Poesia Eternamente
Versos vazios, palavras soltas,
Sem alma, sem coração, sem causas.
Escritos por hábito, pela costume,
Sem paixão, sem fogo, sem destinatário.
Nenhuma gota de amor, nenhuma lágrima,
Apenas letras, apenas rimas.
Sem significado, sem propósito,
Apenas palavras, apenas verso.
Eles não tocam o coração,
Não acordam sentimentos, não despertam.
São apenas sons, apenas ruídos,
Sem vida, sem amor, sem sentido.
Mas ainda assim, são escritos,
Porque é um hábito, porque é um vício.
Sem amor, sem paixão, sem alma,
Apenas palavras, apenas poemas.
Amargo é o gosto que se sente
Quando quando a gente
Não sabe amar.
Amarga é a pessoa
Que um dia veio a me amargurar.
Ilhas Guarazes
Fazer-te meu doce paraíso
restrito como as Ilhas Guarazes,
é ambição das mais audazes,
honro-te como honram em altares.
Incrível és como ave de rara
aparição e digna deste milagre,
tornei-me território e só falta
conquistar a tua divina ambição.
Não és fruto da imaginação
e tens colocado alma e o coração
em diária e solene comemoração.
Sob olhares alheios e no resguardo
do escândalo íntimo consentido
agradecer a grande obra do destino.
" PENAR "
Pois é! Colhemos nós da decisão
os frutos, muitas vezes, prematuro,
do que devia ser outro futuro
se déssemos, por voz, o coração!
Mas não! Teimamos nós seguir no escuro,
palpar o que parece-nos paixão
pra descobrir, depois, que era ilusão
e que só nos sobrou temor e apuro.
Porquê fazemos isso como amor
tornando-o sofrer, penar e dor,
se o que se quer é tão somente amar?
Colhemos, pois, da decisão errada,
o fruto de uma vida condenada
aos mais dorido e insano, em nós, penar!
" FICAR "
Será que estamos, nós, na estrada certa
dispostos a seguir a caminhada
que deu-nos, o destino, por jornada
ao nos deixar, do amor, a porta aberta?
Às vezes vejo que ela está tomada
por uma sina sem destino, incerta,
por outras, que ela fez-se por deserta
sem ter uma, sequer, alma penada.
Erramos nós alguma das saídas
pra termos, hoje, chagas e feridas
no que devia ser felicidade?
Será que a estrada é essa, de verdade?
Me diga, por favor… Por caridade…
Não tenho, em cá ficar, sequer vontade!
Frenesi de amor
A noite era de festa
muito elegante ele chegou
Ao vê-la toda faceira
tão linda em seu vestido esfusiante
Não resistiu
logo um beijo lhe roubou
Ela terna recua timidamente
Ele no seu arroubo de homem ardente
gentilmente a arrastou
para que juntos ficassem
Longe de olhares maledicentes
Dançaram a noite toda
num grande enleio de paixão .
Mais tarde o grande finale
amou-a com frenesi
A sós no quarto ali rendidos
e do mundo esquecidos .
*******************
editelima 6o
Março/ 2025
" DEVO? "
Eu sei que essa proposta de paixão
tem lado bom, mas tem malícia, enfim!
Me ponho sem saber se eu digo sim
ou se é melhor, de cara, dizer não!...
O papo é meio brega, ruim, chinfrim,
e aponta um ego enorme, confusão,
que indica uma armadilha à ilusão
e pode dar dor-de-cabeça ao fim.
Porém, quem me propõe tem lá beleza,
um pé no luxo incauto da nobreza
e há grana na jogada a meu favor…
Sei lá se digo não, se sim… Que foda!
O romantismo, eu sei, caiu de moda
mas devo dar-me a tal sem ter amor?
" ARTEIRA "
Sapeca, brincalhona, bruxa, arteira,
foi sempre uma mistura inesperada
que a faz ser acolhida, aceita, amada
sem que se ponha, a tal, qualquer barreira!
É dama na alegria acostumada!
Com ela, o sério é pura brincadeira
e o riso é a sua forma costumeira
de se ir levando a vida nessa estrada.
É facil apaixonar-se por seu jeito
maroto, leve, dócil, de respeito,
e com seu toque mágico e festeiro…
Tá afim? Entre na fila, dada a chance,
mas acho não estar ao teu alcance
já visto que, eu aqui, sou o primeiro!
Resignificar a vida
Buscando o bem e o amor,
Diminuir o ritmo da corrida
Para aliviar a dor
E abraçar o que é de verdade
Encontrar conforto na felicidade,
Ser melhor em cada instante
Para garantir um futuro brilhante.
RELATIVIDADE
O pobre não é tão pobre:
A visão dos jardins lhe pertence.
O rico não é tão rico:
Ele não pode permanecer acordado.
Na palavra
O renascimento de tudo.
Hoje é o que temos,
Não confiar
Na dúvida que é o amanhã,
Abraçar agora
E esquecer o mundo
Lá fora.
Ir até a Ilha do Francês
navegar ao redor e ali parar,
na Ilha que um veterano
estrangeiro resolveu se abrigar.
Parar, respirar e apreciar
os peixes coloridos a nadar despreocupados pelo mar,
e imaginar o nosso flutuar.
Como quem desenha mapas
de navegação ando escrevendo
as rotas íntimas em silêncio.
E tenho certeza que tens feito
o mesmo com fina devoção,
sem dar voltas é meu o seu coração.
"há música em você"
As melodias que eu escuto
São como um bálsamo
Para minha alma
Pois me fazem esquecer de
Você.
Amor há música em você,
Me diga o porquê...
Você foi embora e eu simplesmente
Não consigo dizer adeus.
"olhando você dormir"
O sol da manhã...
Brilha na sua pele
Enquanto as cortinas finas e brancas como papel balançam suavemente com a brisa da
Janela aberta em que nós observamos as estrelas.
Contando segredos
Compartilhando sonhos
Ali... Naquele exato momento
Só existia nós no nosso mundo.
Eu não quero ir embora nunca mais
Quero ficar aqui..
Olhando você dormir.
🌱✨ NO TEMPO DE DEUS ✨🌱
Com paciência e perseverança, tudo vai dando certo.
Às vezes, as coisas não acontecem do jeito que a gente quer ou no tempo que esperamos...
Mas Deus sempre sabe o que é melhor para nós. 💛
Mesmo que você não entenda as adversidades, confie: do jeito d’Ele, tudo vai fluir.
⏳ Ainda que a jornada pareça demorada, não desanime!
No tempo certo, o Senhor vai te fazer evoluir.
🙌 Mantenha a fé.
Siga firme na caminhada — lutando, trabalhando e sonhando com atitudes!
Vai plantando e regando a semente.
Você pode até não ver as folhas agora,
mas algo lindo vai brotar na sua vida.
A dor revela que sou humano
Lembro que não sou herói
Lembro que não sou eterno
Lembro que sou poeta
E através das dores, faço alquimia
Transformando sofrimento em poesia.
Nasci no ventre do eco,
onde o tempo não ousa entrar.
Ali, o mundo me olhou de costas,
e eu tive que ser meu próprio espelho.
Trago os ossos do pensamento à flor da pele,
mas ninguém ouve a dor que não sangra.
Tudo em mim é vidro —
mas cortante, não frágil.
Chamei a ausência pelo nome,
ela respondeu com o meu silêncio.
E no frio do sentido negado,
vi que até Deus evitava meus olhos.
A mente, em espirais de pedra,
caminha sem chão,
mas insiste em buscar
uma saída onde não há porta.
Sou o cárcere que se nega a abrir-se,
sou a chave que teme a liberdade.
Ser é um verbo afogado —
mas ainda respiro.
E se tudo isso for o belo?
Essa dor sem forma,
esse grito contido,
essa esperança disfarçada de exílio?
Pois talvez o belo more
não no alívio,
mas no gesto de seguir
mesmo sem horizonte.
Ergo-me na arena do próprio abismo,
onde o eu se fragmenta em mil centelhas,
buscando forjar-se na chama do querer —
não para existir, mas para criar sentido.
Cada passo é um martelo erguido
sobre as correntes do hábito e da lei,
e o coração, ao pulsar sua forja interna,
martela o mundo em novos ritmos.
Não temo o vácuo que escuta o grito,
pois vejo nele a vastidão do possível;
o ser que supera o peso do próprio ser
ergue as asas no sopro do eterno retorno.
Aqui, no limiar do nada e do tudo,
descubro que o poder não é domínio,
mas a dança audaz de afirmar a vida
mesmo quando a dor sussurra vitória.
Que o sol reapareça em cada queda,
e que eu seja o artífice da própria aurora.
Silêncio que Vê
Veja tudo. Não diga nada.
Há poder na alma calada.
Nem todo eco precisa soar,
Nem todo olhar quer julgar.
Observe o mundo com doçura,
Com olhos cheios de ternura.
Há milagres em cada esquina,
Mas só enxerga quem se inclina.
O sábio vê sem apontar,
Escuta sem se apressar.
Há força em quem silencia
E fala só com empatia.
Veja a dor, sem espalhar.
Veja o erro, sem condenar.
Veja a luta, sem zombaria.
Veja a fé, mesmo em agonia.
O silêncio não é omissão,
É lapidar do coração.
É preparar o gesto exato,
O abraço firme, o bom ato.
Veja tudo. Guarde o olhar.
O mundo precisa de quem sabe escutar.
Pois quem muito vê e pouco diz
Planta paz onde ninguém é feliz.
No jardim, a flor se ergue a brilhar,Mas recusa o toque do jardineiro a regar.
Com suas raízes, ela prefere a solidão,
Ignorando a mão que a oferece a proteção.
O jardineiro, triste, mas sábio a entender,
Viu que forçar seria fazer a flor sofrer.
Decidiu então, com coração sereno,
Deixar a flor em paz, sem mais o seu veneno.
Assim, a vida segue, sem pressa de mudar,
O jardineiro respeita, sem insistir em cuidar.
Às vezes, o amor é o silêncio profundo,
Deixar ser livre, sem aprisionar o mundo.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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