Poesia Felicidade Drummond
Eu amo um país queimado pelo sol
A terra de planícies arrebatadoras,
De cadeias de montanhas irregulares,
de secas e chuvas e inundações.
Meio morto…
(Nilo Ribeiro)
Parte de mim morreu,
quando você partiu,
não dissemos nem adeus,
e meu mundo ruiu
morreu a alegria,
não fiz mais poesia,
a noite ficou sombria,
choro durante o dia
morreu o sentimento,
não ficou a paixão,
não há contentamento,
tudo foi pro caixão
o que ficou vivo…???
apenas a lembrança,
o amor exclusivo,
muita esperança
a vontade de te ver,
de te abraçar,
de te pertencer,
de te amar
vou sobrevivendo,
tento não sucumbir,
continuar escrevendo,
não desistir
vida que segue,
morte que abate,
amor que renegue,
amor que combate
não rio, não choro,
sentimento disperso,
a poesia é ancoradouro,
com ela eu converso…
Irei te esquecer de minha vida e como água cristalina pura e transparente será meu coração dormente de tando te amar e loucamente desejar esse corpo perdido em outros braços, essa boca carente de meus lábios, esse amor com saudade de nós dois.
pensamento da peça teatral "O devaneio dos Desesperados", voz do acaso em noites de tempestades.
Linda grafia mortal
Se pudesse fazer
O que queria
Nada teria
E se a liberdade fosse um presente
A perderia
Continuando contente
Eu poderia ajudar
A manter as rosas
Tão singelas e chorosas
As quais tenta se importar
A sociedade manda
O patriarca comanda
Nós caímos nessa roda
Que gira e degola
Cada espírito
Desenhos do martírio
Não estremeço
A essência ainda não floresceu
O zumbido da grandeza
Para você e eu
É o mais lindo pensamento
Que já nasceu
Nele retiro o intento
Me ajoelho
Enfrentarei cada tronco caído
Grito e prometo
Cada passo teu é destituído
Esqueça as preces guardadas
A chuva lava os erros
As enganações pintadas
Durante a noite padeço
Os sonhos meus
São complicados
Abarrotados nos olhos teus
Lhe imploro
Viva com teus povos
Todas as almas dignas de maldição
Partes obscuras da minha oração
A Senhora dos Túmulos observa
O vaivém da tacanha mocidade,
Que despreza a virtude e a verdade
E dos vícios se mostra fiel serva.
Porém, nada no mundo se conserva:
Sendo a vida infinito movimento,
É a Morte um novo nascimento;
A inveja é o túmulo dos vivos –
O herói repudia esses cativos,
Galopando o Cavalo Pensamento.
Os olhos quando se amam,
Atraem como os brilhantes,
A lembrança traz saudade
Desses mimosos instantes,
Que o amor dormiu no leito
Dos corações dos amantes.
NOITE
Cai a noite no planalto
Vinda de lugar algum
Estrelas lá no alto
O anoitecer no dejejum
De um quarto vazio
Além da janela, a cidade
Brasília, num luzidio
A magia é divindade
Ruas desertas, silêncio vadio
O dia foi embora, majestade
Sentado num canto, já é tardio
Cai a noite na cidade!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Setembro de 2017
Brasília
o desejo de te ver me deixa
ainda mais louco por você
a ganancia que eu tenho de ti ter
é ainda maior do meu amor por você
a infância traz uma certa lembrança
todo dia acordando e já fazendo lambança
a nostalgia que me traz daqueles dias
é tão bom quanto um sorvete de baunilha
mas o sorvete pode derreter
e eu acabar por esquecer
A diversão já não é a mesma pois
não consigo tira-la da minha cabeça,
meu sorriso já não traz tanta felicidade
já você a única coisa que me traz é
saudade
Os dias são sempre os mesmos,
mesmo eu esperando um amor verdadeiro,
um amor divertido,um amor inesquecível.
como é bom ver tamanho brilho
oque eu quero alcançar
preciso meu amor negar
mas não consigo deixar de amar
que amor é esse que não consigo
controlar? mas não! eu não vou me
apegar!!!
" Ele disse adeus,
pensando que eu ia chorar
egoísta, quis me sufocar
logo eu
logo eu
agora estou
mandando ver na pista
está tudo bem
ninguém me segura
tô igual um trem
vê se não me procura
aquela vida juntos
ninguém mais atura
pode ir
o negócio agora é curtir, ser livre, ser do bem
sair, beber, fazer amigos, dançar também
a vida é muito boa, posso, me mandar
ninguém vai me prender dizendo me amar
tô fora oh!!
tô fora oh!!
ninguém vai me prender dizendo me amar
ninguém vai me prender dizendo me amar
ele disse adeus
então tá
vá com deus
amor...
A PRIMAVERA
Dentre todas, eu novamente
Aqui num novo ciclo a brotar
Sou a reflora, oh minha gente!
A todo canto, acabo de chegar
Cheguei! Vim toda contente
Perfumada, colorida, doce ar
Se aconchegue e se assente
Sou fascinação em todo lugar
De todas a mais bela. Ingente!
Repleta de feitiço a figurar
Que da sedução sou regente
E no amor o remate pra amar
Venham todos, todos venham
Sou a estação para encantar
Sou poesia. E que todos tenham
Magia, eu a primavera a celebrar!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Setembro de 2017
Brasília
A escolha que molda os passos
Dita o nosso movimento,
Nos leva a outros espaços
Fugindo ao fugaz momento
Quem não se arrisca não corre
Os riscos de quem se arrisca;
Pensa ser o sol e morre
Sendo somente faísca.
— Prazer! O meu nome é Vida!
— Vida! O meu nome é Prazer!
— Sem ti eu vivo perdida.
— E eu sem ti não sei viver.
REINADO
Noturnos são os passeios de minh’alma
Meu espírito vagueia por liberdade
Encarar a chama da vida
Talvez pela morte.
Quem sabe o homem
Aquele que neste instante
Atravessa a rua
E olha para o chão,
Talvez tenha perdido a alegria.
A moça que usa o fio no ouvido
A escutar músicas.
Pela tatuagem
Ela conhece o amor...
Um floral, lindo,
Que trança sua perna esquerda
Como se a possuísse.
Outro homem atravessa a rua
Segue vestido como quem procura um trabalho Não um trabalho qualquer
Vai decidido, confiante.
Aquele rapaz
Jovem
Está sorrindo sozinho
Talvez tenha conhecido
Os prazeres do amor.
Ah, o amor...
Esta noite as ruas estão agitadas
Os cães estão calados
Posso dormir tranquilo
Porque essa noite
Quem reina é o amor.
SUA VEZ
Quem fez, quem não fez...
Quem foi, quem não foi?!
Foi o boi? Foi você?! Foi vocês,
que evento a subida pra subir?!
A esperança para crer, e a decida p'ra descer...
As asas para voar, e escorregão para cair,
tanto lugar para andar...
Pouco tempo para ir!
Foi vocês que inventou...
o lugar p'ra visitar, esconder para sumir
As coisas todas ai, e o tempo longe d'aqui?
Quem foi, quem foi?!
Que inventou os carros para andar
sempre atrasado dos bois...
Quem fez, quem foi... Quem não foi,
Que teve em sonhos pesadelos
e viveu em seu sonhar
que sonhou com o mundo inteiro
esquecendo do seu lugar...
Quem foi, que inventou a esperança
somente para sentar
e vive a vida sentado,
sonhando com esperar...
Quem foi... Que inventou a porta
para abrir e p'ra fechar...
A janelas para olhar as lagrimas
e estar sempre longe de ti...
E chorar em seu chorar!
Porque se fechou com os seus medos
p'ra nunca mais se soltar...
Quem fez... Quem fez!
Quem não fez?! Você fez, a gente fez...
A fila para esperar?!
A sabedoria um dia
já foi coisa de admirar.
Quem foi... Quem fez...
Engarrafamento no mundo todo,
somente p'ra engarrafar...
Congestão para o transito,
sem remédio p'ra descongestionar...
Um nome para cada santo, e um mundo
para salvar.
Quem fez o povo todo de bobo
em um ninho cheio de cisco...
Um futuro para olhar
e o ovo para quebrar...
Quem foi o dono do espetáculo...
Que fez do futuro indagações,
fez do mundo um grande circo
criou buraco no seu muro,
e bomba para os irmãos?!
Quem vez vida p'ra eternidade
e o fim para morrer...
Quando vivo fala da morte
mas em morte, não tem p'ra que.
Quem foi, quem não foi!
Quem fez, quem não fez...
Foi eu... Foi vocês?!
Então p'ra que virar rei
se um dia também como fez...
Há de chegar sua vez.
Antonio Montes
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