela me desembrulha todo. A presença dela quando estou sem assunto me faz ter um diálogo inteiro. Ela é o pacote inteiro e não pequenos pacotinhos que vem tão sem nada. É tão articulada que simplesmente me desentala, desentope. Ela é tão assim... Um assim tão cheio de coisas. Tão cheio de algo. Ela é a desordem que organizou meu coração e a encomenda da entrega que eu queria todo dia... Adoro quando ela chega tão enigmática e coloca um rosto na voz. Quando ela chega com aquele jeitão tão cheia de trejeitos. É como se o jeito chegasse antes dela impondo seu encanto contagiante. Então ela me deixa sem jeito, depois eu me ajeito e a levo com jeito para o forte do meu peito.
"Quanto mais distante estiver, mais eu estarei em você...Vá longe e chegue mais perto. Fuja de mim e me encontre... " (...)
"O que não aconteceu entre nós ainda virá... Por isso sempre tenho meu "EU". Tenho sempre que dar aquele toque "Eu" em tudo. Ai vem você e coloca o "VOCÊ" em tudo..." (...)
"Meus olhos disparam como um flash ao te ver. Não que precise de luz. Seu brilho ilumina os refúgios do meu coração..." (...)
Ter coração mas não se importar com o amor é como sintonizar num canal ruim de TV e por preguiça de pegar o controle se convencer de que aquilo que está passando é bom.
Meu coração está aos pulos, ouço suas batidas fortes e convictas a cada segundo(Tum tum, tum tum), por sua causa? Sim. Ou não. Aliás, sim! Você me fez matar um inseto, mas eu sempre desacreditei daquelas propagandas que dizem que mata na hora. Não mata! Não mata e aí eu entro em pânico e meu coração pula, acelera, parece que vai sair no momento em que eu soltar a respiração. A culpa foi sua, não foi?! Você me fez ir até lá e matar. Então o motivo do meu coração estar palpitando desesperado até agora é você. Minhas pernas tremem, seguro numa mão o spray mata insetos e no rosto um sorriso estampado da vitória, a princesa está a salvo e o herói merece um beijo. Um beijo e um sorriso. Da cama você apenas ri e reclama do mal jeito do seu herói criança, do seu pequeno tesouro. E então desmonto a armadura e deito ao seu lado, afirmando que esse é o melhor lugar que se possa estar, ainda mais depois de uma guerra tão cruel que acabara de ser travada. Mereço outro beijo só de lembrar. E assim se criou o para sempre, por causa de insetos extremamente perigosos e recompensas deliciosamente apaixonadas. E então completamos mais um dia, sem estarmos nem um pouco exaustos um do outro, sendo felizes da maneira mais fácil e apaixonada. E se quer saber, eu acho que o príncipe não lutou contra uma fera enorme e depois salvou a princesa, como está nos contos de fadas. Em segredo, eu acho que ela estava com medo de um inseto também.
Pálpebras cansadas de dormir agonizam-se na minha face diante do espelho, lábios se ressecam ao passar das horas e a língua trêmula solta palavras desconexas. Ombros arqueados sem fardo algum para carregar, pés cansados sem trilha para andar, joelhos dobrados - pausa pra respirar. Estou repleto de ausências.
Apaixonar-se é algo que nos transporta para uma dimensão entre o céu e a terra, porque a gente passa viver voando entre os pensamentos!
Eu finjo. Finjo muitas coisas. Me faço de forte para ninguém me ver caindo. Me faço de fria para não derreter na mão de qualquer um. Tenho vontade de arrancar tudo isso que me prende e me libertar. Eu quero poder dizer que amo comédias românticas, e espero uma visita inesperada no domingo à tarde. Quero poder retribuir as palavras e o afeto que me dão, sentir que não vou cair assim que mostrar meu calcanhar de Aquiles para você. Sou apaixonada por abraços e sorrisos durante o beijo. Não resisto a me encher de esperanças quando nada parece dar certo. Não ligo de me importar ou me machucar, mas continuo guardando essa joia que eu possuo, dentro de mim. Não é justo comigo. Não é justo com os outros. Quero ter a coragem de gritar para o mundo que meu coração é quentinho e macio, e que quero ser protegida a qualquer custo. Se me dessem um pouco mais de atenção, àquela atenção que te tira a atenção porque o outro perfurou seus mais profundos segredos e medos, eu tenho toda certeza do mundo que poderia virar uma abóbora às doze badaladas da meia noite.
Ela se sente rejeitada pelo mundo, não que ela seja rejeitada literalmente, mas sua mania de se isolar acaba resultando nisso. Sempre cometendo os mesmos erros, ela não consegue mais fugir de si mesma. Quebrada por dentro, intacta por fora, e querendo desesperadamente encontrar a razão de tantas coisas que já lhe aconteceram. Erros, seus erros. Não há ninguém em casa, então ela mente e volta para as ruas amaldiçoadas. Não há ninguém para enxugar suas lágrimas, ela está perdendo a cabeça e não há ninguém para salvá-la. Ela perece. Definha. Expele lentamente o veneno. Ela se perdeu dentro de si. Ela quer ser salva. Quem a encontraria largada no pavimento obscuro de sua alma vazia?
Deixa eu escrever como se fosse cantar, deixa eu te mostrar como é que se faz para voar. Conquistando cada pedaçinho do céu e do seu brilho tom de camel. Brincando de ser qualquer coisa, qualquer um menos só mais um. “Paris parece uma boa ideia, ou melhor, Paris sempre é uma boa ideia”. Maravilhoso é trocar o dia pela noite, ou a noite pelo dia, tanto faz! Me ensine a fechar os olhos e mergulhar no declive dessa ingrime loucura. No fundo dos espinhos venenosos que são o abismo dos nossos corações lutamos enquanto rimos abafados para os elfos encantados não nos pegarem enquanto planejamos nossa fuga desesperada. Deixa eu te beijar rapidamente porque tenho pressa, vou me atrasar. Deixa eu te abandonar por cinco segundos, assim eu posso pedir para que vire de costas. Agora, deixa eu ser a única que suas vistas vislumbram claramente, todas as outras faces se embaçaram e a única coisa que importa é aquela linda criatura sendo acariciada pelo tecido branco enquanto os tímidos lírios desabrocham em suas mãos.
Depois que comecei a estudar percebi que minhas composições são meras poesias com algumas notas musicais...falta muito pra de fato ser uma composição. Enquanto isso em mais uma noite estou aqui eu e meu violão inspirado em uma voz que não se cala dentro de mim....
Eu sinto o coração saltar e morro pelo menos duas vezes ao dia. Você me faz mal por me fazer tão bem. Eu engulo o seco e deixo o sentimento de ânsia rasgar a garganta. A ansiedade é doentia. Isso é estar tremendamente apaixonada? Eu não gosto desse sentimento. Ele é tóxico, porque me faz agir como louca. Eu peço para que pare, mas logo depois imploro para que nunca pare. E, isso sempre se repete. É a mesma história com você todas as vezes. Minhas mãos suam e meu corpo estremece. Será que você está com a mesma doença do que eu?
Têm dias que fico bravo e brigo com a Vida. Aparto-me, recolho-me, afasto-me, não quero conversa e vou dormir no sofá sem coberta. Mas enquanto a noite passa, lembro-me do quanto a amo. Amanhece o dia, reconheço a minha ingratidão, vou-me em sua direção e já quase me faltando o ar, dou-lhe um beijo e ela retribui com um abraço de aceitação. É assim com a Vida, têm dias que a gente briga, mas não consegue viver longe nem se quer por um dia e por isso a gente se reconcilia, pois viver longe é também morrer. Mas o que é reconciliar-se com a Vida senão reconciliar-me comigo mesmo, refletir a minha alma sobre o espelho das coisas belas que a minha volta vejo e redespertar sobre mim o desejo?!
Eu não posso colocar a sua vida num só poema que eu possa escrever, numa só canção que eu possa compor, mas posso sim, com certeza, colocar muitos poemas e muitas canções na sua vida. – (Paulo Del Ribeiro)
Os caminhos tortuosos que trilhamos em alguns trechos da vida, são simplesmente consequências do que fizemos em algum momento do passado, noutras vezes não, apesar de não acreditar que exista algum efeito sem causa, parecem mesmo serem pagamento de pecados.
O pecado nada mais é do que o conflito, na mente, daquilo que abominamos e ao mesmo tempo praticamos. Em outras palavras, é o que chamamos popularmente de peso na consciência.
Ter a percepção das cores naquilo que nos rodeia é sentir a alegria em algum nível, pois quando estamos tristonhos quase nunca percebemos as cores, tudo parece preto e branco, tudo parece cinzento.
É impossível, na vida,não precisarmos de alguém. O que devemos evitar, quando possível, é depender de alguém.
O prazer de viver não está apenas no que conquistamos e sim no que desfrutamos disso. Alegrias e prazeres não se acumulam, têm que ser vividos, a vida não espera.