Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada

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⁠Não tenha medo do que sente. Sei como o medo pode impedir você de conseguir o que realmente quer.

⁠A vida joga bolas curvas em você. Você acha que ela vai numa direção e, de repente, percebe que está indo na direção oposta. Então é difícil saber o que vai querer em cinco anos, quando a bola curva vem na sua direção e você não tem certeza se deve tentar rebatê-la, pegá-la ou simplesmente sair do caminho.

⁠Nós estamos menos interessados em conhecer a pessoa que você acha que queremos que seja e muito mais interessados em conhecer a pessoa que você realmente é.

Há muito o que se aprender com gatos. Se você se afasta de um gato, ele pula de volta para seu colo. Se você quiser pega-lo, aí ele foge de você.

Enterre os mortos. Não como os egípcios, para tentar a imortalidade. Mas como deve ser, definitivamente. Volte as costas ao passado. Olhe apenas em frente. Recorde que o tempo tudo cura.

Os homens são perturbados não pelas coisas, mas pelas opiniões que eles têm delas. A morte, por exemplo, nada tem de terrível, senão tê-lo-ia parecido assim a Sócrates. Mas a opinião que reina em relação à morte, eis o que a faz parecer terrível a nossos olhos.

DOS TICS E DAS CHAVES

Sendo nós, humanos,
seres insatisfeitos por natureza,
andamos — por assim dizer — à flor da pele,
mas sempre como fechaduras
em busca de encontrar sua chave.

E qual é a chave?
Seria o amor, a compreensão,
ou apenas o instante em que nos sentimos completos?

Como dizia Fernando Pessoa, por meio de Ricardo Reis:
“Uns, com os olhos postos no passado,
Vêem o que não veem; outros, fitos
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se.”

Será que queremos sair
dessa prisão de estar em outro tempo,
outro espaço da realidade?

Mas o que seria a realidade?
A total ausência de nostalgia
ou do excesso de esperança?
A ausência que esperamos,
ou a ânsia do porvir
que nunca se cumpre?

Seria o relógio
a maior preciosidade do homem?
Pois todas as dores giram
em torno do que já se foi
ou do que ainda virá.

Diante disso, quanto vale o presente?
Quantos amores, quantas poesias
são instantes vividos,
ou apenas desejos de eternizar
o que já passou
ou o que ainda não chegou?

E ainda assim, como dizia a música de Chico Buarque,
“Prefiro então partir a tempo,
de poder a gente se desvencilhar da gente...
depois de te perder, te encontro, com certeza.”

E assim seguimos,
à flor da pele,
fechaduras que sentem
e esperam por chaves invisíveis,
sempre em busca de um instante
que seja só nosso,
ou a vida se revele —
prefiro então seguir
ao som dos tics e das chaves.

Izabela Drumond

Viva a Sua Verdade💫🩵💦🙏


Não adianta fazermos banquete com a túnica dos outros.
Cada um de nós precisa viver a própria verdade — não a do mundo, não a que os outros impuseram, não a que a estrutura social nos ensinou a seguir.
Quando vivemos a verdade do outro, nos afastamos do nosso Eu Superior, do nosso duplo, da nossa essência.


É preciso buscar o próprio caminho, o caminho que vibra em sintonia com a alma.
Embora todos os caminhos levem à luz — como diz um amigo querido — cada um escolhe a trajetória que vai percorrer até ela.
Há quem siga o caminho da dor, da escuridão e do sofrimento — e mesmo assim chegará à luz, mas será um trajeto árduo, pesado, demorado.
Outros escolhem o caminho da luz desde o início — o da clareza, da leveza e da transparência.


A luz é como a água.
A água é pura e sutil, mas também forte.
Ela contorna os obstáculos como o rio que nunca deixa de seguir em frente.
Quando precisa acalmar, acalma.
Quando precisa ser tempestuosa, é.
Quando precisa acolher, acolhe.
E quando precisa levar embora o que está impuro, ela leva — sem perder a sua essência.


Que aprendamos com a água a fluir com leveza, a permanecer fiéis à nossa verdade e a seguir o curso que nos leva de volta à luz.
Izabela Drumond

O Tempo Passa

O tempo,
ele passa.

Não espera a gente estar pronto.
Não espera a insônia ceder,
nem o corpo descansar.
O dia nasce,
interrompe o sono —
sem dó,
sem piedade.

O tempo passa.
Não liga para planos,
prioridades,
listas.
Ele atravessa tudo,
como vento em papel,
como rio em pedra.

As pessoas vão,
outras ficam,
outras chegam.
Trabalhos começam,
outros terminam.
Oportunidades escorrem,
novas chances florescem.
Mas o tempo...
ele passa.

Não espera.
Não negocia.
Não concede prorrogação.
Se você se atrasa,
ele parte —
como um ônibus que não volta.
E aí,
você espera o próximo.
Se houver.
Ou segue a pé,
reorganiza a rota,
desmarca compromissos,
refaz caminhos.

Porque o tempo
não vive em nossa função.
Nós é que giramos
em torno dos ponteiros.

E se não ajustamos o relógio da alma
ao ritmo do universo,
perdemos.
Perdemos chances,
sinais,
instantes que nunca mais retornam.

Mas Deus —
Deus é o todo.
E sabe.
Sabe que o tempo não volta,
mas permite recomeços.

Cada segundo que resta
é semente.
É possibilidade.
É chance de escrever de novo
a história
com o tempo que ainda
nos habita.
Izabela Drumond

Mãe.
Elo permanente, estabelecido ainda em seu ventre.
Afeto e ternura singular como a beleza do ato de amamentar.
Percepção extra-sensorial, um sexto sentido que transcende a capacidade do nosso sistema nervoso central.
Amor cego, incondicional e indefectível provedor de conforto e segurança irresistíveis.
Na dor ou no temor, é aquela que nos enche de paz, tranquilidade e amor.
Tem em suas crias o seu tesouro inestimável, o qual ela cuida e protege com sua força inesgotável.
Se essas palavras são belas, elas mal se comparam com o luz que emana dela.
O tempo transcorre ao longo dessa vida, acomodando-nos com os seus gestos e carinhos, imaginando nunca chegar ao dia da despedida.

Inserida por alexandre_drumond

⁠Se você saísse da minha vida eu seria como a lua sem o sol.
Eu não brilho sozinho, sem você eu sou apático, apenas mais um coadjuvante.
O meu brilho vem de você, você me completa e me faz especial. Com você eu sinto que sou capaz de qualquer coisa

Inserida por Magno_R_Drumond

⁠Qualquer pessoa pode te fazer rir, mas encontrar alguém que te cativa, que cure as suas feridas e que realmente se importa com você é muito diferente.
Pessoas assim são raras eu diria até que só se encontra uma por vida.

Inserida por Magno_R_Drumond

⁠Joga-la na cama qualquer um pode.
Quero ver colocá-la pro alto, quando tudo estiver desabando e ela precisar do apoio de um homem de verdade.

Inserida por andre_drumond

⁠A um tempo atrás eu dizia que faria o possível e o impossível por ela, que eu daria a minha vida por ela, isso tudo como um ato de amor.
Mas com o tempo eu vi que é muito mais difícil viver por alguém do que morrer por alguém e que é mais difícil ainda viver sem esse alguém que você ama.
Então hoje eu digo que como uma verdadeira prova de amor eu vou viver por ela para que haja chances do nosso amor reflorescer, até porque o amor nunca acaba e se acabar é porque nunca se amou.

Inserida por Magno_R_Drumond

Platônico

Existem amores sujos, impuros,
contidos, ingênuos, cruéis, imaturos,
fiéis, devassos, vacilantes e inseguros.
Porém o mais sincero,
é o amor platônico.
Ama sem saber porque!
Ama só por amar!
Sabe que não é amado.
Não é querido, nem desejado.
E nesse conflito, terno, lindo e cruel.
Entrega tudo sem esperar respostas,
um aceno, um abraço, um beijo
ou quem dera...
uma frase sincera,
sussurando em seu ouvido:
Eu estava a sua espera!

DEIXA-ME SER

Caetane-se que a vida é Chico!
Bethânia-me que o amor é Roberto.
Gadula-me que a calma é Lenine.

Deixa-me Blues...
Deixa-me Jazz...
Deixa eu ser meio pop, rock e punk more or less...
Leminsko-me sempre mesmo.
Viniciu-me de vez em quando.

E quando penso que estou Barroseando tudo,
Eis que lembro de um Cartola!

Daí pra frente
A vida vira Cazuza,
Vira Beth,
Engenheiros
E verdadeiros Titãs
na Legião Urbana
de um Paulinho da Viola.

Fonseco-me no mistério.
Gal cantou-me esse ano:
O folclore chama Gil,
Monteiro,
Zilka e Maria Clara.

Noll-me por enquanto.
Carolina-me, Mazzela-me
E Lucinda-me um pouco.
Porque isso
Pode até parecer poesia,
Mas, na verdade, é puro encanto.

Diálogo com inconsciente.
Olhos castanhos? Cor de mel ?
Não tenho toda certeza...
Mas certeza mesmo tenho, olhos que me encantam, e lhe direi mais, se cor de mel és, justificado então está, o brilho que parecia como ouro em uma noite linda e clara, mas que não foi capaz de os ofuscar.

Devias evitar tais olhos?
Sim, mas não pude reagir, um olhar doce e intenso, olhar que me olhava, e que me fazia enxergar.

Seus efeitos?
não pude resistir, parecia ter algo mais profundo, se cor de mel és, justifica então está, ter me sentido um pouquinho no céu, os olhos combinavam com tudo, cabelos dourados, sorriso encantado, acabei hipnotizado.

Loucura?
Sim, mas se concordar irei, então confessareis, foi melhor não ter razão, era tão meiga quanto uma flor, tão esperta quanto uma criança, parecia que nada entende, parecia saber o que sente.

Pós - reação?
Se cor de mel és, perigo encontrá-los, desviar-vos irei, arranjarei compromisso, compromisso inventarei, pois se os encontro de frente, de novo lhe direis, não pude resistir, não pude reagir, por hora a razão de lado ficou, e de novo hipnotizado fiqueis.

⁠No meu pão eu quero queijos borbulantes, mofados apodrecidos, mexidos pelas suas suas larvas, fétidos.
Eu quero queijos amarelos da cor do sol e também os que tem cascas cor da terra, ja putrefados e de cheiro forte. Quero queijo azul cor de mofo.
A sociedade nunca cheirou melhor....

Inserida por jozedegoes

Espelho, espelho meu...
dizei-me se há alguém
mais, atrapalhada
mais confusa,
mais entusiasmada,
mais preguiçosa,
mais esquisita,
mais animada,
mais perdida,
e mais apaixonada
do que eu?

Já me dei ao poder que rege meu destino
E não me prendo a nada, para não ter nada a defender.
Não tenho pensamentos, por isso verei.
Não receio nada, por isso lembrarei de mim mesmo.
Desprendido e à vontade,
Passarei como um jato pela Águia para me tornar livre.