Poesia Eternamente
SALSTÍCIO DO INVERNO
No solstício do inverno, a luz solar
aparentemente, pode mais iluminar,
que seja, para clarear e ornar,
o afeto entre todos...
Trazendo sentimento terno,
olhar abrasador e aos corações
amor eterno...
Seja bem vindo solstício do inverno!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
LUAR DO CERRADO
Quando, no cerrado, vem o anoitecer
O seu luar prateia as várzeas quedos
Num silêncio de fúnebres segredos
Numa tal beleza por assim merecer
É o Criador vazando o belo entre os dedos
Enfeitando a noite para não mais esquecer
Ladeando a lua com estrelas a resplandecer
E pondo a prova os nossos sentidos tredos
É tanta intensidade da luz, tátil é o perceber
Que nos faz pequeninos, eternos mancebos
Pasmado, que quase não se pode descrever
A imaginação migra para vários enredos
Numa rutilante e bela experiência no viver
Numa total plenitude e sentimentos ledos...
Luciano Spagnol
Junho, 2016
Cerrado goiano
Num mundo violento
e pobre de afeto,
rico é quem
desarma o outro
com amor concreto...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Nhandeara
Nascida do bravo trabalho,
Na agricultura e criação do gado;
Terra de Nosso Senhor,
Tem um povo competente e lutador.
Cidade querida de praças floridas
Que marcam as vidas na infância brejeira.
Cidade em que a crença é uma força que existe...
E, a todos assiste da mesma maneira.
Cidade pequena, que tem, revoada
Soboreando a fachada da Igreja Matriz.
Cidade em que o povo não foge a batalha,
Que luta... Trabalha... Que cumpre o que diz!
Amanhecer
O despertar de cada dia
Traz em sim a semente da vida
Refazendo nossas energias
Transformando a dor sentida.
Em cada amanhecer...
Em cada novo despertar...
Há um embrião que nos impulsiona a avançar
Convidando-nos a crescer.
AMBIGUIDADE
Uns carregam prata outros trazem ouro
Eu? Nem ouro nem prata, tenho rosas
Umas com espinhos, outras formosas
No meu farnel são um acaso e tesouro
Na oferta é para serem harmoniosas:
Nas dores, as brancas são vertedouro
Na sorte, as negras portam mal agouro
Assim, ornam a vida, tornam prosas
É enredo no amor passado e o vindouro
Aos corações belas poesias primorosas
E nas lágrimas, doce arrimo batedouro
Dotam a emoção, alegres e nervosas
São cores na morte e no nascedouro
Vão em todas as venturas, preciosas
Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano
Os ventos hão de soprar-te
os primeiros perfumes da primavera.
Como uma réstia de sonhos
trazida de alguma canção antiga.
E no alento de um mundo julgado só nosso
tu sorrirás
Quando eu deitar em suas mãos essa rosa.
A invenção do céu azul
(Para Vânia Regiane)
Se não aguentas o game,
porque k carregues no start.
Rapaz a vida nao é nenhum filme,
para fazeres dela um restart.
FIM DE UMA ESPERA
A ânsia desta espera
finda-se ao sentir
teu alento voraz,
que devolve a meu peito
o fôlego da existência.
O calor do nosso beijo
acende meu coração,
aquece a minha alma
e liberta a perspectiva,
antes encarcerada na solidão
dos meus silenciosos sonhos.
O brilho do teu olhar
reflete no mar azul
do nosso Amor
a intensa emoção,
salva na confiança
de cada amanhecer
fazer valer
a nossa esperança.
Árido
Eu estou vazio,
Todo o mundo ecoa
Dentro de mim.
O mesmo som que entra,
Sai sem tocar em uma gota de sangue.
Saem apressados,
Pelos olhos anestesiados,
Pelos ouvidos exaustos.
E são levados pelo vento.
Nada floresce,
Mas ao menos,
Não há nada para estragar.
Mas existe uma sensação
De que algo poderia mudar.
E isso entoa ameaça para minhas mazelas,
Que em raiva atiram-me ao chão.
E as enfermidades da terra árida são tantas,
Que cada golpe de enxada
Parece só fazer um novo buraco sem sentido.
Os anos são lentos como sementes,
Principalmente quando se aprende a senti-los com os dedos.
E para de vê-los passando com os olhos.
Mas realmente é difícil,
Sentir o pesar dos anos nas costas,
Mas imaginar com ternura
Que ainda são poucos!
E não senti metade do que há em mim,
Pois sou poeta.
O avião me leva nas alturas. Sinto que estou em uma aeronave parada no espaço. Não vejo o piloto, mas não tenho medo, porque a sensação é que ele está nos carregando no colo e nos protegendo como um anjo da guarda.
Legado de Maria
Suspiro em versos...
Divido todos os anoiteceres à placidez de um sorriso
Solvo de uma vez o cálice do vinho
Tão forte...
Que me queimou a alma
Cedi meus sonhos... A quem não conhecia...
Aprisionei meus dias... Numa palavra chamada amor...!
Suspiro em versos e os lanço ao tempo...
Que se demudam em sentidos...
E se perdem nos desejos e sentires...
Nas dores... Na ansiedade... No medo...
... e choram... Este amor que é segredo!
A alma sofre e reclama em sentires confuso
...então a espera se faz breve... Na loucura dos dias...!
Pobre de meus devaneios,
Impuros, insanos, alheios.
E por estrelas de anseios,
Guardados num céu de receios.
Donde quer que andes,
Pensamentos errantes,
Foge em busca do que antes,
Já fora prazer, hoje instantes.
Pobre de meus devaneios,
Doces, tristes desejos,
De teu tato, olhares e beijos,
Que corroem meu ser por inteiro.
Hoje mais uma vez lembrei-me de ti...!
Senti saudades das chuvas que escorriam
Nas vidraças do meu quarto... Onde eu podia divisar
O horizonte... As montanhas...
O vento frio que balançava as copas das árvores do jardim...
E uma lágrima bailou em meus olhos...
Olhei para a varanda onde tomávamos chá e escrevíamos poemas...
Meu pensamento voa e encontra as notas musicais
Com as quais eu tocava melodias...ao entardecer...
Regresso ao tempo...
Visto-me de lembranças e sonhos
E descubro que... No jardim são as mesmas
Rosas vermelhas que me davas
Nos dias que vinhas ver-me e abraçava-me com tanta ternura...
E então sorrio da dor de querer-te mais uma vez...
Mas se nunca me deixaste... Vives dentro de mim
Por isso tantas saudades tuas...!
É como se percebe-se a vida por completo em um olhar,
porém fosse preciso milhões de palavras para traduzir.
Uma hora
corre pros seus braços
outra hora
foge dos abraços
mal sabe que
o abraço aperta
mas abre espaço.
Vidas passadas...
Ah! Este vento sussurrante
Que experimento neste dia frígido...
Penso em ti e neste
Aroma de sonhos e reencarnações...
Nesta noite que não tem estrelas... Apenas as sombras
Escondidas nas muralhas... Do tempo...
E no silencio grito para que me ouças...
Quando te vejo sinto que me encontro com o passado...
Tantos quereres perdidos... E grito para que me identifiques
Vem... Ilumina a minha escuridão...
Sussurra numa poesia... Versos que falem
Desta antiga paixão...
E me liberas das dores arraigadas de alucinação e solidão...!
Pedaços da minha vida...
Olho-me no espelho... O tempo passou..
A juventude ficou no passado... As rugas teimam
Em riscar a minha pele...
Só meu coração permanece jovem... Apaixonado
Criança...
Lembro-me dos dias de minha infância...
Mas mesmo assim ainda sou eu... Esta figura
Que me parece encantada ao lembrar felizes dias
De uma juventude perdida!
Pedaços de minha vida que
As lembranças machucam... E não me deixam respirar...
Está tudo numa névoa... Meus dias de primavera
E mesmo assim doem demais em meu peito... E trás esta gota
Ardente...Teimosa no canto do meu olhar...
O passado é uma musica... Uma canção...
Que adoraria poder canta-la em versos qual a melodia que escuto
Com tanta emoção...!
Agora sou apenas a poesia que escrevo...ou talvez a saudade
De dias tão felizes que tive!
Recompensa
Um artista precisa ser meio louco para ter coragem de se expor o tempo todo. Vai ser criticado por muitos, mas a recompensa sempre vem. Quem o criticou no início, será seu admirador no final!
PERSPECTIVA
Para cada dia
Uma perspectiva…
Ontem eu era raiz:
Sugava a água
Para irrigar o amor.
Hoje sou pétala em flor
Que precisa ser regada
E sentir o seu calor!
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