Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada

Cerca de 60205 frases e pensamentos: Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada

Minha vida

O breve é quem dita a minha vida
A vida da minha vida tem vida peculiar
Elege chegada, permanência e partida
Pulsa na minha vida sem se importar
Vive a sorte, independente, sua linha
Sem que eu quisesse ou não quisesse, vive
A minha vida, sem vida, eu não teria vida minha
Não teria arte, dor, suspiros, cor, amor inclusive

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Abril de 2016 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Declaração

Tal como no cerrado
O pôr do sol é belo
Tal como ser ousado
O bom é ser singelo
Querido e arrebatado
Tal como noite de luar
Afeto tem de ser enleado
Assim também é aceitar
Sem tê-lo nada se tem
Pra ser tem que incidir
Não se é nada além
Sem alguém no existir
Para se amar, também!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
2016 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

poemas são ofertamentos

poemas são como relacionamentos
não acontece sem ter sensação
pois são misturas de sentimentos
união e estro na sua composição...
Poemas são feitiços em ofertamentos

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Abril, 2016 – Rio de Janeiro, RJ

Inserida por LucianoSpagnol

Minerês

Ô minas, arguém já te poetô
Eu sempre tenho poetado
E ainda poetando eu tô
Cadquê, meu estadão amado
Ocê é trem bão dimais
E óio aqui os sêus mistério
Tão difícil, decifrá jamais
Tal arrilia é tão sério
Que o poeta proseia, proseia
E ainda fica o quê proseá...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27 de abril, 2016 – cerrado goiano
Parodiando Patativa do Assaré

Inserida por LucianoSpagnol

Choro de amor

E passamos junto muita coisa
dos nossos olhares muito perdeu
fui teu no amor, a saudade poisa
hoje, no tudo se foi, tudo morreu

Sei que é outra a sua jornada agora
que a nossa paixão no tempo ficou
que o coração está em diversa hora
e que o teu sorriso por mim gorou

Assim, o destino se fez em realidade
sem piedade de nosso amor zombou
deixando na poesia muita saudade
louca, e o rastro de não mais voltou

E nesta ressequida saudade dorida
ainda no peito o silêncio do seu olhar
que insiste em não dar a sua partida
restando a solidão na alma a chorar

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
02/06/2016, 12'00" – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

CERRADO (soneto 2)

O cerrado é como um soneto
arbustivo, tortuoso, melódico
chora a sua aridez, é talódico
diversos como verso irrequieto

Fala do diferente, do exótico
contrastante e muito concreto
vai além de apenas indiscreto
exuberante e também retórico

É prosa narrada é céu sem teto
o cerrado é um insano imódico
e a sua melancolia vira adjeto

É tão sequioso no teu periódico
ádvenas flores, frutos, de ti objeto
d'amor que te quero, és rapsódico

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 de julho, 2016 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DA ALMA GÊMEA

Nós num só eu, na presença dividida
Por duas existências, as duas numa
Que do plural ao singular, se resuma
Numa só pessoa, conjugando a vida

Eu e tu, tu e eu, somos nós, em suma
Dois num, juntos, numa quimera repartida
Somando essência, na afeição nascida
Evolucionando, e que o amor assuma

Num duplo coração, em uma una batida
De fidelidade ímpar, sem ilusão alguma
Acendendo chama diversa e desmedida

E neste amor onipotente, não haja bruma
E se houver, que a batalha seja vencida
Num amor de alma gêmea, ao amor ruma

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Junho de 2016 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

cadência

no pêndulo
do relógio
fique e vai
vai e fique
na hora o tempo atrai
pra brincar de pique...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/11/2015, 19'58" - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

O solitário,
pasmo da descoberta
conduziu-se de poeta
e, tentou salvar
a sua solidão.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
10/06/2019
Cerrado goiano
Paráfrase Sérgio Santal

Inserida por LucianoSpagnol

CÍCIO

Em mim um cício, que esmorecer escava
Entristecido e desiludido o bom encanto
Jogado no murmúrio em qualquer canto
Uiva e faz da queixa uma enfada escrava

Mas amastes, profundamente, portanto
Olhais com leveza a tristeza que trava
O peito, e outrora não em ti ela forjava
Cousas tristes, e aqui te torturem tanto

O amante encena o palco em que vive
E, em contraponto de abrandar, abrasa
Numa nova guia, outro pesar, e avive...

E assim, a quem possa saber, eu ando:
Solitário e no silêncio da alma sem asa
Numa sofreguidão, a andar chorando...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
11 de julho de 2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Até Logo!

Despediu. Assim onde outras coisas
estão,
poisas.
O céu tranquilo, silêncio, imensidão.

Num caminho sonoro,
de toadas e paisagens
vai-se em coro,
outras miragens...

O maestro de batuta na mão
regendo o espírito.
Ovação!
Saudade assim é escrito.

É fração do infinito!
Amanhece triste o cerrado erudito…

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
26 de abril de 2018
despedida ao primo Guilherme Vaz,
compositor, músico, maestro.

Inserida por LucianoSpagnol

SILÊNCIO DO CERRADO

Difícil empalhar o silêncio do cerrado
Desafinado, singular num trans feitio
Ruidoso e calmo, tácito entrelaçado
Arranhando o árido com fino assobio
Chorando no torto galho ressequido
Da inação do sertão de hábito gentio

E nesta tão apatia, rebusna o perfume
No olhar: calado, rumoroso, cheiroso
Que no mormaço é em alto volume
Na imaginação um tempo moroso
No horizonte um suntuoso cerume
E na surpresa, mesclado e glorioso...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Dezembro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Nel mezzo del cerrrado...

Aportei. Aportaste. E morria calado
E aflito, e triste, e amargurado eu ia
Os sonhos da alma era despovoado
E d’alma as quimeras era só fantasia.

E assim, longo o caminho, o cerrado
Eu preso nos desejos ele pouco polia
Da vida: o tom do tom estava errado
Do horizonte, nada, nenhuma poesia.

Hoje a vida sem ti, é sempre partida
Prantos que a tal saudade umedece
Comovem como a dor da despedida

E eu, sentado no caminho, aguardo
Arfante, poético, e que não arrefece (o amor)
“Nel mezzo del cerrado”, que no peito ardo...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SAUDADE

O silêncio tantos, aqui frente a frente,
uma privação... O contido medonho!
E, de peito arrebatado, vorazmente,
quedei a ideia, num olhar tristonho.

Saudade! ... Tão mais que de repente,
nas tuas lembranças as minhas ponho,
ressurge nostálgico sentimento ardente,
no cerrado, sob o entardecer sem sonho.

Amargo, na angústia, êxtase supremo;
solitariamente, a dor na emoção invade
nos redivivos sensos, assim blasfemo;

e torturantes, volvendo a infelicidade,
aureolado pelo agastamento postremo
do desagrado da insensível saudade.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, agosto
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Em uma Tarde de agosto

Agosto. No cerrado. Abro as janelas
Sob o céu calado, e poucas nuvens,
Invernado. Flutuam cinzas penugens,
Das queimas, sobre flores amarelas (dos ipês).

Pra quem as vês, as fazem de reféns,
Do belo. Caindo ao clarão das estrelas.
Ao vir o vento, se abri ao vento as velas,
Em um balé de harmonias e de poréns...

Por que, horizonte tão gigante e distante,
Se a angústia é semblante, não arrogante.
E me fazes por um instante, profanidades.

Porém, olho o céu deserto, e o vejo triste,
E minha alma insiste, e no amor consiste.
Inverno... chega à noite e é só saudades...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, agosto
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

VITA NUOVA

Deste de outrora prazer me convidas
Se ao mesmo desejo me faz desejos
Nestas tão insensatas vindas e idas
É amor abrasador e de doces beijos

Não me poete das lágrimas perdidas
Não me troves os olhares em cortejos
Há neste amor, o amor de liras ouvidas
E dos pecados cem mil são os pelejos

Amo-te! A distância, apenas uma porta
Entreaberta. Deixe-a assim, eu volto!
Se a nós nada importa, o que importa...

Ainda te amo, o amor, amor que canto
E o tenho na poesia, teu cheiro envolto
VITA NUOVA! Sempre cheia de encanto.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
14 de junho de 2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

ASAS

O que o amor tem de ave
são asas do bem querer
voa intenso ou até suave
deriva do com quem haver

O seu voo agitado ou leve
são com as asas da emoção
podendo ser longo ou breve
depende do pouso no coração

Então, voa alto paixão!

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
Paráfase Abel Silva

Inserida por LucianoSpagnol

Olhos de mulher
São araras silenciosas
Telepáticas
Que flutuam entre os extremos
Carnal e espiritual
Carregados de uma pseudo psicosinergia
Capazes de instigar um homem
Dissuadi-lo de sua razão
fazê-lo desejar beber
de todas as águas paradoxas
A água dos anjos
E a água dos demônios

Inserida por humusashi

Ao voar o beija flor
Balançou todo o galho.
Levou nos olhos o orvalho
Deixou suas lágrimas na flor.
Ao acordar a linda flor
Bincou com as gotas no galho.
Pensando serem orvalhos
As lágrimas do beija-flor.

Inserida por vaumirtes

Lamento de amor não finda,
tristes são seus caminhos...
Mas quando a felicidade
nos tira dessa inquietude,
trazendo a certeza de sermos amados,
ainda assim existe a saudade,
a exigir sempre mais de nossas lembranças.
Embora nos sintamos realizados,
Vivendo momentos de amor sublimes,
tendo as delícias da entrega total,
E que depois de poucos minutos,
Novamente reacende como brasa,
Sempre algo parece faltar...
O desejo insaciável a pedir mais
ternura e carinho, e então,
é o que queremos sentir e recordar...
Queremos ter a felicidade de nos possuirmos,
em espírito e corpo ligados para sempre.
Mas a saudade sempre nos acompanhará,
neste nosso amor louco e apaixonado...
Nossos destinos estão interligados,
juntos mas separados...

Inserida por karinkatoteka

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