Poesia Eternamente
Tenho idade de um tempo qualquer
Vivo menino, jovem ou sou senhor
Neste olhar, tenho o olhar do amor
Embalado, às vezes, no o que vier
Luciano Spagnol
cerrado goiano
É tanta a vontade de voltar
E à ti outra vez implorar
Talvez eu não mereça seu perdão
Não hesitei em magoar-te o coração
Foi em vão tudo o que jurei
Enganado prometi o que não cumpriria
Amor tão puro que por ti eu cativei
Na ilusão de que tudo venceria.
Inocência perdida
"Na varanda onde me encontro, me vejo enfastiado e risonho
Olhando para o chão onde as crianças brincam e se sujam
Na ladeira a beira da rua movimentada pelo caos
De ladrões, facções, revoltas, lâminas e oitões
Cena nada bonita para uma criança e nem mesmo para um adulto
O mais incrível disso tudo é que todas as crianças enxergam as flores
As aves e o seu próprio reflexo no esgoto
Ou na poça de sangue
Quebram janelas com suas faltas batidas no futebol
Perdem-se em meios os becos no esconde-esconde
E o sentimento nostálgico faz-me contestar
Onde esta toda a minha inocência de antes?
Se foi quando?
Quando estava dormindo e tento mais um pesadelo?
Quando estava alisando o travesseiro e imaginando seu cabelo?
Quando estava mordendo a toalha e imaginando o pescoço de alguém
Quando?
Será que se foi quando eu traguei você
e a matei dentro de meus pulmões para que eu possa
Respirar o seu ar, e inalar o seu doce veneno?
Pode ser que ela tenha saído
Na noite em que me disse não
e virei um caminhão de uma bebida
Inflamável
Bem, não sei quando foi
Sei que como você
eu a quero de volta
De volta
Volta?
Volta, porque não aguento mais a desesperança
Da dor da lembrança, da inocência e manhas
Que tinha quando era criança
Quero voltar a ser como antes e ver meu reflexo na poça de sangue! "
COM A LUA
Com a lua
outra noite eu fiz com giz
o nome d’ela nas estrelas
E só para vela e ser feliz
bordei uma serenata pra ela.
Ela da janela
Eu, na calçada de uma noite crua
ao lado, todo ouriçado de um,
poste com arandela, portando...
Uma meiga luz amarela.
O vento...
despejava brisa, atiçava vontade.
Ofertei um ramalhete de flor
e paixão, era aquela...
Toda carregada de amor!
Era assim, tanto amor!
tanto amar!
Que o tempo nos deixou
mas o meu amor...
nunca há de se acabar!
Antonio Montes
COMO SORRIR
Farras da vida
tempo que finda
terras aos ventos...
Para cobrir a sua tenda.
Olhos com vendas
não mais contendas...
Seu blue,
seu verde
que falta lhes fará água
se não és mais o dono da sede?
Farol sem luz
torre sem vale
de que vale o universo
se seu corpo debruçou!
Se o mundo aos seus pés
não existe...
Como sorri
como sorrir...
depois que o amor mingou?
Sorria para o hoje
que o ontem se foi
momentos passados... Acabou.
Antonio Montes
CONTRA GOSTO
Era tarde de agosto
tive gosto na farinha
mas veio o vento e me levou.
E com cara de desamor
na brisa d’aquela tardinha
meu olhar triste chorou.
Eu? Eu fiquei de contra gosto
com aquela migalha de troco
entre sopapo e assopro.
Barriga, seca em alvoroço
pequeno tempo tão pouco!
E a marmita seca no toco.
E a fome? No contra vapor
tremia a carne e as vistas
criava-se assim aquela dor.
O vento? A esse treiteiro
rodopiou pelo terreiro
e flertou ao mundo inteiro.
Antonio Montes
Doce Roma, infinita
Vê o inimigo triunfar
Gloriosa Sé Petrina
Voltará a se ocupar.
A impiedade de teus filhos
É o meu descontentamento
Eles ousam profanar
Tão Sublime Sacramento.
Doce Roma, infinita
Contra ti alguém pecou,
O certo aboliu,
E o errado adotou.
Estarão no passado
Tuas lutas e vitórias,
E todas as histórias
Que me deixam impressionado.
LINHA DA VIDA (soneto)
A linha da vida, na vida é sinuosa
Da partida a emaranhada chegada
Quimera criada e felicidade caçada
Já a morte... Ah! A morte é teimosa
E nesta estrada, a sorte misturada
Certeza e surpresa bem manhosa
Mas tudo com uma pitada furiosa
De cor e sabor, se bem aproveitada
Tal qual uma poesia em sua tosa
Irresoluta é a linha a ser traçada
Porém, é elaborada na sua prosa
E no tem tudo e no não tem nada
Há saída, entrada, espinho e rosa
Como corredeiras (vida) não fica parada...
Luciano Spagnol
Novembro, 2016
Cerrado goiano
A linha da vida, na vida é sinuosa
Da partida a emaranhada chegada
Quimera criada e felicidade caçada
Já a morte... Ah! A morte é teimosa
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
O medo que senti, foi eu nunca mais te ver
então criei coragem, e fui falar com você
foi como magia, um show bis de sedução
amor hoje é seu meu coraçao
Assim que chegar a aurora
Iluminando novo dia
Assim tu estarás acordada
Para alegrar minha vida
Ao Criador peço a dádiva
Que pelo resto da vida espero ter
Estar ao seu lado
Em cada novo amanhecer.
SONETO NUTRITIVO
Se liberte por demais da vã filosofia
No fado não se tem um alvo certeiro
Tenha a harmonia, seja companheiro
Avigore o tudo e o nada sem utopia
Tudo passa, se transforma por inteiro
E nesta corredeira leve-te sem agonia
O bom da esperança é sair da galeria
Sonhar o possível, lutar como guerreiro
Vencer é armar-se de amor, ter cortesia
O generoso partilha glórias de cavaleiro
Achar-se na sombra é meta de covardia
Não te percas no efêmero, só nevoeiro
Ter, não pertence a ninguém, é fantasia
A alma se nutre do bem, do verdadeiro
Luciano Spagnol
Novembro, 2016
Cerrado goiano
O amor fidedigno não é aquele
que devora os carinhos os beijos,
deste ou daquele, e sim, o vário
que padece a renúncia, o eixo
que consegui vida na saudade
e equilíbrio na paixão...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
E.mail
Escrevo-te este e.mail simples, amor meu
Porque hoje acordei com saudades tuas
Nas entrelinhas um pouco do poeta plebeu
E muito de minha alma em versos ingênuos
Para dizer-te de emoção
Cantar-te o quão forte continuas
Na minha vida, no meu coração
Que queria ouvir de ti novamente:
-meu bem
Mesmo que por ligação
Pois você é amor que detém
Que domina a razão
Só você faz o meu poetar ir além
Portanto seja novamente parte desta canção.
Assinado, este que do teu amor é refém.
Eu sou o que fui, mais no que serei
(pelo menos tento),
Um matuto que no cerrado deixei
Na diversidade sou igual ao vento
Sem visibilidade, mas com percepção
Brisa e vigor. Se assim eu não contento
Sinto muito, sou eu: amor, letra e canção.
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Um barco segue rumo ao norte
com sorte chegará ao sul
esta é a sina do errante
navegante, que não calcula
...... a força e a direção do vento
que não ouve a voz do silêncio,
este barco sou eu e tu....
Não são os beijos tão pouco a paixão, que traz ensejos nos amores, e sim, as flores lavradas nos canteiros do coração.
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Caminhe na tua trilha
Alimente a tua matilha
Costure os teus retalhos
Adube os teus carvalhos
Enxugue o rosto do suor
Das tantas pelejas de amor
E segue o teu caminho...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Eu sou um peso leve
Um tijolo em formato de pena
Não cobro o que me deve
O agressor que rebobine a cena
Ao que tudo indica
Creio que indicar nada é
Constato o que fabrica
Já que nem toda propaganda é fé
Eu sou um despertar dormido
Sou como cacos de vidro
Acostumei a viver de mortes
Aprendi a renascer sem nortes
Segure o copo direito!
Sou como da causa, o efeito:
Fácil cai, fácil quebra — Mas corta
Solto rindo qualquer linha torta
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