Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada
A sensação aguça o paladar,
Prefiro o amargo à falta de sabores,
Mas com ela tudo se suaviza,
Voltamos a nos tratar como amores.
Gostamos de dosar,
Em medidas homeopáticas,
Práticas em equilibrar,
Debandar do amor apático.
Afago ou travessuras ?
Carícias ou ternura ?
Memorizando mais,
Limitaremos menos,
Mentalizando mais,
Teremos menos o que temer
E nos tornaremos mais.
Amarga Doçura
A sensação aguça o paladar,
Prefiro o amargo à falta de sabores,
Mas com ela tudo se suaviza,
Voltamos a nos tratar como amores.
Amarga Doçura,
Doce Amargura,
Sabores da cura
Que experimentamos.
Gostamos de dosar,
Em medidas homeopáticas,
Práticas em equilibrar,
Debandar do amor apático.
Afago ou travessuras ?
Carícias ou ternura ?
Memorizando mais,
Limitaremos menos,
Mentalizando mais,
Teremos menos o que temer
E nos tornaremos mais.
Amarga Doçura,
Doce Amargura,
Sabores da cura
Que experimentamos.
Foi na mais tenra idade que uma parede diante do olhar despertou o desejo de voar...
Voar no pensamento, nas ideias, nas ousadias sem importar com os banquinhos em frente a tantas paredes, com portas fechadas... com silêncios.
Nem sempre foi para pensar. Muitas vezes foi para articular um plano de guerra...ou para analisar uma joaninha que subia pela parede... ou uma pequena aranha que rodopiava com suas várias perninhas.
O canto até fez pensar mas, nem sempre puniu a menina levada, (intenção da época). Canto do pensar... Penso logo existo... Existo logo penso... cogitou!
Eis que nasce Reneé D.- amiguinha imaginária de filósofo francês René Descartes (1596-1650), o maior expoente do chamado racionalismo clássico - movimento que deu ao mundo filósofos tão brilhantes como, Blaise Pascal, Francis Bacon, Hobbes, Isaac Newton, entre outros, adolesceu.
Descartes lançou as bases do pensamento que viria modificar toda a história da filosofia.... Através da dúvida metódica, chega à descoberta de sua própria existência enquanto substância pensante - num banquinho ou não - A palavra cogito (penso) deriva da expressão latina cogito ergo sum (penso logo existo) e remete à auto-evidência do sujeito pensante.
O cogito é a certeza que o sujeito pensante tem da sua existência enquanto tal.
Voltando à menina excêntrica Reneé D, levada mas doce, transformou seu pensamento em poesia, movida pela inspiração e a delicadeza das palavras, mesmo diante de um mundo, às vezes cruel, sempre com muito sentimento e sonoridade.
Hoje, na idade da flor - metáfora do desabrochar ela segue firme, Reneé D, madura , hora senta, hora arremessa, hora chuta o banquinho – na boa!
RECIFE DA JANELA
O Recife lá de cima
Cabe na palma da mão
Lágrima vai escorrendo
Ofuscando minha visão
Ao partir a gente chora
Acho até que vai embora
Um pouco do coração
beijo é
mistério, é desejo, é fogo,
centenas, milhares, diferentes,
todos com a promessa de serem únicos...
mas nunca são,
e sempre são..
beijo é
volúpia, fogo devorador em alguns,
chama que consome,
mera paixao...
outros é suavidade, sublimidade,
porcelanas que se tocam,
e também em alguns
mera carência, desejos da solitude..
beijo é mistério, é desejo, é fogo...
é sonhos, é nutrir esperanças
para toda uma vida,
sonhando com o deleite de saborear,
os doces e almejados lábios,
sim é..
beijo também é medo,
medo de possuir,
medo de ser possuído,
e depois não mais existir,
há não ser enquanto desfruta
dos lábios amados..
beijo é medo de querer,
pois, não saberá mais viver sem,
medo de perder-se nos lábios desejados,
e nunca mais se encontrar,
se não for por esses mesmos lábios..
beijo é
medo de se despir da própria vida,
e como uma roupa vestir-se com a vida do outro,
medo de se esvair do seu existir,
e renascer na existência do outro,
é medo de se ver sumindo do seu aconchego
e se deslocar para um novo lar,
lábios..
beijo é
medo de não mais estar,
porque o estar vai ser transitório,
o estar será onde os lábios dela então levarem..
beijo
é medo...
medo da entrega...
mas o desejo é maior que o medo,
o que queremos sempre está além,
e depois que os lábios se tocam...
o que são os sentimentos como o medo?
[...]
beijo é quando
nada mais resta há não ser o momento,
o néctar dos lábios tão desejados,
e enfim alcançados,
não é só sabor, é cor, é aroma...
é calor e frio ao mesmo tempo...
é vento que sopra, são gotas de chuva...
e tempestades que não cessam nunca,
é nascente de águas jorrando...
é cachoeira escondida onde virgens se banham,
é tentar trazer para si a alma do outro pela boca..
beijo
é tempo que passa e não se sente,
é consumar mais que lábios se tocando,
e sempre mais...
Beijo é tocar a alma do outro,
ligar-se a ela de uma forma física...
através dos lábios,
as almas fazendo amor..
beijo
é sentir no contorno dos
lábios um do outro
o encanto das almas,
e colocá-las para dançar,
e fazer com que se alegrem,
Beijo de quem ama,
Alma..
A BIBLIOTECA
A biblioteca muda o sentido da vida.
Ela nos faz viajar sobre às asas do livro.
A biblioteca me deu à liberdade de sonhar através da escrita.
O livro que nela li;
Não acabou até hoje: está dentro de mim!
A biblioteca fez o poeta tirar o poema do papel.
A biblioteca tem alma, aliás, várias almas.
Nela tem um pedaço da sabedoria do céu.
Ela é o próprio remédio da alma do homem.
E é a única parte do mundo onde se pode o silêncio encontrar.
A biblioteca é minha segunda casa.
E a visita que nela vem, é servida com arte!
Ela me armou com livros. E me desarmou de armas.
Acredite: a biblioteca é a única que mesmo eu partindo, me faz ficar.
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