Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada

⁠Todos os dias, ao acordar, faço a profilaxia do meu cérebro. As palavras em excesso na minha cabeça, as coloco na rua em domínio público. Algum catador léxico as levará, e essas palavras quebradas, distorcidas, serão recicladas por alguém mais competente que eu. As palavras recicladas, processadas em pensamentos sadios, são muito mais poderosas quando dispostas à utilidade coletiva.

Todos os dias o nosso "importanciódromo" pessoal indica índices baixíssimos de certas pessoas para conosco, e nosso para outras pessoas.

Integramos um movimento mundial que propõe discussões retóricas, dialéticas e provocativas sobre temas sensíveis, que resultam em ações concretas e afirmativas.

A resolução de um problema complexo, sempre dependerá do conhecimento da sua estrutura. Ainda há muitos problemas sem solução científica satisfatória. A Filosofia tem respostas.

⁠A concisão da assertividade é o que faz dos discursos de alguns políticos, um primor incontestável de coerência, lógica, retórica e clareza dos seus princípios e propósitos sub-reptícios.

A vaidade intelectual não ingênua nem saudosista (aquela que nunca envelhece), pode nos fazer sentir melhores no presente, como um futuro realizado; do que no passado, de futuro incerto.

⁠Eu trabalho com neurociência dos problemas complexos do cérebro fora do padrão. Não me venha com churumelas. Todo conceito é político.

⁠Quem reconhece o seu próprio Destino, consegue crer em coisas inacreditáveis, enxerga coisas invisíveis, realiza missões impossíveis, e, sabe interpretar todos resultados que, por mais inaceitáveis que sejam, lhes deixam tudo cada vez mais claro.

⁠Quando a TV cria normose da violência, vendendo-a como entretenimento, está nos oferecendo picolé de frutas com pitadas de cocô.

⁠O DESTINO não é algo aleatório, sem controle. É uma conjunção de fatores biológicos, genéticos, de educação na primeira infância, episódios de vida e escolhas. Quando escolhi estar aqui, corri o risco de te conhecer.

⁠Só tenho melhores amigos. Se não fossem pessoas melhores, não se interessariam em ser meus amigos.

⁠⁠A disposição dos lugares das autoridades num evento, em perspectiva, causa ilusão de ótica e de ética.

⁠Todo "slogan" é um bordão que pode carregar distorções e interpretações semânticas dúbias. E, passível de aperfeiçoamento. "Nada de nós, sem nós!" Quem? Os vaidosos intelectuais?

⁠Todo sufixo "ismo" ou "ista", carrega um peso desproporcional de interpretação e flerta com a ditadura, quando extremo.

⁠Antropologicamente, comando um exército imbatível. O exército da minha turma, que é muito melhor que a sua, por isso, é imbatível.

⁠Reflexão sobre porque não é possível haver coesão consensual plena em nenhum segmento social, muito menos, no ativismo associativo. Primeiramente, porque nenhuma representatividade é unânime. E, antropologicamente, a minha turma é muito melhor que a sua, portanto, a turma sob a minha posse, só considera a mim como o seu legítimo representante.

Nomear a ação de alguém como "atitude deselegante", é uma forma elegante de dizer que o outro pode estar sendo imbecil.

⁠No universo da deficiência há uma disputa surda, cega e insana, entre pessoas com deficiência visível ou invisível, moderada ou severa, genética ou adquirida, oral ou sinalizada, laudada ou sem laudo, vidente, monocular ou não. Tudo permeado por graus de importância e prioridades. Entenda-se que isso acontece, e é necessário, para ordenar e priorizar direitos, organizar destinação de verbas e evidenciar benefícios legais negligenciados historicamente por uma sociedade que estimula a competitividade, valoriza a beleza dos corpos como padrão de perfeição, e naturaliza um modelo de normalidade humana.

⁠Quando alguém diz: "Nosso segmento é desunido!!! Precisa haver união!!" Precisamos nos unir!!" Entenda-se, "Vocês precisam estar à minha volta para que eu seja o vosso líder!!"

Tenho que ser muito ágil, tenho pouco tempo de vida! ⁠35 anos passam num piscar de olhos. Não vejo a hora de chegar aos 105 anos para provar que eu estava certo.