Poesia eu sou Asim sim Serei

Cerca de 233183 frases e pensamentos: Poesia eu sou Asim sim Serei

“Sou o tipo de homem que não conquista… implanta dúvida. E a dúvida faz mais estrago que qualquer charme.”


“Minha frieza não afasta ninguém… só seleciona quem vale a pena.”


“Não prometo nada. Só deixo você imaginar o que pode acontecer — imaginação sempre seduz mais que toque.”

Rasgo o verbo
Sobre a mesa,
O verso,
Cada palavra.
E, com tudo isso,
Ainda não sei quem sou.
Serei eu um poeta?
Ou apenas um rabisco perdido
Entre os grãos de areia
Da vida?

E hoje
Sou o medo
Os desafios não me deixaram mais forte, as lutas me enfraqueceram
Lembro de um dia não ter medo de nada
E hoje tenho medo de tudo
De hoje do amanhã e do futuro
As incertezas são um tormento diário.

Sou feliz!
Grite bem alto — para o mundo ouvir — e, principalmente, para aqueles que tentaram arrancar de você a pureza da alma, mascarando-se com uma fantasia de benevolência e bondade.
Sorria… porque as máscaras sempre caem. E a bondade fingida, essa bondade bandida, se revela como o sol nascente: lenta, mas inevitável.
Então, sem medo e sem reservas, diga novamente: Sou feliz!

SOU FRUTO QUE ANCESTRALIDADE ALIMENTOU!

Bebo na fonte dos que vieram antes.
E cada gole é história, é sangue, é luta.

Luiz Alberto, voz que atravessou paredes e leis, plantando sementes no chão do parlamento.
Luiza Bairros, que caminhou sobre pedras e flores, deixando pontes para quem viesse depois.
Makota Valdina, guardiã do sagrado, que ensinou que rezar também é resistir.
Lélia Gonzalez, afiada como lâmina, que cortou o silêncio imposto à nossa existência.
Abdias Nascimento, que fez da arte um quilombo e da palavra, um grito que não se cala.
Beatriz Nascimento, que nos mostrou que quilombo é mais que terra — é corpo, é memória que se move.
Jaime Sodré, que guardou saberes como quem protege um tesouro.
Rufino, que mantém aceso o canto dos que vieram de longe e nunca deixaram de chegar.

Eles e tantos outros são como raízes que rasgam a terra para encontrar água.
São como árvores que mesmo sob tempestade não se curvam.

Eu bebo desse legado.
E, ao beber, me fortaleço.
Ao beber, lembro:
resistir não é escolha, é necessidade.

A Justiça Racial não é um sonho que se guarda na gaveta.
É direito. É urgência. É agora.
É ferida aberta que precisa de cura,
mas também é cicatriz que nos lembra da nossa força.

Eu não me rendo.
Eu não me calo.
Eu não me dobro.

Enquanto houver tambor,
enquanto houver corpo negro em movimento,
enquanto houver criança negra que ousa sonhar,
enquanto houver mãe negra que ergue preces ao amanhecer,
enquanto houver quilombo que respira,
eu estarei aqui.

Com a cabeça erguida.
Com os pés fincados no chão.
Com a coragem herdada dos meus ancestrais.

Porque eu sou continuidade.
Sou memória que anda.
Sou chama que não se apaga.

E a resistência…
é a minha forma mais bonita de amar.

Se sou capaz de sonhar,
devo ter coragem de
enfrentar os pesadelos que, indubitavelmente farão parte deste processo.

Não há glória em mim, mas no Senhor,
não há triunfo fora da Sua vontade.
Tudo o que sou é dádiva de Deus,
tudo o que faço é para a Sua honra.
Meu caminho é luz, meu destino é vitória,
porque Ele é fiel e nunca me abandona.

A resistência vive✊🏾


Igual Maria Doze Homens, sou destemida, não temida
Não sou capoeirista, mas me esquivo dos golpes da vida
Enfrento Doze problemas, mas também resolvo os Doze
Minha força é um golpe de martelo
Segurando uma foice


Desde quinze, dezesseis, dezessete, dezoito
Abolição de dezenove, e o reflexo no vinte
A dor da minha ancestralidade, nunca foi sequer pintada
Só mostram o sangue azul nas pinturas de Da Vinci


De séculos em séculos minha resistência vive
Meus ancestrais resistiram na luta do século XV
Quem lutou no XVI, também lutou no XVII
Continuou no XIX, pra alcançar o século XX


Desde quinze, dezesseis, dezessete, dezoito
Abolição de dezenove, e o reflexo no vinte
A dor da minha ancestralidade, nunca foi sequer pintada
Só mostram o sangue azul nas pinturas de Da Vinci


... Abolição no Dezenove
... E o reflexo no vinte...
... Mesmo sem as mãos de Da Vinci...
... A resistência vive...

Sou um pássaro trancafiado desde o nascimento; e vinte anos após, libertaram-me por cuidado de outrem. Eis que pergunto, com desespero e fervor: como pode um pássaro que só conheceu uma realidade, onde suas asas foram inutilizadas, voar para o além — sem ou com direção —, e sentir a serenidade do pôr do sol no sublime horizonte infinito?
Como poderia atravessar o mar, se nunca lhe deram a resistência necessária para deixar o chão?

Poema da Tarde


Sou pertinaz em falar das tardes.
Ora, o que há de mais ocioso? A noite?


Pobre noite... dama
que corre de mão em mão.


O efervescer ardente é denso
aos meus olhos molhados de suor.


E a tarde vai... voa como
meus funestos versos fracos.


Tarde! Pra quê serve a tarde?
Extenso descanso dos glutãos,
carrasca dos sertões...


Dona insana do meu labor.

🥰 Não sou um poeta, mas já quero escrever um livro na tua boca.
Não sou um artista, mas já quero fazer uma obra de arte no teu corpo 🥰⁠

Vulcão da Alma

Sou o fogo que arde sem se ver,

A entrega que não conhece hesitar.

No meu peito, um vulcão a renascer,

Um amor que é mistério e me faz sonhar.



Sou a flor que desabrocha ao sol,

A pele que sente o vento passar.

Intensidade em cada olhar,

Um sonho que não para de voar.



No limite, onde tudo se revela,

Meu coração pulsa em compasso sem fim.

Paz que acalma, paixão que incendeia,

Um universo inteiro dentro de mim.



Romântica, inconsequente, a sonhar

A imaginação me leva além.

Se é extremo, é lá que vou amar

Pois, ao seu lado, sempre vou estar.

Sou um navegante
Minha vida é no mar
Solitário e errante
Meu destino é desbravar
Não tenho medo dos riscos,
Desafio todos e quaisquer perigos
Desejando o mundo conquistar.


Numa dessas viagens
A vida me pregou uma peça
Destacando-se naquela paisagem
Estava uma formosa donzela
E seu olhar o meu encontrou
Por um momento, meu coração pulsou
Mas infelizmente, estava apenas de passagem


Ainda que eu tivesse toda a riqueza
Do mundo, o louvor, a glória,
Ainda que juntasse títulos de nobreza
E tivesse um lugar reservado na História
Se me faltasse teu sorriso para me guiar
E sem a luz do teu lindo olhar,
Seria vã minha vitória.

Solilóquio
“Aceitar o tempo é conversar com o próprio destino.”


Sou lento, sou devagar,
se não me procuras, não vou te buscar.
Sou calmo, sou observador,
não tenho tanta pressa pro amor.


Assim, às vezes, chances deixo escapar...
isso não chega a te incomodar?


Aborrecido eu estaria
se me perdesse por simpatia,
pois curar o que isso causa
é dor que consome e arrasa.


E de onde vem tanto receio?
Das duras lições do meio,
das relações sem freio,
que deixaram em mim um velho anseio.


E quanto aos teus devaneios,
teus desejos, tua solidão?
Como disse o grande mestre:
“Basta a cada dia a sua agonia”,
então sei que esses momentos logo passarão.

Sou pedra bruta e busco o vento para erodir.
Com suavidade e paciência
Minhas arestas esculpir.
Para toda eternidade, assim
seus feitos em mim perpetuar.

O prazer que você me causa é imensurável, mesmo na minha posição, é porque agora sou seu namorado.


@GustavoFerrari

Em ti, sou o explorador que chega a um novo continente, Onde cada paisagem desconhecida me atrai.
Não sei o nome das tuas montanhas, Nem o segredo dos teus rios.


Mas cada trilha que desvendo, Cada floresta que cruzo em teu ser, Revela uma nova cor, um novo som, E em cada passo, o amor floresce.


Ainda há tanto de ti a descobrir, Tantos mapas a desenhar. Mas não tenho pressa, Pois a beleza está na jornada, E o meu amor, em cada nova camada que encontro.

SUBSTITUÍVEL

Sou o que serve até não servir.
Sou o que vale até não valer.
Sou o que fica até alguém vir
E mostrar como se deve fazer.

Não sou nome, sou número.
Não sou rosto, sou função.
Sou o espaço entre o lucro
E a próxima demissão.

Não há legado no que faço,
Nem lembrança no que fui.
Só há o rastro do fracasso
E o silêncio que me inclui.




Jerónimo Cesarina

Sou a luz e a sombra
O bem e o mal
A união de todas as coisas
O caos e a paz


Sou o infinito de um universo
Finito em sua limitação
Em um mundo de prisões e correntes
Me jogo no mais profundo dos abismos
Para encontrar a libertação


Do caos, renasço em fogo e sangue
Trocando de pele como uma serpente
Mas mesmo que a essência se mantenha
Eu já não sou a mesma


Caminhando na escuridão da noite
Não aceito as algemas do carcereiro
E quando for o momento
Sairei do meu próprio jeito
Com a cabeça erguida
Por jamais ter sido submissa
E muito menos subordinada a todo esse teatro
A essa peça de marionetes mal acabadas.
- Marcela Lobato

Sou pai pela relação, pessoa pelo todo; um sustenta o outro.

©11 set.2002 | Luís Filipe Ribães Monteiro